Paradoxo escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 20
Lucky


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoinhas...
Então, mais um capítulo cheio de novidades e... (suspiros)... Falo com vocês lá em baixo.
Boa leitura!



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“Eles não sabem quanto tempo leva
Esperando por um amor assim
Todas as vezes em que dizemos adeus
Eu desejo que tenhamos mais um beijo
Eu esperarei por você eu prometo a você, eu vou

Sortudo por estar apaixonado pela meu melhor amigo
Sortudo por ter estado onde estive
Sortudo por estar voltando para casa novamente
Sortudo por estarmos apaixonados de todas as maneiras
Sortudo por termos ficado onde ficamos
Sortudo por está voltando para casa algum dia”

Lucky – Jason Mraz

FELICITY

–Acabou? – Pergunto em choque. –Não me entendam errado, eu fico feliz que tudo tenha acabado, e pelo que posso ver, -Aponto para Iris e Barry, e para Ronnie e Caitlin. – Eu estou feliz que tudo tenha acabado bem, e tudo mais... Sem muito drama... – Oliver me puxa e me beija fazendo eu me faz calar. –Eu estava tagarelando, né? – Pergunto quando nossos lábios se separam, e Oliver apenas confirma com a cabeça.

–Não acredito, até que enfim vocês dois se acertaram. – John tira sarro ao lado de Roy.

–Noticia velha. –Oliver dá de ombro, mas vejo seu sorriso por de baixo do capuz.

–E agora? Aonde está ... –Mas Iris é interrompida, por um raio amarelo e vermelho que entra pela sala e a abraça quase lhe tirando o ar, mas pelo visto ela nem se importa, por que arrancou o capuz do traje e começou a beijar o cabelo vermelho tão característico daquela peste que deixou todos nós preocupados. –Eu senti tanta saudade sua. – Iris chorava abraçada a Wally, enquanto Barry olhava feliz para a cena.

–Eu não deveria ter surgido assim. –Ele diz se afastando, mas Iris o prende.

–Não tem problemas Kid, ela já sabe de tudo. –Barry o tranquiliza, dando um abraço no filho. Wally se vira olhando a todos nós e vem até mim.

–Você moleque quase nos matou de preocupação. – Wally me abraça e eu sinto o desespero dele.

–Tia, foi como a inexistência. –Ele me diz. – Foi como se eu tivesse rodando no espaço sem consciência sem corpo, apensa no limbo. Achei que nunca mais iria voltar. –Meu coração se aperta com a possibilidade.

–Ei, você acha que qualquer um de nós aqui iria deixar isso acontecer? –Oliver bagunça ainda mais o cabelo rebelde de Wally. – Você não voltar não era uma opção.

–Obrigado tio. – E Oliver fica espantado de um jeito positivo em ser chamado assim.

–Quem é você? – Caitlin pergunta olhando para a cena da família feliz, enquanto está sentada ao lado dá maca do Ronnie que parece que ainda dorme.

–Caitlin, Cisco esse é o meu filho, ou vai ser o meu filho, Wally. – Ele apresenta aos amigos.

–Kid Flash. –Cisco dispara o que faz Wally vacilar um pouco em meus braços.

–Você tem que parar com essa história de dar nome para todo mudo. – Caitlin o repreende.

–Mas dessa vez ele acertou! –Ouço Barry dizer e todos nós finalmente damos risada. –É Cisco acho que esse é tipo seu super poder! –Cisco sorri satisfeito com a conclusão de Barry. Iris estende o braço e Wally se acomoda em seu abraço como uma criança se joga no colo da mãe e eu não posso evitar de sorrir.

–Wally, precisamos conversar, preciso saber quem é que vai tentar. –E Barry enfatiza a palavra tentar. –Fazer mal a sua mãe, por que eu não vou deixar. Preciso saber se ele já está aqui, e como faço para encontra-lo, agora sabemos como impedi-lo.

–Muita coisa aconteceu, os eventos foram alterados, e agora eu não sei se os planos dele continuam os mesmos, eu sei que nada pode fazê-lo desistir de te atingir, mas aí o como e o onde, é incerto. –Ele parece frustrado.

–Calma, vamos dar um jeito. – Iris tenta acalma-lo. –Antes não sabíamos o que esperar, mas agora você sabe quem é a pessoa, sabe o que ele quer.

–E não vamos deixar isso acontecer Kid. – Oliver dá um passo à frente. – Sua mãe agora tem muitos guarda-costas, temos uma prisão especial e vamos fazer de tudo para impedir que aquilo volte a acontecer. –Oliver tem o seu braço envolta da minha cintura.

–Obrigado Ollie. – Wally diz abraçado a Iris.

–Barry. –Caitlin chama a nossa atenção. –Acho que você precisa explicar algumas coisas para a gente.

–Como se fosse fácil. – Barry sai balançando a cabeça em resignação e se junta a Caitlin e Cisco para tentar explicar o rolo dos últimos dias.

–Felicity e preciso falar com você, com vocês na verdade. – Iris nos diz, então eu, Oliver, John e Roy nos aproximamos dela e de Wally. –Eu queria agradecer por que sei que vocês cuidaram de Wally, e isso é uma coisa que nunca vou poder pagar. – Oliver abaixa o capuz e retira a máscara.

–Wally é família, assim como Barry e agora você Iris. – Ele começa.

–Oliver tem razão. E nós lutamos pela nossa família. – John complementa.

–Obrigada. – Sua voz sai embargada pela emoção, ela respira e coloca um sorriso no rosto. -Então como é esse lance de ser de uma família de heróis? –Ela pergunta olhando para todos.

–Pouco sono. –Roy começa.

–Muita preocupação. –Digo.

–Brigas, muitas brigas. – John complementa.

–Como vê, você vai adorar. –Oliver tira sarro.

–Eu falei para você que doses diária de Felicity iriam melhorar o seu humor. – Wally tira sarro de Oliver, e é impossível Roy, John, Oliver e eu não acompanharmos sua risada. – Tia Iris, ainda bem que você não conheceu o tio Ollie antes, seria traumatizante.

–Exagerado. –Oliver brinca.

–É... –Roy e John começam.

–Nem tanto. –Finalizo inocente, mas todos os outros caem na gargalhada incluindo o próprio Oliver para minha total e completa vergonha.

WALLY

Tio Barry me contou a loucura que esse lugar ficou na minha ausência, me sinto como um super faxineiro da galáxia nesse momento. Eles me levaram para a casa da minha tia Íris, estavam todos exaustos, acho que ninguém dormiu após meu desaparecimento. O Team Arrow ficaria em um hotel essa noite e voltariam para Starlling no outro dia, apesar dos protestos do Cisco que estava alucinado com o Arrow e as possibilidades de flechas que poderia criar para ele. Entramos os três lado a lado e encontramos o vô Joe sentado no sofá vigiando a porta, sua face mudou instantaneamente de angustia para a mais pura alegria.

–Oh meu Deus! –Diz se levantando e abrindo os braços para mim que apareci no mesmo instante em sua frente o fazendo pular antes de soltar uma gargalhada. –Moleque você é mais parecido com o seu pai do que deveria. –Fala me abraçando.

Meus tios se sentaram no sofá lado a lado e fui me juntar a eles em frente ao meu avô, sabendo que não são todos os filhos que podem participar da conversa constrangedora do seu pai com o sogro a respeito do relacionamento deles. Me acomodei o mais confortável possível para apreciar o show.

–Joe nós precisamos conversar. –Tio Barry começou a dizer.

–Qual o problema agora garoto? –Meu avô respirou fundo levando as mãos à cabeça.

–Não é um problema pai. –Tia Íris diz, e eu preciso segurar o riso, aquilo era melhor do que reprise de City Com dos anos 90.

–Não exatamente. –Concerta Tio Barry.

–Não acho que seja um problema... Foi uma grande solução se for olhar por meu caso. –Murmuro com um sorriso de lado que faz Barry se esquivar de Íris para me lançar um olhar de advertência que melhorou até mesmo minha postura!

–Eu e Íris queremos ficar juntos. –Ele começa a dizer meio atrapalhado e posso ver o esforço na face de meu avô para se manter sério.

–Querem? Por que eu acho que não estão seguros realmente disso? –Perguntar encarando os dois com ar de policial mau, aquele era o melhor dia da minha vida!

–Nós estamos. –Respondem juntos com cara de assustados.

–Mas eu preciso terminar com Eddie, antes de tornar real nosso? –Ela se vira para Tio Barry que sorri a olhando encantado.

–Namoro? –Sugere Barry e Íris pondera por um momento.

–Acho que é isso ai de namorar. –Fala por fim se virando para o pai.

–Parecem confusos. –Vô Joe diz, mas posso ver que está apenas se divertindo as custas dos dois, vou ser eternamente grato por isso.

–Qual é Joe, estamos sentados em um sofá ao lado do nosso filho que veio do futuro... E você acha que é fácil definir um relacionamento diante disso? –Finalmente vô Joe começa a gargalhar se levantando, eu olho primeiro para o rosto dos meus pais antes de imitar o gesto, e tocar a mão de meu avó em comemoração. –Finalmente! –Ele caminha em direção aos dois os abraçando ao mesmo tempo, então Tio Barry abre um pouco a roda estendendo os braços para mim que me junto a minha família no abraço.

–Só tenho uma pergunta que vem rondando minha mente a horas. –Joe diz quando nos soltamos. –Como você pode ter os mesmos poderes de Barry?

–Ai vô, essa coisa de ficar perdido no limbo me deixou tão cansado. –Falo me espreguiçando. –Acho que preciso dormir, desaparecer. –Dou ênfase na palavra para despertar sua curiosidade. –Não é assim tão fácil como parece ser, vocês vão precisar me colocar na terapia quando eu voltar. –Digo aos meus pais que me observam intrigados. –Mãe, onde eu vou dormir? –Já pergunto que é para dar fim ao assunto.

–Vem, vou te levar. –Diz me abraçando pelos ombros.

–Tchau família. –Digo me deixando ser guiado.

–Ele acabou de te enrolar, você percebeu não é? –Consigo ouvir a voz do meu pai, mas já estávamos no meio das escadas.

–Ele enrolou a nós três! –Vô Joe corrigiu.

OLIVER

Chegamos ao hotel já passavam das sete horas da manhã, mas nossos olhos não eram mais capazes de permanecer abertos. John foi quem alugou os quartos, para que ninguém ligasse Oliver Queen a possíveis aparições do Arrow em Central City, como agora eu sou o mais novo integrante da Classe Pobre, quem estava pagando as diárias era Felicity, com um tal fundo do Arqueiro que era basicamente uma porcentagem do meu salário como CEO e antes disso da minha fortuna que eu basicamente gastava com besteiras e flechas, ela nos informou manter (ou desviar) desde o início das nossas cruzadas, esse mesmo fundo bancou nossa viajem a Corto Maltese a algumas semanas atrás e mantinha nosso arsenal de armamento.

Meu quarto tinha três camas e provavelmente seria divido com John e Roy, capaz. Peguei um travesseiro e rumei para o quarto da Felicity que ficava ao lado do nosso, quando um homem em sua sanidade perfeita vai preferir dividir um quarto com dois marmanjos quando sua namorada está na porta ao lado? Entrei em silencio, Felicity parecia estar no banheiro, me sentei em uma pequena poltrona que ficava ao lado da cama de casal, para não assustá-la, pretendia pedir para dormir em seu quarto, persuadi-la a aceitar se necessário, assumo, mas de qualquer forma precisava de seu consentimento.

Ela saiu vestindo uma calça xadrez e camiseta branca, com fones nos ouvidos que estavam ligados a seu celular, e cantarolava Love Never Felt So Good do Michael Jackson enquanto dançava de olhos fechados, nunca vi antes algo mais encantador, com certeza Wally estava certo, doses de Felicity só melhorariam meu humor.

–Baby, love never felt so good. And i doubt if it ever cold! –Ela gira ao som da música em sua mente. –Aaaah! Oliver! –Grita ao abrir os olhos tirando os fones dos ouvidos. –Como entrou? Aliás, o que está fazendo em meu quarto?

–Surpresa? –Testo para ver se serve como explicação, não servia. –Não quero dividir o quarto com John Diggle e Roy Harper, eles são chatos! –Ela dá risada do meu argumento fajuto.

–Oliver você não é sempre a pessoa mais divertida do mundo. –Fala se jogando na cama. –Mas eu posso fazer o sacrifício de te abrigar por hoje. –Ela desliza para o canto me dando espaço. -Quer? –Me oferece um dos fones, que eu aceito confuso.

–Como pretende dormir com esses fones?

–Minha cabeça funciona o tempo todo Oliver, preciso prestar atenção em outra coisa para desligar a ponto de dormir. –Diz colocando o fone novamente no ouvido.

–Posso fazer isso por você. –Digo tirando o fone de seu ouvido, pegando o celular e colocando tudo na cômoda ao lado da cama, ela me observava parecendo assustada.

–Não pretende cantar como aquele vampiro Edward em Crepúsculo não é? Por favor, me diz que não é isso! –Ela começa a tagarelar nervosa quando tiro a camisa e me deito ao seu lado a puxando para deitar em meu peito.

–Preciso ver esse filme. Odeio não entender a referência que todos fazem a ele. –Felicity começa a gargalhar escondendo o rosto em meu peito. –O que foi agora?

–É hilário imaginar você todo... Sabe? Você, assistindo Crepúsculo. –Volta a gargalhar. -Pagaria para ver isso.

–Tem certeza? –Ela me olha intrigada. –Que você pagaria por isso. –Explico com o rosto a centímetros dela.

–Tem coisas que você pode conseguir de graça Oliver. –Ela solta, só então percebendo o quanto a frase ficou mal elaborada. –Sério, eu preciso começar a pensar antes de falar!

–Assim está bom para mim. –Comento antes de beijá-la.

–Podemos deixar esse filme de vampiros para outro dia. –Fala com seus lábios nos meus me fazendo rir. –Isso é estranho? –Começa a tagarelar nervosa novamente me fazendo suspirar entre a diversão e frustração. –Sabe, nós dois a ponto de... –Não pude mais segurar a risada.

–A ponto de que Felicity? Dormir? –Interrompo a olhando nos olhos sorrindo, o que imediatamente revelou uma certa decepção na sua face.

–Quer mesmo dormir? –Diz chocada. –E tem certeza que nunca, na sua vida assistiu Crepúsculo, sério? Por que essa sua...

Interrompi selando nossos lábios e puxando para que se sentasse em meu colo de frente para mim, sem quebrar o beijo. Suas mãos passeavam por meu abdômen e costas, as minhas estavam por baixo da sua camiseta tocando sua barriga lisa, Felicity levantou seus braços se afastando para que pudesse me olhar, tornando obvia sua decisão de avançar naquele momento, sorri antes de tirar sua camiseta com cuidado, admirando cada nova parte que era revelada o seu corpo.

–Linda. –Digo olhando para ela antes de voltar a beijá-la.

Foi algo totalmente diferente de qualquer outra coisa que já havia feito antes, Felicity e eu estávamos fazendo algo além do sexo, era como se ao ligarmos nossos corpos muito mais fosse conectado junto. Eu podia senti-la como uma extensão minha, como um pedaço muito mais inteligente, divertido e atraente meu.

–Eu estava pensando. –Falo em seu ouvido e ela murmura apenas um “Hum” em resposta. –Já perdi as contas de quantas vezes já disse que te amo. –Minha voz era grave a fazendo se encolher a cada palavra. Felicity parou de se mover se afastando para me olhar nos olhos. –Mas nunca te escutei dizer isso...

–Oliver, mas você já sabe disso há anos. –Diz com os olhos intensos.

–Não exatamente, eu sabia que você sentia atração por mim há anos, não que você me ama. –Corrijo a olhando da mesma forma.

–Eu te amo. –Ela fala com um sorriso travesso nos lábios.

–Ainda bem, seria constrangedor se dissesse que não agora! –Brinco a fazendo rir. –Eu amo você Felicity.

–Eu sei. –Respondeu voltando a me beijar.


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Notas finais do capítulo

Meu baby voltou!
Mais lindo do que nunca, bom agora vai ter muito Wally, pra matar a saudade...
Fico pensando o que vai acontecer se ele revelar o spoiler de como se tornou o Kid Flash, não acho que vai prestar...
Nos contem o que acharam! Bjs