Paradoxo escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 11
Here come the sun


Notas iniciais do capítulo

Oie amores!
Então esse capítulo vai falar mais sobre nosso amado Wally e acho que vai começar a explicar a trama, bom já temos pontas soltas em todos os capítulos, mas esse é o maior Spoiler que ele soltou até agora, mas tadinho... Vocês irão entender...
Boa Leitura!



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“Lá vem o sol
E eu digo
Que está tudo bem

Queridinha
Tem sido um inverno longo, frio e solitário
Queridinha
Parece que faz muitos anos desde que ele esteve aqui
Lá vem o sol
Lá vem o sol
E eu digo
Que está tudo bem”

Here come the sun – The Beatles

WALLY

Oh vida complicada essa minha, como se não bastasse vir para o passado onde todos os heróis que eu aprendi a amar e respeitar durante toda a minha vida parecem Cosplay avacalhados do que vão se tornar um dia, ainda piora! Ok eu sei que as vezes abuso no drama, mas juro que essa me fez querer correr imediatamente para o meu tempo e o resto que se dane...

Algumas horas antes...

Oliver estava me ensinando a fazer aquelas barras, me disse que era uma boa para conseguir garotas o que me animou imediatamente. Quando ela chegou, eu fiquei estático em meu lugar assim que ouvi sua voz, Oh meu Deus era ela! Finalmente eu conheceria a Canário Negro, mas então ela entrou em meu campo de visão, era ela, eu podia ver que era, mas pesava uns quinze quilos a menos do que a Dinah que eu conheço e seu semblante transbordava fúria, totalmente diferente da sensual e forte Canário de quem eu tenho um pôster colado em meu quarto, que aliás acho que vou tirar assim que voltar.

—Ollie, eu estou tentando falar com você há dias! –Ela grita furiosa ignorando totalmente a minha presença ao lado dele. –Estou feito louca tentando encontrar o assassino de Sara e você está se divertindo? –Parece enojada me olhando de cima a baixo.

—Quanta negatividade. –Murmuro e Ollie me lança um olhar de advertência que me faz encolher.

—Laurel, eu tenho cuidado disso. –Responde com a voz controlada a olhando com piedade.

—Então não tem cuidado direito! –Gritou caminhando em direção aos computadores da Felicity. Mas que merda era aquela? –Meu pai vive falando da filha morta e da falta que sente dela. –Ela acusa como se fosse culpa do Oliver.

—Você não quis contar a ele Laurel. –Diz fechando os olhos. –Tenho muitos problemas com os quais estou lidando nesse momento, mas nenhum deles tirou meu foco de encontrar quem matou Sara.

—E você quer que eu perca meu pai agora também! –Ela parecia fora de controle. –Eu não posso perder mais ninguém Ollie!

—Não quero que você perca! Não foi o que eu disse. –Ela se aproximou parando a centímetros dele o olhando desafiadoramente.

—Você não se importa! –Disse cada palavra com uma fúria carregada antes de se afastar e sair da caverna.

Eu fiquei em choque. Essa é a porra da minha psicóloga? Minha conselheira e treinadora? Oliver parece novamente o Lula Molusco mal humorado de antes quando ela sai. Aquilo era muito para mim, vou para a casa de Felicity tomar um banho rápido, visto meu uniforme e saio decidido a encontrar algo que acabe logo com isso e me faça voltar para minha Artêmis, para minha vida.

Em segundos estou no apartamento de meu tio em Central City, a chave está no mesmo buraco na parede de sempre. Entrei em passos cuidados escutando vozes vindas da pequena sala dele. Caminho até lá em silencio e meu coração para, minha tia Íris ria de algo que o tio Barry falava com ela como sempre foi, aquilo fez com que eu me lembrasse de por que estou aqui, e por que vim de tão longe. Precisava salvar as pessoas que eu amo e que me criaram. Não sei em que momento as lágrimas começaram a rolar por minha face, mas sentia uma falta tão grande daquele sorriso que não sei descrever, eu devo o que sou hoje a eles, aos dois que lutaram por mim, que me criaram como se eu fosse deles e que nunca me pediram nada em troca. Limpo as lágrimas e caminho em direção a eles, eu sei que deveria sair e deixá-los sozinhos, mas não poderia me afastar, não quando a saudade de os ver me causa mais dor do que eu posso suportar. Meu tio é o primeiro a me ver e ele me encoraja com um sorriso a me aproximar.

—Íris. –Ele diz se levantando e estende a mão para que ela se levante junto. –Esse é o amigo de quem lhe falei. –Wally, essa é Íris West, minha melhor amiga. Ele pisca para mim e eu preciso me controlar para não a abraçar com toda a força que tenho em mim.

—Oi. –Digo em um fio de voz, era o máximo que conseguia fazer.

—Oi Wally. –Ela se aproxima com seu sorriso fácil. –Sinto como se já te conhecesse. –Íris estuda meu rosto por alguns segundos enquanto eu me controlo para não chorar. –Aconteceu alguma coisa? –Pergunta preocupada tocando meu braço.

—Nada você só me lembra minha mãe. –Digo e Barry se aproxima me olhando com carinho.

—O que aconteceu com sua mãe? –Seu faro de repórter parece ser aguçado desde sempre.

—É uma longa história.

—Bom, acho que temos tempo. –Ela me arrasta para o sofá e eu fico sentado no meio dos dois. –E você parece estar precisando conversar.

—Ela não é minha mãe na verdade, é minha tia. –Começo a contar. –Eu fu adotado por meus tios, que não são exatamente meus tios. –Barry concerta sua postura interessado na história. –Eu tinha seis anos quando a conheci. Ela é repórter, muito boa por sinal. Estava investigando a família da qual eu fazia parte, eu era espancado e trabalhava em uma fábrica que meu pai biológico coordenava. –Barry cerrou as mãos em punho, seus olhos brilhavam. –Ela era boa para mim, sempre me trazia biscoitos quando chegava na fábrica e fazia curativos em meus machucados, que eu tirava assim que ele dava as costas ou apanharia mais em casa quando chegasse. Eu já a amava, e acho que ela também, pois trabalhou duro em meu caso e conseguiu com que meus pais fossem presos e fui levado para um orfanato por um tempo. Mas ela voltou a me procurar, jurou que me tiraria de lá e tirou. –Íris chorava emocionada agora. –Minha mãe estava noiva do meu pai ou minha tia estava noiva do meu tio. –Dei de ombros. –Como vocês preferirem, quando ela me adotou, por esse motivo eu tenho apenas o sobrenome dela, algo que é motivo de briga para meu tio ainda hoje. –Dou uma risada nostálgica e Barry me acompanha. -No começo eu sempre chorava quando me diziam que eles eram meus pais, pois na minha cabeça pais eram maus e eu amava o casal que me adotou e eles me amavam de volta, então meu tio encontrou a solução. –Barry segurou a minha mão. –Eles seriam meus tios se assim eu quisesse, mas no coração deles eu era um filho, o que para mim estava bem, pois não sabia o que a palavra filho significava, ninguém nunca havia me chamado assim antes, mas ele chamou. Meu pai chamou! –Eu olho para Barry que tinha lágrimas escorrendo por sua face.

—Sinto muito Wally, por tudo o que você passou. –Tia Íris disse secando uma lágrima de seus olhos. –Mas pais são aqueles que criam, que amam e você parece ser muito amado pelos seus. Acho que são grandes pessoas!

—São os melhores. –Digo orgulhoso.

—Ei Kid. –Tio Barry chama. –Com certeza eles são seus pais. –A intensidade em sua face é como uma promessa, uma certeza absoluta.

—Mas onde eles estão? –Íris pergunta em voz baixa. –Seus tios?

—Minha mãe ou tia, foi assassinada e depois disso meu tio não foi mais o mesmo, ele se perdeu em dor. –Respiro fundo contendo minhas lágrimas.

—Posso te dar um abraço. –Tia Íris pergunta e eu confirmo feliz. –Acho que nós dois precisamos disso. –Ela não faz ideia do quanto.

Me levanto, pois quero um abraço de verdade, ela se levanta em seguida. Envolvo seu corpo com cuidado como se ela fosse extremamente quebrável, mas assim que nos abraçamos e ela acaricia meu cabelo como sempre fez eu me sinto em casa, pois estava, eles eram meu lar. Me canso de segurar as lágrimas e choro abertamente de felicidade dessa vez, por estar novamente nos braços da minha mãe. Algum tempo depois Barry nos abraça e finalmente depois de um tempo muito longo eu me sinto novamente seguro.

FELICITY

—O que aconteceu com Wally? –Pergunto enquanto desço as escadas. – Ele apareceu todo atordoado em casa, tomou um banho e simplesmente fugiu, parecia que tinha sido atropelado por uma carreta. – Vejo que Oliver está treinando sozinho, e realmente parecia irritado.

—Ele conheceu Laurel, e ela não estava nos seus melhores dias. – Ele bate em um boneco como se a culpa fosse do pobre coitado.

—Tá aí, eu ainda não a vi em um desse ‘melhores dias’. –Me jogo em minha cadeira. –Cadê os outros? – Me viro para começar a refinar o meu programa.

—Não chegaram ainda. – Sinto se aproximar, se apoia na mesa dos computadores. –Laurel está revoltada por que acha que largamos o caso de Sara. –Vejo toda a tensão voltando aos seus ombros.

—Isso é ridículo, nos amávamos Sara, e provavelmente a entendíamos de uma maneira que Laurel nunca vai entender, lutamos ao lado dela, demos apoio quando ela mais precisava e Laurel lhe virou as costas, não é justo agora ela se bancar de toda sofrida. – Eu me revolto.

—Era a irmã dela no final das contas. –Oliver tenta justifica-la.

—E por causa do remorso que ela tem ela tenta achar alguém para extravasar, e joga tudo em cima de você. Justo agora! – Eu me exaltava a cada palavra, olho para Oliver e vejo um sorriso triste ali.

—Isso não muda em nada o que temos. –Acaricia a minha face, e é impossível eu não me acalmar ao com o seu toque.

—Não estava dizendo isso Oliver. –Me olha como se pedisse explicação. – Justo agora que você está mais leve, você tinha tirado o peso do mundo que insistia em carregar nos ombros, ela vem e joga tudo sobre você. Não é justo. – Falo triste diminuindo minha voz a um sussurro. –Você merece mais que ficar se remoendo pelas coisas que estão fora de seu controle, você merece ser feliz.

Oliver sorri, mas o sorriso não atinge o olhar. – Um passo de cada vez? – E eu não aguento vê-lo assim, me levanto e passo meus braços em volta de seu pescoço.

—Eu falei que acharia um jeito de te trazer a realidade, lembra? – Ele assente. – No momento, essa é a melhor maneira que eu encontrei. – Eu o puxo para mim, e o beijo, de começo os seus lábios estão tensos, mas ele vai relaxando, vai se entregando, envolve minha cintura com seus braços e sua língua acaricia a minha, seus lábios se modelas nos meus, Oliver tenta nos separar, eu o impeço prendendo o seu lábio inferior com uma leve mordida, o que faz dar um sorriso contra a minha boca.

—Essa é uma boa tática. – Me diz com a boca ainda colada na minha, e eu sentia o peso pouco a pouco saindo de cima dele.

—Tenho os meus momentos. – Acaricio sua barba por fazer.

—Oh se tem! – Ele gargalha facilmente.

—Me promete que quando estiver preste a voltar a ser aquele Oliver taciturno e fechado, você vai me procurar? – Eu o prendo em meu olhar.

—Por que, você não gosta daquele Oliver? – Me pergunta fazendo graça.

—Eu gosto de todos os Olivers, eu só não sei se você se gosta tanto daquele jeito. –Tento ponderar.

—Felicity, você é notável. – Ele ainda me tem em seus braços, e se diverte fazendo graça de algo que ele já tinha me dito a tanto tempo atrás. – Mas você já sabe disso.

—Nunca me canso de ouvir. – Sorrio procurando sua boca novamente, mas nosso beijo é interrompido, quando ouvimos a porta sendo aberta, volto a me sentar na minha cadeira e Oliver caminha, agora, mais relaxado para continuar o seu treino, mas era nítido o clima leve e agradável.

—Perdi alguma coisa? –John entra, e parece confuso com a nossa ‘alegria’ – Até parece que vocês viram passarinho verde. – Eu realmente tinha visto algo verde, mas não era passarinho.


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Notas finais do capítulo

Então amores, queremos muito saber o que acharam e o que esperam que aconteça de agora em diante... Eu não sei vocês, mas o Wally quebrou meu coração em pedacinhos muito pequenos... Bjs