Paradoxo escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 10
Want U Back


Notas iniciais do capítulo

Oi amores!
Então você reclamaram que não teve Barry e Caitlin no último capítulo, estamos compensando nesse.
Bom, não sei se vocês repararam mas em todos os capítulos tem o trecho de uma música que da nome a eles. Essa música tem algo relacionado a trama do capítulo e mesmo da história as vezes... Esperamos que curtam o capítulo de hoje!
Boa leitura!



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Hey, eu estava farto de jogar
Sabia que eu precisava melhorar
Então eu fui embora, embora, embora
Agora, você vê que eu tenho de saído
Com outra garota na cidade
Pelo menos ela não me deixa triste

Lembra de todas as coisas que você e eu fizemos primeiro?
Você me teve, me teve dessa forma
E agora você está levando ela para todos os restaurantes
E em todos os lugares que fomos, qual é!
E agora você está levando ela para todos os restaurantes
Você me teve, me teve dessa forma
Garoto, você pode dizer o que quiser
Isso não significa nada, ninguém mais pode te ter
Eu quero você de volta

Eu terminei pensando que você ficaria bem
Mas agora me sinto mal te vendo chorar
Eu quero a gente de volta
Yeah, eu quero a gente de volta

Por favor, me livre do ciúmes
Você sabe que você pertence a mim
E eu vou te fazer ver, ver, ver

Você claramente não pensou nisso
Porque eu fiz de tudo por você
E agora eu não sei o que fazer

Want U Back – Couver Boyce Avenue.

ÍRIS

—Ed, eu realmente quero ir para casa, estou com dor de cabeça. – Tento fugir.

—Até parece que já somos casados e você quer se livrar de mim. – Diz rindo, mas o que ele não sabe é que é exatamente isso que eu quero fazer, desde que ele e meu pai saíram da delegacia eu tento achar uma maneira de me esgueirar para minha casa e me encolher no escuro no meu quarto.

—Não seja bobo. – Tento parecer ofendida. –Só tem sido uma semana difícil na faculdade. – Essa era a desculpa que eu vinha dando desde que tudo isso tinha começado.

—Eu sei, e por isso que não temos passado muito tempo juntos. Seu pai até inventou um almoço com um antigo amigo, só para nos dá mais espaço. O que foi esquisito e legal da parte dele. – Ed pega a minha mão e leva a boca dando um beijo terno, eu sorrio para ele, para deixa-lo feliz. –Aqui perto tem um restaurante ótimo, ele inaugurou faz pouco tempo. –Ele sorri.

—Ed, eu não estou com fome, será que não podemos tomar um sorvete e está bom? – Tento barganhar.

—Você não está com fome, mas eu estou morrendo, meu estomago está falando mais alto que eu. Vem, é aqui. –Ele indica uma porta que leva para uma escada estreita, mas o desconforto acaba ai, por que subimos e o local é amplo e bem iluminado, vasos de diversas flores pendiam do teto junto com pequenas luminárias, dando ao local ar lúdico. –Bonito, não?

—Sim. –Apesar do que eu sentia no momento, eu não podia negar que era um local muito bonito e romântico.

—Olha ali, não é o Allen. – E antes que eu pudesse impedi-lo, Ed já estava do lado da mesa de Barry, me deixando estagnada no balcão do hoste, que me olhava intrigado. Sinceramente eu pensei em sair dali correndo o mais rápido que meus pés pudessem me levar, mas eu não conseguia nem mesmo mexer um dedo. –Iris? – Ed me chama, eu respiro duas vezes profundamente. Eu tinha que me controlar, não podia demonstrar nada do que estava sentido agora, seja lá o que eu estava sentindo. –Vem vamos sentar com Barry e a amiga dele. –Ele me arrasta até a mesa dos dois.

—Ed, você não vê que estamos atrapalhando? Vamos deixá-los em paz. – Me viro para o ‘casal’. –Oi. Desculpa atrapalhar. – Por mais que eu queira que sai casual, me parece mecânico, sei que Ed não notou, muito menos a Dra. Snow, mas vejo pelo olhar de Barry que ele percebia que tinha alguma coisa errada comigo.

—Não vão atrapalhar nada, não tem nada para atrapalhar. – Dra. Snow apressa-se em dizer. Barry apenas murmura um ‘é’ sem muita convicção.

—Viu Iris. – Ed pede para um garçom juntar as mesas e assim eu me vejo sentada ao lado de Barry, que parecia ter algo muito interessante nas mãos pois não tira os olhos delas. –Então vocês dois estão saindo? –Eu juro que quis estrangular Ed quando ele fez essa pergunta, vi que Snow ficou vermelha e Barry engasgou com a água que estava tomando.

‘Ótimo almoço, vai ser eterno’ Penso. E antes que qualquer um dos dois possa responder o garçom veio pegar o nosso pedido. Aproveitei a deixa para ir ao banheiro. Eu precisava de espaço, de oxigênio. Eu precisava era da minha cama e um pote de sorvete, mas isso teria que esperar até esse bendito almoço terminar. Me olho no espelho do banheiro e tento colocar um sorriso em meu rosto, é inútil. O sorriso que aparece ali é tão triste que só de ver o reflexo tenho vontade de voltar a chorar.

‘Não, você tem que aguentar, pelo menos essa hora.’ Me forço e respiro profundamente.

Quando saio do banheiro Barry está encostado na parede que fica à frente da porta.

—Você está bem? –Ele parece realmente preocupado, eu tenho vontade de gritar para ele que não, eu não estou bem, que ele prometeu que nada iria mudar e que agora tudo tinha mudado, mas me seguro. ‘Só essa hora.’ Repito para mim mesma.

—Estou. – Digo tentado colocar um sorriso em meu rosto.

—Vamos lá Iris, isso não me engana. O que está acontecendo com você? – Ele tenta me encurralar.

—Tentei te dizer por telefone. –Tento fazer a casual. –Mas não tem problema, outra hora eu te conto. –Vamos, estão nos esperando.

—Qual é Iris? Você nunca conseguiu mentir para mim. – Eu via como aquilo estava deixando desesperado.

—Não entre nesse barco agora. – Eu o deixo, e vou até a nossa mesa. –Me desculpe, mas houve um problema na redação do jornal da Universidade, o meu professor acabou de mandar uma mensagem me convocando. Foi um prazer revê-la Dra. Snow, tchau Ed. –Não me viro para Barry. – Tchau. -Eu saio de cabeça baixa e corro de volta para o meu carro. Por que aquilo estava doendo tanto?

Chego em casa subo direto para o meu quarto, e a primeira coisa que vejo e aquela maldita foto, pego e tento rasga-la, mas não consigo, abro uma gaveta e a jogo lá dentro, como se assim eu pudesse guardar toda a dor, confusão e tristeza que eu estava sentindo. Me olho no espelho e aquele sorriso triste tinha sumido e agora eram lagrimas que lavavam o meu rosto. Jogo-me na cama e me abraço com o travesseiro e fico ali, chorando, até não sei quando a exaustão me ganha e eu adormeço.

BARRY

Então é isso? Eu finalmente dou a ela a chance de seguir a vida e ter os “namorados” que ela deve ter antes de mim como Wally disse, mas o que foi aquela cena? Conheço Íris melhor que qualquer um e sei que ela não está bem, não chega nem perto disso. Me sento em frente a Caitlin e Ed que parecia arrependido agora, babaca.

—Você está bem? –Caitlin me pergunta preocupada.

—Sim. –Dou um pequeno sorriso para ela que assente sem comprar minha resposta, mas disposta a me dar espaço. –O que você pediu? –Pergunto tomando o cardápio que ela tinha em mãos apenas para fazê-la rir com a provocação.

O almoço passou rápido, mais rápido do que eu esperava, mas o chato do Ed continuava sentado ao lado de Caitlin que me olhava entediada todas as vezes que ele abria a boca e eu acabava tendo que segurar o riso ou fingir uma tosse. Pagamos a conta e eu fui leva-la de volta para a SL apesar de seus protestos.

—Obrigada por vir. –Digo enquanto caminhamos.

—Não é como se tivesse tido escolha. –Ela responde rindo. –Truque Jedi? Você jura? –Ela me olha com a sobrancelha erguida e eu dou risada.

—Conheci isso? Claro que conhece! –Eu mesmo respondo minha pergunta.

—Acho que deveria ir vê-la. –Ela diz me surpreendendo, eu paro em sua frente a encarando, mas seu rosto é sereno. –Barry, ela está mal. Por que você falou que a amava e não a deu tempo de responder.

—Não tinha nada para responder, Caitlin. –Respondo segurando seus ombros, ela olha para minha mão que a está tocando e esboça um pequeno sorriso.

—Você a ama, Barry. –Ela me olha nos olhos e seu olhar é intenso. –Eu sei, pois a olha como o Ronnie me olhava. –O sorriso em seu rosto é triste e nostálgico.

—E como acha que eu te olho? –Pergunto sem pensar.

Caitlin fica estática a minha frente totalmente surpresa, bom eu também estou surpreso se isso serve de consolo. Não faço ideia de por que eu disse isso, ou por que estou aqui em frente a ela com vontade de beijá-la. Eu amo a Íris, e tenho que ir ver como ela está, não por que a amo, mas por que sou a droga do melhor amigo dela. Só que nesse momento eu consigo respirar, quando estou com Caitlin eu sinto que posso fazer isso.

—Somos duas partes quebradas, Barry. –Ela diz desviando seu olhar do meu.

—Eu sei. –Concordo tocando seu queixo para que ela me olhe nos olhos. –Não estou te usando, acredite em mim.

—Mas eu posso estar usando você. –Ela responde triste. –Eu me sinto bem quando estou com você, é como se pudesse...

—Respirar. –Dizemos juntos.

—Exatamente. –Ela sorri. –Não quero estragar isso.

—Nem eu!

—Então vá logo ver a Íris! –Manda fechando a cara, mas posso ver um sorriso querendo surgir em seus lábios.

—Eu vou. –Respiro fundo tirando minhas mãos de seus ombros. –Mas volto. Está me ouvindo? –Tomo sua mão na minha. –Eu vou voltar. –É uma promessa e ela assente sorrindo.

Eu desapareço correndo o mais rápido que posso o que me faz chegar à porta de Iris em segundos. Então como mágica o buraco em meu estomago se abre e eu já mal posso respirar novamente. Toco a campainha inseguro e aguardo, é Joe quem abre a porta e me diz que Íris está em seu quarto. Subo as escadas imediatamente antes que Joe termine de falar eu já estou em sua porta. Bato uma vez, mas ela não responde então resolvo entrar.

Acho que meu coração parou por um segundo. Íris está dormindo abraçada ao travesseiro, ainda vestindo o vestido laranja que usava mais cedo no almoço. Não pude evitar o sorriso de admiração que se formou em meu rosto. Como ela pode ser assim tão linda?

Me aproximo temeroso deitando do lado vago de sua cama. Ela se mexe um pouco parando o corpo a centímetros do meu, viro de lado e agora estamos um de frente para o outro, só o que nos separa é o travesseiro em seus braços.

—Íris. –Chamo seu nome em voz baixa e ela murmura um “hum?” em resposta. –Íris. –Falo um pouco mais alto dessa vez e ela começa a abrir os olhos com dificuldade.

Espero paciente que ela desperte sem tirar meus olhos de seu rosto, o que não poderia fazer nem se eu quisesse ela me hipnotizava. Nossa familiaridade é tamanha que em momento algum ela se assusta por me ver ao seu lado na sua cama.

—O que você está fazendo aqui? –Ela pergunta sem mudar de posição.

—Eu vim cuidar da minha melhor amiga. –Respondo e um pequeno sorriso surge em seu rosto.

—Pensei que essa vaga havia sido preenchida. –Posso sentir a mágoa disfarçada em sua voz, mas tento ignorar.

—E foi! –Respondo sorrindo, mas ela fecha a cara. –Há vinte e três anos atrás, por você! –Explico e ela se aproxima mais tocando sua testa na minha.

—Não posso te perder Barry. –Diz e meu coração bate frenético em meu peito. –Não pude suportar uma semana sem você, imagina uma vida inteira. –Uma lágrima escorre por seu rosto.

—Você não vai me perder por que eu tenho uma nova amiga, ou se tiver uma namorada. –Ela me olha assustada. –Você vai ser sempre minha melhor amiga no mundo.

—Mas isso não é o bastante para você. –Ela diz chorando. –E um dia vai se cansar. –Eu dou risada por seu argumento ser tão absurdo.

—Eu encontrei alguém Íris. –Digo a ela acariciando seu rosto. –Ela me faz sentir bem. –Então o choro de Íris se intensifica e eu não consigo mais entender o que está acontecendo.

—Eu não faço o mesmo, não é? –Íris passa a mão nos olhos limpando as lágrimas.

—Você faz com que todos os meus sentidos fiquem loucos... Como se o mundo inteiro perdesse o foco e só existisse você nele. –Tento explicar. –Mas não quero que se sinta obrigada a ficar comigo por que eu te amo e você me ama de uma forma diferente. Íris eu fico feliz se você estiver, e você ama Ed. –Ela balança a cabeça abrindo um pouquinho mais o buraco em meu peito. –Eu prometo que não vou deixar de ser seu amigo. Estou feliz agora e acredito que encontrei alguém que vai me ajudar a te amar da maneira certa. –Digo a ela.

—Eu te amo Barry. –Ela diz, e como eu queria que fosse da forma que eu amo, mas não é.

—Eu sei. –Respondo me virando de barriga para cima e Íris se deita em meu peito. – Nós vamos ficar bem.


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Notas finais do capítulo

Agora nos contem, o que acharam?
Beijos seus lindos :)