Paradoxo escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 1
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Notas iniciais do capítulo

Estamos de volta com mais uma parceria!Sweet Rose me convidou para escrever novamente ao seu lado, sobre meu super herói preferido e seu universo, e bom eu aceitaria independente de qual fosse a história, mas confesso que por ser o Flash eu me sinto muito animada! E se vocês gostaram de nossa parceria em The Guest, espero que curtam Paradoxo! Boa leitura!



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EM ALGUM LUGAR

Gritos, choro, sinto a chuva cair sobre mim, ouço um trovão estremecer a terra, eu tenho medo, aquilo precisa parar, eu preciso fazer parar. Me levanto, eu não posso fazer nada de joelhos aqui caído e começo a correr, mas o choro, os gritos e os trovões ainda ecoam em meus ouvidos, então eu corro mais, mas quanto mais eu corro mais forte eles parecem entrar em minha mente, eu quase perco o passo, mas me obrigo a continuar mais rápido, choro, gritos, trovões.

Mais rápido, choro, gritos, trovões.

Mais rápido, choro, gritos, trovões.

E de repente eu não ouço mais, eu apenas vejo um flash cruzando o céu.

SARTLLING CITY

OLIVER QUEEN

—Onde ela está? – eu andava impaciente de um lado para o outro na caverna, lá fora uma chuva inesperada assolava toda a cidade, e estava totalmente cociente dos olhares que Roy e Diggle trocavam, mas não me importo. Até que ouço a porta abrindo.

—Doze chamadas? Por acaso você sabe que eu estou trabalhado? – Ela entra tentando secar os cabelos que ficaram encharcados pela chuva e tirando o sobretudo que lhe cobria o vestido. Era incrivelmente perturbador ver a ira dessa mulher de um metro e sessenta. –Eu estava em reunião.

—Precisávamos de você aqui – tento parecer indiferente.

—Eu trabalho, Oliver. Estou trabalhado para reerguer a sua empresa...

—A empresa do Ray Palmer, você quer dizer – acuso.

—A empresa que tem o seu sobrenome na fachada, então é sua empresa – joga as mãos para o céu como se não valesse apena dizer o que queria, algo que me frustra no mesmo momento.

—Não quero interromper essa conversa tão produtiva, mas Felicity seus computadores começaram a apitar freneticamente. –John chama a nossa atenção.

Felicity corre para ver do que se trata e eu estou logo atrás dela. As luzes piscam na tela verde e preta de seu programa, não entendo um terço do que aquilo significa, mas por sua expressão não preciso ser um hacker para saber que era uma merda das bem grandes.

—O que é? – pergunto impaciente.

—Uma anomalia, não tem como explicar, preciso de mais dados – digita freneticamente. – Não sei te dizer sé é algo que vai causar danos a cidade.

—Eu e o Roy vamos verific... – Antes mesmo que eu termine de falar outro alarme soa. –O que é agora?

—Roubo de suplementos médicos em andamento – ela lê a informação na tela.

—Você vai ver a tal anomalia –Dig me diz. –Eu dou cobertura para o Roy – pega sua arma e sai com Roy o seguindo.

—Oliver está se intensificando –Felicity olha os números alarmada.

—Me guia –pego meu arco e sigo pela cidade. A chuva é forte e os trovões assustariam muito por aí, chego ao local indicado, mas além da chuva forte nada parece errado. – Felicity, tem certeza que é aqui? – sabia que ela tinha certeza, mas deveria estar vendo algo de outro mundo, tudo está completamente normal.

‘Oliver os meus computadores estão ficando loucos. É perigoso você ficar tão perto, sai daí!’ Felicity praticamente grita em desespero, mas não há nada. E de repente um estrondo e eu vejo Barry Allen vestido de Flash caído no chão. Desço do alto do prédio e vou ver o que ele tem.

—Felicity é o Allen, está caído, não sei se está ferido.

‘Como assim o Barry?’ Ela parece assustada. ‘O que ele tem?’ Sua voz indica seu desespero.

Eu me aproximo, mas Barry se levanta parecendo estar subitamente melhor. Ele cambaleou alguns passos para os lados, deu alguns tapas na cabeça como se tentasse fazer com que água escorresse por seu ouvido e desapareceu. Olhei para os lados sem saber o que falaria para a Felicity.

—Dig, Roy –chamo pelo comunicador.

‘Acabou Oliver.’ Escuto a voz de Diggle dizer. ‘E com você aí?’

—Era o Barry, ele parecia ferido, depois não parecia mais – estou completamente confuso. –Agora o garoto desapareceu.

‘Cara é melhor o encontrar, e contar para a Felicity o que aconteceu.’ Roy diz pelo comunicador com alguma piedade na voz.

Levo as mãos à cabeça, andando de um lado a outro. –Contamos quando chegar a caverna – decido, mas não segui direto para a caverna, subi em minha moto e tentei localizá-lo.

WALLY WEST

Oi meu nome e Wally West, o homem mais rápido... Bom, isso não é verdade. Quer dizer, meu nome é mesmo Wally West e eu sou digamos que o segundo homem mais rápido vivo, apesar que meu tio, Barry Allen não está o que podemos chamar de vivo no momento, não no sentido mais amplo da palavra. Aconteceram algumas coisas em minha família, coisas ruins que levaram meu tio a desaparecer, mas aqui estou eu tentando concertar a bagunça. –E espero conseguir, pois o mundo precisa do primeiro Flash. –Tecnicamente ele não é exatamente o primeiro, mas isso não é realmente importante nessa história, o lugar onde eu estou agora é.

Venho do futuro, para ser mais exato do ano 2030. Eu sei, impressionante. A verdade é que eu sou impressionante... Sem modéstia. Meu tio Barry descobriu que por sermos capazes de quebrar a barreira do som e correr na velocidade da luz nós temos a habilidade de viajar no tempo e entre as dimensões, e foi o que eu fiz, voltei a dezesseis anos atrás para evitar a tragédia que aconteceu nos meus dias atuais.

Eu precisei assumir o manto do meu tio como o Flash por algum tempo, mas isso é temporário, na verdade eu sou o parceiro dele, podem me chamar de Kid Flash. Peguei esse endereço nos registros da Liga da Justiça, outro lugar do qual eu não sou membro oficial, mas meu amigo Asa Noturna é um dos melhores hackers que conheço, só não é melhor do que essa pessoa com quem eu vim me encontrar –E pela quantidade de informações ele coletou tenho certeza que ela o ajudou.

Parei em frente a uma boate que parece ter sido abandonada a um tempo, o nome dela é Verdant, fui em direção a uma entrada escondida que constava nas anotações que não foram feitas pela letra do Asa, mais uma vez provando a ajuda dela. 1414 era o código de acesso a caverna do Green Arrow que segundo as anotações era chamado apenas de Arrow nessa época. –Preciso me lembrar disso!

Entrei em uma velocidade humana normal, eu usava o traje do meu tio, seu primeiro traje. Já era noite e Asa Noturna me disse que a familiaridade da roupa me daria tempo suficiente para me explicar e caso não conseguisse, eu tinha sorte por ser muito rápido. Então eu a vi, meu coração estava acelerado. Dizem que o tempo faz mal as pessoas, mas no caso dela não fez em nada, ela continuava linda e Ollie que não me ouvisse pensar isso, mas UAU! Felicity Smoak estava usando um vestido amarelo, sentada em frente a quatro computadores, ver isso era equivalente a um fã de rock voltar no tempo e impedir o John Lennon de conhecer a Yoko Ono.

—Orac... Felicity! – concertei o nome no meio do caminho. Ela se virou em minha direção então um breve sorriso se formou em seu rosto.

—Barry! – diz se levantando. –O que faz aqui? – perguntou em um impulso, mas eu estava ocupado de mais babando para responder. –Quer dizer... É bom te ver, mas não pensei que seria assim tão cedo.

É impressão minha ou isso está com clima de flerte? Barry espertinho... Nunca imaginaria que ele e uma de suas melhores amigas.... Rá! Espera só até que eu conte isso para a Artémis! Ela vai ficar chocada.

—Barry! – chamou me fazendo sair do meu devaneio.

—Felicity – digo seu nome com cuidado. –Eu preciso que confie em mim, e preciso de sua ajuda.

—Claro, qualquer coisa – responde prontamente dando um passo em minha direção, ergo os braços para que ela não se aproximasse mais, a fazendo parar confusa me olhando de forma estranha.

—Eu não sou o Barry – corro muito rápido parando a uma distância maior para que ela se sentisse segura. –Sou sobrinho dele – retiro minha máscara revelando meus cabelos ruivos e tento sorrir de forma amigável.

—Você tem os mesmos olhos – diz se aproximando com a mão estendida em minha direção inconscientemente. –Mas como você... Como pode... Eu estou confusa –eu ainda estava abobado por seu eu jovem ser ainda mais impressionante do que a versão dela com a qual convivo.

—Viajem no tempo – começo a explicar. –Eu e o tio Barry tiramos nossos poderes de uma coisa que se chama força da aceleração, depois que descobrimos como ela funciona, descobrimos também que podemos quebrar as barreiras sônicas.

—Se movimentando pelo tempo – completa fascinada, me fazendo estar à beira de um ataque fã boy. –Eu acho que entendo. Mas qual o seu nome? – questiona me olhando com seus incríveis olhos azuis escondidos atrás daqueles óculos.

—Wally – respondo com meu melhor sorriso. –Te falaria meu sobrenome, mas sabe como é, seria um spoiler muito grande do futuro! –Ela concordou balançando a cabeça com um sorriso nos lábios.

—Preciso avisar ao Oliver, vou pedir que ele volte, assim você só precisa contar isso uma vez – avisa. –Oliver! – chama tocando o comunicador preso a sua orelha.

Ela adiantou boa parte da história para ele ainda a distância e justificou que fazia para meu próprio bem, o que me fez engolir em seco. O primeiro a chegar foi John Diggle e ele estava em seu auge, não consegui evitar de me encolher quando ele entrou, pensando em um episódio de algumas semanas atrás envolvendo, eu, Sara e a arma dele. Cheguei rapidamente a conclusão de que prefiro esse Diggle ao da minha época.

Em seguida Arsenal passou pela porta, Roy Harper é um dos melhores amigos do Asa e um bom amigo meu hoje. Apesar de ele já ser membro da Liga, ser mais velho e mais experiente, é o tipo de cara com quem você pode contar. Precisei me segurar para não o cumprimentar com mais familiaridade.

E por último Oliver Queen em pessoa, o próprio Green Arrow passou pela porta, e logo de cara descobri que ao contrário do caso de Diggle o GA da minha época é muito mais maneiro. Segundo os arquivos que precisei estudar antes de vir, esse era um dos piores anos para o Arrow e um não tão bom para o Flash.

—Como sabe que podemos confiar nele? – perguntou desconfiado para Felicity com as mãos firmes em volta de seu arco, não que ele pudesse me acertar uma flecha, nem se quisesse.

—Da mesma forma que eu sabia que podia confiar em você! – argumentou fazendo que seu semblante mudasse por um segundo. O que estava acontecendo entre esses dois? Não era essa a relação Oliver e Felicity com a qual eu estou acostumado.

—Eu tenho algo que talvez possa ajudar – digo quando Oliver estava prestes a protestar. –Um amigo me orientou a usar isso somente se fosse necessário e que deveria entregar apenas para os donos –retiro dois envelopes do compartimento da minha roupa entregando um para Oliver e outro para a Felicity. –Aí vocês irão encontrar algo que só vocês sabem, escrito pelo eu de vocês que vive em minha época – eles abriram seus envelopes e ficaram imediatamente verdes. Oliver levou seu papel a uma das mesas ligando uma espécie de maçarico e o queimando, Felicity imediatamente imitou o gesto. –Então confiam em mim agora? – questiono sorrindo e os dois apenas balançaram a cabeça concordando.


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Notas finais do capítulo

Galera, não sejam fantasminhas. Nos contem o que acharam e o que esperam da fic! Bjs



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