Music of The Night escrita por Elvish Song, TargaryenBlood


Capítulo 3
Sob as asas do Anjo


Notas iniciais do capítulo

Olá de novo, meninas! Vim revisar esta fic, porque encontrei um vídeo que se encaixa perfeitamente a esse capítulo, feito com montagens de cenas do filme, e ao som de Beneath a Moonless Skky, de Love Never Dies (sequência de O Fantasma da Ópera). Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/558867/chapter/3

POV Christine

Como descrever o que sentia naquele momento? Minha mente não funcionava de modo normal! Eu deveria estar assustada, mesmo com medo, mas só conseguia sentir espanto, admiração e encantamento; e não apenas o palácio subterrâneo me deixava maravilhada: meu Deus, quem era aquele homem terrivelmente fascinante e encantador?! Seus olhos me prendiam, dominavam e submetiam... Eu não seria capaz de lhe negar o que fosse! Certo, precisava admitir: estava completamente apaixonada por ele!

Em meu estupor, ouvi sua voz hipnotizante preencher o ar:

— I have brought you

To this secret music’s throne;

To this kingdom where all

Must pay homenage to music— Ele se livrou da capa num movimento elegante, e voltou-se para mim:

— You have come here

For one purpose and one, alone:

Since the moment at first I heard you sing

I have needed you with me

To serve me, to sing

For my music…

Não há palavras para descrever o efeito que sua voz exercia sobre mim; cada sílaba, cada tom penetrava minha mente e minha alma, acelerava meu coração, destruía totalmente minhas defesas... Sua voz parecia libertar-me de todas as cadeias e prisões que, até o momento, eu não sabia existirem em mim.

— Night time sharpens

Hightens each sensation

Darkness stirs and wakes imagination

Silently the senses abandon their defenses…

Ah, certo: meu coração estava tão acelerado que poderia estourar! Faltava-me o fôlego, e por um instante achei que meus joelhos cederiam; por sorte, continuei bastante consciente, enquanto ele se aproximava e tomava minhas mãos nas suas, guiando-me através de um mar de estátuas, pinturas, desenhos, móveis de fino gosto ricamente trabalhados... Eu nunca vira tanta beleza num só lugar! Ouro, prata, tons de azul, vermelho, púrpura! E a música... A melodia da voz de meu Anjo, lançando seu encantamento sobre o local... E, provavelmente, sobre mim também:

Slwoly, Gently

Night unfurls it splendor

Cross it, sense it

Tremulous and tender;

Turn your face away

From the garish light of day — ele segurou meu queixo com delicada firmeza, deslizando o polegar por meus lábios, e eu me peguei desejando ardentemente que ele me beijasse.

— Turn your thoughts away

From cold, unfeeling light

And listen to

The Music of the Night!— Ele se afastou e subiu a escadaria que levava ao aposento mais elevado, onde se localizava o maravilhoso piano de causa, e seus olhos se cravaram em mim, como se me desafiando a prosseguir naquele caminho que me levaria cada vez para mais longe de tudo o que eu conhecera até então. E o que mais eu poderia fazer, além de aceitar seu desafio?

— Close your eyes

And surrender to your darkest dreams

Put your thoughts of the life

You knew before

Close your eyes

Let your spirit start

To Soar— fechei meus olhos, sentindo meu coração vibrar com as notas que apenas ele podia criar; o som penetrava minha mente e rendia minhas defesas, fazendo-me totalmente vulnerável a ele.

— Andy you live

As you’ve never lived

Before

Desejando-o, buscando-o, eu subi as escadas para me juntar a meu Anjo; não se tratava de desejo físico... Não apenas. Havia uma necessidade de estar com ele, uma quase dolorosa ansiedade que me impelia a quebrar todas as regras e convenções que Madame Giry se esforçara por martelar em minha cabeça durante anos. Não que eu pensasse em Madame Giry ou no teatro, naquele momento... Para ser sincera, não sei dizer o que se passava em minha mente. Como disse, aquele não era meu estado normal.

Softly, deftly

Music shall caress you

Hear it, feel it

Secretly possess you

Open up your mind

Let your fantasies get wind

In this darkness that you know

You cannot fight

The darkness of the

Music of The Night— Nesse momento, vi em seu rosto o mais luminoso e belo sorriso que já conhecera. Um sorriso de alegria e plenitude, de uma felicidade que só vira antes no rosto das crianças. Não imagino qual fosse minha expressão, mas aquela alegria contagiava-me também.

— Let your soul start a journey

Through this strange, new world

Leave all thoughts of the life

You knew before

Let your soul take you where

You want to be!— Meu Anjo se aproximou de mim, suas mãos acariciando meu rosto de um modo perigosamente próximo.

Only then,

Can you belong

To me.

Ai, meu Deus! O que ele estava fazendo?! Abraçando-me pelas costas, meu Anjo deslizou as mãos suavemente por meu corpo... Acho que eu estava tremendo neste momento, e sinceramente não sei como consegui me manter em pé!

— Floating, falling

Sweet intoxication

Touch me— ele levou minha mão esquerda até seu rosto:

Trust me

Savour each sensation— eu me virei para ele, encontrando aquele olhar de esmeraldas em chamas:

— Let the dream Begin

Let your darkest side give in

To the power of the Music

That I write

The power of

The Music of The Night

Tomando-me pela mão outra vez, guiou-me através daquela sala de maravilhas, rumo a um recanto coberto por cortinas de veludo vermelho, e eu só conseguia imaginar o que ainda haveria para ele me mostrar. Com a mão direita segurando-me firmemente pela cintura, ele afastou o cortinado com a esquerda, e eu podia esperar tudo, menos o que havia ali: uma estátua de cera que era minha cópia perfeita, usando o mais belo vestido de noiva que já existiu. Ele pretendia se CASAR comigo?! Aquilo foi uma emoção maior do que pude suportar, e por um breve instante senti o chão fugir aos meus pés.

Quando dei por mim, já não estava de pé, mas nos braços de meu Anjo, que me lançava um olhar, digamos, intenso. Ele fez menção de dizer algo, mas acabou silenciando, e por um tempo que pareceu infinito, nós apenas nos entreolhamos em um diálogo mudo. Era possível ver o desejo em seu olhar, acompanhado de algo que só podia chamar de amor. Seu rosto se aproximou lentamente do meu, e eu sabia muito bem o que ia acontecer; ao Inferno com o que era certo ou não! Acariciei-lhe o lado visível do rosto e simplesmente deixei que acontecesse.

Melhor esclarecer uma coisa: eu nunca havia beijado ninguém, e nem mesmo os meus sonhos mais indizíveis chegavam sequer perto da sensação! Os lábios dele nos meus, nossas línguas se tocando, explorando uma à outra... E as mãos dele segurando-me com firmeza, trazendo-me para ainda mais perto daquele corpo firme; ele se afastou alguns centímetros e me fitou outra vez, seus olhos fazendo a pergunta que os lábios não pronunciavam... Sim, eu permitiria. Estava disposta a permitir qualquer coisa... Seria impossível dizer não àquele homem que povoava meus sonhos já havia um bom tempo, e isso estava bem claro em minha expressão. Um estranho calor tomou conta de mim, algo que nunca antes tinha sentido, e perceber que agora estávamos em seu quarto não contribuiu para me acalmar.

Gentilmente ele me colocou no chão, beijando-me novamente; o mundo parecia girar ao meu redor, e a única saída foi segurar com firmeza em seus ombros fortes. Percebi vagamente enquanto suas mãos escorregavam pelo fecho de meu espartilho, desfazendo os laços até que a peça caiu aos meus pés. Sem parar de beijá-lo, abri os botões de seu casaco – sim, eu sabia muito bem o que estava fazendo, e que se danassem as conseqüências! – que foi se reunir ao meu espartilho, seguido pelo colete.

Seus lábios deixaram os meus, seguindo pela linha do maxilar e descendo por minha garganta, buscando meus ombros e colo; as mãos grandes apertavam minha cintura, puxando-me contra o corpo musculoso e quente enquanto meus dedos se entrelaçavam aos cabelos negros como piche. Com uma delicadeza surpreendente, ele desfez o laço no decote de meu vestido, abrindo-o lentamente; segundos depois, o vestido se amontoou a meus pés, deixando-me apenas com a fina combinação de seda que usava. Dois segundos depois, também essa peça acabou no chão.

Corei ante a intensidade de seu olhar sobre meu corpo – eu nunca ficara totalmente despida diante de alguém, antes – mas logo deixei meus pudores de lado, ao ser erguida nos braços musculosos e deitada no leito forrado de veludo vermelho. Ele se livrou da camisa, e tenho certeza de que minha expressão foi a de uma criança diante de uma bandeja de doces. Não me entenda mal... Eu tinha dezesseis anos, e embora já houvesse visto homens sem camisa, antes – é difícil ter total privacidade nos bastidores – nenhum deles tinha um corpo tão perfeito quanto o de meu amado.

Eu o desejava, sem qualquer sombra de duvidas, mas estava realmente nervosa, quase com medo, e parecia haver uma pedra de gelo sobre meu ventre, embora o resto de meu corpo ardesse em chamas invisíveis. Ele terminou de se despir, e o desejo e o receio se misturaram dentro de mim; quando meu amado se juntou a mim no leito, sentei-me e encolhi as pernas, as faces rubras e afogueadas; aquilo o fez sorrir, e suas mãos – agora sem luvas – seguraram meu rosto. Nossos lábios se encontraram, e trocamos mais beijos cheios de paixão, enquanto ele se deitava e me puxava sobre si.

Deitada sobre aquele corpo forte e definido, afastei meu rosto do dele, fitando-lhe os olhos; timidamente, deslizei as mãos pelo peitoral musculoso, brincando com a fina penugem negra que ali crescia. Ele pareceu gostar, pois fechou os olhos e inclinou a cabeça para trás, deixando escapar um gemido baixo; ainda tímida, mas um pouco mais confiante, toquei seu peito com o rosto, e então passei a beijar suavemente os músculos poderosos, subindo para seus ombros e retornando então aos lábios de meu Anjo.

As mãos dele subiam e desciam por minhas costas, explorando cada centímetro de pele enquanto nos beijávamos. De repente ele me segurou pelos ombros e nos virou no leito, de modo que agora eu me via por baixo de seu corpo, totalmente à sua mercê. E agora, era sua vez de fazer comigo o que quisesse... Mas meu amor não se revelou nem um pouco tímido ou inseguro.

Seus dedos e lábios dançaram por meu corpo, arrancando-me gemidos que eu tentava, em vão, abafar; distribuiu beijos por meu ventre e colo, brincou com meus seios, provocou-me em uma deliciosa tortura de prazer que eu não queria que acabasse. Nunca, em toda minha vida, eu havia sentido algo tão intenso!

Em meio ao êxtase que me tomava, pude senti-lo afastar minhas pernas e se colocar entre elas; aquela pontada de ansiedade voltou para me atormentar, mas os beijos dele a afugentaram. Eu já ouvira muitas coisas a respeito da união entre um homem e uma mulher, e embora a maioria delas me prevenisse quanto ao sofrimento esperado na primeira vez de uma moça, eu confiava em meu Anjo. De algum modo, sabia que ele jamais me machucaria, mesmo que por um instante; e quando ele me fez sua, não houve dor, mas prazer. Um prazer que não consigo pôr em palavras, pois não era apenas físico: não só meu corpo, mas minha alma e meu coração se regozijavam naquele instante, numa profunda e completa união. Ele pertencia a mim, e eu, decididamente, pertencia a ele.

Beneath a Moonless Sky


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, meus queridos! Deixem reviews, Ok?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Music of The Night" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.