Music of The Night escrita por Elvish Song, TargaryenBlood


Capítulo 20
Reconciliação


Notas iniciais do capítulo

Meninas (e rapazes, se tiver algum por aí), postei um capítulo curtinho onde nosso querido casal se reconcilia, porque os próximos capítulos vão ferver enquanto eles tentam se livrar do pesadelo que é a família de Chagny. Vocês vão descobrir que a familinha do Raoul é bem pior que o capeta! Mas por hora, fiquem com uma cena romântica, Ok?



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Erik alcançou Christine no meio do caminho para a Casa do Lago. Em desespero, abraçou-a com força – ignorando as tentativas dela de escapar – sussurrando calmamente:

– Perdoe-me, meu amor, perdoe-me. – tomando o rosto dela nas mãos, secou com beijos as lágrimas que escorriam pela tez pálida – eu nunca deveria ter dito aquelas palavras. Perdoe-me.

– Como você pôde sequer cogitar que eu estivesse protegendo Raoul? – soluçou a moça, afinal parando de lutar e deixando que seu marido a abraçasse – Depois do que ele fez... Do que ele tentou fazer...

– Eu estava zangado, meu amor. Por favor, perdoe-me! Jamais quis magoá-la, minha querida – ele lhe beijou o rosto e a fronte, desesperado pelo perdão de sua amada, desejoso de aliviar a dor que provocara nela.

Por longos minutos a jovem ficou nos braços de seu Anjo, tentando conter as lágrimas que teimavam em escapar. Quando afinal conseguiu se conter, murmurou envergonhada:

– Perdoe-me, meu amor... Perdi o controle. Estou tão assustada com o que está acontecendo...

– Não tenha medo, Christine – o Fantasma a tomou pelas mãos e a conduziu pelo caminho em direção a seu lar – eu estou aqui com você. Não deixarei que machuquem nossa família.

– Você é quem está mais vulnerável, no momento, meu Anjo – respondeu a cantora – A Viscondessa vai fazer todo o possível para que você seja preso e condenado. Até mesmo plantar provas falsas. – ela deitou o rosto no peito forte – não suportaria perdê-lo, meu Anjo!

O Anjo apenas acariciou o rosto de sua mulher, terno e gentil, antes de responder:

– Daremos um jeito nisso, meu amor. E, se tudo o mais der errado, eu tenho uma solução.

– Como assim, tem uma solução? – perguntou a soprano, intrigada, enquanto entravam na gôndola. Com cuidado ela se sentou no fundo do barco, segurando seu bebê contra o peito carinhosamente; Erik a fitou com expressão vitoriosa e explicou:

– A surpresa a que me referi. Passei as últimas semanas resolvendo algumas antigas pendências... Enviei algumas de minhas composições aos teatros de Viena, Londres e Berlim, e todos eles demonstraram interesse em minhas obras. – os olhos do Fantasma brilhavam de entusiasmo - E também declararam que suas portas estão abertas a uma jovem e promissora soprano parisiense.

– Ah, meus deuses! Erik! Isso é maravilhoso! – a vontade da moça era pular no colo de seu amado e beijá-lo até ambos perderem o fôlego, mas se conteve para não balançar o barco – É absolutamente fantástico!

– Eu sei que você ama a Ópera Populaire, mas quis nos proporcionar a possibilidade de viver em outras cidades, se quiséssemos. – Ele se curvou e a beijou carinhosamente – E parece que o fiz bem a tempo. Se as coisas ficarem muito perigosas na França, podemos nos mudar.

– Faria isso por nós? Deixaria a França, o teatro... Tudo o que conheceu?

– Eu faria qualquer coisa por nossa família, minha querida – respondeu o homem; a barca alcançou a margem, e ele ajudou sua mulher a descer – Não tenha medo: tudo ficará bem, enquanto estivermos juntos.

Christine fitou-o, maravilhada e orgulhosa, enternecida com o gesto de seu esposo e com o coração aquecido por amor e paixão. Como era possível amar tanto outra pessoa?!

– Já disse o quanto eu te amo?

– Sempre gosto de ouvir – respondeu o músico, puxando-a para mais um beijo. Vivienne resmungou no colo da mãe e começou a choramingar, chamando para si a atenção da artista.

– Está bem, querida. Você está com fome, não é? – perguntou a jovem mãe, sorrindo, antes de voltar-se para seu esposo – e você está encharcado. Desculpe pelo banho frio...

– Está tudo bem – assegurou o Fantasma – eu mereci.

– Por que não vai tomar um banho quente? Vou trocar e amamentar nossa garotinha, e já vou ao seu encontro.

Erik assentiu e acompanhou sua esposa até o quarto do bebê; seria a primeira vez em que Vivienne dormiria no quarto cuidadosamente preparado para ela.

– Bem vinda ao lar, pequenina – sussurrou o Anjo, beijando a filha e depois a esposa, enquanto Christine se sentava na poltrona para amamentar a criança. Foi só depois de ver sua mulher confortavelmente acomodada, alimentando o bebê, que o músico deixou o quarto e foi para o banheiro.

*

Imerso até o peito na água quente, o Fantasma meditava a respeito dos recentes acontecimentos, procurando conter a raiva que ainda fervia em seu peito, alimentando seu desejo de assassinar a Viscondessa de Chagny. Ele não o faria, por amor a Christine e Vivienne, mas não podia se impedir de desejar o sangue da megera.

Estava assim, perdido em pensamentos, quando a voz de sua esposa o chamou de volta à realidade:

– Eu conheço essa expressão: você quer matar alguém.

Voltando-se na direção da moça, o Fantasma não pôde deixar de sorrir ao ver a figura de Christine: ela se livrara do vestido, e agora usava apenas a combinação de algodão que pouco contribuía para cobrir seu corpo. Com um sorriso gentil, ela se ajoelhou junto à banheira, abraçando Erik pelas costas; suas mãos deslizaram pelo peito dele, acariciando-o de modo provocante enquanto ela apoiava o rosto na curva do pescoço de seu amado.

– E Vivienne?

– Dormindo profundamente. Não vai acordar tão cedo... – respondeu a moça, beijando o rosto do Fantasma.

– Continue me abraçando desse modo, e eu logo esquecerei a vontade de matar – suspirou ele, deleitado, segurando as mãos da esposa nas suas.

– Tenho uma idéia melhor para fazê-lo esquecer – sussurrou ela ao ouvido de seu Anjo. Com expressão marota, levantou-se e se colocou à frente dele, deslizando as alças da combinação pelos ombros e deixando então que a peça caísse ao chão. Os olhos de Erik brilharam de desejo ao contemplar o corpo nu da mulher, mas havia hesitação em seu semblante... Ele provavelmente temia que ela não estivesse totalmente recuperada.

Deixando suas vestes onde haviam caído, Christine entrou na banheira e se aproximou de seu amado, beijando-o. Ele retribuiu o beijo com paixão, puxando a jovem mais para perto e envolvendo-a num abraço intenso.

– Tem certeza, minha querida? – perguntou ele, entre um beijo e outro – não quero machucá-la.

– Shhh – ela o silenciou com mais beijos sôfregos – não pense, e não fale. Apenas sinta, meu amor. Entregue-se.

Erik sorriu e voltou a beijá-la, trazendo-a para seu colo, abraçando-a com amor; só percebia agora o quanto sentira falta do toque dela nas últimas semanas, como desejara ter novamente aquele corpo delicado em seus braços... Mas não houve muito tempo para pensar: as emoções e sensações se apoderaram de ambos, obliterando suas mentes e libertando toda a paixão que sentiam, imergindo-os num mar de amor e prazer que afastou todos os medos e lembranças. Ali, havia apenas eles, e isso era tudo de que precisavam. Tudo estaria bem, enquanto estivessem juntos.


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Notas finais do capítulo

Certo, depois de um capítulo fofo desses, sem muito a dizer.
Para aqueles que são fãs de carteirinha do Fantasma da Ópera, vou recomendar algumas fics de autoras simplesmente maravilhosas:

Concrete Angel - Laynet
http://fanfiction.com.br/historia/568937/Concrete_Angel

Diabolik Lovers - Laynet
http://fanfiction.com.br/historia/572816/DIABOLIK_LOVERS

In One Combined - MissLaila
http://fanfiction.com.br/historia/576923/In_One_Combined

Meu Príncipe às Avessas - Micheli
http://fanfiction.com.br/historia/571692/Meu_principe_as_avessas

O Anjo e o Fantasma - Sara Ferreira
http://fanfiction.com.br/historia/576184/O_Anjo_e_o_Fantasma

Cada uma delas é uma história especial ao seu próprio modo; vale à pena ler todas elas, pois são visões totalmente diferentes sobre esse personagem maravilhoso que é o Fantasma da Ópera.

E, por último, não posso deixar de pedir que comentem, recomendem, favoritem, acompanhem, façam o que tiverem direito com esta fic, OK?
kisses, garotas (e rapazes, se tiver algum que leia)