Music of The Night escrita por Elvish Song, TargaryenBlood


Capítulo 17
Evento inesperado


Notas iniciais do capítulo

Espero que estejam gostando da história, queridíssimas! Sei que os últimos capítulos andaram meio água-com-açúcar, então, surpresa: nesse aqui os problemas retornam com uma surpresinha nada agradável... Por favor, não me matem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/558867/chapter/17

Os meses que se seguiram não passaram: voaram! A primavera veio e se foi, dando lugar ao verão, e então o vento começou a arrancar as folhas das árvores em nossa casa de campo. E pela primeira vez na vida, eu não sentia o tempo passar – acabei por descobrir que ser casado com Christine era uma aventura bem maior do que podia imaginar.

Nos últimos cinco meses eu assistira – totalmente fascinado, admito – às mudanças graduais no corpo de minha esposa: sua barriga cresceu e se arredondou, os seios aumentaram, seus quadris se alargaram... E era impossível dizer o quão linda ela parecia assim! Minha amada às vezes fingia zanga por perder a silhueta de bailarina, eu a “repreendia” e acabávamos rindo juntos, cada vez mais ansiosos pela vinda de nosso filho, ou filha. A cada dia que passava, eu me apaixonava ainda mais por minha linda e carinhosa esposa.

Na primeira vez em que senti o bebê se mexer contra minha mão, mal consegui conter uma lágrima de emoção: de certo modo, parecia que isso tornava tudo mais real. Nossa criança estava ali, crescendo, prestes a entrar em nossas vidas; e a receberíamos com todo o amor que já se dedicou a alguém. Seu quarto – tanto na casa de campo, quanto na Casa do Lago – estava pronto, o enxoval feito cuidadosamente pelas mãos habilidosas de minha esposa, que fizera questão de prepará-lo, peça por peça – salvo as que Madame Giry lhe presenteara. Sim, aquele bebê com certeza seria mimado. Nós garantiríamos isso.

A cada dez ou quinze dias eu levava minha querida à casa de campo; não era apenas nosso refúgio e santuário, mas um lugar onde minha Christine desabrochava completamente: ela amava o chalé, as colinas gramadas, o bosque, a horta e o pomar, o jardim, o rio... Quando íamos para lá, tornava-se ainda mais cheia de vida e energia, cavalgando – ela se tornara uma excelente amazona, naqueles meses - dançando – meu amor conseguira ensinar-me a dançar, de algum modo – cantando do momento em que despertava ao segundo em que, deitada em meu peito, fechava os olhos à noite. E cada gesto seu, cada travessura – ela fazia muitas - cada sorriso me encantava.

Aos poucos, ela me ensinou a descobrir os pequenos prazeres aos quais jamais prestara atenção: sentir o vento no rosto, o calor do fogo quando nos sentávamos junto à lareira, a simples sensação de aconchego de assistirmos abraçados a um amanhecer. Era um deleite vê-la caminhar descalça na grama, ou ajoelhar-se no jardim junto de Madame Sourie para mexer com as flores; amava assisti-la cavalgar, banhar-se nas águas do rio, deitar-se nua à luz do Sol ou da Lua – ela o fazia apenas para me provocar -, ou simplesmente pentear os cabelos diante do fogo. Tudo o que eu queria era beijá-la, abraçá-la, perder-me totalmente na calidez de seu corpo delicado e na suavidade de suas carícias.

Ela também se revelou uma incorrigível curiosa, buscando aprender avidamente tudo o que eu poderia lhe ensinar; já não se satisfazia em aprender apenas música – mesmo porque eu já lhe ensinara quase tudo o que sabia! – e histórias da antiga Grécia, mas debruçava-se com verdadeiro fascínio sobre livros de ciências, filosofia, história, literatura... Movida por pura persistência e vontade, melhorara consideravelmente suas habilidades com o piano, e começava a aprender o manuseio do violino. Apaixonara-se pelas artes do ilusionismo e da pirotecnia, as quais também comecei a lhe ensinar, cada dia mais surpreso e encantado com o vasto e mutável universo que parecia existir dentro de minha mulher. Poderia viver uma eternidade com ela, e jamais conhecê-la completamente... Essa era uma descoberta que eu realmente ansiava por fazer a cada dia.

Não há outra coisa para dizer além da confissão final: eu me rendera totalmente a minha esposa. Pertencia a ela completamente, encontrava-me em poder de sua voz angelical e dos olhos castanhos que me enfeitiçavam com suas chamas. Como uma criatura poderia ser tão diabolicamente adorável? Num momento, parecia uma pequena ninfa ao cantar com os pássaros ou se debruçar com carinho sobre um bordado delicado... Instantes depois, tornava-se uma Vênus sedutora, despertando em mim paixão e desejo abrasadores. Ela era meu vício, minha senhora, minha amada. Agora, era simplesmente impossível conceber a vida sem meu amor ao meu lado.

POV Christine

Erik mudara nos últimos meses: uma mudança para melhor, tornando-se mais alegre e extrovertido do que eu jamais pudera imaginar. No teatro, passara a se mostrar comigo, acompanhando-me mesmo em alguns eventos da ópera – e ninguém poderia dizer que ele era menos do que um perfeito cavalheiro, nessas ocasiões. Preocupava-me que alguém pudesse querer denunciá-lo (ele era, afinal, um assassino), mas tínhamos em Madame Giry e Monsieur Vernan dois sólidos apoios, e não críamos que alguém realmente tentaria nos atingir.

Quando íamos à casa de campo ele tirava sua máscara - não a que usava sobre o rosto, mas a que usava sobre o coração, embora por vezes também deixasse suas feições descobertas -; sem ter de ser o Fantasma da Ópera, tornava-se ainda mais doce e cuidadoso, punha de lado suas reservas e se mostrava a mim exatamente como era. Aprendi a conhecer suas fraquezas e vulnerabilidades, a perceber os anseios da alma de meu Anjo e a corresponder a cada um deles, pois tudo o que mais queria era vê-lo feliz. E estava dando certo.

Viver com Erik era ter uma surpresa a cada dia; quando eu pensava conhecê-lo perfeitamente bem, descobria algo novo acerca do homem com quem me casara. Ele era curioso, desafiador, teimoso, e absolutamente genial! Eu gostava de testá-lo, de perder-me em longos diálogos e inquirições apenas para ouvi-lo falar, para ver seus olhos brilharem enquanto sua mente trabalhava acelerada ao procurar informações e formular argumentos. Era, também, um professor paciente: do mesmo modo como fora firme e tranqüilo ao desenvolver minha voz, agora ensinava-me acerca das outras ciências que dominava – conhecimentos esses que eu buscava avidamente – sempre com um sorriso no rosto outrora sério. Sim, eu ensinara meu esposo a sorrir e brincar.

Com todos os carinhos e cuidados de que meu amor me cercava, procurei retribuir à altura; cantava para ele (inclusive alguns trechos que eu me arriscara a compor), ensinei-o a dançar, a sonhar, a viver livre do medo e da vergonha que haviam sido seus companheiros desde a infância. Um trabalho lento, é verdade, mas que teria resultados maravilhosos a longo prazo. E em meio a tudo isso, vivíamos a alegre expectativa acerca do nascimento de nosso filho. Encantava-me a delicadeza de meu Anjo quando acariciava minha barriga, cantando para a criança; seu olhar cintilava quando tocava ou contava histórias para o bebê, e eu já percebera que passava um bom tempo fitando o lindo berço onde o novo membro de nossa família iria dormir. Ele estava feliz. Verdadeiramente feliz.

Eu cantara no teatro durante meses; agora, contudo, já no final do oitavo mês, precisei me afastar. Voltaria tão logo pudesse – e quão cedo Erik permitisse... Ele, com certeza, adoraria me seqüestrar por um bom tempo, mantendo-me e ao nosso bebê consigo, longe de todos. E em vez de me irritar, a idéia apenas me provocava risos. Nada do que ele fazia podia realmente me zangar.

Estando afastada por ora, eu procurava me ocupar no teatro dando aulas de canto para as crianças mais velhas, buscando ter com elas a mesma paciência que meu amor tivera comigo. Embora não participasse das lições, ele costumava observar-me das sombras nas aulas, e ocasionalmente elogiava meu desvelo, quando ficávamos a sós. Eu simplesmente corava de prazer e o abraçava com força, ansiando pelo dia em que ensinaríamos juntos aos nossos filhos – sim, pretendíamos dar irmãos ao bebê que nasceria em breve. E para não me prolongar, posso simplesmente dizer que a vida era perfeita.

POV Narrador

Depois de um final de tarde na companhia de Madame Giry, coordenando o ensaio das meninas do coro, Christine se despediu da senhora e seguiu para seu camarim. Erik havia saído há poucas horas – já havia algum tempo que ele saía semanalmente do teatro, e tudo o que dizia a sua esposa era estar aprontando algo para ambos – e deveria voltar em breve.

A caminho de seus aposentos no teatro, a jovem encontrou Madame Sourie: com a iminência do parto, a senhora viera há poucos dias para a Ópera, a fim de cuidar de sua patroa; sendo mãe de cinco filhos, três dos quais eram moças que já lhe haviam dado netos, Annelise era pessoa mais do que indicada para zelar pelo bem estar da soprano, e o fazia de todo o coração. Ao encontrar a futura mãe, mirou-lhe rapidamente as feições e comentou:

– Está com aparência cansada, minha menina. Vá repousar, e eu lhe levarei uma refeição quente daqui a pouco.

– Ah, Madame! – protestou a garota, sorridente – Não posso passar meus dias descansando!

– O que você não pode é ficar tanto tempo em pé, trabalhando! – zangou a outra – não com um bebê que deve nascer a qualquer momento! Ande! Vá para os aposentos de Primeira Dama!

A soprano riu e anuiu, mas sua expressão de felicidade se torceu num esgar de dor quando uma câimbra aguda a atingiu; gemendo, ela segurou o ventre com ambas as mãos.

– Calma, criança – tranqüilizou a mulher mais velha, massageando com mãos experientes o abdômen da artista – essas dores ficam mais freqüentes no final: é apenas seu bebê se preparando para vir ao mundo – Annelise esperou que sua protegida se refizesse e, após certificar-se de que ela estava bem, prosseguiu – vá se deitar. Irei até você daqui a pouco.

– Está bem, senhora. – sem alternativas, mesmo porque sentia realmente bastante dor nas costas, devido ao peso do bebê, Christine subiu lentamente as escadas em direção aos aposentos de Prima Donna. Embora preferisse ir para a Casa do Lago, não devia se arriscar a ficar sozinha nos subterrâneos, não com sua criança dando sinais de nascer a qualquer momento.

Ao chegar a seu camarim, contudo, a dama percebeu algo estranho: a porta estava entreaberta, e a vela que deixara acesa ao sair se apagara. Aquilo bem podia ser obra do vento, mas não era o que sua intuição lhe dizia... Algo parecia muito errado.

Tão silenciosamente quanto podia, pegou o castiçal da parede e entrou em seus aposentos, apenas para encontrar tudo em seu devido lugar. A janela se abrira com o vento, e a cortina ondulava ao sabor da suave brisa que entrava; até ali não parecia haver qualquer coisa suspeita, mas o sentimento de ameaça permeava o ar.

Atenta, procurando por qualquer simples movimento que pudesse delatar algum intruso, a mulher atravessou o quarto e pousou o candelabro sobre o peitoril, fechando os vidros da janela e acendendo a luminária; nos instantes que levou para fazê-lo, sentiu um movimento atrás de vi e virou-se abruptamente, encontrando diante de si a última pessoa que esperava ver naquele lugar: Carlotta.

A italiana parecia totalmente transfigurada: muito mais magra do que jamais fora, vestida com roupas formais e trazendo a metade inferior do rosto coberta por um lenço, tinha nos olhos um brilho de ódio e loucura, e ocultava algo nas mãos por sob a sobressaia.

– Carlotta! – Christine deu um passo para trás, assustada com o ar de desvario da outra – Por Deus, o que está fazendo aqui?!

– Eu poderia perguntar o mesmo, vadiazinha – rosnou a ex-cantora com voz rascante, fazendo a mais moça perceber o quanto o ácido havia destruído suas cordas vocais – Primeira Dama... Você não pertence ao palco mais do que um sapo a um palácio.

– Eu lamento muito pelo que lhe aconteceu – disse a soprano, hesitante, afastando-se da outra tanto quanto podia – Mas eu juro, Carlotta: nunca quis lhe fazer mal!

– Nunca quis me fazer mal?! – a outra soltou uma gargalhada histérica, e puxou o lenço de sobre o rosto para deixar à mostra as marcas horríveis que o ácido deixara; a carne se tornara esbranquiçada e frouxa, com vergões vermelhos e roxos a estriarem a forma irregular em que se haviam convertido os lábios outrora bonitos – Veja o que seu MONSTRO protetor fez comigo! Estou DESTRUÍDA! Por sua causa! – de dentro das vestes longas ela puxou uma faca serrilhada, que empunhou ameaçadoramente.

Com duas passadas largas, Christine saltou para trás da mesa de seu camarim, deixando o móvel entre ela e sua atacante enquanto dizia:

– Sinto muito que o Fantasma lhe tenha feito o que fez, signora, mas... – a outra a interrompeu com mais gritos alucinados, enquanto seus olhos se arregalavam de ódio:

– NÃO! Você não sente! – a faca golpeou o ar, longe demais para atingir a mulher grávida – Ainda não! Mas vai sentir, em breve, seu demônio! Eu a farei PAGAR por me destruir! Eu farei seu Fantasma lamentar o que me fez!

– Não seja tola! – a Sr.ª de Guise tentava se esquivar ao ódio assassino que via no olhar da rival – Matar-me não lhe trará qualquer benefício! Acalme-se, e guarde esta faca antes que faça algo do qual irá se arrepender!

– Arrepender-me?! – a risada da outra era totalmente insana – O que mais me pode acontecer, querida? Graças ao seu MONSTRO eu não tenho mais NADA a perder! – os olhos dela estavam desfocados e enlouquecidos ao mirarem a barriga de Christine – Mas aquele demônio, AH! Eu vou destruir TUDO o que ele ama, começando por esse monstrinho que está crescendo dentro de você! – a ex-primeira dama tentou saltar por cima da mesa, mas a mais moça empurrou o móvel contra sua inimiga, derrubando-a. No movimento, contudo, a mesa tombou, deixando a garota totalmente exposta.

Carlotta se levantou como um raio, jogando-se contra o alvo de seu ódio, brandindo a faca ameaçadoramente. Christine agiu instintivamente, lutando com a outra pela posse da arma, sem se importar com os cortes que se abriam em sua mão ao agarrar a lâmina serrilhada para desviá-la: não lhe importava a própria segurança, mas não permitiria que fizessem mal a seu bebê!

Com a luta, as duas mulheres caíram ao chão engalfinhadas, uma tentando arrancar a arma dos dedos da outra; a esposa do Fantasma, contudo, tinha a mente lúcida e lutava pela vida de seu filho, o que lhe deu forças que não sabia possuir: dando uma cabeçada no nariz de Carlotta, segurou a faca pelo gume e a puxou, mal percebendo o metal que abria sua carne. A outra uivou ao perceber que perdia a luta, e investiu novamente, mas sua vítima se esquivou e deixou que caísse pesadamente ao chão.

Vendo sua atacante momentaneamente fora de combate, a soprano atirou a faca para longe e começou a gritar por ajuda enquanto tentava segurar a mulher mais velha no chão, impedindo-a de continuar o ataque, sem saber por quanto tempo conseguiria fazê-lo. Quando a porta se abriu, ela quase chorou de alívio ao ouvir a voz de Piangi e de Sr. Andrés:

– Senhora de Guise! – exclamaram, horrorizados ao ver sangue pelo chão. Num ato contínuo, o diretor tirou Christine de perto de Carlotta, enquanto Piangi usava de todo o seu peso e tamanho para conter a ira desabalada de sua antiga amante, a qual continuava a se debater e gritar feito louca, arranhando o tenor e cravando os dentes em suas mãos.

– Carlotta, mi amoré! – exclamava o cantor, segurando-a pelos pulsos – Sou eu! Acalme-se! – foram necessários longos minutos para que a desvairada afinal silenciasse e parasse de lutar, quando então o homem a levantou e fez sentar-se em uma cadeira. Recostada contra a parede, tão pálida quanto uma vela de cera, Christine tremia e ofegava, ainda em choque quando Sr Andrés lhe perguntou:

– O que aconteceu aqui, criança?!

– Ela invadiu meus aposentos, armada! – explicou a jovem – Não faço idéia de como entrou no teatro, nem por que... Atacou-me com uma faca... Estava possessa! Queria matar-me... – só agora a dor dos cortes começava a se fazer sentir em suas mãos, mas antes que a jovem dissesse qualquer coisa, Madame Giry, o Sr Firmin e Annelise irromperam no quarto.

– Mas o que houve aqui?! – exclamou Antoinette, apavorada ao ver o sangue pelo chão.

– La Carlotta atacou a senhora Christine – explicou Ubaldo Piangi, segurando firmemente a mulher em seus braços, que agora estava inerte e pálida como um cadáver, como se o ímpeto de luta, uma vez contido, lhe houvesse drenado completamente a energia.

Os três homens tentaram fazer perguntas à jovem cantora, mas Madame Giry tratou de impedi-los:

– Por favor, senhores! A garota está grávida, passou por um choque violento e está com as mãos em carne-viva! Façam-me um favor: tratem de chamar a polícia e resolver este assunto sozinhos – e após um segundo olhar para Carlotta – a polícia ou o sanatório... O que lhes parecer melhor. – sem demoras, ela segurou os pulsos de Christine e examinou os cortes – venha, querida: eu e Annelise cuidaremos destes machucados.

Christine ainda tentou resistir enquanto as duas senhoras a conduziam para fora do camarim, mas sabia que não conseguiria responder a quaisquer perguntas, naquele momento; a voz lhe faltava, e lágrimas de susto travavam-lhe a garganta. Abraçando com força sua preceptora, deixou que ela e Madame Sourie a levassem para as enfermarias. Seu corpo doía e tremia, e uma desconfortável sensação de peso e pressão parecia torcer seu ventre.

Não haviam ainda chegado a sua meta quando, com uma careta de dor, a soprano se inclinou e deixou escapar um grito abafado, abraçando o próprio ventre; assustada, olhou indagadoramente para sua aia, que lhe palpou a barriga com expressão preocupada. Hesitou por um segundo antes de dizer:

– Antoinette... É melhor chamar o Fantasma: Christine está dando à luz.

– O quê?! – havia notas de pânico na voz da menina quando ela se endireitou – Não, isso não podia acontecer agora! Com tudo o que aconteceu... – Madame Giry a interrompeu:

– Esses problemas não importam agora, Christine: o bebê não vai esperar para nascer, e seus cortes não vão parar de sangrar sozinhos! Vamos, temos de levá-la para a enfermaria.

– Deixe que eu cuido dela, Antoinette – falou Annelise – Chame sua filha, e peça-lhe para avisar a Erik. Diga-lhe que Christine está em trabalho de parto.

Enquanto a coordenadora corria à procura de Meg, Madame Sourie acompanhou sua patroa até a enfermaria, onde se pôs a tratar como podia os cortes abundantes e profundos nas mãos delicadas: queria parar o sangramento antes que o parto avançasse, ou a hemorragia poderia debilitar terrivelmente a jovem soprano.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não me matem! Não me matem! Eu juro que posto logo!
Ah, deixem reviews, OK?