As fantásticas crônicas de Sarah escrita por Helen
Notas iniciais do capítulo
Esse "inferno" é apenas uma imaginação. Não o interprete como se fosse pura verdade.
Uma carruagem parou na frente da floresta. Os cavalos dela eram apodrecidos, e tinham olhos vermelhos. A carruagem em si parecia não ter sido usada a muito tempo, tendo nem mesmo uma cor específica.
De dentro da carruagem saiu um garoto. Ele tinha cabelos escuros e curtos, indo um pouco para o lado. Se vestia de um jeito bem parecido com o de Arthur.
Pesadelo sorriu ao vê-lo. Ela acenou, e puxou Sarah até ele.
— Aqui está a corajosa! — disse ela.
— Entendo. — o garoto examinou Sarah de cima a baixo. — Então... você quer ir até lá?
— Sim. — respondeu Sarah.
— Tem certeza? Não tem volta.
— Eu sei disso.
— Pois bem. Meu nome é Lucius. Você deve saber quem eu sou. Sarah é o seu nome, correto?
— Sim.
— Então, Sarah, você irá torturar pessoas daqui em diante. É o melhor trabalho ao seu nível.
— Certo.
— Despeça dessas pessoas aí e entre na carruagem.
Sarah acenou para Arthur e Slender, e foi junto com Pesadelo até a carruagem. Quando elas entraram, as portas fecharam sozinhas e a carruagem começou a correr numa velocidade assustadora. A paisagem mudou drasticamente para milhares de tons de vermelho e preto.
Quando saiu da carruagem, Sarah se deparou com os portões do inferno. Eram as coisas mais horríveis. Não é possível descrevê-las. Naquele momento, Sarah começou a tremer e olhar para baixo, tentando amenizar o medo. Os que estavam lá a guiaram por alguns corredores e a deixaram numa sala, com uma pessoa. Várias agulhas estavam colocadas embaixo das unhas dela, e na embaixo da mandíbula. Entre as coxas, uma panela de lava estava pronta para ser aberta, e havia alguns instrumentos para tirar a pele.
Sarah começou a torturar aquela alma. Ela gritava, com dor, mas não podia escapar e nem conseguia se mexer. Amaldiçoando os instrumentos, fez todos eles ficarem flamejantes.
Não é possível descrever o sentimento de dor que aquela criatura sentia em contraste a frieza de Sarah.
Depois de um tempo assim, outro entrou na sala, e disse para deixar o resto com ele. Sarah, então, saiu da sala, e procurou achar outro lugar. Quanto mais andava, mais parecida que o corredor onde estava era sem fim.
Depois de muito andar, achou uma porta. A abriu e entrou na escuridão da sala. Uma voz sussurrou no ouvido de Sarah:
— Você nunca seria como nós. Tão inferior, pecadora, irritante. Devemos puni-la como é a regra. Tsc. Uma alma com um sonho tão irreal e imbecil, buscando ser um pesadelo, deve cair, e aceitar as consequências de seus atos.
O chão embaixo dela caiu, e ela mergulhou em um mar de lava. Agora, ela que deveria sofrer.
Sarah tentava nadar, mas todo o seu corpo estava com dor por causa da lava, que surtia efeito. Ela não conseguia andar direito, pois havia várias coisas pontudas no fundo. Atrás dela, surgiram monstros terríveis, e ela ignorou tudo aquilo para fugir deles.
Quando finalmente chegou na margem, tirou as coisas pontudas dos pés e tentou se abrigar em algum lugar. Encontrou outra sala escura, e entrou nela mesmo com medo. Todo o seu corpo estava queimando, fazendo ela chorar.
Na escuridão, começou a cantar uma música. Fazia muito tempo desde que havia ouvido ela pela primeira vez. Mesmo sabendo que não teria salvação para ela, resolveu cantar.
— Vai raiar o sol, vai raiar outra vez, virá aquecer corações e a luz trará um novo alvorecer sobre nós...
Ela repetia essa frase, enquanto sentia monstros indo em direção a ela. Mesmo com o cheiro horrível, as dores, ela continuou a cantar.
— A noite chegará ao fim, e o dia vem clareando...
Uma luz começou a surgir de trás de Sarah. Os monstros começaram a correr, e então duas mãos puxaram Sarah para a luz, e ela fechou os olhos. Antes de desmaiar de dor, ouviu uma música. Mais especificamente, uma flauta.
Era uma canção de ninar.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!