As fantásticas crônicas de Sarah escrita por Helen


Capítulo 17
Crônica 17 - Lucius e Estigiofobia.


Notas iniciais do capítulo

Esse "inferno" é apenas uma imaginação. Não o interprete como se fosse pura verdade.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/558776/chapter/17

Uma carruagem parou na frente da floresta. Os cavalos dela eram apodrecidos, e tinham olhos vermelhos. A carruagem em si parecia não ter sido usada a muito tempo, tendo nem mesmo uma cor específica.

De dentro da carruagem saiu um garoto. Ele tinha cabelos escuros e curtos, indo um pouco para o lado. Se vestia de um jeito bem parecido com o de Arthur.

Pesadelo sorriu ao vê-lo. Ela acenou, e puxou Sarah até ele.

— Aqui está a corajosa! — disse ela.

— Entendo. — o garoto examinou Sarah de cima a baixo. — Então... você quer ir até lá?

— Sim. — respondeu Sarah.

— Tem certeza? Não tem volta.

— Eu sei disso.

— Pois bem. Meu nome é Lucius. Você deve saber quem eu sou. Sarah é o seu nome, correto?

— Sim.

— Então, Sarah, você irá torturar pessoas daqui em diante. É o melhor trabalho ao seu nível.

— Certo.

— Despeça dessas pessoas aí e entre na carruagem.

Sarah acenou para Arthur e Slender, e foi junto com Pesadelo até a carruagem. Quando elas entraram, as portas fecharam sozinhas e a carruagem começou a correr numa velocidade assustadora. A paisagem mudou drasticamente para milhares de tons de vermelho e preto.

Quando saiu da carruagem, Sarah se deparou com os portões do inferno. Eram as coisas mais horríveis. Não é possível descrevê-las. Naquele momento, Sarah começou a tremer e olhar para baixo, tentando amenizar o medo. Os que estavam lá a guiaram por alguns corredores e a deixaram numa sala, com uma pessoa. Várias agulhas estavam colocadas embaixo das unhas dela, e na embaixo da mandíbula. Entre as coxas, uma panela de lava estava pronta para ser aberta, e havia alguns instrumentos para tirar a pele.

Sarah começou a torturar aquela alma. Ela gritava, com dor, mas não podia escapar e nem conseguia se mexer. Amaldiçoando os instrumentos, fez todos eles ficarem flamejantes.

Não é possível descrever o sentimento de dor que aquela criatura sentia em contraste a frieza de Sarah.

Depois de um tempo assim, outro entrou na sala, e disse para deixar o resto com ele. Sarah, então, saiu da sala, e procurou achar outro lugar. Quanto mais andava, mais parecida que o corredor onde estava era sem fim.

Depois de muito andar, achou uma porta. A abriu e entrou na escuridão da sala. Uma voz sussurrou no ouvido de Sarah:

— Você nunca seria como nós. Tão inferior, pecadora, irritante. Devemos puni-la como é a regra. Tsc. Uma alma com um sonho tão irreal e imbecil, buscando ser um pesadelo, deve cair, e aceitar as consequências de seus atos.

O chão embaixo dela caiu, e ela mergulhou em um mar de lava. Agora, ela que deveria sofrer.

Sarah tentava nadar, mas todo o seu corpo estava com dor por causa da lava, que surtia efeito. Ela não conseguia andar direito, pois havia várias coisas pontudas no fundo. Atrás dela, surgiram monstros terríveis, e ela ignorou tudo aquilo para fugir deles.

Quando finalmente chegou na margem, tirou as coisas pontudas dos pés e tentou se abrigar em algum lugar. Encontrou outra sala escura, e entrou nela mesmo com medo. Todo o seu corpo estava queimando, fazendo ela chorar.

Na escuridão, começou a cantar uma música. Fazia muito tempo desde que havia ouvido ela pela primeira vez. Mesmo sabendo que não teria salvação para ela, resolveu cantar.

Vai raiar o sol, vai raiar outra vez, virá aquecer corações e a luz trará um novo alvorecer sobre nós...

Ela repetia essa frase, enquanto sentia monstros indo em direção a ela. Mesmo com o cheiro horrível, as dores, ela continuou a cantar.

— A noite chegará ao fim, e o dia vem clareando...

Uma luz começou a surgir de trás de Sarah. Os monstros começaram a correr, e então duas mãos puxaram Sarah para a luz, e ela fechou os olhos. Antes de desmaiar de dor, ouviu uma música. Mais especificamente, uma flauta.

Era uma canção de ninar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As fantásticas crônicas de Sarah" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.