A verdadeira mãe de Niklaus Mikaelson. escrita por Lya De Volkan


Capítulo 3
Aliança.


Notas iniciais do capítulo

Eu queria agradecer a Katerina Salvatore Petrova por ter recomendado minha fic na sua fic A Filha De Klaus, realmente ela arrasa na escrita e eu sou uma fã dela. Comentem por favor lindas.



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Part Anna

–Mas o que diabos foi isso Anna? Você poderia ter acabado com eles naquela hora! –Fiona se aproximou de mim e eu encarei o nada, estava sentada em uma pedra no meio da floresta e eu não conseguia tirar aquela imagem da cabeça.

–Escuta Fiona, aquele tal de Klaus, o que ele é? –Perguntei com uma cisma em minha mente, Marie Laveau se aproximou de mim e ficou na minha frente.

–Ele é um hibrido. Metade lobisomem e metade vampiro, uma abominação da natureza criado pela mãe que era uma bruxa muito poderosa, ele é o mais poderoso dos originais. –Ela me explicou, tudo se encaixava para uma única resposta. Será que Klaus era o meu bebê que Esther me roubou? Poderia ser o meu filho? –Ele tem que ser destruído, as bruxas não terão paz enquanto ele viver.

–Por que? O que foi que ele fez de tão grave? –Me levantei as olhando. –Ele não me pareceu perigoso na hora.

–Ele nasceu, Anna. Nasceu. Isso foi o suficiente para abalar as estruturas naturais do mundo das bruxas, Esther mexeu com o que não devia, e os criou. –Fiona me respondeu e eu virei meu rosto. –Algum problema Anna?

Eu não poderia falar o que estava pensando, elas não iriam entender. Eu sabia que elas haviam me libertado com um único proposito, matas os originais, mas se o Klaus fosse meu filho...eu não encostaria um dedo nele. Mas ele poderia não ser...e tudo isso ser apenas a minha imaginação. Mas aqueles olhos me lembravam tanto meu amor, o homem que amei, o lobisomem com quem eu me envolvi.

–Não, nenhum problema. –Respondi a olhando nos olhos, senti que ela ficou um pouco desconfiada. –Só queria um motivo convincente para matar aquelas crianças.

–Não há motivo mais convincente do que o nosso, eles tem que morrer, é pra isso que você está aqui, para mata-los. –Delphine retrucou e eu a encarei.

–Não, o único motivo de eu está aqui é o fato que vou me vingar de Esther, o que vocês querem é uma cobrança por terem me tirado do exilio. –Respondi e Fiona sorriu tirando o cigarro da boca, o jogando no chão e pisando sobre ele.

–Minha querida...você só está aqui para isso, se não fosse por nós, você até agora estaria naquele caixão de pedra mofando até o fim dos tempos. Você pode se vingar de sua irmã, mas antes vai destruir os Mikaelsons! –Ela falou com uma voz autoritária cuja eu não gostei nem um pouco. Sorri para ela limpando o sangue que ainda estava em minha boca.

–Fiona, eu tenho certeza de que você sabe com quem está se metendo, eu não sou uma bruxa normal e você sabe disso. –Respondi e ela deu um goto a seco. –Antes de fazer uma chacina, eu quero conhecer a cidade, as pessoas, eu preciso ver como o mundo mudou. Não tem pra que pressa, temos todo o tempo do mundo.

Sai da presença delas na velocidade vampiresca e voltei para a cidade, do outro lado do rio para ser mais exata, afinal de contas ainda deveria ter corpos na rua em que ataquei. A noite em New Orleans era bem movimentada e tinha muitos humanos pelas ruas, atrações musicais e folclóricas, realmente o mundo tinha mudado muito.

–Quem é você? –Ouvi uma voz feminina logo atrás de mim, me virei e notei uma mulher morena, de longos cabeços castanhos, boca carnuda, magra e de alta estatura, vestia uma calça e uma camiseta com uma jaqueta por cima.

–Seria mais conveniente você me dizer quem é você. –Respondi e ela me encarou.

–É uma bruxa não é? Por que atacou os vampiros do Marcel? –Ela me perguntou e eu respirei fundo.

–Não sei quem é esse tal de Marcel. –Me aproximei dela. –Quem é você? Tem alguma coisa haver com os Mikaelsons?

–Não diretamente, meu nome é Hayley. –Ela respondeu.

–Me chamo Anna, mas não se preocupe, por incrível que pareça eu estou em paz, não quero machucar mais ninguém. –Respondi e ela arqueou uma da sobrancelhas.

–Então porque atacou aqueles vampiros? –Ela perguntou.

–Por que eu estou atrás de alguém, uma pessoa que arruinou a minha vida e a vida do meu bebê recém-nascido. –Respondi e Hayley cruzou os braços.

–E quem seria essa pessoa? Não me diga que é o Klaus mais uma vez. –Ela falou um pouquinho debochada e eu sorri de canto de boca.

–Não...é Esther. –Ela me olho de modo curioso. –É ela que eu quero.

–Por que isso? –Ela perguntou e eu cruzei os braços.

–Eu acho que aqui não é o lugar mais conveniente para conversamos sobre isso, além do mais, eu nem sei por que estou falando disso com você. –Retruquei.

–Acredite, eu quero tanto a cabeça de Esther quando você, se é dela que você procurando, eu posso te ajudar, mas...eu quero saber por que você está atrás dela. –Olhei bem no fundo dos olhos daquela garota, ela parecia realmente falar a verdade, e pelo que eu podia sentir, ela não era bruxa.

–O que você é? Lobisomem? Vampira? –Perguntei.

–Sou as duas coisas, mas isso é uma historia muito longa e Esther está no meio dela.

–Hibrida então, como Klaus. –Comentei e ela mordeu o lábio inferior. Sorri. –Inimigo do meu inimigo é meu amigo. Venha comigo.

Fui na velocidade vampiresca até a margem do rio, Hayley me seguiu. Quando parei, ela me olhou espantada.

–Espere um pouco, o que você é? Você é uma vampira! –Ela respondeu antes de mim, me virei para ela e passei a língua nos meus lábios.

–Metade, metade. –Respondi.

–O que?

–Metade vampira, metade bruxa. –Quando eu falei aquilo, ela me encarou como se eu fosse uma aberração.

–Não é possível, isso não é possível. –Ela retrucou e eu virei o rosto.

–É possível sim, porém, só existe eu dessa espécie. Mas eu não nasci assim. –Respondi e ela cruzou os braços.

–O que aconteceu para você ser desse jeito?

–A muito tempo atrás...eu me envolvi um homem diferente, um lobisomem alfa. Ele era galante, mais bonito do que todos os homens da minha aldeia...a única pessoa que sabia desse caso era a minha irmã mais velha, que por coincidência, também era apaixonada por ele. Ele me amava, me convidou diversas vezes para viver com ele e a alcateia, mas eu temia pelos meus pais. Um dia, descobri que estava gravida...entrei em completo desespero, seria uma desonra enorme uma filha grávida não casada, mas eu não queria interromper a gravidez, aquela criança não tinha culpa de nada. Então resolvi tê-la longe da aldeia, em uma cabana improvisada, para que meus pais não soubessem e que eu pudesse ficar lá com meu bebê até meu amado voltar, assim me juntaria a ele e nossa família ficaria unida. Quando nasceu, eu vi aquele rostinho...aqueles olhos iguais os do pai, aquele pequeno anjo em meus braços era a minha vida...mas minha irmã condenou-me, disse que uma bruxa ter um filho de um lobisomem era a maior vergonha que ela poderia ter. Ela arrancou o meu filho de meus braços, e com magia me segurou, presa na cabana, pegou um balde de sangue e cortou o próprio braço, derramando seu sangue nele. Ela me fez beber tudo aquilo, convenceu as bruxas da região de que eu estava morta e me prenderão em um caixão de pedra, acorrentado, e me enterraram. Eu ouvi o mundo mudar ao decorrer dos séculos. Mas nunca perdi a esperança de encontrar meu filho novamente. Ela me condenou a ser essa aberração sedenta por sangue por toda eternidade... –Depois de contar tudo a Hayley, me virei e vi ela com a mão esquerda sobre a boca, surpresa.

–Então sua irmã é a Esther... –Ela respondeu e eu concordei com a cabeça. –Que cruel...

–Esperei séculos para poder encara-la mais uma vez, ela vai se arrepender de ter me transformado nisso e de ter tirado meu bebê de mim. –Comentei e Hayley tirou a mão da boca e voltou a ficar com os braços cruzados.

–Eu entendo muito bem o que você sente, eu também tive um bebê que foi tirado de mim logo depois que nasceu, por causa da loucura de Esther. Ela não queria que minha filha sobreviesse, por ela ser as três coisas ao mesmo tempo. –Ela me falou e eu dei um goto a seco.

–Sinto muito por isso...nenhuma mãe deveria passar por isso. –Respondi e ela sorriu de canto de boca.

–Obrigada. O que aconteceu com seu filho? –Ela me perguntou e eu respirei fundo, eu não tinha duvidas.

–Ele se tornou uma criatura que as bruxas odeiam...e eu fui trazida para mata-lo. –Respondi com um olhar baixo, ela se aproximou de mim e me segurou pelo pulso.

–Anna, por acaso o bebê que foi tirado de você é o...Klaus? –Ela me perguntou com um tom de preocupação, ou curiosidade. Eu a olhei seriamente e ela me soltou, eu não precisei falar nada. –É o Klaus...meu Deus, por essa eu não esperava.

–Antes eu tinha algumas duvidas, mas quando eu o ataquei, seu lado lobisomem se manifestou, eu parei na mesma hora. Não tenho duvidas... –Respondi e ela olhou pro lado. –Klaus é meu filho.

–E como você pretende dizer isso a ele? Tipo, a mulher que ele sempre achou que fosse sua mãe é uma vadia psicótica que quer troca-los de corpos, o pai, que nem é pai dele de verdade, é um louco que os persegue a séculos e que já tentou matar a mim e a minha bebê, eu acho que a ideia de família se esvaiu da mente dele. –Ela me falou aquilo e eu senti um calafrio, se ele fosse realmente o monstro que as bruxas tanto falam, ele jamais iria me aceitar, ou me permitir ficar por perto dele.

Meu Deus, minha criança foi tão maltratada assim? A ponto de se transformar em um monstro?

–Eu não sei...-Respondi suspirando. –Não vai ser fácil me aproximar dele, ainda mais depois do que fiz hoje, as bruxas o querem morto...eu não vou deixar. –Ela concordou com a cabeça.

–Você realmente é diferente da Esther, só o que você fala mostra isso. –Ela comentou sorrindo e eu sorri para ela.

–Esther é uma vadia. E ela vai ter uma grande surpresa quando me ver. –Respondi. –Mas não matarei ela, ela mesma vai contar toda a verdade para o Klaus, vai falar tudo o que fez.

–Ela fara isso mesmo? Pelo pouco que eu conheço dela, ela é bem esperta, não confessara isso tão rápido.

–Ah vai sim, ou eu farei da nova vida dela um verdadeiro inferno.

–Se for assim eu quero te ajudar...-A olhei e ela suspirou. –Eu quero ver aquela vadia pagando pelo que fez, por causa dela eu não tenho minha filha em meus braços, se for preciso farei aliança com o demônio para vê-la pagar.

Sorri, aquela menina era bem determinada.

–Gostei de você Hayley, obrigada. –Respondi e ela sorriu de canto. –Só me diga uma coisa, por que Esther não quis que sua filha vivesse?

Ela olhou pro lado e depois me encarou.

–Por que ela também é filha do Klaus. –Arregalei os meus olhos, como a loucura de Esther chegou a isso?

–Não se preocupe Hayley, ela vai pagar por isso, você vai vingar a sua filha...e eu vou vingar o meu filho.


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Notas finais do capítulo

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