Frost escrita por N Owens


Capítulo 2
Capítulo Dois


Notas iniciais do capítulo

Olá, leitores!
Muito obrigado pelo comentário que recebi. Eu ri demais dele, e me deixou muito feliz! Obrigado de coração.
Aqui vai mais um capítulo, aproveitando que já está pronto.
Espero que gostem!



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Já na secretaria, eu termino de assinar os papéis relativos a transferência e entrego uma foto 3x4 de uma moça que se parece muito comigo, mas não sou eu.

Tenho aula na turma de Algoritmos e Programação de Computadores, na sala 12. Eu entro e vasculho o local em busca de um lugar pra me sentar. Uma cabeleira loura me chama a atenção, e eu vou até lá.

– Tem alguém sentado aqui? – Pergunto para o cara louro.

– Não tem, pode sentar, ttebayo! – É engraçado o jeito que ele termina a frase. Eu me sento e começo a abrir a mochila para pegar meu laptop. – Você é nova? Eu sou Uzumaki Naruto. – E estende a mão pra mim. Eu a pego e dou um sorriso fraco.

– Prazer – Eu quase gaguejo. Quase. – Sou Kurosawa Hinata. Sou transferida.

– E d’aonde você veio, Hinata-chan? – O sorriso de Naruto é incandescente.

– Do Texas. – Respondo sem olhar pra ele. Arrumando minhas coisas. Sei que vou ficar corada.

– Bem longe. – Sinto o olhar dele encima dos meus cabelos. – E o que você veio fazer aqui em Tóquio?

– Eu nasci aqui, mas fui para o Texas muito pequena. Resolvi voltar pra cá porque quero terminar meus estudos e ter uma vida aqui. – Respondi o mais seriamente que pude.

– Entendi! – Ele quase deu um pulo na cadeira. – Buscando independência, não é? Eu também sai da casa dos meus pais por estar cansado de ouvir os berros da minha mãe... – Naruto continua, mas eu bloqueio a voz dele mentalmente. Aquele que acabou de entrar na sala era Hatake Kakashi, O Programador. Um dos caras queeu estava com vontade de encontrar, ele podia me dar algumas respostas. O olho dele que não está coberto vagueia pela classe, que não é muito cheia, e para sobre mim. Eu entendo rapidamente que devo ir até ele.

Me aproximo, e consigo sentir o sorriso do Hatake por baixo da mascara escura que ele usa. Igualzinho as fotos da internet. Ele é tão excêntrico que seria impossível deixar de reconhecê-lo.

– Senhorita... – Ele fala.

– Kurosawa. – Respondo rapidamente.

– Senhorita Kurosawa. – Ele se corrige. – É um prazer vê-la aqui, na minha turma. Devo presumir que está aqui para ver a minha pessoa. – Ele pega minha mão e dá um leve toque de lábios nela, soando galante. – A última vez que a vi, era só uma garotinha. – Essa parte foi sussurrada somente para mim.

– Hatake-sensei. – Eu o cumprimento de volta, com uma leve reverencia. – É muito bom ter a oportunidade de assistir as suas aulas, mas estou aqui pelo diploma. Foi muita bondade do senhor em me dar um voto positivo para adquirir a bolsa de estudos.

– Ora, não me chame de senhor! Temos quase a mesma idade – Ele pareceu mais solto, e menos nobre, por essa parte era mentira. – Espero que tudo corra bem. – Ele sorriu. – E eu sinto muito. – É, essa parte também foi sussurrada somente pra mim.

– Eu sei. – Sorri de volta, e retornei para o meu lugar.

A aula seguiu pacífica na maioria do tempo. Kakashi estava explicando como seria o trabalho do semestre, e Naruto chamava minha atenção muitas vezes para fazer perguntas sobre mim, ou para falar de si mesmo. Ele era extrovertido, e parecia ter um bom coração. Ao fim do dia eu ainda tive a oportunidade de conhecer Kiba e Shino. Ambos estavam no mesmo ano que eu e Naruto, mas eles haviam chegado atrasados naquele dia. A verdade é que eu suspeito que eles sejam um casal, mas sou cagona demais para perguntar se é isso mesmo. Kiba é de uma aparência jovial e alegre, porém menos espontâneo que Naruto. E Shino é exatamente o oposto, sendo um observador nato. Eles me chamaram para ir ao cinema com eles, na sexta a noite, e eu acabei aceitando.

Mais pessoas deveriam confirmar a presença, e pra mim seria uma boa oportunidade de conhecer gente nova e ter uma vida normal.

Ao fim das aulas, eu estava atravessando o pátio, e fui abordada por um cara magro, alto, de cabelos escuros, e pele pálida.

– Seu nome é Hinata? – Ele perguntou, sem sequer me cumprimentar, e sendo completamente indelicado.

– Sim. – Respondi. Meu instinto me dizia pra sair daquele lugar. A verdade é que esse cara me lembrava um pouco aquele zelador tarado e esquisito. Senti um frio na espinha. Queria ir pra casa comer bolo e tomar café.

– Qual o seu parentesco com Hyuuga Neji? – Ele olhava nos meus olhos, sem realmente estar olhando pra mim.

– O quê? – Eu dei um passo para trás. O que esse cara sabia sobre o Neji? Quem era ele? – Quem é você? – Acabei perguntando. Ele pareceu sentir o meu recuo e pegou no meu braço.

– Qual o seu parentesco com Hyuuga Neji? – Repetiu, e meu coração gelou. O que estava acontecendo? Quem, infernos, era esse filho da puta? Eu sentia o meu corpo gelado e completamente imóvel. – Responde.

– Eu... – Eu tentei dizer algo, mas a minha voz falhou. O que eu ia dizer? Eu tava era muito ferrada.

De repente, senti meu outro braço ser puxado, e o cara pálida me largou. Seu rosto que antes não expressava nada, agora transmitia algum sinônimo de inquietação. E, PQP, era o zelador tarado.

– Desculpe, Sai, essa aqui eu vi primeiro. – Ele me abraçou mais fortemente. – Ela vai ser a minha maid particular. – Senti o meu rosto ferver de ódio, mas não me mexi. Eu preferia o zelador tarado ao tal “Sai” que veio me perguntar sobre Neji.

–Você é idiota, zelador? – Ouvi ele dizer. Tudo o que eu via era a cor cinzenta do uniforme do zelador. Eu podia sentir o cheiro de madeira que vinha dele. Eu não sabia que zeladores cheiravam tão bem. Hm? – Não deveria voltar para o seu trabalho de regar as plantas e me deixar conversar com a moça? – Eu tremi, e acho que o tarado sentiu. O aperto dele ficou um pouco mais forte. Ele estava me protegendo? Cara. O. Que. Estava. Acontecendo. Aqui?

– Acho que não. – E eu senti meus pés deixarem o chão. Ele havia me jogado nas costas e saiu andando comigo, como se eu fosse um saco de batatas qualquer. Ó, céus, eu não merecia isso. – Vamos, eu tenho que te descontar o chute que você me deu hoje de manhã. – O ódio que eu sentia se foi, e deu lugar a um medo incontrolável. PQP. E agora? Eu comecei a me mexer e fui me debatendo para tentar me soltar, mas aquele cara era forte demais pra mim. – E você vai me pagar com o corpo, sua pobretona. – Eu ia perder toda a minha pureza para esse cara maluco? NÃO. Eu nunca ia deixar isso acontecer.

– Nãããããão! – Eu choraminguei.

– Assim são as coisas. – Ele disse.

Talvez eu deixasse.

Porque, no fim, eu não consegui me soltar dele.

A verdade é que eu acabei pagando com o corpo mesmo.

Ao contrário do que pensei, ele queria uma escrava para fazer seu próprio trabalho. E lá estava eu – ainda pura – varrendo abaixo das árvores que ficavam perto da casinha de equipamentos que o faxineiro/zelador usava.

– Pelo menos eu não preciso pagar com o meu corpo de outras formas. – Eu disse, pra mim mesma. – MAS A VERDADE É QUE EU NÃO DEVERIA CONCORDAR COM ISSO! – Resmunguei alto.

– Então você quer que eu te leve de volta para os braços daquele vermezinho que é o Sai? – ele disse, enquanto acendia um cigarro.

N- não. – Eu gaguejei.

– Então fique calada, idiota! Eu estou ocupado. – Ele estava sentado em uma daquelas cadeiras de praia, que eu acho ridículas, e colocou um laptop sobre o colo. Desde quando aquele preguiçoso tarado sabia mexer com computadores? Dei uma olhada por cima do ombro dele. O maldito faxineiro da Yakuza estava jogando Mahjong! EU VOU BATER NELE COM ESSA VASSOURA. É uma pena que eu tenha reflexos de criança em desenvolvimento perto dele. Ele pegou a vassoura no ar, e com aquela cara de poucos amigos, me encarou.

– Eu sou Uchiha Sasuke. Você pode me chamar de Uchiha-sama. Mestre. Senhor. Meu amado chefe. – Ele sorriu, e pareceu ser sincero. – Pode escolher.

QUE HOMEM CARA DE PAU.

– Agora vai ali e tira as ervas daninhas pra mim, Hinata. – E abanou a mão, como se o fizesse para um cachorrinho. Que ódio desse homem. Eu vou descobrir quem esse idiota é, quando eu chegar em casa. Alguém como eu, expert em computação pode ser passada pra trás assim? Aliás, eu nunca disse meu nome.

O vento veio novamente, mas não carregou meus cabelos.


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Notas finais do capítulo

Viram como o Sasuke é cara de pau, e ao mesmo tempo rabugento? HAHAHA. Eu morro de rir.
A Hinata, por mais inteligente que seja, ainda é uma jovem inocente, no habitat social.
Espero que estejam gostando!
Beijos.



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