Erza se encontrava irritada, tinha acordado com os altos alarmes e se deparou algemada, pode sentir que vestia do pescoço ao final do busto uma armadura feminina com mangas que iam até o cotovelo e seguiam com um tecido fino e transparente avermelhado, um cinto de armadura ligada a uma calcinha também usada em armaduras e dois longos panos do mesmo tecido das mangas nos braços que se estendia até o joelho. Estava presa algemada pelos pulsos, a corrente era larga permitindo permitindo que puxasse até acima da altura dos olhos, em compensação as correntes que estavam conectadas as algemas que prendiam seus calcanhares eram curtas, dois centímetros no máximo.

Estava presa em uma sala com as paredes transparentes num lugar mais alto do que o nível do chão, aberto em baixo, no chão tinha um monte de espadas e adagas apontadas para cima, se caísse tentando se salvar seria morte certa.

Mais além, na mesma sala podia ver uma outra espécie de jaula igualmente transparente onde estava Lissana presa como um animal por uma coleira de aço no pescoço e correntes que a prendia na parede.

Lissana usava um vestido azul claro transparente curto, terminava a um palmo do começo da coxa, pelo fato de ser transparente deixava amostra uma espécie de biquíni com a parte de cima estilo tomara que caia amarrada no meio com estampa imitando um dálmata a parte de baixo tinha a mesma estampa, fina. Além disso usava uma tiara imitando orelhas de um dálmata e a calcinha do biquíni vinha junto com um rabo.

Já tentara falar com a Strauss mais nova, mas as paredes eram a prova de som, tentava achar um jeito de sair dali, mas as algemas eram a prova de magia e resistentes.

Foi então quando sentiu uma grande pressão mágica negra, pode perceber que a Strauss também percebeu e tinha se encolhido com o medo com as duas mãos na cabeça, Erza virou a cabeça levemente encarando a parede atrás de si onde a pressão era mais forte e parecia se aproximar cada vez mais.

Apesar da parede ser a prova de som pode ouvir uns estrondo, reconhecia aquela aura mágica e temia, provavelmente por onde passava as paredes não aquentavam e acabavam se destruindo.

Foi então que a pressão ficou mais forte a obrigando em se encolher com pavor, os estrondo mais altos e por fim a parede onde ela estava presa começou a vibrar.

Blam!

A parede tinha cedido, com a pressão Erza foi jogada para frente quebrando a parede da jaula que estava e olhou para o corredor atrás de si vendo Zeref com o seu olho vermelho e uma aura extremamente assustadora, mas a surpresa mesmo foi quando viu Lucy andando atrás dele, sua expressão era chorosa e seu corpo parecia sem vida andando como se controlado por algo e emitia uma aura igualmente poderosa que vez quebrar não só o resto de sua antiga jaula como o da Lissana e as algemas que ainda as prendiam.

Erza não pode se mover até a amiga, surpresa de mais, seu corpo estava paralisado e a única coisa que pode fazer foi chorar igualmente como a maga celestial.

Quando a pressão já estava menor, provavelmente porque os dois já estavam mais afastados Erza pode se voltar a mexer e foi ao encontro da Strauss mais nova que acabou desmaiando com a grande pressão. Colocou-a em suas costas e foi até onde estava antes olhando o estoque de espadas e adagas.

Resolveu pegar algumas e partiu para fora da sala indo para o lado oposto onde Zeref e Lucy estava indo, sabia que não iria conseguir ficar ali e ficou feliz por não ter morrido no momento que os dois passaram por eles.

Se só com pressão mágica faziam esse estrago, Erza realmente não queria saber o que todo seus reais poderes poderiam fazer.

***

– Ai, ai... Não acredito que eu fui mandada para acabar com esses insetos que mal aquentam um mago C... - Hebi reclama chamando a atenção de Natsu que estava tentando acordar Naka.

O Dragneel fica surpreso, não tinha percebido que a mulher estava ali, o que era algo totalmente improvável de acontecer já que o seu faro apurado percebia se alguém está vindo a quilômetros.

Rapidamente o rosado se coloca em ataque, a mulher a sua frente aparentava ser uma maga forte e ele que iria lutar dessa vez, não podia estar mais animado.

– Pelo menos você é gatinho Natsu Dragneel, apesar de que aquele irritadinho é muito mais bonito, dá para o gasto - Fala a mulher olhando maliciosa para o corpo do Dragon Slayer passando a língua cortada ao meio como a de uma cobra nos lábios mostrando suas presas pontudas.

– Estou animado! - Exclama Natsu sorrindo mostrando seus dentes afiados, ignorando o machucado em sua barriga.

– Janpu*– Sussurra a mulher desaparecendo e aparecendo de novo atrás de Natsu.

– Hebi ni Kama reta Kizu** - Murmura no ouvido do Dragneel cravando sua unha no ombro dele e soltando em seguida.

– ARRGH!! Karyu no Enchu!!*** - Natsu tenta acertar a loira com uma cotovelada por trás só que a mulher move agilmente o corpo para trás fazendo eu salto arranhar sobre o piso de pedra.

– Ora, o inseto cospe fogo... Kami no Kurage!****– Hebi se aproxima novamente de Natsu, apontando seus dedos para Natsu o atacando.

O Dragneel consegue desviar da maioria, porém é acertado por um dedo no braço, tal dedo que entra e saí rápido do braço do rapaz que se afasta em seguida.

Sentia seu braço dormente e não conseguia movê-lo, Hibe estava apontando para os pontos chaves do corpo de Natsu, ao acertar Natsu perdia a mobilidade de determinada área, como aconteceu com seu braço esquerdo.

– Tsk, Jeff têm razão, é muito chato pegar um inseto - Reclama Hibe - Mas vale a pena... Aizukurage!!****** – Hibe aparece a centímetros do rosto de Natsu olhando diretamente para os olhos dele, sua iris cobria todo o olho num amarelo intenso e hipnotizante já sua pupila estava extremamente fina, quase desaparecendo com leves ondulações.

Ela lambeu a bochecha do rosado e depois passou a unha afiada de um ombro para o outro o arranhando.

– Ele é realmente quente - Comenta sibilosamente afagando o cabelo rosa.

– Eu não posso fazer nada com Zeref, mas o mestre não disse nada sobre os outros - Riu abraçando o pescoço do Dragneel inclinando o corpo de forma que seu busto também tocasse ele.

– Vai ser divertido ter mais brinquedinhos para minha coleção - Gargalha se separando dele.

***

Wendy estava quase perdendo o ar, não iria poder segurar mais por muito tempo, sabia que era arriscado, mas ainda tinha uma coisa que ela podia fazer. Teria que arriscar, se ela fosse morrer, ao menos teria salvado os outros.

Sim, ela era a única que podia fazer alguma coisa.

Retirou a mão que tampava sua boca e começou a comer o ar envenenado o máximo que pode, não podia deixar restar nada. Comeu até que não houvesse mais veneno no ar.

Gray abriu os olhos percebendo que o ar já não estava mais tão tenso e viu que não havia mais a fumaça roxa no ar, ouviu então um baque surto e virou em direção a Wendy vendo Wendy caída no chão, logo em seguida se assustou com a possibilidade da mais nova ter engolido todo o veneno e foi em direção ela desesperado.

Verificou o pulso da menor apavorado com a possibilidade dela ter morrido.

Estava lá. Fraco, mas ainda estava.

O Fullbuster suspirou aliviado, admirava a coragem dela de ter engolido todo o veneno mesmo sabendo que poderia morrer apenas para salvar ele e a sua pequena exceed.

Precisaria ir visitar a Polyushka logo caso quisesse salvar a Wendy, mas não podia simplesmente abandonar a missão e ir correndo até lá. Não ao menos sem avisar os outros.

Ouviu um estrondo como de paredes se quebrando junto com uma grande aura negra. Não era seguro permanecer ali.

Colocou a Marvel em suas costas e segurou a Charles em seu braço começando a correr para algum lugar mais seguro fazendo o máximo para evitar futuras batalhas.

***

Lucy chorava apesar de não emitir nenhum som, seus olhos abertos mirando para o chão ignorando os pequenos fragmentos que avançavam até si. Não tinha que se preocupar alias, sempre que chegava a sete centímetros de si era destruído e se transformando em pó.

Mas ela não estava atenta ao seu redor, apesar de seus olhos mirarem o chão estava olhando uma outra cena, uma cena que aconteceu a muito tempo atrás.

Era uma cidade, uma cidade construída no alto de grandes arvores escondida atrás de uma grande montanha quase como uma larga caverna, vários dragões descansavam nas largas varandas das casas aparentemente alegres enquanto observavam os seus filhotes voarem, provavelmente alegres com os primeiros voos.

Vários dragões filhotes as vezes falhavam no voo e várias vezes os dragões mais velhos apenas estendia o rabo até eles os ajudando a voltar a ter equilíbrio. Era uma cena linda de se ver.

Mas Lucy não olhava para os filhotes e sim para um dragão negro majestoso que repousava em um canto entre duas arvores mesclando-se as sombras, seus olhos vermelho meio misturado com o dourado e preto lembrando lavas que parecia olhar sério e com desgosto para a cena a frente.

– São tão idiotas... Eles devem aprender sozinhos, no perigo não vai ter ninguém para ajudá-los – Rosna o dragão levando a cabeça para mais perto da barriga.

Um outro grande dragão, este majestoso de um branco azulado e olhos sábios em azul.

– Continua com isso de que essa paz é temporária Naitoshadou? - Indaga o dragão da manhã pousando na frente do da noite.

– Você sabe o que penso Ukuza – Diz simplesmente tampando seu rosto com sua própria assa.

– Sabe que ficar assim não faz bem para "eles" não sabe? – Pergunta o dragão branco olhando preocupado para o dragão negro.

– Sei...

A cena muda para uma casa¹ no meio de uma floresta onde uma criança pequena, um garoto moreno com os olhos vermelhos chorava alto enquanto uma mulher alta de longos cabelos negros presos em um rabo de cavalo alto e olhos vermelhos, pele clara usando uma blusa vermelha curta em cima uma outra blusinha vermelha de alcinha transparente e uma curta e justa saia jeens.

– Caramba... Como esse garoto chora! o que você quer hein?! - Pergunta irritada a mulher, mas tal tom só ajudou a piorar o choro da criança.

– Quantas vezes já disse que não pode tratar assim uma criança?! - Pergunta irritado um homem de cabelo brancos longos e lisos e olhos azuis.

– Hey, Zeref-chan, o que você têm? Está sentindo mal? - Indaga com uma voz gentil apesar dele permanecer com o rosto sério.

O pequeno Zeref abre os olhos vermelhos encarando por um tempo o homem a sua frente.

Depois de dois segundos ele volta a chorar, dessa vez com uma grande magia em volta de si.

– Viu o que você vez?! Só piorou ainda mais a situação! - Reclama a mulher apontando para o homem.

– Você fala como se não tivesse culpa, não fui eu que aceitei cuidar de dois bebês - Reclama o grisalho tão calmo como se só tivesse numa conversa normal numa tarde tomando chá.

– HEY!! Você viu como...

Eles param de brigar pois ouviram uma risada e olharam em direção ao pequeno Zeref, ao lado dele estava a Lucy com uns dois ou três anos, a mesma idade que Zeref aparentava ter a mesma idade do que ela, Lucy fazia um cafuné na cabeça do pequeno Zeref e sorria amplamente para ele.

Zeref abriu os olhos vermelhos encarando Lucy por um segundo, mas depois engoliu o choro e abriu um pequeno sorriso, a sua magia voltou ao normal.

Somente com aquele sorriso sincero de Lucy o clima tenso que estava na varanda da casa se tornou algo agradável e divertido, não demorando muito para ela e o pequeno Zeref começarem a brincar como se nada tivesse acontecido.

A cena muda novamente, agora a mulher e o homem lutavam com algo em que Lucy não pode ver direito o que era já que estava abraçada com Zeref chorando, este a abraçava, apesar do medo tentava passar confiança para a pequena Lucy, agora ambos com cinco, seis anos.

– Não vai para aquentar muito mais... - A mulher fala enquanto fazia o possível para continuar lutando.

Só que o albino estava gravemente ferido e não conseguia lutar com o que seja lá que fosse que eles estavam lutando.

Um grito agudo se faz presente quando a cabeça do albino é cortada fora e rola até chegar aos pés das crianças, Lucy afunda ainda mais a cabeça contra o tronco de Zeref um pouco mais alto que ela.

Já o garoto encarava com os olhos vermelhos arregalados para a cabeça daquele homem.

– NÃÃÃÃÃOOO!!! - A mulher de cabelo preto grita chorando também, então ela pega o braço de Zeref o retirando dali separando ele da Lucy, esta estava sendo levada por uma outra mão para algum lugar.

A cena muda de novo, ela estava ainda com cinco, seis anos, mas estava em ma sala escura iluminada por algumas velas no chão ao lado da parede mostrando ser uma sala circular, as velas crepitavam em um fogo azul, um circulo mágico vermelho desenhado por sangue abaixo de si, ela ainda chorava e abraçava seu próprio corpo.

Ela pode ouvir palavras ditas por alguém ao fundo, mas não conseguiu identificar de quem era e muito menos entender o que a pessoa estava falando.

Mas sabia que não iria conseguir lembrar daquilo ou de qualquer coisa que tinha acontecido.

***

– Jeff-sama, Zeref-kun e aquela Maga Santa escaparam de sua cela - A pequena Duo informa com seus olhos nua estranha coloração roxa.

– Eh... Presumo que eles estão vindo para cá - Diz o mestre batucando no braço do trono.

– Sim senhor, em qualquer lugar que passam eles destroem tudo com pura magia, Destruíram as celas de Erza Scarlet e Lissana Strauss - Afirma - Hebi conseguiu derrotar Natsu Dragneel e aquele demônio, ambos estão sobre seu domínio, já Gray Fullbuster e Wendy Marvel conseguiram escapar do veneno do Ushiro e estão desaparecidos - Ao terminar de falar seus olhos voltam a cor habitual.

– Entendo... Duo, Desapareça com Hebi e mande o Yuukihiro terminar de varrer a sujeira, depois volte e espere novas ordens - Diz e logo a pequena desaparece.

– Isso está ficando realmente interessante - Comenta levantando do trono.