O Filho de Vesta escrita por João Bohrer


Capítulo 7
Ártemis surpreende todo mundo...


Notas iniciais do capítulo

E então... Aqui está o próximo capítulo kkk

Não demorei desta vez 0/

Boa leitura!



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Vesta acompanhava seu filho de longe. Nos últimos dois anos foram poucas as oportunidades que lhe permitiam ir visitar Percy. Netuno já era diferente, ele nunca pensou em Percy como seu filho, no final, o nascimento da criança, era apenas mais uma forma de desafiar Júpiter.

Apenas o que ele não sabia era que Percy não seria assumido por Vesta logo de cara, o que deixou seus planos em usar o semideus como ameaça ao trono do irmão, mais atrasados, e logo, Netuno perdeu o interesse no semideus, e passou a esquecer de sua existência.

Vesta sabia que as Netuno não era um exemplo de pai, mas não esperava por aquilo.

Quando Atena retornou do encontro com as caçadoras, Vesta em sua forma grega, ou seja, Héstia veio correndo até a sobrinha.

Ela usava um vestido cinza sem manga, com os cabelos presos em um rabo de cavalo e olhava intensamente para Atena.

Atena sorriu ao ver a pequena deusa em forma de criança se aproximando, sabia exatamente o que ela queria saber.

– Héstia... Não corra pelo Olimpo! – Disse Atena em tom sério

A deusa da lareira parou e a observou, pensou um pouco e seguiu lentamente até ela.

Atena riu um pouco e depois passou a mão pelos cabelos da deusa.

– Ei, eu sou mais velha que você! – Ela brigou

Atena sorriu e olhou para a pequena deusa.

– Eu sei, mas a criança aqui é você... –

Héstia a olhou e depois pareceu mais animada.

– Como ele está? – Perguntou ela puxando a barra do vestido de Atena

Está ótimo Héstia! Cresceu muito em seis meses! – Atena riu – Ártemis está fazendo um bom trabalho, embora eu tema que ele esteja ficando um pouco parecido com ela... –

Héstia a olhou e deu alguns passos para trás.

– O que você quer dizer? –

Atena riu.

– A personalidade dele, creio que Ártemis tenha o ensinado a controlar suas emoções... Ele parece mais maduro do que realmente é! –

Héstia pensou, aquilo não era de tudo ruim.

– Além disso... Eu o enviei para uma missão! –

Héstia arregalou os olhos e olhou Atena furiosa.

– Como?! Ele têm apenas 7 anos! Não pode sair por aí sem supervisão! – Ela falou indo contra Atena – Atena! E se ele se ferir?! Deuses! Alguém precisa ir atrás dele! –

Atena se segurou para não rir da raiva da criança, mas no fim apenas bagunçou os cabelos dela.

– Não se preocupe, tenho certeza de que ele está bem! –

Héstia a olhou com os olhos cheios de lágrimas.

– Certeza? – Ela perguntou

Atena sorriu e balançou a cabeça afirmativamente.

Héstia respirou fundo e deu as costas para Atena, voltando lentamente a sua posição em frente ao fogo do Olimpo.

Annabeth corou imediatamente após Percy pegar em sua mão, ela era apenas uma criança, e ele também, mas nunca havia se sentido daquele jeito... Bem... Talvez apenas quando ela conheceu Luke.

Seus sonhos haviam sido novamente horríveis, havia aranhas por toda a parte, e cada picada, levava uma dor excruciante para a semideusa.

Quando acordou e viu seus pés cheios de feridas, ela tinha certeza de que aquilo tinha sido real. Pensou em acordar Luke ou Thalia, mas eles já estavam cheio de irem socorrer a garota, e quando chegavam até ela, não havia nada, nenhuma marca. Para Luke aquilo era apenas pesadelos, para Thalia, Annabeth queria chamar atenção.

Estar apenas segurando a mão de Percy já a acalmou, ele transmitia calor e confiança, coisa que ela não sentia há alguns meses, desde que havia fugido de casa. Eram sensações conhecidas e muito boas.

– Se acalme e me diga o que aconteceu! – Percy falou calmamente

Annabeth respirou fundo e limpou as lágrimas dos olhos.

– Eu sonhei que aranhas estavam me atacando! Senti muita dor! –

Percy a olhou nos olhos e sorriu.

– Sei que seu maior medo são as aranhas, mas me escute... – Ele disse docemente – Enquanto você as temer, mas frequentes os pesadelos serão! O monstro que as manda, se alimenta de seu medo, enquanto repetir para si que não é real, elas não virão! –

Annabeth o olhou e sorriu.

– Elas não são reais! –

Percy sorriu e pegou sua mochila ao lado, em uma garrafa térmica que havia guardado, havia um pouco de néctar que Atena havia colocado junto na mochila.

– Tome isso, vai lhe ajudar a dormir melhor! –

Annabeth tomou um pouco de néctar e suas bochechas ficaram vermelhas.

– Obrigada Percy, você é legal! – Ela disse baixinho

Aproximando-se dele, ela lhe deu um beijo na bochecha e saiu da barraca.

Percy não conseguiu voltar a dormir, ele suava frio e não sabia como encarar aquela série de emoções, sentidas apenas uma vez há dois anos. Com 5 anos, ele achou que aquelas sensações eram ruins, ainda mais pela pessoa que havia lhe feito sentir aquilo, mas agora, com sete e sentindo aquilo pela segunda vez... Ele tinha certeza de que aquelas sensações eram boas, e que eram aqueles sentimentos que Ártemis mais temia.

Por mais que ele tentasse respirar fundo e se acalmar, não conseguia, seu coração estava acelerado.

– Deuses, o que está acontecendo comigo! – Ele se perguntou

Rezou para que Ártemis fizesse aquilo parar, mas a deusa não poderia se meter em algo como aquilo.

O dia amanheceu, com o grupo seguindo viagem para o acampamento. Annabeth sorria e parecia muito tranquila, assim como Groover, Luke e Thalia. Já Percy estava com sono e nervoso, seus sentidos estavam mais aguçados do que nunca, ele sabia onde o acampamento estava, mas o cheiro doce de Annabeth as vezes o distraía.

Meio dia se passou sem que Percy pronunciasse uma palavra. Annabeth se aproximou dele e sorriu.

– Você está bem? – Ela riu – Parece perdido! –

Percy a olhou pouco a vontade.

– Estou! – Disse rispidamente – Estamos a poucos quilômetros do acampamento! –

Annabeth o olhou.

– Obrigada por ontem de noite... Eu dormi muito melhor! – Ela sorriu – Tive um sonho com a minha mãe conversando com uma criança! –

Percy a olhou.

– Que criança? –

Annabeth o analisou.

– Uma criança de cabelos castanhos e olhos avermelhados, parecia preocupada com alguém! –

Héstia! Fazia tanto tempo que Percy não via sua mãe, nem sequer sonhava com ela, e agora ela aparecia nos sonhos de outra semideusa.

Annabeth percebeu a apreensão de Percy e resolveu deixa-lo em paz. O grupo continuou andando, até finalmente chegar em frente a uma grande colina. O cheiro de semideuses se tornou quase enjoativo para Percy, mas havia algo diferente também.

O cheiro docê de Annabeth foi substituído por algo ainda mais forte, Percy não sabia explicar, mas sabia exatamente que as caçadoras estavam ali.

Quando Percy deu o primeiro passo em direção a montanha, o cheiro ficou mais forte. Engolindo em seco, chamou os outros para o acompanhar.

Ao chegar no topo, Percy viu o conjunto de construções mais estranhas do mundo, haviam 12 cabanas de todos os jeitos e tamanhos dispostos em formato da letra grega ômega. Uma grande casa era a maior construção do local, e parecia que haviam muitas crianças e adolescentes praticando atividades que iam desde o arco e flecha, até a equitação de pégasos.

– É isso? Não vejo nada de especial... – Avisou Luke

Percy não deu atenção, ele estava encarando uma pequena construção prateada.

– Vamos descer? – Perguntou Thalia

Groover sentiu o cheiro e olhou para o acampamento!

– Vamos! – Ele gritou e saiu correndo

Os outros quatro se olharam e desceram a colina lentamente.

Quando chegaram ao acampamento, Percy viu um monstro, mas ao invés de medo ou raiva, viu que era um famoso herói, ou melhor o treinador de heróis, um centauro chamado Quíron.

Annabeth, Luke e Thalia deram um passo para trás quando viram o centauro, mas Percy demonstrou confiança e foi até ele.

– Olá! – Disse Quíron

Percy sorriu.

– Oi! – Respondeu ele sorrindo – Semideuses que estavam a caminho do acampamento! – Ele disse apontando para os outros três

Quíron os olhou e depois encarou Percy, percebeu que havia algo diferente nele, mas ainda não sabia dizer o que.

Luke se aproximou, juntamente com Thalia e Annabeth.

– Luke Castellan... – Apresentou-se

Thalia Grace! –

Annabeth Chase! – Disse Annabeth animada

Percy respirou fundo e olhou para Annabeth.

Acima da cabeça da criança, flutuava uma pequena imagem de uma coruja acinzentada. Atena estava a reconhecendo.

– Parece que temos uma filha de Atena! – Disse Quíron sorrindo

Annabeth sorriu e olhou para Luke e Thalia, outros dois sinais apareceram. Acima da cabeça de Luke, o caduceu de Hermes brilhava em azul intenso, e acima da cabeça de Thalia, o raio mestre de Zeus brilhava em ouro.

Quíron se curvou em frente a Thalia, e Percy repetiu a reverência.

– Salve Thalia Grace! – Percy anunciou – Filha de Zeus! –

Os semideuses que passavam entre eles, olharam espantados para Thalia e se ajoelharam em frente a ela.

Thalia olhou como se eles estivessem loucos, até perceber um pequeno grupo de garotar irem até eles. Comandadas por uma garota de cabelos avermelhados e olhos prateados.

– Parece que papai pulou o muro de novo... – Comentou Ártemis olhando para Thalia – De qualquer maneira... Eu sou Ártemis, sua meia-irmã mais velha! – Ela disse rindo

As outras garotas se curvaram diante de Thalia e logo se levantaram.

Ártemis voltou sua atenção para Percy que sorria nervoso.

– Percy! – Ela disse sorrindo – Você conseguiu! – Ela disse animada

O semideus se limitou a sorrir.

Zöe o olhou de forma diferente, não parecia brava ou com raiva dele, e por alguns segundos um sorriso se formou no canto de sua boca. Ao perceber aquilo, ele corou.

Annabeth olhou aquelas garotas e viu como Percy corou ao olhar para Zöe.

– Bem... Talvez seja melhor lhe recompensar! – Falou Ártemis

Acima da cabeça de Percy, a Lua e o arco e flecha apareceram, formando um sinal conhecido pelos semideuses, o símbolo de Ártemis.

– Seja bem-vindo a caçada! – Ela disse

Percy arregalou os olhos, assim como os semideuses e Quíron. As caçadoras começaram a rir e foram para perto do “novo irmão”, e naquele momento, Percy desmaiou.


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Notas finais do capítulo

E então... O que acham?