O Filho de Vesta escrita por João Bohrer


Capítulo 10
O encontro com o Coringa de Zeus...


Notas iniciais do capítulo

Então... Poderia me desculpar de mil formas pela falta de atualizações... Mas sinceramente estou sem criatividade para desculpas e também estou com medo de ser linchado por uma multidão enfurecida! kkkk

Bem, as melhores desculpas são os capítulos novos! Espero que gostem!

Até lá embaixo!



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Phoebe olhou para Zöe, a tenente estava com a pior cara possível, parecia assustada e também com raiva. Phobe começou a rir de sua tenente, deixando Zöe mais nervosa ainda. Aquilo não era novidade para a caçadora, ela já sabia que seu “irmão” achava a tenente das caçadoras linda.

– Isso não é nenhuma novidade... – Ela disse em meios as gargalhadas

Zöe não se sentia daquele jeito há éons, estava assustada, nervosa, com vontade de fazer alguém engolir sua bota. Ela não sabia onde se esconder, aquela simples fala de uma criança de 7 anos poderia deixar uma garota como Zöe Nightshade nervosa daquele jeito?

– Faz alguns meses que eu percebi... – Phoebe comentou

Zöe a olhou.

– Como assim? – Zöe perguntou

Phoebe tirou o cabelo do rosto.

– Há três meses atrás, eu peguei ele vendo você treinar... – Ela sorriu – De início, achei que ele estava com medo, mas depois eu vi como os olhos dele brilhavam... – Riu – Foi quando eu perguntei para ele... –

Zöe escutava com atenção e ficava vermelha a cada palavra que saia da boca de Phoebe.

– Ele disse que você parecia uma princesa persa, lutava muito bem e que ele tinha muito medo de você! – Ela riu – Mas também, a chamou de linda e prometeu ficar longe de você! –

Zöe parecia Ares com raiva de Atena, vermelha, nervosa e com raiva. Phoebe ria sem parar, e sem dizer uma palavra para Phoebe, ela saiu batendo a porta do chalé e atraindo a atenção das outras caçadoras.

– Phoebe, o que aconteceu? – Uma garota de mais ou menos 14 anos perguntou

Phoebe olhou para Charlotte, uma garota loira de olhos azuis intensos. Geralmente ela era uma das caçadoras mais quietas.

– Zöe está estressada... – Phoebe falou – Vamos deixar ela! –

Charlotte olhou para Phoebe e deu de ombros, as duas não eram muito amigas, embora Lottie, apelido da caçadora, fosse amiga de Percy, ou pelo menos não o odiava tanto quanto as outras garotas odiavam.

– E o Percy? – Perguntou Lottie

Phoebe a olhou.

– Saiu daqui faz alguns minutos... –

Lottie deu as costas a Phoebe, saindo pela porta da frente do Chalé.

Rastrear o garoto era fácil, ele tinha uma mistura de cheiros tão fortes que eram simplesmente fáceis de se distinguir, mesmo em meio a tantos semideuses. Ele cheirava a fogueira como Héstia, as vezes como rosas do campo como Ártemis e raramente como cordas de violão, como Apolo e ou livro novo, como Atena.

Incrivelmente Percy tinha o mesmo hábito de sua deusa quando ficava estressado, Lottie o achou em meio ao campo de arco e flecha, disparando furiosamente contra os alvos.

– Nervoso? – Ela perguntou rindo

Percy virou o arco para ela e quase disparou.

– Desculpe... – Ele falou baixinho – Só estou um pouquinho nervoso... – Ele largou a flecha e olhou para baixo

Percy estava estranho, aos olhos de Lottie a criança sempre alegre parecia estar com vergonha, se tivesse feito algo muito ruim.

– O que ouve Percy? – Ela perguntou em tom maternal

Percy a olhou e seus olhos se enxeram de lágrimas.

– Eu não vou ser um bom caçador! – Ele falou indo abraçar as pernas dela

Lottie se surpreendeu e depois mexeu no cabelo de Percy.

– Eu vou lhe ajudar Percy... – Ela falou o abraçando – Vamos fazer isso juntos! –

Aquele dia no acampamento, há cinco anos, marcou o semideus de Héstia. Primeiro, ele havia tido seu primeiro momento vergonhoso em frente a Zöe, sua tenente, e depois, acabou por ganhar uma nova amiga, Lottie, a partir daquele dia acabou por ficar muito mais próxima dele, quase tanto quanto Phoebe.

Aos 12 anos, Percy havia se adaptado muito bem a vida com as caçadoras. Com o passar dos anos, todas acabaram aceitando aquela pequena mistura de Posseidon com Héstia, e ajudando Héstia e Ártemis a criar o que agora era um pré-adolescente.

Zöe manteve distância do garoto durante esses anos. Seu pavor ao ser chamada de linda naquele dia, acabou por afastá-la ainda mais de Percy, e ainda aumentou sua fobia ao sexo masculino. Ela havia sido traída por um herói idiota, e agora todos os homens só iriam querer machuca-la, era essa sua opinião.

Ártemis havia se aproximado ainda mais do garoto, e até tratava melhor seu irmão, em suas raras aparições no acampamento das caçadoras.

Era aniversário de 12 anos de Percy, embora, para as caçadoras aquilo não importasse, devido a imortalidade, Percy continuava crescendo, ele ainda não era imortal.

Seu corpo havia mudado, os treinamentos mais intensos haviam definido seus músculos, de forma com que Percy tivesse um corpo “bombado” aos 12 anos de idade, seu cabelo continuava a mesma coisa, eventualmente ele mesmo cortava.

O que mais havia se desenvolvido eram seus poderes, o fogo de Héstia havia se intensificado, e seus poderes por lado de “mãe” haviam sido muito bem treinados. Os dons de Ártemis, caça, localização e utilização de diversas armas haviam sido trabalhados conjuntamente com Apolo e Atena, tornando Percy um guerreiro muito habilidoso e inteligente. A única coisa que realmente não encaixava, era a descendência de Posseidon, ele nunca havia vindo sequer conhecer o seu “filho”, e Percy não tinha curiosidade de testar seus poderes sobre a água.

– Não Percy... Você não vai ir para Hogwarts! – Falou Ártemis rindo

Percy a encarou e riu.

– Mas... Mas... – Ele tentou argumentar enquanto ria – É uma coruja! –

Atena riu e passou a mão nas penas da ave branca em sua mão.

– Sim Percy é uma coruja, seu presente de aniversário! – Atena disse

Percy a agradeceu e a ave voou para o ombro do semideus o encarando com grandes olhos azuis. Aquilo vagamente o lembrou de uma garota quase esquecida, por alguns segundos o rosto de Annabeth, ainda uma criança.

– Então... Qual nome vai dar para ela? – Atena perguntou

Sem prestar atenção na deusa e ou em qualquer coisa, Percy respondeu o que pensava.

– Annabeth?! – Disse lembrando da garota

Atena arqueou as sobrancelhas e sorriu.

– Vai dar o nome de minha filha a coruja? – A deusa riu nervosa

Percy a olhou e depois corrigiu.

– Desculpa... Eu não estava prestando atenção.... Vou dar o nome de Mione! – Ele riu – Jamais colocaria o nome de sua filha em um animal! –

Ártemis queria começar a rir e não parar, mas Atena olhava surpresa para o garoto.

– Tudo bem... Afinal, no que estava pensando? – Perguntou Atena

Percy corou quase que imediatamente.

– Em nada! – Ele falou rápido

Atena escondeu o riso com a mão e voltou a olhar para Ártemis e Apolo.

– Mais um ano... – Apolo comentou – É incrível como ele cresceu rápido! –

Ártemis olhou melhor para Percy, e viu o adolescente que havia ajudado a criar.

– E espero que continue a crescer! – Disse uma pequena jovem ao lado de Atena

Héstia havia aparecido ao lado de Atena, seus olhos castanhos avermelhados focaram em Percy. O semideus já ultrapassava a sua altura, não que fosse difícil, mas Héstia já se sentia pequena perto do filho.

– Mamãe! – Ele exclamou abraçando a deusa

A deusa corou e abraçou forte o filho que não via há meses. Uma forte onda de calor percorreu pelo corpo da pequena deusa, Percy havia desenvolvido muito bem seus poderes, e Héstia se sentia em casa, como se o seu filho fosse seu porto seguro.

A “festa” continuou, as caçadoras pareciam orgulhosas, não gostavam de ter Apolo no acampamento, mas estavam felizes pelo “Irmão”. Menos Zöe, ela fazia questão de expressar seu descontentamento sempre que podia. Embora no seu íntimo não odiasse Percy, ela realmente não podia aceita-lo.

E naquele aniversário, quando o céu fechou o clima de desespero e terror tomou conta das caçadoras e do semideus, os mortais não entendiam o que estava acontecendo. Somente os deuses compreendiam a mensagem.

– Nuvens de chuva... – Comentou Apolo

Ártemis olhou para as nuvens e sentiu o cheiro de ar ionizado.

– Mas sem raios... – Ela comentou

Atena olhou para os irmãos e viu Héstia agarrar a sua perna com medo, até a pequena deusa criança estava entendendo o recado, Zeus não estava feliz.

– Percy! – Gritou Héstia

O garoto conversava com Phoebe, os dois estavam longe dos deuses e ao ouvir seu nome, Percy se virou e olhou para a mãe. Até então ele e a caçadora não haviam dado importância a mudança repentina no tempo, mas ao ver a deusa em estado de choque e as caçadoras não sabendo o que fazer, Percy compreendeu a mensagem: “Havia algo errado”.

Quando ele começou a correr, já era tarde demais... Algo mais rápido que a própria Ártemis já estava à frente dele.

Se vestia como um empresário, barba feita, cabelo ajeitado, olhos verdes com uma expressão maliciosa, seu rosto se assemelhava a de um elfo. A aura que transmitia era de poder, assim como os três outros deuses maiores presentes no local, Percy estava diante de Hermes, seu primo mais velho.

Héstia abriu a boca, e viu seu sobrinho olhando furioso para o seu filho.

– Então os boatos eram verdade! – Hermes comentou – Depois de 70 anos... Mais um filho de um dos três grandes! –

Percy deu alguns passos para trás.

Atena veio até o irmão.

– Então você também está por trás de toda essa conspiração... – Hermes comentou

Atena arqueou as sobrancelhas, ela não tinha medo de Hermes, mas estava curiosa para saber o que estava acontecendo.

– O que aconteceu? – Perguntou a deusa

Hermes riu maliciosamente, como a filha de Zeus poderia tentar esconder o que já sabia? Para ele, os três filhos mais fortes de seu pai estavam se unindo para destrona-lo, era a única explicação possível!

– Atena... Atena... – Disse Hermes em tom melódico – É tão irônico, que você, tão inteligente... Não saiba do maior roubo do século! – Ele riu – Papai está furioso com vocês! Acha que estão o traindo, e eu lhe dou razão... Somente a maior mente dos deuses poderia arquitetar um roubo como aquele... – Hermes olhava maliciosamente para a irmã

Atena teve vontade de fazer Hermes engolir seus sapatos, mas manteve-se calma.

– O que aconteceu? – Ela repetiu séria

Hermes a olhou, mais sério agora.

– Roubaram o Raio Mestre de Zeus! – Hermes anunciou com um sorriso no rosto

Apolo e Ártemis se entreolharam, quem poderia roubar a arma mais poderosa já criada? Percy não poderia ser, ele esteve com as caçadoras todos os dias, não poderia ter ido ao Olimpo sem que Ártemis percebesse. Mas pelo jeito, seu pai já havia achado o culpado.

– O que? Mas como? – Perguntou Atena surpreendida

Hermes sorriu ironicamente, ele parecia o Coringa, sem a loucura habitual. Ele como seu pai, achava que Percy Jackson era o culpado.

– Não me faça rir Atena... Nós dois sabemos que somente nossos filhos podem roubar nossos poderes, e é claro... Um filho do deus do mar poderia muito bem querer agradar o pai! – Ele disse olhando para Percy

Percy deu mais alguns passos para trás, ficando lado a lado com Phoebe.

– Então... Você pode me devolver o raio e ter uma morte rápida e indolor... – Falou Hermes – E ou posso lhe matar dolorosamente e pegar o raio depois! –

Percy olhou para Héstia, ele não conseguia se concentrar!

– Bem, acho que vai ser a segunda opção! – Ele riu – Pelo menos você tem coragem garoto! –

E Hermes foi para cima de Percy, a chuva começou a cair e um forte vento tomou conta do ambiente. Zeus estava apoiando seu filho, mas não era contra Percy com quem Hermes lutava. Antes de o caduceu atingir o semideus de Héstia, Phoebe havia saltado de sua posição e se colocado entre o deus e o semideus.

Seu facão de caça, feito de bronze celestial soltou fagulhas ao entrar em contato com o caduceu de Hermes.

– Como ousa? – Perguntou Hermes

Os dois continuaram lutando, e o vento continuou aumentando. Hermes era muito com, seu caduceu não era uma arma típica, mas poderia ser usado como uma espada e ou um bastão, mas Phoebe, ela era uma caçadora há muitos anos, era muito bem treinada e tinha seus truques, Hermes não conseguiria passar por ela.

Mas aquele não era um bom dia, o vento forte acabou por desequilibrar Phoebe, um erro que ela jamais cometeria, acabou acontecendo. Hermes não se mostrou piedoso, antes que a cena tivesse seu derradeiro final, Phoebe olhou para Percy com esperança nos olhos.

– Percy! Saia já daqui! – Ela gritou – Eu te amo, meu irmão! –

E obedecendo a irmã mais velha, Percy Jackson começou a correr, não vendo a cena que chocaria as caçadoras. Hermes praticamente fuzilou a caçadora, e quando se virou para prestar atenção no semideus, as caçadoras já estavam armadas, todas com lágrimas nos olhos e com muita raiva.

Zöe olhou para o corpo da irmã sem vida, culpou os homens por suas guerras e olhou para as caçadoras, que esperavam a sua ordem.

– Qual é garotas... – Hermes comentou nervoso – Meu problema não é com vocês! –

Ártemis, não conseguiu mais conter sua raiva... Foi até o corpo caído de Phoebe e o pegou em seus braços.

– Como você ousa? – Ela perguntou gritando – Como ousa invadir o acampamento de minhas caçadoras! Mentir sobre seu irmão e ainda matar uma delas? –

Ártemis estava irreconhecível, há séculos ela não ficava com tanta raiva.

– Podem atirar... – Zöe falou sem emoções

Antes que Hermes pudesse protestar, uma chuva de flechas prateadas acertou o deus em cheio. O sangue dourado de um deus manchou a terra, e Hermes se desfez lentamente, até desaparecer por completo.

Longe dali, Percy Jackson sentia seu coração acelerado, não sabia o que tinha acontecido em um momento ele estava correndo após a ordem de Phoebe, e no outro, ele estava em um estranho corredor, havia um teto e o que parecia uma arquitetura muito antiga.

Seus olhos se encheram de lágrimas, porque aquilo estava acontecendo?


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Notas finais do capítulo

E então... Gostaram?

—'

Até o próximo!