Entre Rosas e Espinhos escrita por AnneCullen


Capítulo 35
Continuação...




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         - Amor? – como é ruim ser curiosa, mas eu não consigo controlar.

         - Fale. – sorriu torto.

         - Como descobriu que gostava de mim? – ele riu e beijou meus lábios.

    EDWARD POV.

    Ri com a pergunta da minha menina, a final descobrir que eu a amava foi um tanto quanto... difícil, ou deveria dizer estranho?

         - Bom... tudo começou quando olhei, realmente, para seus lindos olhos. – olhei diretamente para aquele mar de chocolate.

    FLASHBACK ON.

    Estava correndo no parque, se é que podemos chamar aquele ligar de parque, quando vi um serzinho com as pernas encolhidas, fortemente apertadas por seus braços, cabeça baixa; uma típica postura de defesa, assim que a pequena silueta levantou a cabeça, vi seu rosto banhado por lagrima e para minha completa aquela era a... BELLA?

    Resolvi me aproximar, para não perder o costume e me fazer presente gritei seu tão odiado apelido, a coitada deu um pulo, se olhar matasse eu estaria a sete palmos embaixo da terra; assim que ela se virou seu olhar fuzilante me atingiu. Então pronunciou meu nome e toda frase com um tom de descaso impressionante, e particularmente não gostei, tentou disfarçar quanto o motivo de estar chorando, não obtendo sucesso.

    Vi que estava a atrapalhando, tentei me afastar, mas não consegui, meu coração se encheu se alegria; quando, rápido demais, ela disse não querer que eu me afastasse. Mudou de assunto, para não contraia-la fingi nem perceber, acabei por descobrir a armação da Senhorita Alice e o Dr. Carlisle Cullen, ao me colocar no mesmo plantão que Bella. Recordei do almoço de comemoração, aos vinte e oito anos de casados, de meus pais; não hesitei chamei-a no mesmo momento, de primeiro ela ficou um tanto quando desconfortável, entretanto meu poder de persuasão e charme exacerbado, fez com que a mesma aceitasse... quer dizer eu a joguei por cima de meus ombros e levei até o carro.

    Coloquei-a no chão assim que chegamos perto do meu Volvo, assim que ela se firmou em suas pernas minhas mãos escorregaram até sua cintura, meus olhos foram de encontro ao dela; aaah como seus lindos olhos eram profundos, fui desperto por minha mente gritando para que abrisse a porta para a pequena moça a minha frente entrasse no carro. Logo que paguei o estacionamento segui para a casa da menina ao meu lado.

    Tive vontade de rir ao ver Bella, praticamente, colada no banco do passageiro. Dei a volta no carro, abri a porta, pois querendo, ou não, meus pais me deram educação. Estávamos na porta da frente, segurei em sua mão em direção a sala da casa, uma espécie de choque passou por meu braço; soltei sua mão no mesmo momento, isso era muito estranho.

    A fim de irritá-la, chamei-a de fedida e por pura brincadeira cheirei seu pescoço, onde eu estava com a cabeça para fazer isso? Seu cheiro era divino, uma mistura afrodisíaca de chocolate e morangos; tive de me refrear para não afastar seus cabelos e lhe dar um beijo naquele pedaço de pele.  Sorri ao perceber Bella arrepiar-se, então não era apenas eu que estava a ficar louco.

    Para minha completa desgraça, a pequena e diabólica menina a minha frente, revidou minha ação a reproduzindo novamente; porem o alvo agora era outro... eu. Um arrepio, completamente insano, passou por todo meu corpo, sua mão estava apoiada em meu braço e seus pés eram como de uma bailarina. Senti uma vontade, muito intensa, de virar meu rosto e tomar-lhe os lindos e rosados, lábios para mim.

    Eu tinha que tomar logo uma atitude quanto aquela situação, isso estava saindo do controle e Edward Cullen nunca perde o controle; minha mente gritou “Você não está perdendo o controle... você já perdeu! HÁHÁ. Admita está amando e não é nenhuma novidade, pois se fosse, seu sonho no primeiro dia, em que a garota dos olhos de chocolate chegou, não faria sentido.” Respirei fundo e tratei de esquecer isso e voltar ao controle desse momento.

    Meu lado cafajeste voltou a todo vapor, a empurrei levemente até a escada e dei-lhe um tapa na bunda, seu rosto ficou vermelho na hora, eu conhecia aquela expressão era do tipo “Seu filho de uma santa mãe, estou com uma enorme vontade de te chutar!” como uma gata raivosa veio em minha direção, pronunciou a clássica frase de quem quer tentar ameaçar alguém “É melhor você parar de me bater se não...” não dei tempo da mesma terminar, passei minha mão por sua delgada cintura, colando nossos corpos em seguida; ela ficou desconsertada com tal ato, já eu não... TUDO BEM EU ADMITO, FIQUEI PRATICAMENTE SEM AR COM AQUELA SILUETA JUNTO AO MEU CORPO.

    Com nossos corpos colados, reparei, de forma intensa, seus olhos que tanto me atormentaram em um sonho. Foram poucos segundos com essa aproximação, porem somados aos segundos daquele dia em que Mike Newton deu uma de idiota, já tínhamos um bom tempo em questão de aproximação e contato visual. CARA EU ESTOU PIRANDO, SÓ PODE!

    FLASHBACK OFF.

         - Foi assim que eu comecei a gostar de você, daí na mesma tarde passamos um bom tempo conversando no jardim. – sorri torto – quando me perguntou quem eu havia presenteado com a flor, senti que a primeira flor seria para você, até tentei te dar esse presente antes; mas Alice me atrapalhou falando que você precisava colocar o biquíni e blábláblá. – ela olhava fixamente em mim.

         - Caramba. – olhei confuso – você sabia que gostava de mim, antes de eu mesma saber disso.

         - Como assim? – perguntei.

         - Eu só descobri estava gostando de você, naquele dia em que me beijou. Antes não fazia nem ideia de tudo que estava acontecendo. – ri – ei não ri! Não tenho culpa de ser pouco perceptiva para essas coisas. – ri mais ainda.

         - Não tinha como perceber. Nem eu estava acreditando na verdade; imagina você que vive com a cabeça nas nuvens. – ela mostrou a língua.

         - Vamos nadar? – perguntou subitamente.

         - Pirou Bella? – isso era um absurdo – a água deve estar super gelada. – ela sorriu mais ainda.

         - Deixa de ser fresco Edward! Vem logo. – me arrastou pela mão, como a cadeira que estávamos era muito perto do final do píer não foi muito difícil cairmos direto na água.

         - CARALHOOOOOOOOOOOO ISSO ESTÁ MUITO GELADO! – Bella pulava no mesmo lugar, eu olhei significativamente para ela – não ela com essa cara de “eu te falei” – me empurrou na água.

         - Ah é assim? – revidei o empurrão jogando água nela, olhou ultrajada e jogou água novamente e assim nossa guerrinha de água começou.

    Joguei mais uma vez água nela então a pestinha sumiu, adivinhem... mergulhou para me surpreender com uma onda enorme de água, afundei-a na água, ela sorriu e o meu sorriso foi involuntário, em questão de segundos já estávamos nos beijando loucamente. O frio podia ser intenso, mas o calor do corpo de Bella junto ao meu era bem maior. Depois de muitos beijos e brincadeiras, percebi que a verdadeiro motivo de ter levado-a até aquele local, já começava a despontar no horizonte.

         - Olhe! – apontei para o astro rei nascendo por de trás das arvores.

         - Nossa é maravilhoso! – olhou admirada – parece uma daquelas obras de arte, onde o sol desponta do mais lindo lugar. – assenti. Ela franziu o cenho – quantas? – hã?

         - Desculpe, mas não entendi meu amor. – ela continuou fitando o horizonte.

         - Quantas mulheres você já trouxe até aqui? – eu ri.

         - Com você quatro. – olhou com o canto do olhou e uma lagrima rolou em sua bochecha esquerda – ei por que choras? – deu um beijo sobre a salgada lagrima.

         - Nada não, só não é muito legal saber que já esteve aqui; com outras mulheres. – ria ainda mais – eu não é para rir! – estava séria.

         - Bella, minha linda, você me perguntou quantas mulheres eu trouxe aqui, certo? – assentiu – então com você quatro. – ela continuou triste – olha; conta comigo, minha irmã – fiz um com o dedo – minha outra irmã – levantei mais um dedo e ela começou a sorri – mamãe – agora três dedos estavam levantados – e você! Olha deram quatro mulheres – mexi meus dedos então minha menina riu.

         - Seu grande idiota! – me deu um soco no braço e repousou sua cabeça em meu ombro.

         - Você às vezes é muito insegura Bella – abracei seu corpo delicado -  mas eu te entendo, alias é um pouco difícil confiar em um ex-galinha como eu. – atualmente essa palavra me trazia desconforto.

         - Eu confio em você. – mordeu meu pescoço – é que eu já perdi tanta coisa na minha vida, que eu tenho medo de perder o que me resta. – deu de ombros.

         - Não tem como você me perder Isabella – levantei seu queixo – eu sou sei, todo seu; de corpo, alma e coração. – selei nosso lábios.

    Seus braços foram em direção ao meu pescoço, minhas mãos em sua cintura, cada vez os corpos mais colados. O gosto de seus lábios, e as reações que eles me proporcionam, é algo completamente indescritível. A apertei ainda mais junto de meu corpo, como eu queria que, nessas horas, dois corpos ocupassem o mesmo espaço. Muito a contra gosto nos separamos, porem nossos olhares ainda mantinham contato... ah aquele mar de chocolate!

    BELLA POV.

(Música: http://www.youtube.com/watch?v=HJtZ5w29se4 / Do you remember – Jack Johnson)

    Os dias se passaram, fizemos muitas coisas nessa big cidade, que mais parece o mundo todo. Dinheiro gasto, em grandes lojas e restaurantes, foi assim como água entre os dedos; por sorte eu tenho um noivo maravilhoso, que adora pagar minhas despesas por assim dizer. Tivemos uma noite apenas para as DEEVAS, quer dizer Pedro e Pierre foram junto, mas mesmo assim ainda foi uma noite de meninas. Patinamos no gelo, fizemos um grande piquenique com direito a muito barulho e bagunça, fora os inúmeros passeios para os mais remotos lugares; até no Brooklyn chegamos a ir, apreciamos a vista que a ponte local tinha para os fogos de artifício. Pela milionésima vez fomos a estatua da liberdade, também para apreciar a vista e tirar varias fotos. 

    Nesse exato momento estávamos de frente para a “fonte dos desejos”, cada um tinha uma moeda na mão; fechamos os olhos, contamos até três assim fazendo o pedido, e ainda de olhos fechados jogamos a moeda. Ouvi um tilintar muito forte algo caindo na água, abri meus olhos.

         - SEU JEGUE POR QUE ESTÁ JOGANDO TANTAS MOEDAS? – Alice berrou com Emmett.

         - Irmãzinha linda – sacudiu mais ainda a sacola fazendo uma ultima moeda cair na água – se vocês que jogaram uma moeda só vão ter o sonho realizado, imagina eu que joguei varias? – sorriu torto – tenho ainda mais chances de ter o que eu pedi.

         - Cuidado Emmett Cullen, ganância é perigoso. – Carlisle falou enquanto se afastava, segurando a mão de Esme.

         - Eu estou sendo ganancioso? – perguntou em duvida, demos de ombros – por via das duvidas é melhor eu recolher tudo isso. – abaixou para juntar as moedas a mais.

         - Tá louco Emm? – a muralha parou na hora – depois que jogou as moedas, não pode retirar. – Jazz falou sério.

         - Por quê? – perguntei.

         - Não sei por que, mais li em um livro. Agora faça o que tiver vontade – deu mais uma vez de ombros – vem Lice, vamos comer algodão doce.

         - O que eu faço? – o ursão sentou na beirada da fonte.

         - Eu tenho uma solução! – virou seu olhar em minha direção – já que você esbanjou aqui, poderia muito bem ajudar aquele senhor ali – apontei para um, dos raros, mendigo ali perto.

         - Boa ideia! – foi até o carrinho de cachorro quente e logo em seguida entregou ao senhor que o agradeceu fervorosamente – pronto missão cumprida. – falou enquanto tomada Massie no colo e a rodopiada no ar, fazendo a mesma rir. 

         - Edward, tem um lugar que eu desejo ir. – ele sorriu fraco e assentiu.

         - Eu já fazia ideia desse pedido. – passou a mão direita no meu rosto – quer que os outros nos acompanhem? Quer ir sozinha? Posso ir junto? – eu ri.

         - Não, não e deve. – ele riu – não quero que mais gente vá, não quero ir sozinha e você; bom você DEVE ir comigo. – me abraçou de lado, assim que demos alguns passos mamãe Esme gritou.

         - ONDE VOCÊS PENSAM EM IR? – olhamos para trás e lá estava ela e seu marido, quase nos alcançando.

         - Bom... eu quero ir visitar – fiz aspas no ar – meus pais. – ela assentiu.

         - Creio que não quer que nos a acompanhe, estou certa? – assenti, contudo no mesmo momento temi ter os magoado – ei não se preocupe, não ficamos tristes. – sorri – isso é um momento seu, te entendemos perfeitamente, mas saiba que se precisar de colo sua mãe postiça está aqui para isso. – me desvencilhei de Edward e abracei fortemente Esme. 

         - Obrigada mãe, de coração muito obrigada por tudo, não tenho nem como agradecer tudo o que já fez por mim. – me apertou mais em seus braços, finas lagrimas escorreram por meus olhos.

         - Não tem que agradecer, sei que me ama, assim como eu te amo, e isso basta. – beijou meus cabelos – você foi um presente em nossas vidas. Meu presente, uma das razões para minha família ser ainda mais linda; garota você é o complemento de tudo... do meu filho, do meu numero de filhos, da minha felicidade e do meu viver. Nunca se esqueça, você pode não ser minha filha de sangue, entretanto eu te considero como se fosse. – nos desvencilhamos, ela limpou minhas lagrimas e em seguida as dela – agora vai, quero você aqui antes das seis, quero andar de barco e esse é o melhor horário; dá para apreciar o sol indo dormir. – me deu um beijo na testa e saiu levando seu marido até a pista de patinação.

         - Vamos? – Ed me estendeu a mão; aceitei prontamente – eu te amo minha pequena. – voltou a me abraçar de lado e beijou minha cabeça.

         - Amo você! – beijei seu braço e encostei minha cabeça no mesmo local.

    Caminhamos, aproximadamente, uns dez minutos, então lá estava; os portões do principal cemitério de NY, bem ao lado direito havia uma floricultura. Edward sem dizer uma palavra foi até lá escolheu lindas flores, eu ainda permanecia parada encarando os grandes portões, voltou e me entregou dois ramalhetes enquanto mais dois estavam na sua mão esquerda.

(Música: http://www.youtube.com/watch?v=g0SUG6Fv15Y / Richard Marx - Right Here Waiting)

    Respirei fundo, então entrei, meu noivo passou todo momento segurando minha mão; não sei como seu rosto estava no momento, eu apenas focava o caminho a minha frente. Suspirei já sentindo que iria chorar, tudo o que eu menos queria, tentei mais uma vez engolir o choro, em vão. Ao olhar as duas lapides feitas em ouro e prata, perfeitamente esculpidas meu coração falhou uma batida.

         - Tem certeza? – assenti, meu noivo voltou a se calar.

    Fiquei entre os dois túmulos,então olhei para o da direita, lá estava a foto de meu pai. Charlie estava sorrindo, como sempre, seu sorriso era tranqüilo; transmitia paz, uma paz que desde que ele se fora eu não sentia. Olhei para a esquerda lá estava minha mãe, sua foto também era sorridente, seus cabelos da mesma cor dos meus emoldurava seu rosto, um anjo. Passei delicadamente meus dedos por cima da foto dos dois.

    Por um instante tive raiva de mim, raiva por estar chorando. Havia prometido que não iria chorar, no entanto o que estava fazendo nesse exato momento? Sabia perfeitamente que Edward estava apreensivo, estava de costas para ele, mas o conhecia bem demais para perceber sua respiração controlada, também sabia que a qualquer movimento que demonstrasse todo meu sofrimento ele me carregaria de lá, sem ao menos se importar com a minha vontade; ele iria me proteger.

    Após esse instante, me permiti chorar intensamente, lavaria minha alma. Ajoelhei no chão, as lagrimas rolaram com mais intensidade, permiti mais uma vez as clássicas perguntas virem a minha mente “Por que com os meus pais? Eu não poderia ter ido no lugar deles?” e saber que tudo foi culpa minha, minha culpa por não saber o que era certo, o que era pessoa de caráter. O barulho das balas disparadas, vieram em um tom ensurdecedor dentro da minha mente, fazendo com que um grito gutural rompesse minha garganta e tomasse forma pelo ar.

    Ed que estava a quase um metro longe, no mesmo instante em que gritei já estava me abraçando, sentou no chão, com as costas encostada no tumulo de minha mãe. Colocou-me entre suas pernas, minha cabeça apoiada na curvatura de seu pescoço; meu corpo encolhido facilitou seus longos braços me envolver. E ali eu chorei, chorei muito. Uma brisa passou por nós, fazendo meus cabelos balançarem, e Edward sorrir.

         - Bella – olhei em seus olhos – eu conheço seus pais – olhei confusa – já sonhei com eles, quando te conheci pela primeira vez, na mesma noite, um casal apareceu em meus sonhos; estávamos em um lugar bonito; então o senhor me falou “Cuide dela para mim, ela precisa de você; já sofreu demais.” Eu não fazia ideia do que ele estava falando então a mulher se pronunciou “Com o tempo ira entender meu filho, apenas a ame. Ela sempre foi o meu bebê e por conta do destino me perdeu muito cedo” ela chorava copiosamente “Não sabe como eu queria que ela o encontrasse antes, nada disso teria acontecido, e talvez minha menina não estivesse tão quebrada por dentro.” Novamente o homem se pronunciou “Seremos eternamente gratos por você filho, minha filha está em suas mãos, sei que a fará feliz”. No mesmo instante em que eles sumiram eu acordei, seus lindos olhos vieram em minha mente, olhei para a porta e lá estavam meus pais sorrindo. Quando fui perguntar o que estava havendo, eles fecharam a porta e se foram. – eu absorvia tudo aquilo.

         - E co...como soube que eram meus pais? – ele sorriu torto.

         - Na fazenda tive outro sonho, desta vez você estava comigo, chamou seus pais de papai e mamãe. - sorriu um pouco – então soube quem eram; e o motivo de me pedirem para cuidar de você. – beijou minha testa.

         - Aposto que eles estão felizes em nos ver juntos. – ele sorriu abertamente.

         - Sim, eles estão minha vida. Eles estão. – mais uma vez uma brisa passou por nós – viu eles realmente estão felizes.

         - Obrigada por me aguentar. – ele rolou os olhos.

         - Bella, deixa de ser insana, desde quando eu te aguento? Não se esqueça, estou ao seu lado por que quero, você é tudo que eu tenho de mais importante; não importa carreira, não importa dinheiro, não importa nada. – acariciou meu rosto – a única coisa importante é; eu ter certeza que no dia doze você vai dizer sim, em frente ao altar, e assim poderemos viver até a nossa morte, bem velinhos observando nossos, setenta e dois, netos correrem pelo imenso jardim. – ele estava em outra dimensão, totalmente alheio ao planeta Terra.

         - Bella chamando Edward, cambio responda. – passei a mão em frente a seu rosto, então ele voltou e começou a rir – bom; pode ter certeza que no altar eu direi sim. – me deu um selinho – e não vejo a hora de... SETENTA E DOIS? Fumou Edward? – gargalhou deliciosamente.

         - Ué se vamos ter doze filhos, nada mais justo, eles terem pelo menos seis. – neguei com a cabeça e acabei por rir – é assim que eu gosto de te ver. – colocou meu rosto entre suas mãos – sorrindo.

         - Como você consegue? – deu de ombros – a meio minuto eu estava chorando, agora estou rindo, certeza que você é algum tipo de mágico.

         - Isso se chama amar, não importa o momento, se você ama alguém, sempre estará ali para consolar sua alma gêmea. – sua voz era calma – agora vamos? Já são cinco e meia e dona Esme ainda quer passear de barquinho.

         - Ei! Não fale desse jeito. – levantou uma sobrancelha e segurou o riso – andar de barco em New York é muito romântico, ainda mais apreciando o sol ir dormir, como diz dona Esme.

         - Romântico para vocês mulheres, ficam lá sentadinhas, enquanto nós temos de remar aquele treco, só para as senhoritas apreciarem o sol ir dormir – fez aspas no ar.

         - Deixa de ser fresco Edward, aproveite o exercício para definir esses músculos. –passei meu dedo indicador sobre seu tanquinho MA-RA-VI-LHO-SO.

         - Para! Isso faz cócegas. – ele ria descontroladamente, enquanto eu fiquei olhando-o com uma sobrancelha levantada.

         - Você não ta falando sério, né? – começou a parar de rir – Edward, é impossível de só isso – fiz novamente – te dar cócegas! – ele voltou a rir.

         - Eu to falando sério. – falou entre risadas – ai minha barriga! – continuou rindo.

         - Você tem algum problema, só pode. – levantei e estendi minha mão para que ele também se levantasse.

         - Meu único problema é te amar demais. – levantou rapidamente, me abraçou por trás e depositou um beijo estralado em meu pescoço. Permaneceu com os braços enlaçando minha cintura – mais algum pedido; antes de irmos embora? – assenti – Diga!

         - Posso ficar dois minutos a sós? – ele torceu a boca.

         - Nada de lágrimas? – neguei e por fim ele concordou. Deu-me um beijo na testa; pegou dois, dos quatro, ramalhetes e depositou um em cada lápide. Sorriu torto, segurou minha mão, respirou fundo e foi se afastando.

(Música: http://www.youtube.com/watch?v=joXAwC9WKpw / Every time i close my eyes – Babyfice )

    Fitei os túmulos, respirei fundo e lembrei o que papai sempre repetia para mim “Deus sempre nos dá conforto em meio à tristeza, paz em meio à tempestade, estabilidade em meio às mudanças, perdão em meio ao pecado e amor em meio ao ódio.” Reparei o quão verdadeira são estas palavras; em meio tristeza tive conforto de uma nova família, durante toda a tribulação Pedro sempre me deu paz, com as mudanças encontrei, o tão desejado, equilíbrio entre todas as coisa; o ato de receber perdão, entre muitas vezes que cometi o pecado de não perdoar; e por ultimo, mas não menos importante, o amor em meio ao ódio.

    Ah o amor em meio ao ódio! Este gerou um sentimento mais profundo, mais profundo que qualquer diferença, seja ela de personalidade ou de caráter. Amor que cega os homens, contudo liberta o coração dos mesmos; sentimento que exprime a junção de dois corações em somente um. Como é bom saber que, quase, todos tem esse acalento; tem o sua peça de encaixe. Bom eu pedi uns minutos sozinha, portanto está na hora de se despedir, não para sempre, porém será um Até breve.

         - Pai, mãe, vocês sabem o quão feliz estou; portanto está na hora se seguir em frente, estou voltando a Forks, mas prometo vir visitá-los sempre que possível. Ou melhor; sei que sempre estarão comigo, logo só venho para colocar flores e manter as lápides um pouco... melhores? – ri de mim mesma – então eu vou indo. Ah quase me esqueci das flores! – coloquei uma em cada tumulo, acariciei as fotos novamente e segui para os portões do cemitério.

    Quando mudei de New York, deixei todas as fotos e recordações por aqui, porem agora vou levar cada álbum,e mais algumas coisas, tudo para lembrar dos bons momentos. Falando nisso, preciso descobrir onde esta o grande porta retrato com a foto de nós três, fora os livros de contos de fadas; a final eles fizeram minhas tardes no Central Park as melhores, não posso me esquecer dos discos de vinil, as cartas e... MEU DEUS NÃO TEM COMO COLOCAR RODINHAS NA MINHA ANTIGA CASA?

         - Oláaaaaaa! – Edward acenava freneticamente a minha frente.

         - OI! – pilei em seus braços e ele riu.

         - Você é louca! – me deu um beijo.

    Voltamos rindo durante todo o caminho, eu estava leve como uma pluma, percebi como foi bom extravasar as ultimas lágrimas, as mesmas que eu prometi não chorar, agora sim estou pronta; pronta para mais uma nova fase em minha vida. Meus pais permaneceriam em meu coração, mas dessa vez sem as lembranças perturbadoras. Chegamos ao parque e todos estavam esperando.

         - BELLA! – as meninas e Pedro vieram me abraçar.

         - Ei galera esta tudo bem. – Alice trocou um olhar rápido com Edward.

         - Já que está tudo bem, então vamos andar de barquinho? – Esme é pior que criança. 

    Em questão de minutos, todos os casais, estavam cada um em um barco; você acha que Pedro ficou sozinho? Que nada Pierre chegou bem na hora e foi com ele, quer dizer; reclamou bastante mais foi. Edward remava enquanto jogávamos conversa fora, já começava a escurecer, uma lua maravilhosa surgia no céu. Meu noivo parou um instante, o abracei sempre muito bem acolhida em seus braços.

         - Bella, minha doce Bella – me apertou em seu abraço – não sabe como estou feliz por você estar feliz – sorri – não imagina como foi ruim te ver chorando, mas seus sorrisos na ultima meia hora, aqueceram meu coração. Sei que já estou me tornando repetitivo, contudo irei falar mais uma vez – ri e ele me acompanhou – sempre estarei ao seu lado, meu amor, seja em momentos alegres como tristes. Sei que o sempre não existe, entretanto farei de tudo para prolongá-lo e se for possível, de cada minuto que eu estiver ao seu lado, farei dele a eternidade.

         - Seria muito bom passar a eternidade ao seu lado. – trocamos alguns beijos antes de voltar até o local onde todos, que já haviam passeado, estavam.

         - Por que estão molhados? – meu noivo perguntou assim que descemos do barco e encontramos Rose e Emm totalmente, completamente, molhados.

         - Esse idiota cismou que viu o monstro do lado Ness, e jogou o peso para só um lado do barco, logo nós acabamos por virar e cair na água. – Rose falou irritadíssima.

         - Seu asno o monstro do lago Ness é na Escócia não aqui. – Edward deu um tapa na cabeça do irmão.

         - Ai! Ai! Eu me confundi, oks? – deu de ombros – mas admite amor, a água estava boa. – sorriu, Rose o fuzilou com o olhar.

         - NÃO! – começou a andar em direção ao carro.

         - Ah eu achei que estava boa! – sorriu, mostrando as covinhas, e saiu correndo atrás de sua mulher.

         - Ele nunca vai crescer. – Esme suspirou, em seguida abriu um lindo sorriso – vamos embora cambada, amanhã temos mais coisas a fazer; pegou a mão do marido e saiu pulando até o carro.

    Estendi minha mão para Edward, ele entrelaçou a dele a minha e assim o ultimo casal entrava no carro, rumo a minha casa. Assim que chegamos a mansão, Lola que estava carente de atenção, correu para o colo de quem? Lógico que foi o... do Ed. Momento estou revoltada, alias ela é o presente de quem? Ah era meu, né? Estou bem, nem o cachorro gosta de mim.

         - Nossa que bico! Calma, não é por que nossa filha preferiu eu a você, a senhorita tende ficar com essa cara de azeda. – rolei os olhos e cruzei os braços sobre o peito – olha só Lola, a mamãe está com ciúmes! – a cachorra traidora latiu – por que você não dá um beijo nela, quem sabe assim esse bico lindo se torna um sorriso – aproximou Lola de meu rosto, que fofamente me deu uma valente de uma lambida, infelizmente acabei por rir – muito bem meu amor! – a cachorra latiu em resposta.

         - Como ficar brava com você sua traidora? – acaricie minha filhota.

    Jantamos em casa mesmo, ou melhor, Pierre foi até lá para fazer um cardápio diferenciado, logo que terminamos fomos até a sala de jogos, brincamos bastante. Ao que me pareceu Pedro e Pierre estão se dando melhor, por assim dizer, ficaram em torno de uma hora conversando. Um a um foi subindo para os quartos, restando somente eu e meu noivo; por fim resolvemos também subir, para quem sabe... dormir.

    Os dias passaram depressa, infelizmente teríamos de voltar, a final o hospital precisava de nós, as clientes de Alice dela, os clientes de Emmett também estavam precisando de seus serviços como advogado, resumindo... todos estavam precisando de nós e nossas profissões. Estávamos prestes a embarcar, dessa vez em um vôo certo, quando recebi uma ligação.

(Musica: http://www.youtube.com/watch?v=ONp5Z2bkTfE / Família – Titãs )

         - Alô? – não conhecia o numero que estava no visor.

         - Er... oi! – quem é você? – bom Bella aqui é a Vivi – ah! – eu pensei muito no que você me falou.

         - E então? – esperava ansiosamente a resposta, eu realmente queria ajudá-la.

         - Bem... a proposta é muita tentadora, mas pense comigo, irei acarretar despesas e nem tenho como lhe pagar, alem do mais não consigo emprego nem aqui vou conseguir em Forks? Creio que não vai dar, serio fiquei muito tentada em aceitar, mas os pontos chatos estão prevalecendo. – bufei irritada.

         - Vivian deixa de drama! – sim eu estava irritada – você e o bebê, não serão despesa nenhuma. E se sua vontade é trabalhar, não se preocupe te arranjo um emprego, pode ser no hospital onde trabalho, ou na butique de Alice, tem milhares de locais em que você pode ser útil. Agora menina presta atenção, estou nesse momento indo para Forks, assim que chegar lá mandarei uma passagem em seu nome, se quiser o irmão do seu ex-namorado pode vir também, mas para de doce e aceita logo! – ela estava em silencio – aceite, você precisa de ajuda! E eu posso te ajudar! – despejei tudo de uma vez, Esme estava com o ouvido grudado no celular querendo ouvir a conversa.

         - Bella... – ela suspirou – quer saber de uma coisa? Eu não tenho como me sustentar, meu filho precisa ter saúde e você é minha solução. Eu aceito sua proposta. – eu e mamãe demos um gritinho de felicidade.

         - Assim mesmo que se fala! – Esme correu contar para os outros o que estava acontecendo – as passagens estarão a sua disposição em menos de vinte e quatro horas, é só arrumar as malas e vir. Ah e se quiser deixar tudo, compramos roupas novas e tudo que precisar em Forks, vá apenas com os documentos e está tudo certo. – o importante era ela estar conosco.

         - Bella – hesitou – o Marquinhus pode mesmo ir comigo, sei que estava tentando apenas convencer-me, mas seria bem legal tê-lo ao meu lado.

         - Duas passagens para Forks estão reservadas. – falei solenemente, com um sorriso enorme no rosto.

         - Obrigada Bella! Muito obrigada, nem sei como lhe agradecer! Mil vezes obrigada.

         - Não tem o que agradecer, a única coisa que eu quero que faça é ir para Forks. Bom meu vôo já foi anunciado, preciso desligar. Beijos querida e boa viagem. – sorri vitoriosa.

         - Beijos Bella, boa viagem também, e mais uma vez obrigada. – ri e em seguida desliguei.

         - É incrível, tudo o que você quer; você consegue. – meu noivo balançou a cabeça e passou seu braço por cima de meu ombro.

    E lá vamos nós rumo a Forks, com a família ainda maior. Tudo começou com Esme e Carlisle, é tudo culpa deles! Por quê? Simples, eles colocaram no mundo Edward, Alice e Emmett, os últimos por sua vez arranjaram Jasper e Rose. Consequentemente, com a minha mudança para a cidade chuvosa, Beth e Peter apareceram na historia e em seguida surge quem? EU! Até ai tudo bem, contudo meses depois mais dois integrantes entram para a família, Massie e Matthew. Não podemos esquecer da Lola, afinal ela é minha filha!

    Nessa viagem a NY o que acontece? Pedro resolveu se mudar, Pierre assim que realizar a compra de seu Café, irá montar uma filial em Forks, logo estará sempre nos visitando. E por ultimo; Vivi aceita nossa proposta e de quebra Marquinhus também entrara para o clã, além do bônus que esta na barriga da futura mamãe. Realmente uma família volumosa e com grande personalidade.

         - FORKS AI VOU EU! – Emmett, sentado na poltrona a nossa frente, gritou e jogou as mãos para o ar. Massie começou a chorar.

         - Seu imbecil! – escutamos um barulho de tapa – acordou sua filha! – Ixi Rose ficou brava.

         - Desculpa amor. – creio que ele deu um selinho nela – Forks ai vou eu! – falou mais baixo.

    É isso ai, essa é minha família! Desde o mais lerdo até o mais galã – confesso que olhei para o Edward – e podem falar o que quiser, eu amo esse povo. Como diz o Gasparetto “A verdadeira família é aquela unida pelo espírito e não pelo sangue.” E acreditem a minha é assim!

 

Links:

Vivi: http://www.fanboy.com.br/figuras/blablabla016_002.jpg

Marquinhus:http://2.bp.blogspot.com/_eCZ-oIOpAYM/Sg1fHRQpowI/AAAAAAAAAoc/jXOG6UthbWg/s400/corporatefiledb.jpg  

Pedro: http://folk.uio.no/idamhe/chad/chad8.jpg

Casa: http://www.alimadasilva.pt/imagens/mansao.jpg

Jardim:http://sn127w.snt127.mail.live.com/mail/GetAttachment.aspx?messageId=f2fed9b8-b3c6-11df-8353-002264c20714&size=WN&tnail=0&ignoreerrors=True&n=1866238949

Quarto: http://viajeaqui.abril.com.br/imagens/sugestoes/cama-sexy/sexy-chateau.jpg

Pierre: http://img5.allocine.fr/acmedia/medias/nmedia/18/35/65/20/18611535.JPG

Café Pierre: http://thisward.files.wordpress.com/2008/10/09514_0_fsa-g.jpg

Píer: http://www.hipgirlie.com/wp-content/uploads/2008/02/romantic_restaurants_06.jpg

Fonte: http://www.iho-ohi.org/wp-content/new-york-city-hall-park-fountain.jpg

Passeio de barco: http://boldt.us/4725-4/central-park-rowboats (Esqueçam os figurantes. uhsausha)

 


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Notas finais do capítulo

AMOOOOOOOOOOREEEEEEEEEEES DA MINHA VIDA!

Daqui até a eternidade, nossos destinos foram traçados na maternidade. Lálálálá. Táparey!

Vocês perceberam que eu tive de dividir o capitulo? Pois é, o site não aceita mais de 20,000 itens e eu tinha quase 23,000, portanto tive de dividir. Peço por favor, que comentem nos dois, pois quero saber como ficou cada parte. Ficaria muito agradecida com a generosidade de vocês! :]

Voltando... depois de um longo e temeroso inverno, quem aparece? EUUUUU! Para variar eu tenho meus motivos, bom vamos as explicações; quando voltei da viagem (que foi uma Bosta, com B maiúsculo), dois dias depois foi meu niver, daí eu acabei não escrevendo. E como presente o que eu ganhei? Dias depois, meu presente foi... ir ao hospital. Por que? A porcaria da Anemia!

Daí as aulas voltaram, eu estava estudando, ontem tive simulado do Enem, e hoje também teve e para minha alegria (ironiamodeon) tenho prova dia 04 e 11 de setembro. EEEEEEEEEE... que bosta!

Bom, espero que tenham gostado, certeza que deveria ter algum recado para dar, mas no momento não lembro (Y). Quando lembrar escrevo no próximo cap. UHAUHSUAUS

Leitoras novas, sejam bem vindas e as que já estão comigo há tempos... Olá! Vocês estão bem? Amo vocês! Obrigada pelos comentários e indicações, meu mundo fica mais feliz quando vejo as senhoritas.

Ah para as meninas que tem fic e eu ainda não comentei, fiquem tranqüila eu ainda vou comentar! E para os comentários que eu não respondi, não pirem eu vou responder! Palavra de escoteira!



Então é só! Gostou? Comenta! Odiou? Que bom... comenta também! :]

Beijos fofuras da minha vida.
Amo todas (L)

P.s: Gente o Pedro personagem, é meu amigo Pedro, que também é gay! Ele me atormentou tanto, que conseguiu um lugarzinho na fic. P.S²: A frase: "Realista Baby!" é da Lara, Oks?! (Olá Lara!)