Entre Rosas e Espinhos escrita por AnneCullen


Capítulo 34
New York, New York !


Notas iniciais do capítulo

Olá Meninas! Como vocês vivem me perguntando coisas nos reviews, resolvi por cair nas graças do Formspring , bom perguntem lá -> http://www.formspring.me/LenyAnne prometo responder.

Enjoy! :]



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                                       New York.




      (Música:  http://www.youtube.com/watch?v=fYIeLApUUlI  / Pump it – Black Eyed Peas )


         - ACOOOOOOOOOOOOOOORDA NEGADAAAAAA ESTAMOS ATRASADOS! – Oi? Como a noite passou tão rápido?


    Levantei eu um pulo, Edward também, quase cai da cama por sorte ele me segurou. Olhei a todos e cada familiar corria para uma direção, pareciam baratas tontas após o spray de inseticida ser ativado. Ed abaixou um pouco em direção ao seu celular, que estava no chão, viu as horas.

         - Que horas são? – perguntei sonolenta encostando a cabeça em seu ombro.

         - Ainda sete e meia da manha. – enroscou seu braço em minha cintura.

         - Ei vocês dois! – Emmett apontou para nós – vamos está na hora de acordar, e nem precisa me agradecer, já sei que se não fosse eu a acordar todos; perderíamos o vôo. – sorriu.

        - PAAAAIII! – meu noivo gritou, fazendo com que Carlisle parasse por um minuto e o olhasse – o senhor está correndo por quê? O vôo não sai só às dez? – todos pararam.

         - Sim. – deu uma olhada significativa para Emmett, uma vez que foi ele que acordou a todos, então perguntou temeroso – não estamos atrasados? – fez uma careta. Ed negou com a cabeça e levantou o celular mostrando o horário – Filho, – falou com Emm – meu filho querido, diga-me o motivo por ter nos acordado as sete trinta e quatro da manha? – o mamute coçou a cabeça depois o queixo.

         - Não sei! – Alice arregalou os olhos, foi curvando as mãos, como se as mesmas fossem garras, respirou fundo; ainda fechando as mãos em punho. Ela tremia dos pés a cabeça – credo gente o gnomo verde ta ficando vermelho.

         - Alice – me olhou – Just Breathe! – Me obedeceu e respirou profundamente. Ao que parece voltou ao seu controle normal.

         - AH LEMBREI! – bateu na testa – acho que eu sonhei que estávamos atrasados e levantei assustado. Como não queria perder o vôo corri chamar todo mundo.

         - Meu amores, pensem pelo lado bom, ele não queria que nos atrasássemos – Esme tentou acalmar os ânimos. Resolvi ajudar.

         - Povão, lindo do meu coração, aproveitando que é cedo; um vai para o banho e os outros ajudam com o café da manhã e outros com os gêmeos. Bora circulando! – bati palma.

    Cada um saiu correndo para pegar sua toalha, mas a mais rápida foi Alice; que fechou a porta na cara de todos, quer dizer na de Emm, Jazz e de meus pais, já que Rose, eu e Ed continuamos onde estávamos. Edward se jogou de costas na cama, me puxando junto, coloquei a cabeça na curvatura de seu pescoço; meu corpo relaxou instantaneamente.

         - Bom dia doçura. – beijou o topo de minha cabeça.

         - Bom dia meu amor.  – cruzei meus braços ficando sobre seu peito – vamos seu preguiçoso, está na hora de levantar.

         - Ah não Bella, todos estão adiantados, eu posso dormir mais um pouco. – fechou os olhos fingindo dormir.

         - Não adianta fechar os olhos, vou fazer cócegas se não levantar. – ele sorriu torto, ainda de olhos fechados.

         - Que tal me beijar no lugar das cócegas? – seu sorriso travesso ficou ainda mais aberto.

         - Não, não obrigada. Prefiro as cócegas. – ele rolou ficando sobre meu corpo.

         - Não, não querida, você não tem escolha. – segurou meu rosto entre suas mãos e distribuiu beijos.

         - Ainda bem que papai e mamãe estão na cozinha, ver isso logo de manhã é de dar ânsia em qualquer um. – Emmett sempre com seus comentários convenientes – se todo dia vocês acordam desse jeito creio que o estoque de...

         - Emmett! – Rose o repreendeu antes do mesmo falar besteira.

         - Tudo bem eu vou deixar quieto. – tampou a boca – quer ajuda meu amor? – falou diretamente com a esposa, esquecendo de nós.

    Observamos sua repentina mudança de comportamento, agora ele era o pai preocupado e dedicado. Sentou na ponta da cama a começou a beijar os pequenos pezinhos de sua filha, fazendo a mesma rir. Rose trocava a frauda de Matthew, eles também riam dos outros dois; ela o pegou no colo, aproximou-se de Emm e lhe deu um beijo apaixonado. A muralha por sua vez segurou a filha em um dos braços e colocou sua mulher sentada em seu colo; o abraço entre eles foi coletivo.

    (Música: http://www.youtube.com/watch?v=xt9OvtkmMNc  / Colors of the Wind – filme pocahontas  )

         - Li...li...beli - Fomos surpreendidos por um balbuciar de Matt. Ed e Eu nos aproximamos, os recém papais ficaram de boca aberta. – Beli – tornou a repetir.

         - Edward é normal crianças já falarem com um pouco mais de seis meses? – Rose perguntou assustada.

         - Sim, quer dizer, com esse tempo de vida eles apenas balbuciam e falam coisas de maneira genérica. Agora resta saber o que meu afilhado quer.  – segurou na mãozinha do pequeno.

         - Fala meu amor o que você quer? – perguntei.

         - Beli! – sorriu.

         - O que é Beli? – Rose perguntou.

         - Beli! – sorriu novamente.

         - O que ocorre por aqui? – papai e mamãe entraram no quarto. Quando íamos responder...

         - Beliiii. – sua vozinha começa a demonstrar impaciência.

         - Meu pai do céu! Meu neto está falando? Carlisle olhe só para ele. – o vovô sorria contente.

         - Fala de novo para o vô ouvir. – vovô babão mode on.

         - Beliiiiiiii! – começou a chorar.

         - Por que Matt está chorando? – Jazz perguntou ao entrar, também no quarto, acompanhado de Alice.

         - Ele quer algo, mas eu não sei o que é. – Rose tentava acalmá-lo – ele falou sua primeira palavra, mas não sabemos o que quer dizer.

         - Oun minha vida, vem com o titio Jazz. – olhamos para Jasper devido o modo cuti-cuti – que foi? – perguntou bravo – só estou tentando ver o que se passa com a criança. – fizemos um “Aham” coletivo – ele ainda não parou de chorar.

         - Passa ele aqui, fala a verdade Matt você está com saudades do colinho da tia Lice, né?! – ele chorou ainda mais forte.

         - Desculpa mana, mas meu filho não quer você. – ela mostrou a língua.

         - Ele quer o vovô ou a vovó, né amor?! – Carlisle o retirou dos braços de Alice e o colocou entre ele e Esme. O pequeno continuava a chorar – Ok ele não quer a gente.

         - Da licença, que meu sobrinho, e afilhado, quer vir comigo. – Edward pegou Matt em seus braços. Ele por um minuto parou de chorar, mas logo voltou e com força total – tudo bem eu já entendi que você não me quer, mas, por favor, pare de chorar! – tentava ninar o bebê.

         - Beli ti... ti ard – cada hora nós arregalávamos ainda mais os olhos. – Beli ti ard! Beli!

         - Eu to enganado ou ele me chamou – ponderou o uso dessa palavra – de tio Edward? Ou melhor, ti ard? – todos assentimos – Isso Matt  o primeiro nome da família é o meu, esqueça papai e mamãe; o mais importante sou eu. – riu, me aproximei.

         - Como seu tio é convencido, né Matt? – ele começou a se mexer nos braços de Edward.

         - Beliii! Beliii! – me chamou com suas mãozinhas e eu estaquei.

         - Então é isso a Bella é Belli. – meu noivo se pronunciou e todos concordaram. Peguei Matthew em meu colo.

         - Beli. – falou mais calmo e aconchegou-se em meus braços, seus olhinhos já pesavam de sono. Sua irmã dormia no colo de Emmett.

         - Dá para acreditar? – Rose falou inconformada – coloquei esse serzinho no mundo, alimentei, dei banho, para a primeira palavra ser qual? Beli. – colocou a mão na cintura e depois riu – Gente olha só para a Bella ela ainda está em choque não falou nada desde que descobriu tal coisa. – todos me olharam e eu corei.

         - Desculpa, só fiquei um pouco surpresa. – Edward me abraçou de lado e eu encostei minha cabeça em seu ombro ainda olhando para Matt.

         - Oh já ia me esquecendo, só faltam vocês quatro para tomarem banho, graças aos céus Emmett não queimou o fio principal do chuveiro, Carlisle conseguiu concertar. – Esme falou sorridente – vamos tomar café da manhã. Reformulando, vocês primeiro tomam banho e depois descem para o café, em quanto isso; nós tomamos café. – saiu puxando Carlisle, Lice e Jazz.

         - Vou tomar banho, já venho. – Emmett entregou Massie para Rose e correu para o banho.

    Eu ainda continuava com Matt em meus braços, ninando-o, confesso que senti um misto de alegria e surpresa quando descobri que ele queria a mim; e que sua primeira palavra foi o “meu nome”. Sorri feito boba com isso, meu noivo percebendo o que eu pensava beijou minha testa, e em seguida foi para o banho. Continuei conversando com Rose, a muralha tinha ido tomar café; para depois pegar as crianças e sua mulher pudesse tomar banho.

         - Terminei. – Edward entrou no quarto com a toalha pendurada sobre o ombro e sem camisa, quase babei.

         - Quer ir Bella? – loiruda me tirou do transe – viu eu sei que meu irmão é gato, mas para de secar o coitado se não ele fica desidratado. – sorriu travessa.

         - Há! Há! Muito engraçada Rosalie. – ela riu, me fazendo rir junto – pode ir mana eu vou depois, assim dá tempo do Emm subir e você ir tomar café. – ela assentiu e pegou a toalha.

         - Prometo não demorar. – sorriu levemente.

         - Vai em paz, fique o tempo que precisar. – sumiu da minha vista.

         - Viu pode secar a vontade que eu não ligo. – meu noivo aproximou meu corpo do dele e sussurrou – eu sei que sou irresistível. – mordeu minha orelha.

         - Você é convencido, isso sim. – dei um tapa de leve em seu braço.

         - Realista baby! Realista. – pegou sua camisa em cima da cama e vestiu- a. Sentou ao lado de Massie que estava deitada entre travesseiros no centro da cama.

         - Não vai tomar café?

         - Já vou. Assim que Rose sair do banho e meu irmão subir eu desço; desse modo os gêmeos não ficam sozinhos.

    Continuamos a conversar, ele por sua vez não aguentou em só ver a pequena dormir; pegou no colo e continuou a niná-la. Aqui estávamos nós, com os gêmeos no colo e fazendo planos para a verdadeira viagem até New York. A Loira voltou para o quarto, então fui rumo ao banho, antes de sair pude ouvir Edward e sua irmã conversando sobre as crianças e a nossa ida até minha cidade natal.

    Eu entendia a preocupação de meu noivo em relação a essa viagem, ele sabe quantas lembranças ruins e boas eu tive por lá; mas sei que o mais temido são as recordações tristes. Como vamos ficar em minha antiga casa, casa tal que não quis vender caso não me acostumasse com Forks, Ed receava que minha mente fizesse todos os acontecimentos virem à tona. O único problema é que ele não entende, eu já superei as dores do passado; ainda sinto saudade de meus pais, contudo os nossos momentos doces permaneceram gravados em meu coração e esses superam os dias de treva.

    Com toda certeza eu iria ao cemitério, até mesmo para ver o estado das lapides, e levar flores; creio que lágrimas de meus olhos não caíram mais, foi como falei para Edward durante o vôo só me resta uma saudade do tempo que se passou. Contudo as mudanças que vivi em Forks me ajudaram a esquecer o lado negro da vida, meus dias, desde que cheguei ao c* da baleia, tem sido maravilhosos, cada dia um novo trabalho a fazer, cada dia um novo momento para se renovar e todos os dias novas lições a se aprender.

         - Bella! – ouvi batidas na porta – você precisa sair do banho, caso contrario não terá tempo de tomar café. E nem pense em sair sem comer nada mocinha, por que eu não vou deixar. – a voz meio rouca de Edward soou pelo outro lado da porta.

         - Já estou saindo! – gritei e resolvi desligar o chuveiro.

    Peguei a toalha que estava do lado de fora do Box, apesar da casa ser um tanto quanto idosa algumas coisas eram de boa qualidade, me enxuguei e coloquei uma roupa bem básica. Não via a hora de pegar o vôo e chegar logo em NY, estava morrendo de sono, queria a minha cama; ou melhor minha cama da antiga casa, pois ultimamente a cama de meu noivo é a minha casa. Praticamente me mudei para a casa de Ed, só não foi realmente uma mudança devido os dias em que temos plantão, para ser mais rápido, dormimos em minha casa.

         - Cheguei família! – apareci sorrindo na porta da cozinha.

         - Já não era sem tempo! Pensei que tinha sido engolida pelo ralo. – meu irmão mais bobão, quer dizer mais velho, falou enquanto fingia dançar com a pequena Massie.

         - Não, não querido. Lamento te informar, mas seu irmão ainda vai se casar e você ainda me terá como cunhada. – sorri de forma sínica.

         - Qual é irmãzinha te ter como cunhada é uma honra. – me abraçou de lado – eu só tenho a agradecer por tudo que fez pelo meu irmão. – sussurrou a ultima parte e piscou voltando para seu lugar ao lado de Rosalie.

         - Deixa o Emm pra lá meu amor, vem você tem que tomar café. – pegou minha mão levando até a mesa, puxou a cadeira para que eu pudesse me sentar. As meninas trocaram um olhar cúmplice. Alice puxou um pedaço de papel em sua bolsa e rabiscou algo.

    “ Saiba que ele nunca foi assim, e hoje foi o primeiro dia que nós presenciamos todo esse amor que nosso irmão nunca sentiu, até o dia em que te conheceu. Ah como eu te amo cunhada!”

    Por que raios todos resolveram me agradecer hoje? Abracei Edward, já que ele estava de costa para as meninas e sibilei “ Eu tenho esse poder de mudar as pessoas ” elas riram. Voltei minha atenção para a comida a minha frente, quer dizer um bolo industrializado e um suco de caixinha, como minha fome era enorme nem liguei para o cardápio. Ed conversava alegremente comigo enquanto o resto ia arrumar o básico para que pudéssemos ir ao aeroporto.

         - Ninguém está esquecendo nada? Além das coisas que compramos e vamos deixar aqui? – perguntei. Negaram – Emmett pegou sua passagem? A mala de seus filhos? – ele arregalou os olhos.

         - Quase me esqueci! – correu para a casa novamente, todos riram – pronto to aqui. – o passaporte estava em uma mão e as bolsas dos gêmeos em outra.

         - Não quero estragar a animação de todos para irem embora, mas... aqui não passa nenhum taxi, ou coisa do gênero. – e não é que é verdade?!

         - Eu não vou andar a pé! Não vira, sem chance! – Lice como sempre a primeira a se manifestar.

         - E a trutaiada? Carona? – os trombadinhas apareceram de moto, tipo assim; do nada.

         - Da onde vocês surgiram? – Jazz se pronunciou.

         - Sabe o que é? – a moça de ontem tomou frente da conversa – estava eu pensando ontem, antes de dormir, que nenhum tipo de transporte passa por aqui, por isso escolhemos a casa como nosso ponto, mas voltando o assunto; fiz o Marquinhus vir com os rapazes para pegar vocês e levar ao aeroporto.

         - Agradeço sua generosidade, entretanto conte-me o motivo de querer nós ajudar tanto? – ta eu sou desconfiada! Ela abaixou a cabeça.

         - Vou ser mãe e fiquei com pena da moça loira e das duas crianças, sei como é duro ter essa responsabilidade. – quantos anos essa garota tem? Ah eu vou perguntar.

         - Me desculpa querida, mas quantos anos você tem? – me olhou temerosa.

         - Tenho Dezenove. – todos estavam quietos.

         - Relativamente nova. – comentei e ela assentiu – você é o pai da criança? – perguntei ao tal de Marquinhus.

         -Não! O pai é meu irmão mais velho que tratou de sumir assim que soube. Eu não queria deixar a Vivi desamparada e resolvi por assumir. – admirei a atitude do rapaz – ela infelizmente não tem os pais, eles foram mortos e desde então ela é sozinha, tinha apenas ao namorado, mas esse a abandonou. – eu parei com tanta informação, a historia de vida era um tanto quanto parecida com a minha a única parte diferente era quando a gravidez. Uma vertigem me atingiu e eu apenas senti os braços de Edward a me segurar.

         - Bella! – falou alarmado – Bella me responde! – prometi a mim mesma que lembranças do passado não iriam me atingir, mas foi inevitável não lembrar.

         - Eu to bem. – falei ainda meio zonza; Carlisle também estava ao meu lado.

         - O que aconteceu com ela? – a tal Vivi perguntou.

         - Digamos que sua historia de vida é um pouco parecida com a dela, creio que isso a fez passar mal. – Esme falou suavemente.

         - Desculpe-me não era a minha intenção causar mal a você. – segurou em minha mão.

         - Sei que não era, nem me passou pela cabeça isso. – sorri para ela, me apoiava em Ed.

         - Será que é seguro viajarmos com você desse jeito? Podemos pegar um vôo amanhã, prometo arranjar um bom hotel. – meu noivo me abraçava.

         - Nem morta que eu fico nessa cidade por mais um dia! – falei séria – Vivi... – me olhou – qual é o seu nome?

         - Vivian e o seu? – ela tinha um pequeno sorriso nos lábios.

         - Bella, Isabella, posso te fazer uma proposta?  - admito estava sendo um pouco louca com minha ideia, mas talvez valesse à pena.

         - Fale! – me olhavam desconfiados.

         - Estamos indo para New York, passaremos lá uns quatro dias e depois retornaremos para nossa cidade; Forks. – respirei fundo – quer vir conosco? – os olhos de todos, eu disse todos, arregalaram.

         - Bella! – Ed me olhou como se quisesse dizer “O que você está fazendo?”

         - Eu gostei da ideia da minha filha. – Ufa! Pelo menos Esme tentava me ajudar – será ótimo te ter como filha, lá cuidaremos de você – agora ela se animou – Bella é obstetra poderá te dar toda assistência e nós te abrigaremos na família, assim como foi com Rose, Jazz e até mesmo a Bella.

         - Esme. – agora foi a vez de Carlisle tentar colocar juízo em nossas cabeças.

         - Ah pai! – Licinha também entrou na jogada – o que mais falta para você deixar?  Ela precisa de apoio; e isso nós podemos dar. Ela precisa de um lugar para ficar e criar seu bebe; e isso nós também podemos dar. Dinheiro não será problema, você sabe muito bem disso. Vai papai deixa? – fez seu biquinho irresistível.

         - É mesmo pai! Imagina se Emm me deixasse grávida dos gêmeos e sumisse no mundo, como seria? Vocês me desamparariam?  - o jogo estava quase ganho.

         - Por mim tudo bem, contudo vocês esqueceram que quem tem de decidir é Vivian, as senhoritas estão tratando a moça como um animalzinho de estimação, que vocês olham na vitrine do pet shop e querem levar para casa. – nos repreendeu – ela é um ser humano e suas vontades tem de ser respeitadas. – um silencio sepulcral se fez presente.

         - Já acabou o sermão? – Esme perguntou divertida, virou-se para Vivi – e então querida? Vamos conosco; sei que é uma proposta meio que maluca, e você não nos conhece, contudo terá chance de uma nova família! Vamos por favor? Por favor? – fez aquele olhar de gatinho do Shrek.

         - Olha eu realmente não conheço vocês e essa decisão não é algo que se toma de uma hora para outra. – qual era o problema de não nos conhecer? Ta nós poderíamos ser agenciadores de mulheres, sequestradores, ou qualquer coisa desse gênero – seria bom recomeçar a vida em um novo lugar, contudo não sei se é isso que devo fazer. A proposta é tentadora, mas não sei; não que esteja desconfiando de vocês, entretanto é uma difícil decisão.

         - Quem me garante que vocês não irão fazer algo de ruim para a Vivi? – olha o garoto quando queria falava de forma correta.

         - Não Marcus eu vejo por eles que mal não me fariam, porém minha duvida é quanto o meu futuro; tudo me parece muito incerto e arriscado.

         - Você quem sabe Vivi. – o menino deu de ombros – só não quero que mais uma vez você se machuque. – Ok agora eu fiquei comovida.

         - Vivi... posso te chamar assim? – ela assentiu sorrindo – que tal você pensar na nossa proposta e depois nos ligar? – eu estava sendo totalmente insana com essa ideia. Coisas como essas não se decidem de uma hora para outra ou se resolvem por telefonema é como chegar para seus pais e falar “Eu estou grávida aos dezessete.” e eles “Ok!”

         - Ma vocês não estão de viajem marcada? – perguntou de modo incerto.

         - Sim, vamos para New York, porem sinto que tenho de te ajudar e caso você queira seguir a sua vida ao nosso lado lhe mandarei a passagem, você tem passaporte? – se não tivesse daí a coisa seria mais complicada.

         - Tenho sim, já viajei uma vez com uma tia que morava na Europa, mas ela morreu. – vidinha sofriiida! Olha quem fala.

         - Então fique com meu cartão e me ligue para dar uma resposta. Eu realmente quero te ajudar. – sorri de modo amigável – agora precisamos ir, temos um vôo a pegar.

    Ela desceu da moto que estava pilotando e mais alguns seguiram seus passos, foram na garupa dos outros meninos e meninas; deixando três motos para os casais e um carro, que até então eu não tinha visto, para Emm, Rose e os pimpolhos. Não fazia a mínima ideia de que os meninos sabiam pilotar moto, entretanto no meio do caminho Edward contou-me que Carlisle já teve uma moto e que ele e seus irmãos, quando estavam na faculdade, também possuíam motos.

         - Pronto aqui estamos! – Marcus tirou o capacete e todo mundo repetiu o gesto, menos os que estavam no carro. Não Bella tonta eles também tiraram o capacete! Dã! É melhor eu deixar quieto esse pensamento retardado.

         - Para variar estamos atrasados. – Lice olhava o relógio – é melhor nos apressarmos. Tradução: “Vamos correr negada!”

 (Música: http://www.youtube.com/watch?v=JhSEcxr5v9o / LDN – Lily Allen )

    Passamos voando, praticamente, pelo balcão onde se faz o Check-in; todos os trombadinhas nos seguiram. Até que eles serviram para algo, afinal só de olhar os, ricos e famosos esnobes, que se encontravam naquele local foram dando passagem; povinho preconceituoso. Não demorou muito e chegamos até o portão de embarque. MALDIÇÃO! POR QUE MOTIVO SEMPRE TEM UMA BIFURCAÇÃO PARA IR ATÉ O AVIÃO DE NOSSA VONTADE?

         - Ok hora de olhar nos passaportes. – toda a família correu abrir o passaporte para não correr risco de embarcar em vôo errado.

         - Portão nove. – falamos ao mesmo tempo e rimos devido à coincidência.

         - Não quero desapontar vocês, mas... – Emmett coçou a cabeça e sorriu de modo travesso – estão olhando o passaporte ao contrario, nosso portão é o de numero seis! – nos entreolhamos. Fechamos o passaporte, só para conferir se a capa estava de ponta-cabeça, e... ponto para a Muralha da China!

         - Parabéns irmãozinho, aprendeu a pensar é? – Lice provocou.

         - Obrigada anãzinha, mas a burra agora foi você e não eu, portanto fica quietinha que ninguém mandou você falar nada. – retrucou. A baixinha mostrou a língua e fechou a cara.

         - Emm nós falamos o numero errado só para ver se você iria concordar. – Edward também gosta de irritar as pessoas.

         - Olha aqui topetudo... – resolvi intervir.

         - Gente já chega, oks?! Temos de dar credito ao Emmett, se não fosse ele pegaríamos mais uma vez o vôo errado. Agora vamos embora cambada que o avião não vai ficar esperando da nossa boa vontade. – os três abaixaram a cabeça e foram na frente.

         - Você é meu orgulho! – Esme passou o braço esquerdo por meus ombros e seguimos até o avião rindo. Para minha não surpresa, dois seres brigavam para ver quem entraria primeiro.

         - SAI ALICE, EU CHEGUEI PRIMEIRO! – o grandão praticamente esmagava Alice na porta de embarque.

         - SAI VOCÊ EMMETT! EU QUE CHEGUEI PRIMEIRO. – tentava empurrar o irmão.

         - Como vocês dois são crianças. – Edward revirou os olhos, estava encostado na escada de acesso esperando os dois se decidirem – o acento do avião é marcado mesmo. – os dois estacaram na hora.

         - Tem razão. – falaram ao mesmo tempo.

         - Eu sempre tenho razão. – levantou uma sobrancelha, sorriu torto enquanto mascava o chiclete.

         - Pensa que é o maioral! – Emmett desdenhou.

         - Só pensa, né?! – Alice também falou com desdém.

         - Agora você vai ver o maioral entrando em ação sua anã! – jogou a irmã por cima das costas e entrou no avião com Emm em seu encalço.

         - Quando eles vão crescer? – Jazz perguntou.

         - Nunca. – respondi, acabamos por rir. Entramos no avião.

         - PARA! PAAAAAAAAAARA, POR FAVOR! – Alice gritava em meio a risadas.

         - Eu falei que lhe mostraria quem é o maioral. – voltou a fazer cócegas na irmã – agora diz: “Quem é o maioral?” – parou para que ela pudesse responder.

         - Você que não é. – tentava se recuperar.

         - Não vai admitir? – ela negou – não me restam opções. – voltou a fazer cócegas – vou repetir; quem é o maioral?

         - Você! É você, ta legal. Eu admito. – falou ofegante.

         - Ah agora sim! – sorriu contente.

         - Você é um idiota. – declarou.

         - Não bebê eu sou o maioral, não um idiota.

         - Você é um idiota, mas eu te amo. – ele a abraçou.

         - Também te amo pequena polegar. – ela lhe socou o braço – ai ai! – riu em seguida e deu um beijo mega melado na bochecha de Lice.

         - ECA! Que nojo Edward, fiquei toda babada. – tentava limpar o rosto com a mão. Ele apenas riu.

         - Senhores queiram se assentar e fazer silencio, primeiro por que iremos decolar e segundo os outros passageiros já estão reclamando. – uma aeromoça de cabelos pretos falou.

         - Como os outros passageiros estão reclamando se só temos nós na primeira classe? – falei com a mão na cintura.

         - Exato. – Jasper sorriu de canto.

         - Vocês estão importunando os passageiros da classe econômica. – essa não colou.

         - Engraçado – Jazz colocou a mão no queixo – tem dois banheiros nos separando da classe econômica e mais a cabine das aeromoças, como o som pode se propagar em toda essa distancia? Tudo bem que as ondas sonoras tem um comprimento de onda um tanto quando extenso, temos um bom espaço, contudo a matérias presente por aqui, devo ressaltar que são muitas, funcionam como isolante sonoro, assim as ondas de som acabam por se “quebrarem”  e... – todos nós olhávamos com cara “Quando ele vai calar a boca?” – estou falando demais? – assentimos. – desculpe-me.

         - Relaxa Jazzpinho, ninguém entendeu metade do que você falou, então vamos fingir que você parou na parte da cabine e terminou dizendo que o nosso barulho não tem como ter chegado até a classe econômica, oks? É isso né? – Emmett  deu dois tapinhas em sua costa.

         - Beeem... – tentou argumentar.

         - Cala a boca Jasper! É isso o que eu falei sim e ponto final. – Jazz se calou na mesma hora.

         - Tudo bem agora os senhores podem se sentar? Precisamos decolar. – a aeromoça voltou a se manifestar.

         - Só vou por que estou com vontade, caso contrario ficaria o dia todo discutindo com a senhorita. – Lice levantou e foi para o lugar dela.

         - O que deu nela? – perguntei a Edward.

         - Minha irmã odeia quando os outros interrompem nossos momentos família. – bateu no lugar ao seu lado – vem cá. – sorriu torto.

    EDWARD POV.

    Já havíamos decolado, eu me encontrava a observar Bella, que dormia com a cabeça apoiada em meu ombro. Ela já tinha percebido que eu estava preocupado com essa viagem, havia dito que não ficaria mal; contudo só de escutar a historia de Vivian já quase desabou, imagina diante de tantas lembranças?  Eu não queria que todo o mau que já ocorrera voltasse a sua mente.

    Sei que minha noiva não é nenhuma peça de vidro, que quebra a qualquer momento, porém para mim ela sempre será a peça mais delicada, que com qualquer movimento incorreto possa se partir, e eu não a deixarei em cacos; já a vi chorar algumas vezes e isso me dói demais. Ninguém gosta de ver a pessoa amada chorar. Só tenho que pedir aos céus para que de tudo certo e nada muito triste aconteça.

    A aeromoça, chata e encrenqueira, já havia anunciado que estávamos chegando ao nosso destino, tratei de colocar o cinto em Bella, uma vez que ela não consegue passar o vôo com aquilo, e tentei desperta-la. Incrível como seu rosto era parecido a uma boneca de porcelana; todos os traços eram suaves, sua boca delicada e colorida por um vermelho cor de cereja, pele de um tom bem claro e seus olhos... ah seus olhos cor de chocolate, são a minha perdição.

         - Meu amor acorde, já vamos pousar. – falei calmamente.

         - Só mais cinco minutos! – Eu ri.

         - Bella, já estamos pousando, não tem como falar para o piloto dar uma voltinha de cinco minutos para depois pararmos. – ela fez um bico.

         - Só por isso eu vou acordar! – despertou num pulo e levantou as mãos para o ar. Confesso que me assustei – que foi?

         - Desde quando você acorda tão bem disposta? – isso é praticamente milagre.

         - Ed, meu amor – pegou meu rosto entre suas mãos – eu estou em New York!

         - Nossa obrigada pela consideração com Forks e seus habitantes. – fingi estar chateado.

         - Oun bebê, fica triste não a Bella ta aqui! – minha noiva é louca.

         - Bella você está com febre? – eu tinha que perguntar.

         - Edward você está insinuando que estou delirando? – me olhou séria.

         - Não meu amor. – só um pouco.

         - Ah que bom bebê, por que eu estou feliz e nada vai abalar isso. – me deu um beijo estralado nos lábios.

         - Eu te amo sua maluca! – a abracei e depositei um beijo em seus cabelos.

         - Te amo, Edward. Eu te amo. – sim eu a amava!

    BELLA POV.

    Eu estava em êxtase, não via à hora de chegar a minha antiga casinha, creio que eu deva reprimir um pouco dessa alegria, caso contrario é capaz de minha família pensar que minha vida em Forks não esteja sendo boa; e a ultima coisa que eu quero nesse mundo é magoá-los. Sou muito feliz naquela cidade chuvosa, mas dizer que eu não sinto falta da Time Square e aquelas lojas todas é um pouco hipocrisia. Até Alice estava empolgada com o fato de gastar, gastar, gastar e gastar... já falei gastar? Tá parei!

         - Bellinha imagina a gente comprando, comprando e comprando? – vou voltar com excesso de bagagem, mas quem liga? É para isso que existe os homens; CARREGAR SACOLAS! – ela pulava.

         - Que pensamento feminista baixinha. – ela ponderou.

( Música: http://www.youtube.com/watch?v=aqlJl1LfDP4 / New York, New York – Frank Sinatra )

         - Quem liga? Estamos em New York baby! – jogou as mãos para o alto e pulou – bora cantar comigo. Tã, tã,tãrãrã. Tã, tã, tãrãrã. New York, New York. I want to wake up in that city, that never sleeps.And find I'm a number one, top of the list, king of the hill, a number one. – nos dançávamos no saguão do aeroporto, ela com o braço esquerdo sobre meus ombros; fazíamos os típicos passinhos das dançarinas antigas, vira para esquerda e levanta a perna direita, vira para a direita e levanta a perna esquerda. Não havia um que não nos olhasse, fora a família que ria até não querer mais.

         - Já deu né meu povo?! – Rose tinha que acabar com a brincadeira – agora vamos para a casinha da Bella. – mostramos a língua para ela.

         - Olá pessoas bonitas! – olhei para trás e lá estava Beth, Peter e minha Lola.

         - Beeeth! – a abracei.

         - Ola filhota. – também abracei a Peter.

         - Cadê meu bebê? – olhamos abismados para Edward que segurava Lola no ar e essa lhe deu uma lambida. – Que foi? – perguntou nos olhando. Foi unânime a levantadinha de mão e a negada básica com a cabeça – acho bom mesmo. – voltou brincar com nosso bebê.

         - Meu irmão está cada vez mais gay. – Emmett comentou baixinho para Jasper.

         - Te garanto que de gay o Ed não tem nada irmãozinho. – sorri travessa e eles ficaram quietos na hora.

    Depois dessa coincidência, sim foi uma coincidência, por que o certo seria nós irmos buscar eles no aeroporto e não nos encontrarmos lá. Mesmo assim, continuando, mais uma vez chamamos quatro táxis; qual é povo? A família é grande! Fomos para a minha antiga casa, lembrava-me de cada rua, esquina e semáforo. Alice que sentou ao meu lado não parava de pular no banco, contou-me que sentia falta de tantas lojas, uma vez que teve de se mudar, assim como eu, para Forks e deixar todas essas coisas magni... consumistas um pouco de lado.

         - Como é sua casa Bella? – parou de pular por instantes e perguntou intrigada.

         - É mesmo amor, você não falou como é sua antiga casa. – senti uma pontinha de curiosidade.

         - Ah ela é grande, mas não tanto quanto a de Forks, ha uma piscina que parece um lago, mas não deixa de ser uma piscina, varias arvores em volta, a porta de entrada é beeeeeeem grande e sua cor é areia. – eu recordava cada detalhe.

         - Chegamos. – declarou o taxista.

         - Olha ela ai! – Ed e Lice abriram a boca em surpresa. Ela não era linda como a de Forks, mas era muito bonita – Vem. – puxei Edward pela mão -  Peeeeeeeeedroooooooooo!

         - Mademoiselle! – deu uma leve corrida em minha direção, me abraçou e girou no ar – como você está linda meu amor, esse ano fora te fez extremamente bem. Aaaah eu estava morrendo de saudade menina, você não imagina como essa casa fica tão “down” sem ti.

         – Pedro você também... – eu ia falar que ele tinha mudado, mas – não mudou nada! – ele riu.

         - Nossa quando você falou que traria muitas pessoas, nem de longe, eu imaginei que seriam muiiiitas pessoas mesmo. – analisou a família Cullen.

         - Bom, já que tocou nesse assunto; vou te apresentar cada um. – comecei as apresentações – esses são meus pais – me olhou assustado – longa historia, depois te conto, voltando; esse é Carlisle – fiquei entre eles e coloquei uma mão sobre o ombro de meu pai – e Esme – repeti o gesto.

         - É um prazer conhecê-los, meu nome é Pedro e conheço essa coisinha desde... hum... desde sempre. – rimos.

         - O prazer é nosso. – pronunciou Carl e Esme abraçou meu mordomo.

         - Esses são Jasper e Alice, meus irmãos. – ele apertou a mão de Jazz e abraçou Lice.

         - Prazer em conhecê-los também. – assentiram.

         - Aqui estão minha, irmã, paciente e recém mamãe Rose, Matthew e Massie, mais conhecidos como os gêmeos e o grandão ai é meu irmão mais velho Emmett. – Emm o abraçou fazendo com que todos os seus ossinhos estralassem.

         - Amor assim você vai matar o coitado! – Rose o repreendeu e em seguida abraçou, o que sobrou do meu amigo.

         - Beth e Peter, são também meus pais. – ele arregalou ainda mais os olhos.

         - Precisamos ter uma conversinha depois mocinha. – eu já até sabia o assunto – mesmo assim muito prazer em conhecê-los. – caramba ele não sabe falar outra coisa? Parece um disco riscado.

         - Tem meu bebe também, seu nome é Lola. – a destruidora de sapatos estava no colo de Ed.

         - Que coisinha fofa, agora só falta um pai para essa delicinha.  – eu ri.

         - Agora se segura benhê – me olhou temeroso – esse é Edward, pai da Lola e meu futuro marido.

         - MORRI! – Pedro desmaiou, tipo caiu que nem jaca podre no chão.

         - Acho que ele ficou um pouco surpreso. – Emm declarou, então nos tocamos que Pê precisava de ajuda.

         - Creio que seja melhor levá-lo para a casa. – Esme declarou. Os meninos o “carregaram” até a sala.

         - Me diga filha o motivo dele ter desmaiado desse jeito, por conta de seu casamento com o Edward. – Carlisle colocava álcool em um paninho.

         - Ah pai, eu sai daqui prometendo não me relacionar com ninguém, desde a morte de meus pais e no fim volto praticamente casada. Ele se surpreendeu. – dei de ombros. Edward soltou Lola e me abraçou.

         - TO VIVA! – Pedro acordou tão rápido quanto um raio.

         - Viva? – Emm soltou uma risadinha.

         - Sim, viva! – esqueci de dizer que ele é gay.

         - Esse pitbull é lassie? – Jazz perguntou incerto.

         - Você está me chamando de cadela loirinho? – colocou a mão na cintura e bateu o pezinho direito no chão.

         - É Lassie sim Jazz, mas não se preocupa que ela esta vacinada. – meu amigo me olhou de forma ultrajada.

         - Então é assim sua Barbie morena? Eu te ajudei, cuidei de você e agora é assim que me retribui? – ai minha paciência.

         - Deixa de drama Pê! Agora que já estamos todos apresentados, você já fez sua cena – me mostrou a língua – preciso que mande alguém procurar nossas malas no aeroporto, e não aceito que falte nenhuma, quero saber sobre o jantar e espero que os quartos já estejam prontos.

         - Vou mandar o Richard ir procurar as malas, o jantar já está reservado no lugar de sempre e os quartos estão devidamente prontos, como você pediu minha Lady. – ele sabia que aqui, tirando ele, eu não tinha amigos; cada criado era como cobra, tudo traiçoeiro e pronto para dar o bote.

         - Obrigada meu amor, peço que leve cada um para seu respectivo cômodo, precisamos descansar . – olhei para os gêmeos – providenciou os berços que pedi?

         - Como? – Rose perguntou confusa.

         - Pensou que eu iria deixar minha sobrinha e meu afilhado dormirem no meio de vocês?

         - Não precisava ter se importado tanto mana.

         - Claro que precisava Emm, não discuta comigo. – ele assentiu sorrindo.

         - Já está tudo certo Bella, um berço rosa para a pequena, e um azul para o pequeno.

         - Obrigada Pedro, mais uma vez, agora só peço que leve cada um para o seu quarto. – ele assentiu e todos subiram junto com ele, menos Edward.

(Música: http://www.youtube.com/watch?v=st6vt4B6cdI / Cut – Plumb )

         - Bella. – chamou.

         - Sim meu amor? – nos sentamos no sofá.

         - Posso te fazer outra pergunta? – ixi de novo isso?

         - Pergunte Ed.

         - Percebi que aqui você é mais mandona. – enrolou uma mecha do meu cabelo – por que? – mordeu o lábio inferior.

         - Eu te conto, mas antes vem comigo. – eu já havia visto uma das serviçais, pelo reflexo do espelho, escutando a conversa.

    Peguei sua mão e levei-o até o imenso jardim; e dentro desse jardim, havia outro. Fora criado para minha mãe, presente de meu pai, era ali que eles tiravam um tempo para os dois; só tive conhecimento sobre o local após a morte de ambos. Era um dia chuvoso, sentia-me vazia por dentro e por fora, sai como uma louca pela forte chuva e escutei uma musica, vinda de longe, os trovões tentavam competir com o doce som, mas não me desconcentrei.

    Caminhei por uma trilha, até o momento desconhecida, a minha frente encontrava-se um portãozinho de aço com desenhos de coração, acima um arco de flores em tom róseo. Assim que abri dois banquinhos, um de cada lado da entrada, dando um toque romântico ao local. Mais a frente estava a mais bela obra arquitetônica, um lago artificial, adornado por motivos gregos, desde esculturas a plantas característica e colunas.

         - Caramba isso aqui é lindo! – Edward me tirou a linha de memórias.

         - É sim. – contemplei o lugar, aproximadamente mais de um ano eu não visitava.

         - Certamente isso tudo tem uma historia. – constatou, assenti.

         - Meu pai construiu para a minha mãe, só descobri quando eles morreram – Edward sentou entre as colunas gregas, sentei ao seu lado – quando cheguei o local, após seguir uma musica, encontrei uma vitrola, coisa antiga, a funcionar; coleções de discos de vinil. Eu conhecia cada LP que tinha ali, eram canções antigas, do tempo de meus pais, eles adoravam dançar com aqueles sons. Junto com a vitrola havia uma carta, endereçada a mim, ambas as coisas encontravam-se bem protegidas, na parte aqui de cima – indiquei o local acima de nós – é uma espécie de torre. – ele escutava tudo com muita atenção – depois dessa descoberta, passei a vir todos os dias depois do trabalho, ou até mesmo, depois das aulas na faculdade.

         - Toda essa casa te trás lembranças. – ele afirmou.

         - Cada canto dessa casa. – Ed me puxou mais pra si, encostou as costas em uma das colunas, me deixando entre suas pernas; de modo que eu encostasse a cabeça em seu peito.

         - Vamos ficar no mesmo quarto que certos ocorridos, meu amor? – tentava, de todos os modos, afastar lembranças de um passado trágico.

         - Sim, não se preocupe meus pais não vão vir puxar seu pé à noite. – ele riu apertando ainda mais seus braços em volta do meu corpo.

         - Todos perceberam, no exato momento que colocou os pés dentro da casa, sua atitude mudou. Tomou uma pose mais mandona, algo desconhecido para nós. – virei meu rosto minimamente para que pudéssemos nos olhar.

         - Creio que não perceberam, mas em todos os momentos havia um criado, exceto Pedro, escutando a conversa. –olhou-me surpreso – é vocês não perceberam! – riu – depois da morte do casal Swan, sua filha ficou depressiva; logo os empregados, fiéis, não aguentaram tanta tristeza e reviver o dia fatídico cada vez ao entrar em meu quarto. Somente Pedro ficou, o resto pediu demissão, durante todo o processo, de dor e sofrimento, era ele que estava ao meu lado. Tivemos de contratar novos serviçais, a casa era muito grande, nem eu ou ele conseguia dar conta de tudo.

         - Então serviçais fofoqueiros aparecerem. – sorriu torto.

         - Exato. – sorri – a cidade inteira queria saber o real estado da filha, do poderoso casal Swan. Vários boatos sobre, sua suposta, internação em um sanatório veicularam pela mídia; Pedro já despediu vários, inumeráveis, repórteres que se passavam por empregados. Fora aqueles que vendiam informação do que ocorria aqui dentro para revistas de fofocas e afins.

         - Já entendi tudo, nessa casa você confia apenas, em você mesma e Pedro. – assenti – acho melhor contar isso aos outros também, eles perceberam sua, repentina, mudança.

         - Pode deixar, mais a noite temos reservas Café Pierre, deixá-los-ei a par de tudo.

         - Huuum deixá-los-ei. – zombou, dei um tapa em seu braço – agora vem cá que eu te deixarei a par dos meus sentimentos por você.

    Uniu nossas bocas, em mais um de seus beijos abrasadores, sua mão em minhas costas, seus lábios doces de encontro ao meu.  Edward era um sonho em minha vida, e pensar que quando nos encontramos foi ódio a primeira vista; sorte que as pessoas, atos e impressões mudam. Sabe antes dele me encontrar, pensava que estava bem e curada de tudo, mas com apenas um toque, percebi que a vida voltou a mim e por um bom tempo estive morta.

         - Você tem noção do quanto eu te amo? É algo que chega a ser insano. – passou a mão pela minha face.

         - Eu também te amo, muito, muito, muito. – voltei a deitar sobre seu peito.

         - Gata, outra coisa que eu tenho de lhe perguntar, é: como você convida uma menina, de dezenove anos, para mudar toda a vida e morar com nós? Isso não é algo muito comum, tenho uma leve impressão, que você está precisando de tratamento Bella. – ri dele.

         - Ed eu sei o quão duro é viver longe de seus pais, ainda mais na adolescência, agora imagina ter, ainda mais uma responsabilidade como um filho. Eu não gostaria de estar sozinha nessa situação, é algo doloroso, por sorte você não teve esse problema. Esme e Carlisle estão ai, cheios de vida, e até mesmo por leis da natureza o senhor não poderia ter filhos – ele riu.

         - Graças aos céus meus pais estão aqui. – concordei – sabe de todas as suas qualidades, há uma que eu mais admiro; sua capacidade de ajudar as pessoas. – sorri – Não importa quem for, rico ou pobre, sempre quer ajudar; vejo isso, principalmente, no hospital. Você não é como muitos que passaram por lá, ou até mesmo na minha vida.

         - Ajudar o próximo alimenta a alma e aquece o coração. – dei de ombros – quer ver a torre? – levantei e estendi minha mão em sua direção.

         - Claro! – segurou minha mão e levantou.

    Subimos um pequeno lance de escadas, chegamos à parte mais alta, ainda estava lá a vitrola, os Lps; menos a minha carta, essa andava comigo dentro da bolsa, tipo assim... sempre. Edward começou a mexer na estante, pegou um dos discos de vinil, colocou na vitrola, um som muito conhecido, diga-se de passagem, começou a tocar; ele cantava junto com a musica.

    (Música: http://www.youtube.com/watch?v=TGdfEA6Y6hA&feature=related / Eternal Flame – The Bangles )

         - Close your eyes, give me your hand, Darling – estendeu a mão, convidava-me a dançar. Segurei em sua mão, ele aproximou nossos corpos, enlaçou minha cintura e eu o seu pescoço, começamos a dançar - Do you feel my heart beating? Do you understand? Do you feel the same? Am I only dreaming is this burning an eternal flame? – cantou em meu ouvido - I believe it's meant to be, Darling. I watch you when you are sleeping, you belong with me. Do you feel the same? Am I only dreaming  or is this burning an eternal flame? – segurou na minha mão direita e me girou, assim que voltei a ficar de frente para ele, abaixou meu corpo, em um passo a lá tango, deu um selinho e levantou-me e seguimos a dançar - Say my name, sun shines through the rain. A whole life so lonely, and then you come and ease the pain? I don't wanna lose this feeling. – apertou-me mais em seus braços e selou um beijo apaixonado.

         - Diga o nome dela! Diga o nome dela! – olhamos para a escada e lá estava Pedro.

         - Pra que Pedro? – perguntei.

         - Vai Edward diz! – implorou, Ed deu de ombros.

         - BELLA! – gritou, no mesmo momento sentimos um balde de água gelada sendo jogada em nós.

         - Saaay my naaame, sun shineeees through theeee raaaaain. – cantou. Estávamos encharcados – oun vocês me emocionam. – passou o dedo sobre, a inexistente, lágrima no canto do olho esquerdo.

         - EU VOU TE PEGAR SUA BICHA MÁ! – sai correndo atrás de Pê que ria como um idiota, não que ele não seja um idiota, mas vocês entenderam.

         - MAIS NÃO VAI MESMO MONA! – acelerou ainda mais. Pulou um dos vasos de ornamentação e eu, muito esperta, pulei uma das “janelas”; acabou que ele ficou de costas pra mim e , sem pestanejar, joguei-o no lago/piscina ou piscina/lago; como preferir.

         - SUA MONA LOKA! VAI DUDUZINHO JOGA ELA NA AGUA! – gritou. Olhei procurando Ed e... CADÊ ELE?

         - SE SEGURAAAAA! – apareceu do nada, me jogou sobre seu ombro – BOOOOOMBAAAAAAAAAA!!!! – se jogou na água me levando junto, subimos a superfície terminando o selinho, que começou em baixo d’água.

         - Sabe Duduzinho, nunca vi a Bellinda tão feliz. – passou a mão nos cabelos loiros.

         - Sera que você pode parar de me chamar de Duduzinho? – Edward levantou uma sobrancelha.

          - Você não gosta? – negou, eu já sabia o que vinha a seguir – perfeito, vou continuar te chamando de Duduzinho! – Ed me olhou.

         - Liga não amor, ele fez o mesmo comigo; não ouviu o apelido ridículo? Bellinda. – pronunciei como se fosse algo nojento o apelido.

         - Mas Duduzinho é feio! – reclamou e fez bico.

         - Oun que biquinho lindo. – Ele ficou serio na hora – se você não fosse noivo da minha amiga eu investia. – meu noivo se escondeu atrás de mim.

         - Deixa de ser bobo Du, eu não vou te atacar não bebê! – “Du” me olhou incerto.

         - Relaxa, meu anjo, ele não vai fazer nada. – ele continuou no mesmo lugar, fazendo eu e Pê dar risada.

         - Voltando ao assunto inicial Duduzinho, nunca vi a florzinha de laranjeira tão feliz, posso saber o que você e sua cidade, sem graça diga-se de passagem, fizeram com ela? – continuávamos na água.

         - Vamos dizer que a cidade sem graça não fez diferença nenhuma, o que mudou a Bella foi minha família, e eu logicamente! – sorriu torto.

         - Com toda certeza você fez um bem danado! – ria sua risada escandalosa – ambos no fervo! – riu novamente – falando em ferver; vou poder ir jantar com vocês mafiosa? – ficou quieto por um minuto. Eu sabia, muito bem, que ele estava com medo de ser deixado por conta da minha nova família.

         - Claro que você vai. – olhei para Ed – ele cuidou de ti quando estava passando uma situação difícil amor, nada mais justo ele nos acompanhar.

         - Obrigada Duduzinho! – se atirou nos braços de meu noivo e lhe deu um beijo melado no rosto.

         - Se você continuar com isso, juro que deixo de lado a consideração. – tirou as mãos da bicha louca de seu pescoço e correu me abraçar.

         - Huuum o bofê é ocó, além de ser odara, gamei! – chacoalhou as mãos no ar – agora licençinha que a nikita que vos fala tem que ir se arrumar, porque dar a impressão de SBP não dá! – saiu do “lago” e foi em direção a casa.

         - Traduz? – me olhou com cara de coitado.

         - Huuum o bofê é homem, homem – dei ênfase na palavra – além de ser bonito e elegante. Gamei... é de gamei mesmo! – ele riu – agora licença que a bicha fatal que vos fala tem que ir se arrumar, porque dar a impressão de Ser Bicha Pobre, não dá!

         - Caramba ele é criativo, quando o assunto é gírias heim? – ri e concordei.

         - Que horas são? – ele automaticamente pegou o celular no bolso – creio que não vá funcionar. – ele olhou novamente então se tocou do que estava acontecendo.

         - Droga, agora vou ter que comprar outro. – tirou o chip – pelo menos tudo o que eu preciso esta aqui – deu de ombros.

    Saímos da piscina e seguimos até a casa. Ninguém estava na parte de baixo, creio que todos se encontravam nos quartos, descansando, coisa que eu e meu noivo deveríamos ter feito. Tomamos banho, deitamos um pouco, passava um filme totalmente idiota na televisão, mas mesmo assim assistimos. A decoração do meu quarto agora era bem diferente, com toda certeza, Pedro deu uma passada por aqui. Quando era, mais ou menos, oito e meia da noite, descemos para encontrar a família. As meninas estavam sentadas perto de Pedro.

         - Apareceu a margarida! – rolei os olhos – vem cá delicia, senta aqui no sofá da Hebe e vamos continuar a fofoca. – Ed me deu um selinho e segui para o lado dos meninos que jogavam sinuca.

         - Diga amore. – Alice bateu no lugar ao seu lado, para que eu sentasse.

    Ficamos mais um tempo fofocando, ele nos colocava a par de todas as noticias da cidade que nunca dorme, coisas do tipo: a mulher do prefeito traiu ele, a Beyonce que fez um show e caiu, a vizinha que pegou o filho e a namorada fazendo coisas impróprias na varanda, a cozinheira, aqui de casa, está de rolo com o carteiro; entre outras coisas. Olhamos o relógio, se não começássemos a nos mexer perderíamos as reservas. Não via a hora de comer no Café Pierre, o Pierre, chefe e dono do local, cozinhava como ninguém.

         - Você lembra o caminho? – perguntei divertida para Edward.

         - Há-há bonita!  - ironizou – para seu governo, apesar de me mudar praticamente para o sitio, eu lembro o caminho, pois papai e mamãe sempre jantavam lá. – olhei surpresa – é meu amor, nossas famílias têm o mesmo gosto há tempos. – segurou minha mão – depois quero te mostrar um lugar que eu ia quando pequeno.

         - Caramba ainda lembra-se do lugar?

         - Está me chamando de desmemoriado ou quer dizer que estou velho e gaga? – eu ri alto.

         - Nem um e nem outro. – ele riu, paramos na porta do restaurante e para minha não surpresa Pierre estava a nos esperar.

         - Pierre. – ele abriu os braços e eu o abracei.

(Música: http://www.youtube.com/watch?v=DWJECLN4S00 / Blah Blah Blah – Kesha)

         - Que saudades My Cherry! – ele era outro que me conhecia há muito tempo – não imagina a falta que faz; esse tempo que esteve fora meu jantar foi chato, muito chato, muito, muito, muito chato! – colocou a mão no peito de forma dramática – vamos me apresente seus convidados. – ele olhou melhor pra todos – OH MEU PAI! ESME? CARLISLE?

         - Olá! – cumprimentaram.

         - Senti sua falta querida. – abraçou Esme que retribuiu calorosamente – vocês se mudaram a quanto tempo? Uns cinco anos?

         - Creio que sim. – Carl respondeu.

         - Crianças? Huum como estão crescidinhos. – Pierre também tinha um lado feminino meio aflorado – O Emmett continua o mesmo, um pouco mais malhado, mas o mesmo; já os gêmeos oun Licinha você está maravilhosa. – abraçou a baixinha – fez falta nossas conversas.

         - Eu que o diga Pierre, eu que o diga. – ele continuava com a mão na cintura da Lice.

         - E você heim Edward, cresceu, o cabelinho continua o mesmo. – Edward entrou em choque na hora que Pierre mexeu nos cabelos revoltos dele. Se tiver uma coisa que ele ODEIA é que baguncem o cabelo bagunçado dele. – Jazz e Rose, meus amores vocês também estão cada vez melhores, te invejo, invejinha branca, mas te invejo senhorita Halle. – ela sorriu e o abraçou.

         - Devo admitir você deveria se mudar para Forks, seus elogios diários me fazem muita falta. – sorriu.

         - Elogiar uma Diva como você é uma honra.

         - Vamos acabar com essa melação? – Pedro interrompeu.

         - Ai que bicha invejosa, por que trouxeram essa bagaceira? – Pierre revirou os olhos.

         - Bagaceira só se for você Pierre – pronunciou com escárnio – e se não reparou sua sem educação, temos mais convidados. – apontou para Beth, Peter e os gêmeos.

         - Querida não sei se você percebeu, mas eu ainda não terminei minhas saudações, portanto fica com o bico fechado. – ficou de costa para Pedro e voltou ao que estava fazendo – Jasper você com esse cabelinho de miojo está uma graça. – apertou a bochecha de Jazz que ficou vermelho, só resta saber se foi de vergonha ou de raiva.

         - Obrigado – forçou um sorriso.

         - Agora vamos as apresentações – falou sinicamente olhando para meu amigo – Bella pode fazer as honras?

         - Claro! Esses são Beth e Peter.

         - Olá, é um prazer conhecê-los. – abraçou os dois.

         - E os dois pequenos são filhos da Rose e do Emm, mais conhecidos como os gêmeos, Matthew e Massie. – arregalou os olhos.

         - Rose, minha musa, você já é mãe? E você é o pai? – apontou para Emm, eles concordaram sorrindo – seus safadinhos! – deu um tapa na bunda da muralha que arregalou os olhos – e você ficou com esse corpinho? Já disse que te invejo? – rimos.

         - Por enquanto só duas vezes. – respondeu.

         - E se prepara, se euzinha descobrir algo mais, irei dizer que te invejo. – Rose riu – agora me diga Jazz já perdeu a timidez e falou para Alice o quanto a ama?

         - Já nos casamos. – limitou-se.

         - Oun que bonitinhos. – chacoalhou a mão – sempre soube que iriam se casar, nasceram para ficarem juntos. E você Ed, já parou com a galinhagem garanhão? – riu com malicia.

         - Sim, sim. – Pierre se espantou com a resposta.

         - Voooocê? Quem foi a santa, ou melhor sortuda, que laçou seu coraçãozinho meu amor? – Edward estava começando a ficar com trauma de gays, primeiro Pedro fala que o pegava e depois Pierre o chama de amor.

         - A Bella, estamos noivos. – levantou nossas mãos que estavam unidas.

         - Valha-me minha Santa Isaudinha da bicha purpurina. – colocou a mão esquerda sobre o peito e abriu a boca – Isabellinha fisgou o maior pegador de todos os tempos? Agora minha inveja está depositada toda em você! – tocou o meu braço – Felicidades aos noivos. –bateu palminhas – Agora vamos, que já está na hora do jantar.

    Pierre reservou uma mesa, enorme, no andar superior, onde apenas pessoas importantes ou muito queridas frequentavam. Começamos conversar e como toda grande família, falávamos ao mesmo tempo, importunávamos os demais; mas quem liga? O próprio Pierre ria de se acabar com Esme e Beth, provocando eco. Pedro conversava animadamente com Carl e Peter, enquanto Rose, Lice, Jazz e Emm riam de algo. Edward segurou minha mão, após uma longa olhada por todos na mesa.

         - Algum dia você imaginou uma cena como essa? – perguntou.

         - Sinceramente? – assentiu sorrindo – não. Todos estão realmente se divertindo, uma grande e linda família feliz.

         - Sim, sim; mas e você? – levantei a sobrancelha – está se divertindo?

         - E tem como não se divertir com uma família dessas? – ele riu.

         - Não, diversão é o que não falta. Se bem que, espera o Emmett começar a reclamar da comida que o Pierre serve. – ele gargalhou.

         - Por quê?

         - Ele adora irritar o Pierre, espere e veras. Às vezes ele é bem maldoso, mas faz isso para descontar certos acontecimentos. – continuava rindo.

         - Você conseguiu me deixar curiosa. – fiz bico.

         - Desmancha esse beicinho – me deu um selinho e eu sorri – aposto que não vai demorar muito para tudo começar, ou melhor, vai começar agora. – apontou para Emmett que estava com um sorriso maroto no rosto.

         - Ô Pierre! – olhou – isso aqui é um restaurante ou o programa do David Letterman? Cadê a comida colega? Eu vim aqui para comer e não dar risada. – fingia estar serio.

         - Emm não precisa se irritar é só pegar o cardápio e pedir. – passou um cardápio para ele – te garanto que todas as especiarias de nossa casa mataram sua fome de leão. Grrrrr! – imitou leão com direito a mãozinha e tudo.

         - Você é boiola assim sempre, ou só de vez em quando sua bicha pobre? – Pierre ficou vermelho. Emmett olhava o cardápio despreocupado. Pedro gargalhou maldosamente.

         - POBRE? – afinou a voz – eu não sou pobre! Saiba que eu tenho meu Café, uma mansão, um car...

         - Tá bom, ta bom; fica quieto! – interrompeu – Sabia que quando uma pessoa fala que você vai ficar pobre seus cabelos começam cair? – Pi arregalou os olhos.

         - Sério? – perguntou em um fio de voz.

         - Não, eu só estava brincando com você. – a purpurina soltou o ar com raiva – você acreditou nisso? – assentiu – provavelmente você tem o Q.I de uma ameba. – olha quem fala.

         - Querido eu sou uma Lady da alta sociedade, não posso viver sem meus lindos cabelinhos, imagina se isso é verdade. Aaaaah eu morro! – morreu teatralmente na cadeira, Emm riu em silencio pegou a taça com água que estava em sua frente e jogou na cara do cozinheiro – AAAAH ALGUÉM ME SALVA ESTOU ME AFOGANDO! ESTOU ME AFOGANDO! – virou para Jazz – Faz respiração boca a boca? –piscou os olhos freneticamente.

         - Com licença, preciso ir ao toalete. – fez cara de nojo e saiu em disparada; só para não ter que fazer respiração boca a boca.

         - Poxa assim magoa! – fez biquinho.

         - Pierre? – ele olhou – nesse seu restaurante não tem comida descente?

         - COMO? – gritou com sua vozinha fina.

         - Olha para isso, só tem comida com nome fresco. Cadê o bife? A batata? O arroz? – cara ele estava sendo muito irritante, juro que fiquei com dózinha do Pierre.

         - Emm faz toda vez a mesma coisa? – sussurrei para Edward.

         - Só quando ele – apontou para o Pierre - resolve dar um tapa na bunda do meu irmão. – ah então para revidar ele provoca, entendi.

         - Meu benhê, isso aqui é um restaurante phino com PH, não tem essas comidas de pedreiro não. – colocou a mão na cintura.

         - Pode ser comida de pedreiro, mas com toda certeza é bem melhor que esse monte de coisa com nome difícil. Certeza que deve ter bife aqui, só que com outro nome.

         - Não servimos bife. Emmett você esta conseguindo me irritar. – Emm sorriu torto.

         - E você não gosta de ser irritado?

         - Não! – pronunciou como se fosse obvio.

         - Bom pra você, por que eu vou continuar te irritando. – a bicha fez cara de ultrajada.

         - Por que razão você não vai irritar aquela Bicha pobre ali? – apontou para Pedro.

         - Simples ele é legal e não me da tapas em lugares indevidos desde criança. – respondeu com os braços cruzados.

         - Então você me humilha só por um tapinha de amor? Magoei!

         - Tadinho dele irmãozinho. – Lice piscou para nós.

         - Ah eu já estou cansado dele sempre me dar um tapa! – reclamou – Mesmo assim desculpa. – falou a contra gosto olhando para Pierre.

         - Só desculpo com beijinho. – fez biquinho e segurou no braço de Emm.

         - SAI PRA LÁ! – empurrou Pierre que se desequilibrou e caiu com cadeira e tudo.

         - Seu bruto! – falou levantando – Só vou te perdoar por que gosto de homens selvagens. – mandou um beijinho – MIGUEEEEEEEEEELLL! – um moço vestido de garçom apareceu – anote os pedidos, já passou a hora de meus amores comerem.

         - Eu quero Bife!  - insistiu – com batata frita.

         - Miguel, fala para o cozinheiro de plantão fazer bife, batata frita, arroz e... mais alguma coisa? – perguntou contrariado.

         - Quero polenta, por favor. – Pierre rolou os olhos.

         - E polenta. – Jazz falou algo no ouvido de Alice.

         - Você também Jasper? – falou irritada, ele fez cara de coitado – ai meu pai! Pi pode mandar preparar um prato igual a esse para meu marido?

         - Ai Jazz também quer esse prato de pedreiro? – falou decepcionado – Miguel fala para trazer mais um prato desse tipo.

         - Se eles podem, eu também quero! – Edward protestou ao meu lado. Eu ri da minha criança grande, Pierre nem reclamou.

         - Coloca mais um nesse estilo, vai querer um também Carlisle? Peter? – os dois assentiram, bufou – trás cinco pratos no mesmo estilo. Tudo para agradar os homens da família.

         - Chefe...

         - Miguel quem tem chefe é índio! – soou ultrajado.

         - Desculpe-me mestre, creio que fez conta errada, pediu cinco pratos, porem temos mais um homem a mesa.

         - Onde que eu não estou vendo? – procurou.

         - Ali senhor. – apontou para Pedro e Pierre riu escandalosamente.

         - Aquilo? Aquilo é uma bicha pobre meu filho, mas mesmo assim não deixa de fazer parte do clube das mulheres. Então anota o pedido dele. – continuou rindo, Pedro limitou-se a rolar os olhos e bufar.

    Voltamos a conversar, Emm ainda provocava Pierre, tive dó dele, porém quem manda ficar dando “tapinhas de amor” na muralha?  Pedro ora conversava com Esme sobre a decoração, ora discutia com sua não-amiga bicha. Eu sabia, e muito bem, o motivo da rixa entre esses dois; ambos trabalhavam no mesmo restaurante, contudo o dono fez uma disputa entre eles e o resultado foi o fim de uma amizade de anos. Nem um dos dois ganhou a disputa, devido um dia depois aparecer um novo chefe e o dono despedir os dois; desde então um não olha para o outro. Motivo besta, né?!

         - Pierre esse bife está duro. – Emm tentava cortar, mas não conseguia.

         - Talvez se você usar a faca e não a espátula de passar manteiga, obtenha algum resultado. – olhou para a espátula.

         - Isso é uma espátula? – assentiu – parece mais uma faca, as lá de casa sim parecem espátulas. – achou a faca no meio dos talheres. Tentou cortar e nada – Piereeeee! – ele olhou irritado – o bife ta duro, não corta!

         - Dá aqui esse garfo e essa faca! – arrancou os talheres da mão de Emm e passou rapidamente sobre o bife com intenção de cortar o mesmo.

    As coisas aconteceram praticamente em câmera lenta, Pierre passando a faca rapidamente na carne, a mesma escorregando e literalmente voando da nossa mesa para a mesa vizinha. A carne não se contentando em sair voando, caiu diretamente e certeiramente dentro da taca de vinho de uma socialite. A mulher ficou horrorizada diante da cena, Emmett olhava assustado e Pierre estava em um estado catatônico, não demonstrava nenhuma reação. Eu e Edward riamos descontroladamente, acabamos por levar todos ao riso.

         - Minha Lady, desculpe-me não era a intenção. – praticamente implorava perdão diante da mulher.

         - Não tem problema. – falou ainda horrorizada.

         - Eu vou te dar uns tapinhas de amor até você morrer Emmett Cullen. – falou assim que sentou, novamente, em nossa mesa.

         - Piereeeeeeee. – chamou.

         - O QUE? – ele está ficando verde?

         - O que eu vou comer agora? – Pi pegou o cardápio e bateu na cabeça de Emm.

         - Pede alguma coisa do cardápio e fica quieto. – antes de pedir o grandão ainda reclamou um pouco, mas por fim escolheu algo parecido a bife.

    Graças aos céus o jantar terminou sem mais provocações ou gafes. Já era aproximadamente meia noite quando resolvemos por ir embora, Pierre insistiu para que ficássemos mais, porem a maioria estava cansado; então exigiu que o almoço de amanhã fosse lá também. Tadinho depois de tudo ainda nos quer por perto, se fosse eu mandava todos para o espaço; sorte que somos conhecidos de tempos. Uns seguiram para casa, como é o caso dos meus pais e de Rose e Emm, outros, quer dizer Eu, Ed, Jazz, Lice e Pedro, resolvemos por aproveitar um pouco mais.

         - Para onde vamos? – Alice perguntou incerta.

         - Huum tem uma sorveteria enorme na próxima rua, é meio que um barzinho, com boliche, pista de dança, mas não deixa de ser uma sorveteria. – Pedro falou.

         - Eu quero jogar boliche e tomar sorvete! Vamos por favor? – fez biquinho.

         - Eu topo! – me pronunciei.

         - Jazz? Ed? – continuou com seu biquinho.

         - Por mim tudo bem. – Edward apoiou seu braço em cima de meus ombros.

         - Perfeito, então vamos! – começou a andar.

         - Ei! Eu não dei minha resposta. – Jasper protestou.

         - Sua função é acompanhar sua mulher a onde ela for; então se eu vou, você também vai! – saiu arrastando ele, nós seguimos atrás.

         - Você não queria me mostrar um lugar? – perguntei para o monumento ao meu lado.

         - Tem que ser depois, lá pelas cinco ou seis da manhã. Fugimos de casa e eu te levo até lá. – piscou para mim.

   Concordei, nossa caminhada não demorou muito tempo, logo estávamos na sorveteria que tinha de tudo. Como já era um pouco tarde, não foi difícil achar uma pista de boliche para nós. Enquanto jogávamos, meninas contra meninos, se podemos assim dizer, o sorvete ia acabando; estávamos quase na quarta rodada e ainda queríamos mais, e daí que vamos engordar e passar mal? Eu não ligo! A primeira partida anunciou vitoria das meninas, após isso eu e Pedro resolvemos conversar e os outros continuaram jogando.

(Música: http://www.youtube.com/watch?v=QY-BRfhdt0M&feature=grec_index / Better in time – Leona Lewis )

         - Pode me contar toda essa historia de noivado, pai, mãe e irmãos? – eu ri – que me lembre a senhorita saiu daqui amaldiçoando Caius até a nona geração.

         - Sabe Pedro,digamos que a atmosfera, menos poluída, de Forks me fez bem. O que, basicamente, aconteceu na minha vida, foi ter Carlisle como chefe. Quando cheguei lá, tudo já estava arrumado, cada pedaço da casa devidamente decorada, e mais dois serviçais, Peter e Beth, que me trataram com muito carinho desde o primeiro momento.

         - Então eles foram tipo os seus “pais” a primeira vista?

         - Sim. Então no dia seguinte a minha chegada, fui trabalhar, lá conheci Angela, minha secretaria e ajudante, um amor de pessoa. Ela guiou-me até Carlisle, enquanto me apresentava todos do hospital conversávamos, logo ele se tornou como um pai para mim e contou que a decoração e preparativos, tanto do consultório como da casa, foram obra de Alice e Esme. Nesse mesmo dia me convidou para jantar em sua casa, aceitei, estava quase saindo do hospital quando um maluco me atropelou, cai e esse mesmo idiota me sujou de café.

         - Esse idiota sou eu! – Edward me apertou em seus braços, deu um beijo na minha bochecha e foi jogar.

         - Continuando – ri – depois de suja, fui para a casa, tomei banho e dirigi até a casa dos Cullen; lá conheci o restante da família, menos Edward que estava se trocando, Esme e os demais me acolheram instantaneamente. Então eu “conheci” Edward oficialmente, rolou uma pequena confusão – Alice gargalhou – mas com o tempo tudo foi se acertando. Quer dizer eu e Ed pioramos cada dia mais, não tinha um santo dia que não brigássemos, daí um belo dia fomos a uma boate...

         - Esme também? – perguntou assustado.

         - Esme também. Let’s continue... fizemos um pouco de ciúmes para os meninos, eu não pretendia nada com Edward, porem acabou que ele ficou com ciúmes e me levou para a casa dele...

         - UUUUUUUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!!!!! – mordeu o dedo indicador.

         - Posso continuar? – perguntei irritada, ele se desculpou e eu continuei – NÃO aconteceu nada demais, vamos deixar claro, contudo foi nosso primeiro beijo. – sorri instintivamente – passou um tempo, nós começamos a ficar juntos e não desgrudar mais. Aaaah James apareceu por lá – Pedro quase caiu da cadeira com isso.

         - Como ele se atreveu? Eu falei para ele ficar longe de você. – agora ele virou homem!

         - Relaxa isso já foi, James me sequestrou – agora a bicha morre – mas os Cullens foram me salvar. Isso foi basicamente meu ano, fora os casamentos que sempre rolava confusão, o parto de Rose e mais alguns acontecimentos desimportantes. Agora me conte sobre seu ano. – toquei sua mão.

         - Não aconteceu nada de legal, depois que você foi embora, continuei cuidando daquela mansão, batendo a porta na cara daqueles reportes idiotas e fui para algumas festas. Nada de interessante. Bella posso perguntar uma coisa amiga? – olhou em meus olhos.

         - Claro Pedro, nunca tivemos segredos, não vai ser agora que isso vai acontecer. – ele sorriu.

         - Não tem como eu me mudar com você para Forks? – temeu a resposta.

         - Claro que tem! – o abracei feliz - nem que seja para ser meu convidado pelo resto da vida, o importante será te ter ao meu lado. – ele me abraçou.

         - Mona não sabe como estou feliz em saber disso, meu ano foi muito tedioso sem você aqui, senti tanto sua falta. – pronto agora ele se descontrolou a chorar – não tinha amigos que prestasse para conversar, acredita que me rebaixei ao nível de ir chorara nos braços de Pierre? – perguntou com a voz embargada – justo para aquela bicha insuportável.

         - Qual é Pedro? Pierre nem é tão ruim assim. – ele me olhou.

         - Até que ele serve para um dia melancólico. – nem que eu quisesse ele daria o braço a torcer, dizendo que Pierre era um sujeito bom.

    Um tempo depois os três, que estavam jogando, voltaram para a mesa e começaram a conversar conosco também. Eram quase três da manha, só nos na sorveteria rindo como adolescentes, já havia perdido as contas de quantas vezes os garçons falaram “ A sorveteria está para fechar, desejam mais alguma coisa?”. Tradução “ Vocês podem ir embora? Nós estamos cansados e queremos que sumam daqui!”. Nos demos por vencidos e fomos até a saída.

(Música: http://www.youtube.com/watch?v=BovthPByLTo&feature=related / What do you want from me – Adam Lambert )

         - ISABELLA SWAN UMA PALAVRINHA PARA A COSMOPOLITAN. – gritou uma repórter, era uma chuva de flashes sobre nós, eu estava estática não sabia para onde olhava.

         - COMO FOI O PERIODO QUE ESTEVE NA REABILITAÇÃO SENHORITA SWAN? – Hã?

         - SWAN A SENHORITA JÁ SUPEROU O TRAUMA DE ANOS ATRAS? POR FAVOR, CONTE A PEOPLE MAGAZINE.

         - O QUE FAZ COM A FAMILIA CULLEN? PODE CONCEDER UMA ENTREVISTA PARA A OK MAGAZINE?

         - UMA NOTA PARA LIFE & STYLE SOBRE SEU ROMPIMENTO COM JAMES? – todos falavam ao mesmo tempo, as câmeras e microfones praticamente competiam para ver quem conseguiria minha primeira palavra.

    Eu estava revivendo um pesadelo de anos atrás, repórteres perguntando as mesmas coisas, câmeras sendo disparadas a todo o momento, filmadoras ensandecidas, luz artificial me cegando. Olho para o meu lado, Edward, Pedro e Jazz tentavam manter os jornalistas o mais longe o possível, enquanto Alice me amparava. Sentia-me perdida, olhei novamente para Edward, logo ele estava ao meu lado; senti uma tontura imensurável, minha visão embasou, não enxergava nada mais do que preto e meu corpo amolecendo.

         - Edward a Bellinha não está acordando, não é o caso de leva - lá a um hospital?

         - Não, ela já está acordando, não haverá necessidade. Foi apenas um mal estar por conta do barulho e tudo mais. – senti que estava nos braços de Edward. Abri meus olhos – viu eu falei que logo passaria! – alisou minha bochecha e depositou um beijo no mesmo local.

         - AI BELLINHA! – Pedro semi me abraçou, se isso for possível – fiquei preocupado, uma hora você está estática na outra cai que nem Jaca podre, se não fosse o Duduzinho teria ido de cara no chão.

         - Desculpa, fiquei um pouco estranha com tantas câmeras e aquele falatório. – olhei em volta estava no carro de Edward – cadê eles?

         - Eles quem Deeva?

         - Os reportes Alice. – ela fez um ah apenas com a boca.

         - Pedro e Jazz os expulsaram, deixa isso pra lá. – sorriu – está na hora de ir para a casa. Vamos? – olhou para Ed.

         - Vamos sim, Bella precisa descansar. – passou sobre meu corpo o cinto e foi até o lado do motorista. Pedro, Alice e Jasper entraram no carro, pois Rose e Emm levaram o dele.

         - O senhor me prometeu a levar a um lugar. – sussurrei para o Du.

         - Sem a mínima chance, de te levar, depois do que aconteceu, a senhorita precisa descansar. – continuou a dirigir.

         - Como assim Edward? – ainda falava baixo para a turma feliz, que estava no banco de trás, não ouvir.

         - Bella você acabou de desmaiar, ficou quase quinze minutos desacordada, não vou correr o risco de algo ruim acontecer. - olhou como se fosse obvio.

         - Mas você prometeu. – olhei seria.

         - Agora estou desprometendo. – virou a esquina de casa, um tumulto incalculável estava a frente do portão – Droga! – praguejou baixinho.

         - E agora? – perguntei, por sorte eles ainda não haviam nos visto.

         - Bellinha, por que eles gostam tanto de você, heim? – Lice perguntou inconformada – é esse inferno desde que seus pais morreram?

         - Ai Lice, os papais da Bella eram muito influentes, e todo desastre tomou grandes dimensões, e sim desde que isso ocorreu é esse inferno. – Pedro falou como se estivesse exausto de tudo.

         - Agora você vai me levar até aquele lugar que falou? – perguntei esperançosa.

         - Não, definitivamente não. – olhou como se eu fosse maluca.

         - Isso não é justo, eu te mostrei meu lugar secreto. – eu estava curiosa.

         - Amor, tente entender, isso é perigoso; não quero te ver mal. – fez uma careta de dor. Assenti com a cabeça, mas ainda não estava convencida.

    Edward pensou um pouco, pegou o celular, ligou para alguém. Observei os portões da casa se abrindo, todos os repórteres se afastaram pensando que alguém iria sair da casa. Meu noivo fechou um pouco os olhos, engatou a marcha e acelerou. Não deu tempo de se quer alguém pensar, nem nós e nem os fofoqueiros de plantão, passamos como um raio pelo portão; creio que não deu tempo de nenhuma foto, quer dizer se fotografar a parte de trás do carro fosse o objetivo, parabéns para eles.

         - Pronto, estamos em casa. – saiu do carro e abriu minha porta.

         - Meus amores, vou dormir, boa noite para quem fica. – Lice deu um beijo na bochecha de todos e subiu para o quarto junto com Jazz.

         - Vou seguir os passos da baixinha, boa noite para vocês. – Pedro me deu um beijo na bochecha e um singelo tchau para Edward.

         - Hora de dormir bebe. – estava de frente para meu noivo, minha cintura enlaçada por seus braços.

         - Ed, meu amor, minha vida, paixão. – sorri marota, ele levantou uma sobrancelha – me leva naquele lugar que você falou – juntei minhas mãos e fiz cara de coitadinha.

         - Bella – falou choroso – não faz isso comigo, é perigoso, tem muito repórter lá fora, você já passou mal e... – continuei com cara de coitada – ARGHT! Como você consegue isso? – falou um tanto quanto exaltado.

         - Fazer o que? – perguntei confusa.

         - Isso. – apontou para mim – basta você fazer biquinho e eu to lambendo o chão. Céus eu não era assim! Sempre fui o controlador, o manipulador e agora veja; estou em suas mãos. – comecei a rir, era hilário o modo como ele fazia seu monologo – isso é tudo culpa sua. – me abraçou – se eu não te amasse tanto, poderia até ser mais fácil dizer não; mas não consigo, não dá! – riu.

         - Isso quer dizer que você vai me levar até o tal lugar? – meus olhinhos brilharam.

         - Essa casa tem alguma saída pelos fundos? – por que ele tem que fugir da pergunta?

         - Tem. – ele sorriu torto – e ai vai me levar ou não?

         - Que noiva nervosa que eu tenho. – debochou – me mostra a saída e eu te mostro o lugar. – sorri radiante.

         - Você é o melhor, sabia? – o abracei fortemente.

         - Sei! – rolei os olhos – calma eu to brincando. – me deu um selinho estralado – vamos, antes que eu desista.

(Música: http://www.youtube.com/watch?v=9nOukNUKhKs / Nothing's Gonna Change My Love For You – Westilife)

    Saímos pela cozinha, atravessamos o imenso jardim e no final lá estava uma pequena porta, feita de madeira e bem pequenina; eu a usava para ir até o Central Park de vez em quando. Caminhávamos de mãos dadas, foi um tanto quanto difícil passar pela porta, principalmente Edward com sua altura, assim tendo de abaixar. Após estarmos do lado de trás da casa, continuamos a caminhar, eu o seguia uma vez que não conhecia o tal lugar.

         - Já está chegando? – perguntei ansiosa.

         - Só falta mais uns cinco minutinhos de caminhada. – sorriu torto e me aproximou mais de seu corpo, assim me abraçando de lado.

         - Para onde estamos indo? – o caminho parecia ser longo demais para apenas mais cinco minutos.

         - Na hora que chegarmos saberá. – garantiu.

         - Já está chegando? – ele me olhou e levantou a sobrancelha.

         - Só mais um pouco Bella. – beijou meus cabelos.

         - O que tem lá? – ele respirou fundo.

         - É surpresa Bella, vai ter de esperar. – assenti.

         - Edward...

         - O que Bella? – ele estava perdendo a paciência.

         - Eu te amo – eu não iria dizer isso, ia perguntar se já estava chegando. Ele riu e balançou a cabeça.

         - Você é uma péssima mentirosa. Já estamos chegando; e só para constar... eu também te amo. – o abracei pela cintura e seguimos mais alguns passos, depois de descer uma espécie de barranco observei um píer com uma mesa de aço no final, era como aqueles filmes passados em Paris.

         - Uau! – não tinha palavra para descrever, isso foi o máximo que consegui pronunciar.

         - Não é tão especial como o jardim de seus pais, mas é bonito. – me abraçou por trás e depositou seu queixo em meu ombro – eu vinha aqui quando pequeno, junto da Anã, para brincar.

         - Edward, você gostou de ter se mudado daqui? – virei e passei meus braços em volta de seu pescoço.

         - No inicio foi difícil, você sabe muito bem, que antes de te conhecer, eu não possuía uma índole muito boa; não por culpa de Esme ou Carlisle, mas porque estava a fim de curtir a vida, de uma forma errada, contudo curtir a vida. – deu de ombros – continuando, no inicio foi difícil, sentia falta da animação de tudo por aqui, entretanto com o passar do tempo descobri que também dava para aproveitar a vida por lá. – ele se sentou em uma das cadeiras e me colocou em seu colo.


(Continua...)



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