Winter is Coming escrita por Natalhando, Jane Tudor


Capítulo 18
Se houver amanhã


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo foi escrito com muito carinho, esperamos que vocês gostem. E ele recebe o título em homenagem ao livro de mesmo nome.



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Nós poderíamos reagir e fazer algo contra os agentes da Hydra, mas eles estavam em um número muito grande e com armas apontadas para todos nós.

Eu me sentia perdida, não sabia o que tinha acontecido com Bucky e nem como sairíamos dessa. Não sabia se ficava mais desesperada por saber que estávamos indo de encontro com a nossa morte ou por eu simplesmente não saber o que aconteceu com Bucky.

Caminhamos rapidamente até uma parte ampla do prédio, lá haviam outros agentes da Hydra. Fiquei repassando mentalmente tudo o que me acontecera essas últimas semanas e em como tudo foi dar tão errado. Steve e Sam me olhavam com preocupação, tentando adivinhar meus pensamentos.

– Bem, foi um prazer recebê-los aqui, mas acho que a minha hospitalidade chegou ao fim – Collins disse com um enorme sorriso diabólico no rosto.

Ele caminhou até o meu lado e acariciou meu rosto, eu rapidamente me esquivei de seu toque.

– Você será a primeira, Georgiana.

Collins fez um gesto com as mãos e alguns agentes vieram em minha direção e me carregaram. Eles me jogaram bruscamente contra uma das paredes do local onde estávamos. Logo, uma dezena de agentes se organizaram em uma fileira horizontal à minha frente, todos com armas em mãos.

– Você se acha muito esperto, não é? – exclamei. – Sempre achou. Eu espero não desapontá-lo quando a Hydra cair.

O homem deu um sorriso debochado e olhou para um dos agentes, e balançou a cabeça. Todas as armas foram apontadas em minha direção. Nesse momento, tudo veio à minha mente.

Pensei se Tony e Natasha teriam conseguido infectar os computadores da Hydra. Mais do que isso, pensei se eles estariam vivos. Eles são ótimos super-heróis, com certeza devem ter escapado. Se eles tivessem obtido sucesso em sua missão, mesmo com todos esses agentes da Hydra ainda vivos, seria mais fácil derrotá-la no futuro. Se houver amanhã.

Pensei em Bucky. Tentei imaginar o que estariam fazendo com ele agora. Virei o olhar para a enorme porta por onde passamos para chegar naquele local. Imaginei Bucky passando por ali para me salvar, mas sabia que dessa vez não iria acontecer. Ele já me salvara duas vezes, e não aconteceria novamente. Quando eu ouvi o barulho das armas se engatilhando, eu fechei os olhos.

– Atirem! – Collins gritou.

Ouvi o som dos disparos e esperei pela morte certa.

Mas é mais forte do que eu.

Abri os olhos novamente e num instante, rolei os olhos por aquela fila de agentes e fiz com que todas as balas que atiradas contra mim se voltassem contra seus atiradores, usando o poder da mente. Eu cai de joelhos e olhei todos aqueles homens ao chão.

Por um momento, todos ao redor me olhavam surpresos e chocados por descobrir que tinha poderes. Até mesmo Collins. Sam e Steve aproveitaram a deixa e apunhalaram os agentes que o seguravam com uma cotovelada na barriga, pegando as armas rapidamente e atingindo outros homens.

Eu me recompus e comecei a golpear alguns agentes também. No meio da luta, vi Collins sair da sala, mas estava ocupada detendo alguns homens que tentavam a todo custo me derrubar.

Alguns segundos se passaram até que conseguíssemos abater todos ali.

– Collins fugiu, aquele miserável... – falei indo em direção a porta, mas Steve me segurou.

– Nós vamos atrás dele, ele não deve ter ido muito longe.

– Tudo bem, eu vou atrás do Bucky.

E assim cada um foi para um lado.

Eu andei vários corredores à procura de Bucky, mas ele simplesmente parecia não estar em nenhum lugar. A cada passo que dava, eu ficava mais desesperada por não saber o que aconteceu com ele. Eu derrubei alguns agentes que apareciam pelo caminho e comecei a pensar onde estaria Edward, não o vi desde que coloquei os pés no prédio. Sempre que sentia a presença de alguém, eu esperava encontrar Edward, mas nunca era ele.

Quando percorria um corredor extenso, um homem usando uma blusa com a insígnia da Hydra veio até mim. Eu estendi a mão e fiz com que ele voasse para trás e batesse com a cabeça com força na parede. Ele ficou inconsciente no chão.

Parei alguns segundos para recuperar o fôlego. Usar meus poderes era bastante cansativo e exigia muito esforço. Apoiei minhas mãos e comecei a respirar pesadamente. Só que passos em minha direção me fizeram parar.

Olhei para a frente e vi que, dobrando o corredor, Bucky vinha até mim. Soltei um longo suspiro de alivio por tê-lo encontrado e por estar bem. Eu dei um enorme sorriso e caminhei até ele.

– Bucky, finalmente te encontrei – algumas lágrimas brotaram inevitavelmente dos meus olhos. – Eu achei que tivesse te perdido.

– Quem diabos é Bucky? – Ele perguntou com o mesmo olhar inexpressivo de quando o encontrei pela primeira vez, totalmente frio.

Não, isso não poderia estar acontecendo de novo.

– Você não se lembra de mim? – parei instantaneamente, olhando-o com cautela. – Sou a Georgiana.

– Georgiana... – ele me estudou. – Você é a pessoa que eu tenho que matar.

– Bucky...

Ele começou andar em minha direção, minha vontade era de chorar, mas tentei reunir o tanto de força que ainda possuía e sai dali rapidamente.

Antes que conseguisse dar três passos sequer, Bucky me puxou de volta, fazendo-me cair no chão, bruscamente. Eu o olhei assustada, tentando entender como isso pôde acontecer e eu simplesmente não conseguia reagir.

– Bucky, você me conhece! Você tem que se lembrar! – Eu dizia aos berros enquanto me levantava.

– Não sou esse Bucky e eu não te conheço!

Bucky investiu contra mim, tentando me acertar com um soco, mas antes que me atingisse, eu me esquivei e ele acertou a parede atrás de mim, deixando um buraco. Bati sua cabeça na mesma parede antes que pudesse se virar para mim. Ele ficou atordoado por alguns segundos, mas logo se recuperou.

Ele tentava me acertar com alguns golpes e eu desviava, eu não queria bater nele, apesar de saber que ele não estava em si, eu não conseguia. Queria gritar, chorar, berrar! Eles tiraram de mim as duas únicas pessoas que eu amava. Primeiro Isabelle e agora Bucky. E o que fizeram com ele doía mais que sua morte. Bucky olhar para mim, não me reconhecer e ainda tentar me matar, isso causava bastante estrago.

Num momento de distração, Bucky segurou-me pelo pescoço com seu braço biônico e me colocou contra a parede, me erguendo e sufocando.

– Por favor, você tem que se lembrar de mim, Bucky. – Eu falei quase sem ar. Sua expressão continuou inabalável.

Segurei seu braço com as duas mãos, tentando afastá-lo sem sucesso.

– Me desculpe por isso – pedi.

Eu o joguei contra a parede oposta, fazendo com que batesse fortemente contra a mesma. A arma que ele carregava consigo caiu no chão e fazendo uso da telecinese, eu a trouxe rapidamente até minha mão e apontei para ele.

– Por favor Bucky, lembre-se. Sou eu, Georgiana, sua namorada. – Dei ênfase na palavra namorada.

– Você é minha missão – ele exclamou se levantando.

Eu estendi a arma em sua direção, e antes que ele fizesse algo, eu girei a arma e apontei a mesma para a minha testa, e entreguei-a para Bucky, segurando em suas mãos por alguns segundos.

– Então me mate – afirmei.

Fiquei parada, olhando fixamente para Bucky. Ele estava hesitante e me olhava confuso. Eu, por outro lado, estava decidida. Quando eu não tinha nada, eu tinha Bucky. E não havia motivos para continuar sem ele, então não estava resistidno às suas tentativas de me matar. Tudo começara com uma missão, e iria acabar com uma.

Alguns agentes da Hydra se aproximaram, mas pararam quando viram a cena. Antes que ele fizesse algo, escutei um forte estrondo e cai ao chão. Apagando totalmente.

...

Pessoas mortas. Pessoas mortas em todos os lugares. Eu ainda estava semi-inconsciente no chão, em meio a todo aquele sangue. Confusa, sem me lembrar do que tinha acontecido, eu continuei jogada no chão.

As paredes ao meu redor destruídas pelas chamas, os cadáveres me circundando... Como isso aconteceu? Quando tudo foi dar tão errado? Tentei me erguer, mas não pude fazê-lo, estava fraca. Sentia-me esgotada.

Eu me apoiei sobre meus braços e fiz alguma força para me levantar, mas minha tentativa foi frustrada. Cai novamente no chão. Então continuei ali, caída, tentando reunir forças para me erguer quando ele apareceu.

Eu me vi sendo carregada por ele, seus fortes braços me apertando, por um segundo, eu me esqueci de tudo o que estava acontecendo, fechei os olhos e fui vencida pelo cansaço


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Notas finais do capítulo

Entenderam a referência?