Winter is Coming escrita por Natalhando, Jane Tudor


Capítulo 15
O frio pode ser quente


Notas iniciais do capítulo

Gostaríamos de agradecer todas as leitoras pelo carinho, pelos comentários, pelas críticas, por tudo. Escrever essa fanfic está sendo uma experiência sensacional, e vocês são responsáveis por nos motivar, então muito obrigada por tudo. Esse capítulo é dedicado a todas vocês.



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Eu estava exausta, tanto psicologicamente, quanto fisicamente; esse encontro me faria bem, passar um tempo sem me preocupar, nem que seja por uma noite. E eu realmente adoraria conhecer essa nova, ou velha, versão do Bucky. Marcamos para que o encontro fosse dois dias depois. Eu não gostava de assumir isso, mas ainda precisava me recuperar, estava muito fraca.

O dia do encontro chegou rapidamente. Sam havia passado em meu apartamento e pegado algumas roupas no meu guarda-roupa, para que eu pudesse usar enquanto estivesse em sua casa.

Eu caminhei até o armário do quarto e procurei algo que pudesse vestir. Havia muitas calças e blusas, eu revirei tudo em busca de algo diferente disso; até que encontrei um vestido vermelho e dei um longo suspiro por tê-lo achado.

Tomei um demorado banho e voltei para o quarto, a casa parecia vazia, mas não me preocupei muito. Coloquei o vestido, era justo ao corpo e era um pouco curto. Fui até o espelho e penteei o cabelo. Olhando meu reflexo, pude reparar nos pequenos hematomas e machucados que estavam em meus braços e no meu rosto. Passei a mão levemente por eles. Ainda doía um pouco. De repente lembrei vividamente por tudo que havia passado nas mãos de Edward e Collins, tudo que tentava em vão esquecer.

– Georgiana? – Steve apareceu na porta, tirando-me de meus devaneios.

– Sim? – Fiquei de frente para ele e soltei o cabelo.

– Você está linda – ele exclamou, admirado. – Posso entrar?

– Claro.

– Eu vim aqui para te pedir desculpas, por ter duvidado de você e pelas coisas que disse sobre você ser a culpada por Bucky virar um assassino, conscientemente.

– Não tem problema. Eu te entendo, você estava desesperado atrás do seu amigo, não tem pelo que se desculpar.

Eu havia ficado furiosa por Steve ter me acusado de tais coisas, mas eu o entendia agora, e não podia odiá-lo por isso.

– Não, eu fui um idiota com você e eu sinto muito por isso... – Ele fez uma pausa e me avaliou. – Você faz bem a ele. Se não fosse por você, ele poderia estar matando pessoas. E eu nunca o vi tão desesperado quanto no dia em que soube que tinham te sequestrado. Ele não sossegou enquanto não te tiramos de lá.

Eu escutava tudo atentamente e em silêncio, apenas com um sorriso no rosto. Não imaginava que pudesse me apaixonar tanto por uma pessoa, como estou por Bucky agora, e posso admitir isso para mim mesma, sem culpa.

– Eu fico feliz por vocês estarem bem, muito mesmo. – Mudei de assunto.

– Então estou perdoado?

– Nem precisa perguntar.

Eu o abracei, ficando na ponta dos pés, isso me fez sentir saudades dos meus saltos, não que eu fosse baixa, mas Steve e Bucky eram bem mais altos do que eu.

– Você está bem mesmo? Depois que te tiramos de lá, você ficou em coma por uma semana.

– Uma semana?

Eu achava que haviam passado algumas horas em que estava adormecida.

– Sim, nós trouxemos um médico para vê-la, não podíamos te levar em um hospital. Você tem certeza que está bem? Tem certeza que é a melhor hora para um encontro?

– Exatamente por isso, nós ficamos uma semana sem nos falar, agora é a melhor hora para um encontro.

– Não vou mais te atrapalhar. – Ele sorriu e saiu do quarto, mas logo voltou. – Ah, Bucky pediu para encontrá-lo lá fora. Ele pediu para que todos nós saíssemos da casa, para que vocês tenham privacidade, então até amanhã. Tenha uma ótima noite.

Eu me olhei uma última vez no espelho e dei um longo suspiro, não sabia o que esperar desse encontro, ainda mais agora que Bucky havia recuperado a memória.

Quando eu saí do quarto eu me deparei com uma mesa bem posta, coberta com um tecido azul escuro com duas taças acima e algumas velas. O ambiente estava sendo iluminado apenas pelas velas, e a vista que se tinha da varanda do Sam era realmente deslumbrante.

– Espero que tenha gostado. – Escutei uma voz muito conhecida falar bem próximo ao meu ouvido.

– Está tudo realmente maravilhoso.

Eu me virei para fitá-lo e dei um passo para trás, analisando-o, surpresa.

Bucky usava um terno claro, sem gravata, mas com a camisa de baixo do terno com um botão aberta, e estava com os cabelos presos com um elástico. Estava absolutamente lindo.

– Você está incrível – exclamei.

– Vim com o intuito de te surpreender e você me surpreendeu mais. Está maravilhosa, Georgiana.

Bucky pegou em minha mão, levando-me até a mesa.

– O antigo Bucky sempre foi cavalheiro assim?

Eu me sentei à mesa e ele se abaixou, ainda atrás de mim e ficando na altura do meu rosto.

– Só com a parceira certa – sussurrou e me deu um beijo no rosto.

Eu sorri enquanto ele dava a volta na mesa e sentava-se à minha frente.

– Vinho? – Bucky ofereceu-me. Eu apenas assenti com a cabeça e ele despejou um pouco em minha taça e na dele. – Quero que esse encontro seja algo memorável.

– E com certeza será. Eu estou adorando.

– Como você se sente?

Eu sabia a que ele se referia, mas não queria entrar nesse assunto. Demoraria a me acostumar com essa preocupação toda comigo.

– Estou me sentindo muito bem, porque estou com você – estendi a mão e peguei a sua, que estava pousada em cima da mesma. Ele entrelaçou os dedos aos meus e sorriu. – Como recuperou suas memórias?

– Bem, eu já estava me lembrando de algumas coisas, graças às histórias que você me contava. Algumas vezes eu tinha flashbacks do passado, imagens na minha cabeça, e não entendia o que significava. Mas foi quando eu encontrei Steve que eu me lembrei. Quando eu estava indo atrás de você e o encontrei, foi como se algo tivesse me atingido, tudo veio na minha mente. Eu não estou mais sob efeito das coisas que eles usavam para apagar minha memória, então fui me lembrando gradativamente, até que encontrei Steve, que foi uma peça importante do meu passado, e tudo simplesmente veio na minha mente.

– Eu fico muito feliz por isso – abri um largo sorriso.

– Então nós fomos atrás de você, foi agonizante saber que você estava nas mãos da Hydra. Desculpe ter demorado tanto.

– O importante é que você apareceu.

Sorrimos.

A noite se seguiu maravilhosamente, estava surpreendida por tudo, até mesmo o prato foi Bucky que fez, a macarronada estava ótima. Conversamos animadamente sobre praticamente tudo, consegui por uma noite esquecer das minhas preocupações.

– Posso te fazer uma pergunta? – Ele falou de repente, apenas assenti com a cabeça e ele prosseguiu. – Como conseguiu seus poderes?

– Bem, meu pai era cientista e trabalhava para uma grande empresa. Ele era obcecado pelo trabalho e sempre passava noites fora de casa porque sempre dizia que havia algum trabalho inacabado. Numa noite dessas, ele acabou sendo exposto à radiação, parece coisa de filme, eu sei, mas ele conseguiu poderes, assim como os meus. Meu pai passou alguns meses escondendo isso, até que ele começou a não ter controle desses poderes, e as pessoas que trabalhavam com ele, outros cientistas, descobriram isso.

Ele escutava tudo muito atentamente, sem dizer uma palavra, então eu continuei.

– Eles o prenderam e fizeram vários estudos com ele, queriam saber de onde vinham os poderes. Eles chegaram tão a fundo para descobrir que acabaram matando-o, minha mãe estava grávida de mim quando o mataram. Alguns anos depois, eu descobri que tinha herdado esses poderes dele.

– É por isso que tem medo de que saibam que você tem esse poder? Medo de acabar como seu pai?

– Sim, a única pessoa que sabe disso é você. As outras duas pessoas que sabiam estão mortas – falei com pesar e com um sorriso melancólico, me lembrei da minha irmã e Isabelle.

Bucky se levantou e veio até mim, segurando minhas mãos, fazendo com que eu me levantasse também e acariciou meu rosto em seguida.

– Ei, não quero que pense nisso, eu fiz tudo isso para deixá-la feliz, não devia ter tocado no assunto.

– Não, eu estou bem e você não poderia ter me deixado mais feliz com esse encontro. Obrigada por isso. – apenas sorri, ele se aproximou lentamente e me deu um beijo calmo.

Ele me empurrou levemente para trás, fazendo com que esbarrasse na mesinha ao lado da porta, eu teria quebrado o abajur que havia em cima se não fosse mais rápida e colocasse o abajur no lugar, rapidamente. Bucky olhou atento, mas sem me soltar por um segundo.

– Vou demorar para me acostumar com isso – ele abriu um largo sorriso.

– Por quê? Pretende passar quanto tempo comigo? – disse e esperei sua resposta.

– Isso depende inteiramente de você.

– Sabe o que me deixa muito feliz? – Mudei de assunto.

– O que exatamente? – Ele arqueou as sobrancelhas, confuso. Eu apenas me aproximei e lhe dei um casto beijo e me afastei um pouco, olhando bem para ele.

– Eu estou conhecendo o verdadeiro Bucky Barnes, não o Soldado Invernal. – Falei isso sorrindo, e Bucky me segurou pela cintura, aproximando-me mais dele. – Apesar de eu amar ambos.

Dessa vez, ele se aproximou lentamente e me beijou. Ele me beijou como se estivesse aproveitando cada segundo disso, assim como eu. Segurei seu cabelo, soltando-o e aprofundando o beijo.

Ele me conduziu pela casa, até chegar ao quarto, sorrimos entre os beijos ao fazer isso. Ao chegar, ele se afastou um pouco e me observou rapidamente, seu sorriso foi aos poucos se desfazendo, dando espaço para um ar mais sério.

Passei as mãos lentamente por seu abdômen e levando a camisa que vestia junto, tirando-a. Coloquei as mãos em seu rosto e me aproximei, beijando-o novamente. Bucky distribuiu vários beijos ao redor de meu pescoço, afastando o cabelo ao fazê-lo, colocando-o todo de lado. Eu virei de costas para ele, que começou a descer o zíper do vestido e este rapidamente chegou meus pés. Virei-me para encará-lo, ele me olhou dos pés a cabeça e não me senti nem um pouco intimidada com isso.

Ele me segurou pela cintura novamente, dessa vez arrepiei ao sentir o frio metal de seu braço, ele percebeu e sorriu com minha reação, como da primeira vez. Bucky me ergueu de modo que ficasse com as pernas em volta de sua cintura e me deitou na cama, sem romper o beijo. Passei as mãos por suas costas até chegar a seus cabelos, ele distribuía beijos ao longo do meu pescoço.

– Eu te amo. – Ele sussurrou, me pegando desprevenida.

– Eu te amo.

Ele me beijou novamente e por uma vez nessa semana, eu me sentia completamente feliz, e nos braços da pessoa que eu mais amava.


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