Winter is Coming escrita por Natalhando, Jane Tudor


Capítulo 13
Alguém por quem morrer


Notas iniciais do capítulo

Oi oi oi, feliz ano novo pra vocês! :D
Estamos de volta, nem demorou muito, né?
Então, eu sugiro que releiam o último capítulo antes de lerem este :v
E pra quem ainda não viu o trailer da fanfic, aqui está: https://www.youtube.com/watch?v=2SI7i6s4aaU



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Acordei meio zonza, e fui me lembrando aos poucos da pancada que havia levado antes de cair no chão. Mesmo com os olhos abertos, eu não via nada, estava tudo em um escuro absoluto e eu escutava algumas vozes que não pude reconhecer de imediato.

– Achei que não fosse mais acordar. – Um homem disse, tirando o saco que estava na minha cabeça, pisquei algumas vezes pela claridade repentina e vi Edward na minha frente, com um largo sorriso. Tentei agarrá-lo, mas percebi que estava completamente amarrada a uma cadeira e havia uma mesa na minha frente. – Calma, não queremos te machucar... Ainda.

– O que vocês querem comigo? – perguntei com ódio.

Estávamos numa espécie de sala, havia alguns agentes da Hydra próximos a Edward.

– Não se faça de idiota, Gê, você é uma agente tão esperta, sabe bem o que queremos. – Edward falou se aproximando um pouco.

– Não faço a mínima ideia – sorri irônica, sem mostrar os dentes.

Ele caminhou de um lado para o outro, com a cabeça baixa e rindo.

– Georgiana, você era uma boa agente, pena que escolheu o lado errado.

– Você foi uma boa agente – Collins apareceu na sala. – Mas seu desempenho em sua última missão mostra o contrário.

– Bem que desconfiava. Você não faz nada sem seu cachorrinho, não é Collins? –olhei para Edward quando disse cachorrinho.

– Tão autossuficiente... Pena que daqui onde estou, você é apenas uma mulher fraca. Escapou uma vez, mas não vai acontecer novamente – ele arqueou uma sobrancelha.

– Sempre me subestimando. A propósito, onde está o Lorde Antares? – Ergui a cabeça para fitá-lo, com uma expressão provocativa no rosto. Ele andava de um lado para o outro, esperando que eu continuasse. – Londres é bem bonita nessa época do ano.

Ele interrompeu seus passos e ficou com uma expressão séria.

– Eu achei que fosse mais inteligente – afirmei.

Collins se aproximou lentamente de mim, segurou a minha nuca e empurrou minha cabeça bruscamente para a frente, batendo-a contra a mesa. Fiquei um pouco atordoada, senti um pouco de sangue escorrendo pelo meu nariz, mas eu não iria dar o braço a torcer.

– Só isso que consegue fazer? – provoquei.

– Oh, eu mal comecei – ele deu um sorriso perverso.

– Vamos direto ao ponto: onde está o Soldado Invernal? – Edward bateu as mãos na mesa, tentando me intimidar.

– Você é mais estúpido que ele se pensa que vou dizer algo. – Virei meu olhar para Collins quando disse isso.

– Não estamos para brincadeiras. – Collins afirmou com raiva.

– Eu não estou brincando, realmente te acho estúpido.

– Ou você nos diz onde Bucky Barnes está, ou você não vai gostar nada do que preparamos para você.

Eu não ia entregar Bucky. Não mesmo. Continuei em silencio e abaixei a cabeça.

– Por que está ajudando um criminoso? – Collins colocou as mãos na mesa, de frente para mim. – Não costume seu fazer isso.

– Porque ele não é um criminoso, você sabe disso.

– Eu não estou convencido que seja apenas por esse motivo, desde o momento em que você aceitou a missão você sabia que o Bucky Barnes era inocente. Você mudou seu pensamento depois de enfrenta-lo, o que não faz sentido, a não ser que você... – ele fez uma pausa sugestiva e abriu um largo sorriso. – Você está apaixonada por ele, Georgiana?

– A cada segundo nasce um idiota – revirei os olhos.

– Verdade, você vem se mostrando ser uma idiota esses últimos dias.

– Eu não tenho que te dar satisfações.

– Então você está apaixonada por ele. – Ele sorriu em afirmativa, depois passou o olhar pelos homens ao redor, que também estavam sorrindo.

Eu abaixei o olhar.

– Agora sabemos o motivo da sua fraqueza... A questão é, você vai nos dizer onde o Soldado Invernal está por bem ou por mal – Edward finalizou.

Olhei para ele com ódio, ele estava bem perto e então cuspi na cara dele, que limpou o rosto lentamente enquanto se afastava.

– Então parece que vai ser por mal. Tragam-na. – Ele acenou para dois caras grandes que estavam na sala.

Eles se aproximaram e me seguraram com força, carregando-me até outra sala, eu realmente não reconhecia esse lugar, era escuro e silencioso. No centro da sala havia um tanque de vidro cheio de água. Eles me pararam na frente do mesmo.

– Onde está Bucky Barnes? – Collins insistiu, eu não disse nada.

Ele fez um sinal para os homens que estavam me segurando e estes então colocaram minha cabeça de baixo d’água. Prendi a respiração o máximo que pude, até que comecei a sufocar e me debater, eis que me puxaram de volta.

– Isso não vai me fazer contar nada – falei enquanto recuperava o fôlego.

Puxei o máximo de ar que consegui. Antes que pudesse falar mais alguma coisa, eles colocaram minha cabeça novamente na água, desta vez me deixaram por mais tempo, até que me puxaram novamente.

– Eu sei que você é difícil de lidar, Georgiana, e que não será fácil obter informações de você. Mas confesso que vai ser divertido fazer com você tudo o que preparamos.

Olhei para Collins com ódio, até que me mergulharam outra vez.

Isso se repetiu por mais algumas vezes. Eu não ia entregar Bucky, mas eu me sentia fraca, minha cabeça girava e estava sem ar. Eles me tiraram da água e me jogaram no chão, eu ainda estava com os pés e mãos amarradas e respirava com pesar.

– Só assim que consegue algo de uma mulher? Torturando-a? – provoquei, com a respiração entrecortada.

– Eu acho que você precisa pensar um pouco – Collins respondeu.

Os dois brutamontes me carregaram até uma salinha, era minúscula e não havia espaço para se mexer. Eles me jogaram lá e trancaram a porta. Eu tentei organizar meus pensamentos, eu queria muito acabar com eles, mas não podia; o meu medo de que eles façam comigo o mesmo que fizeram com Bucky me assombra. Não podem saber dos meus poderes.

Se eles descobrem dos meus poderes, é bem provável que eles me usem como assassina da Hydra, e eu não quero isso. Não posso usar meus poderes. Não posso.

Não sei ao certo quanto tempo fiquei ali. Minutos? Horas? Talvez algumas horas. Meu corpo doía, e eu não podia me mexer. Tinha que ficar em pé todo o tempo. Estava exausta fisicamente e psicologicamente; mas eu aguentaria o tanto que fosse preciso, eu não comia há algumas horas também, e isso me deixava um pouco tonta.

Eu abaixei a cabeça e comecei a chorar bem baixo para que ninguém ouvisse. Não sabia quais as coisas que Collins havia planejado para mim e isso me assustava. Mas não me deixaria dar por vencida.

Comecei a pensar se Bucky estava sentido minha falta. Se estaria me procurando ou o que estaria fazendo agora. Também pensei nas palavras de Collins, sobre estar apaixonada por ele. Eu estava suportando a pior dor por ele e não me sentia culpada por isso. Eu poderia estar no chão da minha sala, no meu apartamento, assistindo a um filme com Isabelle agora. Como minha vida chegou a esse ponto?

– Resolveu falar onde Bucky está? – Edward apareceu na porta, eu olhei para cima, já que estava sentada.

Uma claridade invadiu a sala onde eu estava, e eu fiquei com os olhos cerrados enquanto me acostumava com a luz.

– Eu não vou contar nada para você, e quando eu conseguir sair daqui, você vai sofrer. Não só por mim, mas também por ter matado a Isabelle, ela era a única pessoa que eu tinha e você a tirou de mim. Eu juro que você vai pagar caro pelo que fez com ela.

– Tá, tá, que seja! Agora levanta – ele agarrou meu braço e me puxou para fora.

Edward me arrastou por um longo corredor, enquanto passava por ele, ficava imaginando se Bucky ia aparecer ali para me resgatar, como no dia que eu ia ser presa na W.H.I.S.C. Mas no fundo, eu sabia que não aconteceria, e isso me deixou pior ainda.

Ao longe, vi a mesma sala onde tinha a caixa com água, mas dessa vez, havia uma maca no centro. Tentei fugir. Eu me sacudi na tentativa de me soltar dos braços de Edward, até consegui, mas o máximo que consegui após disso foi cair no chão. Estava muito fraca para correr.

Levantei meu olhar para Edward, que olhava para mim com um brilho sádico nos olhos, como se estivesse se deliciando com o meu sofrimento. Ele estendeu o pé e me chutou. Eu cuspi um pouco de sangue no chão quando seu pé se chocou com minhas costelas. Tudo o que eu conseguia fazer era agonizar de dor.

Ele então me levantou novamente, eu mal tinha forças para continuar de pé.

– Sem lágrimas? Você é mais forte do que eu pensava.

– Eu não vou dar esse gosto a você – respondi quase caindo.

Ele me segurou pelo braço e continuou me puxando em direção à sala.

Agora eu tinha certeza.

Eu morreria ali.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam? Contem tudo e não escondam nada! Haha