Like Father, Like Son escrita por themuggleriddle


Capítulo 9
Hogwarts




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Capítulo 8: Hogwarts



Explicar para o Sr. e a Sra. Riddle o motivo de Tom estar deixando a escola em Great Hangleton e indo para outra que ficava longe de sua casa foi difícil. O casal tentou de todas as maneiras convencer o filho a mudar a sua decisão de matricular o filho nessa escola nova, mas os dois acabaram convencidos de que esse colégio novo seria melhor para o neto.



Mary Riddle quase se desmanchou em lágrimas quando o filho e o neto entraram em um carro para ir até Londres, onde o mais novo pegaria um trem para levá-lo para a escola nova.



Tom Sr. e Jr. ficaram hospedados na casa dos Campbell por um dia, antes de finalmente chegar o dia 1° de Setembro.



- Que horas o trem sai? – perguntou o pai, andando pela estação King’s Cross .


- Onze horas.



- Qual é a plataforma?



- Nove três quartos...


- Tem certeza de que é esse número? – Tom Sr. perguntou, olhando em volta – Não existe Plataforma Nove Três Quartos...


- É o que está escrito aqui – o menino estendeu o bilhete para o pai, que encarou o pedaço de papel com uma expressão confusa – São dez e quarenta, pai.



Os dois pararam na frente da coluna que ficava entre as Plataformas Nove e Dez. O garoto torcia o tecido de seu casaco com nervosismo, enquanto o homem olhava em volta, tentando achar a tal plataforma de Hogwarts.


- Você tem que atravessar a coluna.


- O que? – o Sr.Riddle se virou para ver uma menininha parada logo atrás deles.


- Vocês têm que ir correndo, sem medo, e atravessar a coluna – ela apontou para a barreira entre as duas plataformas – Não irão bater.


- Quem é...?


- Emmy! Por Mer...Deus! Você não pode sair correndo no meio da estação! – uma mulher ruiva apareceu no meio da multidão de pessoas e segurou a menina pela mão – Estamos atrasadas, você sabia? Vamos logo...!


A mulher ficou quieta ao ver os Riddle a encarando.


- Eles não sabem como chegar na Plataforma 9 3/4 – a garota murmurou.


- Ah, primeiro ano dele? – ela sorriu, apontando para o menino – Suponho que o senhor seja trouxa...


- Trouxa? – Tom Jr. perguntou baixinho.


- É claro que não saberia como chegar na plataforma, mas, de qualquer maneira, é só atravessar a barreira...


- Eu já falei isso, Eve – a menina soltou um muxoxo.


-Por favor, Emmy... Não precisam ter medo de bater – ela sorriu – Nós vamos primeiro, vocês vêem como é e depois vão.


Sem esperar resposta, a mulher saiu correndo em direção à coluna, empurrando o carrinho com o malão da menina, que não hesitou em segui-la. Pai e filho ficaram observando as duas, até elas desaparecerem antes de baterem contra a parede de tijolos.


- Nós devíamos...? – Tom Jr. murmurou, olhando para a barreira com desconfiança.


- Não tem outro jeito.


Dizendo isso, o homem segurou a mão do filho e foi correndo em direção à coluna, empurrando o carrinho com o malão. A colisão que ambos esperavam não chegou e, quando se deram conta, já estavam parados no meio de uma plataforma lotada de pessoas.


Havia pais se despedindo dos filhos, alunos correndo para pegar um lugar no trem, homens e mulheres com roupas esquisitas que conversavam uns com os outros... Tom Sr. percebeu que haviam estudantes que carregavam gaiolas com corujas e gatos, outros levavam sapos ou ratos nas mãos.


- Encontramos a plataforma – o homem murmurou, guiando o filho para perto do trem – Esse compartimento parece estar vazio... Eu ajudo com a mala.


O garoto entrou no trem e, com a ajuda do pai, puxou o malão para dentro. Faltavam cinco minutos para o trem partir quando Tom se debruçou na janela para conversar com o pai.


- Não se esqueça de escrever, sua avó vai ficar louca se não receber notícias suas – Tom Sr. riu – E cuide-se...


- Eu vou – o menino sorriu.


- Parece que vocês já estão partindo – o homem comentou, observando todos os alunos começarem a fechar as portas do trem.


- Vou sentir saudades, pai – Tom Jr. murmurou, apertando a mão do outro.


- Eu também, mas não pense nisso – o Sr.Riddle se afastou do trem, que começara a se mover lentamente – Boa viagem!


Ele viu o filho acenando da janela e fez o mesmo. Quando o braço de Tom se recolheu para dentro do compartimento, o pai parou de acenar e ficou observando o trem vermelho se distanciar.


- Ele vai ficar bem – o homem se virou e viu a mesma mulher ruiva que os havia ajudado a chegar na plataforma – Todos eles vão... Ah, eu não me apresentei, sou Evelyn Shaw.


- Tom Riddle – ele apertou a mão que a mulher lhe estendera – Você é uma... ahm... Bruxa?


- Sim – ela sorriu.


- E sua filha, é o primeiro...?


- Ela não é minha filha.


- Me desculpe?


- Ela é minha afilhada – Evelyn explicou – A mãe dela era minha amiga e, quando ela morreu, eu fiquei cuidando da Emmy, já que o pai desapareceu...


Tom ficou apenas encarando a mulher, sem saber o que dizer... Ele nunca sabia o que dizer nessas horas.


- Você é um trouxa – o homem fez uma careta quase imperceptível quando ouviu a palavras – E a mãe do seu filho? Trouxa também?


- Ela era uma bruxa – Riddle explicou, sentindo-se desconfortável – Mas ela morreu quando o Tom nasceu.


- Oh, meus pêsames... É bom ver um pai trouxa cuidando do filho bruxo, Emmy não teve tanta sorte, como eu disse.


- O pai dela era trouxa?


- Sim, mas sumiu quando descobriu que a mulher era uma bruxa.


Tom sentiu-se ainda mais desconfortável, afinal, aquilo era exatamente o que ele havia feito com Merope.


- Você estava perguntando se era o primeiro ano da Emmy, é sim – Evelyn falou – Mas eu sei que não tem nada com que se preocupar, Hogwarts é segura.


- Você estudou lá?


- Sim – ela ergueu a manga da camisa branca que estava usando para olhar o relógio de pulso – Por Merlin! Olhe a hora... Tenho que ir, Sr.Riddle, foi um prazer conhecê-lo e eu adoraria conversar mais, mas eu tenho que entregar algumas coisas no trabalho e... Bom, adeus!



*****



Tom Riddle ficou observando a paisagem correr do lado de fora da janela, enquanto tentava imaginar como seria Hogwarts... Os alunos eram muito diferente de todas as pessoas que ele já havia visto na vida, ou seja, o colégio deveria ser totalmente diferente de sua escola antiga.

 



- O que você esperava? É uma escola de magia – ele murmurou para si mesmo.

- Você sempre fala sozinho?

O menino ergueu os olhos e viu a mesma garota da plataforma parada na porta do compartimento. Ela o encarava com curiosidade, mas tinha um sorriso nos lábios.

- Algum problema com isso? – o garoto sibilou.

- Não, eu também faço isso às vezes – ela deu de ombros – Aliás, posso me sentar aqui?

Ele concordou com a cabeça e observou a menina se sentar no banco a sua frente. Ela tinha cabelos castanhos claros que iam até o ombro e olhos verdes que ainda o encaravam com um brilho curioso.

- Eu sou Emily Derwen – a garota sorriu – Mas pode me chamar de Emmy... E você?

- Tom Riddle.

- Aquele na plataforma era o seu pai?

- Óbvio.

- Hm...

- Aquela mulher era a sua mãe?

- Não, minha madrinha – Emmy respondeu – Minha mãe morreu.

- Ah, me desculpe – o garoto sentiu o rosto corar – Hm... Minha mãe também morreu.

- Meus pêsames – ela deu um sorrisinho triste – Mas, vamos falar de outra coisa! Em qual casa você quer ficar?



- Eu... Não sei – Tom murmurou – Eu andei lendo sobre as casas e... Acho que Corvinal é a casa na qual eu mais me encaixo.



- Minha madrinha era da Corvinal



- Em que casa você acha que vai ficar?



- Não sei, talvez Corvinal também – ela sorriu – Como você descobriu que era um bruxo?



- Ahm? Ah, um professor foi até a minha casa para explicar todas essas coisas sobre magia – o garoto explicou.



- Sim, mas você conseguia fazer outras coisa antes dele ir até a sua casa, não é? – Emmy perguntou – Todas as crianças bruxas demonstram magia... Eu fazia coisas se mexerem quando eu estava irritada ou muito feliz.



- Eu também – Tom murmurou – Mas eu conseguia controlar essas coisas.



A menina o encarou por um tempo, antes de sorrir. Nesse momento, uma mulher apareceu na porta da cabine, empurrando um carrinho de comida e sorrindo para eles.



- Com licença, querem comer alguma coisa, queridos?





****





Ver o castelo de Hogwarts pela primeira vez foi uma experiência inesquecível para Tom Riddle. O jeito como a antiga construção se erguia imponente sobre o lago que eles atravessavam a barco aumentava ainda mais a ansiedade do garoto de entrar nela.



- Não é lindo? – Emmy sussurrou, sorrindo de orelha a orelha.



- Aham...



- Dizem que tem uma Lula-Gigante aqui neste lago – a menina falou, apontando para a água escura, e riu ao ver os olhos do menino se arregalarem – Mas ela não faz mal aos alunos.



Quando os barcos finalmente pararam, os alunos desceram e seguiram para a entrada do castelo. Um homem, que se apresentou como sendo Apollyon Pringle, o zelador, levou-os até uma salinha onde eles deveriam esperar por um professor.



- Boa noite! Peço a atenção de vocês – Tom virou-se para ver o mesmo bruxo que o havia levado ao Beco Diagonal, Dumbledore, falando com os alunos – O banquete de início do ano começara em alguns minutos, mas antes vocês serão selecionados para as suas casas. A seleção é uma parte muito importante da vida de qualquer aluno de Hogwarts, uma vez selecionados, a sua casa será como a sua família aqui no castelo... Esperem apenas alguns minutos e eu já voltarei para buscá-los.



Os alunos começaram a cochichar quando o professor saiu. Tom conseguiu ouvir um garoto falando que eles teriam que o teste de seleção era na verdade um duelo com um aluno mais velho, já outra menina comentou que o teste era composto de algumas perguntas sobre mágica básica.



- Você sabe como é esse teste? – o menino murmurou para Emmy.



- Não – a garota respondeu – Mas não deve ser tão horrível.



- Atenção, alunos! – o prof.Dumbledore havia voltado – Peço para que formem uma fila e me sigam.



Se Riddle achava que só a visão do castelo por fora o fazia ficar extasiado, não esperava que a visão do interior do Grande Salão fosse deixá-lo tão admirado. O teto parecia estar aberto, pois mostrava o céu estrelado que havia do lado de fora, e não o teto de pedra que deveria estar ali. Haviam quatro longas mesas no salão, cada uma delas com alunos de uniformes de cores diferentes... Verde, amarelo, vermelho e azul.



Dumbledora agora estava parado ao lado de um banquinho, com um chapéu na mão. Ele colocou o chapéu sobre o banco e se afastou. A maioria dos alunos de primeiro ano deram um pulo quando a peça começou a cantar em alto e bom tom:





“Ah, vocês podem me achar pouco atraente,

mas não me julguem pela aparência

Engulo a mim mesmo se puderem encontrar

Um chapéu mais inteligente do que o papai aqui.

Podem guardar seus chapéus-coco bem pretos,

suas cartolas altas de cetim brilhoso

porque eu sou o Chapéu Seletor de Hogwarts

E dou de dez a zero em qualquer outro chapéu.

Não há nada escondido em sua cabeça que o Chapéu Seletor não consiga ver,

por isso é só me porem na cabeça que vou dizer em que casa de Hogwarts deverão ficar.

Quem sabe sua morada é a Grifinórnia,

casa onde habitam os corações indômitos.

Ousadia e sangue frio e nobreza destacam os alunos da Grifinórnia dos demais;

quem sabe é na Lufa-Lufa que você vai morar,

onde seus moradores são justos e leais pacientes, sinceros, sem medo da dor;

ou será a velha e sábia Corvinal,

a casa dos que tem a mente sempre alerta,

onde os homens de grande espírito e saber sempre encontrarão companheiros seus iguais;

ou quem sabe a Sonserina será a sua casa

e ali fará seus verdadeiros amigos,

homens de astúcia que usam quaisquer meios para atingir os fins que antes colimaram.

Vamos, me experimentem!

Não deverão temer! Nem se atrapalhar!

 Estarão em boas mãos!

 (Mesmo que os chapéus não tenham pés nem mãos)

porque sou o único,

sou um Chapéu Pensador!”



Quando o chapéu ficou em silêncio, o prof.Dumbledore abriu uma lista e começou a chamar os alunos, que deveriam se sentar no banco e colocar o Chapéu Seletor na cabeça.


- McGonagall, Minerva.


Uma menina de cabelos castanhos cacheados, olhos azuis e expressão séria seguiu para o banquinho, onde se sentou e colocou o chapéu pontudo na cabeça.


- GRIFINÓRIA! – o chapéu gritou e a garota foi em direção à mesa que tinha alunos com uniformes enfeitados com vermelho.


Abraxas Malfoy, um garoto loiro e pálido, foi para a Sonserina, seguido por Dorea Black, uma garota tímida de cabelos escuros. Em contrapartida, Charlus Potter foi para a mesa da Grifinória com um sorriso enorme no rosto e Penélope Lynch foi quase que saltitando para a Corvinal.


- Riddle, Tom.


Tom respirou fundo, antes de ir até o banquinho e se sentar. Quando o chapéu tapou-lhe a visão, o menino sentiu o rosto corar, pensando em como ele deveria estar parecendo idiota.


“Muito fácil...”, uma voz profunda disse em sua cabeça e ele quase pulou ao ouvi-la.


- SONSERINA!



Sonserina? Mas Sonserina era a casa dos sangues-puros, ele não era sangue-puro! O chapéu havia errado, só podia...


Antes que pudesse pensar em mais alguma coisa, o menino se levantou e foi até a mesa verde e prata. Os outros alunos o encaravam com os olhos frios, analisando-o com cuidado.


- Derwen, Emily.


Tom observou a menina subir no banquinho e colocar o chapéu.


- LUFA-LUFA! – o chapéu declarou depois de algum tempo.


Ele viu Emmy correr para a mesa vizinha e se sentar ao lado de outras meninas do primeiro e segundo ano. Virando-se para a sua mesa, Riddle percebeu que todos estavam conversando animadamente sobre as suas famílias.


- Meu pai trabalha no Ministério – o menino loiro, Malfoy, estava falando com orgulho – Disse que meu futuro é lá também... Aliás, Canopus Lestrange, certo? Meu pai conhece o seu.


- Sim, já ouvi falar muito sobre os Malfoy – um garoto de cabelos pretos e olhos castanhos falou.


- Também ouvi falar muito sobre os Lestrange– Abraxas riu e apontou para Tom e mais dois garotos – E vocês dois, quem são?


- Alphard Avery – disse um menino de cabelos escuros e crespos.


- Tom Riddle.


Todos os garotos ficaram quietos e o encararam. Tom sentiu o rosto esquentar e, antes que pudesse perguntar o porque de eles o estarem olhando daquele jeito, Malfoy e Black começaram a rir feito idiotas.


- Riddle? – Avery fez uma careta e deu uma risada debochada – Tudo bem...



*****



- Aqui é o dormitório de vocês – o monitor da Sonserina, um rapaz do quinto ano, falou e apontou para as camas – Suas coisas já estão todas aqui. Não quero ver nenhum de vocês fora da cama já no primeiro dia, então tratem de se arrumar e ir dormir.


O garoto saiu do quarto, deixando os primeiro-anistas sozinhos. Riddle sentou-se em sua cama e cutucou os cobertores verde escuros que a cobriam, lembrando-se de sua primeira noite na casa de seu pai.


- Hey, Riddle – o menino levantou o rosto para ver o que Malfoy queria – Você é o que? Mestiço?



- Me desculpe?



- Alguém da sua família é bruxo? – Avery se intrometeu na conversa.



- Eu... Não sei – Tom respondeu, contraindo as sobrancelhas.



- É um nascido-trouxa – disse Canopus Lestrange, arregalando os olhos – O chapéu deve ter errado! Nunca um nascido trouxa veio parar na Sonserina.


- Eu vi que o chapéu o selecionou muito rápido – Abraxas falou pensativo – Deve ter se confundido...


- Ou simplesmente não tinha aonde colocá-lo e o jogou em qualquer lugar - Lestrange riu.


- Se fosse assim, por que não jogou ele na Lufa-Lufa? Afinal, lá é para onde vai o povo que não tem para aonde ir – Alphard riu alto.


Tom se encolheu e tentou ignorar o que os outros falavam.


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Notas finais do capítulo

N/A: Hogwarts, Hogwarts, Hoggy warts, nos ensine algo por favor! Ta parei... Bah, eu sei que o Chapéu canta uma música diferente a cada ano, mas... eu não sei escrever músicas legais para um Chapéu cantar ):

Tom está em Hogwarts e ficou fascinado com o lugar como qualquer aluninho de primeiro ano fica Não é um amor?
Eu espero conseguir deixar essa fic com partes de Hogwarts e partes com a família Riddle =/

Espero que tenham gostado

Beijos ;*
Ari.