Like Father, Like Son escrita por themuggleriddle


Capítulo 21
A Câmara Secreta




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.Capítulo 20: A Câmara Secreta.

                Tom gostava de fazer as rondas pelos corredores do castelo sozinho, sem a companhia de Dorea Black, afinal, sem a garota ao seu lado, ele podia se esgueirar pelos  corredores e salas a procura da Câmara Secreta.

                Desde que seus colegas lhe contaram a história da Câmara, Riddle ficou quase que obcecado com a possibilidade de encontrá-la, mesmo o seu bom senso estivesse sempre gritando para ele que toda aquela história não passava de uma lenda idiota criada por alunos. Mas o garoto não iria desistir tão facilmente... Se ele podia ser o Herdeiro de Slytherin, então a Câmara dos Segredos podia existir.

                Até agora ele não achara nenhum vestígio do lugar, mesmo depois de ter passado meses procurando em tudo qualquer canto que tivesse alguma coisa relacionada com Slytherin.

                “É só uma questão de tempo”

                O rapaz foi arrancado de seus pensamentos enquanto passava pelo corredor do segundo andar e ouviu o barulho de uma porta batendo. Xingando baixinho, o monitor foi ver o que estava acontecendo. Devia ser Peeves ou algum engraçadinho querendo irritá-lo.

                - Peeves? – Tom chamou alto, vendo como o poltergeist apareceu rindo em um canto do corredor – Será que você pode parar?

                - Oh, Riddle-mestiço acha que pode mandar no Peeves – o homenzinho riu alto e apontou para a porta que estava a alguns metros de Tom - Você deveria dar uma olhada na trouxinha, senão é capaz de nós a encontrarmos morta, afogada nas próprias lágrimas!

                O rapaz fechou a cara, vendo o poltergeist sair flutuando e gargalhando. Suspirando para tentar se acalmar, Tom entrou na porta que Peeves havia indicado. O banheiro feminino.

                - Olá? – o garoto olhou em volta, vendo apenas um dos boxes fechados. Exatamente da onde vinha os soluços altos e desajeitados que invadiam o banheiro – Você já devia estar na cama.

                - S-Saia daqui! – ele ouviu a voz embargada de uma garota e revirou os olhos. Riddle não estava com paciência para lidar com gente sentimental.

                - Eu só estou fazendo o meu trabalho como monitor – Tom andou até o boxe onde a menina estava e abriu a porta com força – Então, por favor, volte para a sua casa, senão terei que lhe tirar alguns pontos.

                A garota estava sentada no chão de pedra, abraçando os próprios joelhos e o encarando com os olhos negros cheios de lágrimas. Ele a reconheceu de sua aula de Advinhação.

                - Myrtle Mortmore, certo? – o monitor perguntou, suspirando e tentando manter a postura de garoto educado enquanto via a menina concordar com a cabeça – O que houve?

                - Eu me perdi enquanto ia para a sala comunal da Corvinal – Myrtle fungou e enxugou os olhos com a manga da capa – Estava atrasada e acabei errando uma escada... E Peeves achou que seria divertido se divertir as minhas custas.

                - Você não devia dar ouvidos as coisas que Peeves diz – Tom falou, estendendo uma mão para a corvinal.

                - É meio difícil não dar ouvidos quando ele fica me chamando de um monte de coisas ruins – a garota respondeu, segurando-se na mão do rapaz para poder se levantar – Você tem sorte de ser monitor, ele não insulta tanto os monitores.

                - Ele me insulta.

                - Não sei o que ele poderia insultar – Myrtle murmurou, mais para si mesma do que para o outro.

                - O que? – Riddle arqueou uma sobrancelha.

                - N-Nada – o rosto da corvinal ficou vermelho – Eu... Acho melhor eu ir. Vou ter certeza de pegar a escada certa dessa vez. Boa noite, Sr. Riddle.

                - Boa noite, Srta. Mortmore.

                Assim que a porta do banheiro se fechou, Tom andou até as pias e apoiou as mãos em uma delas, deixando a cabeça pender entre os ombros e soltando uma risada debochada. Mortmore estava flertando com ele? Coitada, teria que se esforçar mais.

                 - O que é isso? – a pergunta deixou os seus lábios em um sussurro enquanto o seu olhar caía sobre a torneira da pia onde ele estava apoiado.

                Havia alguma coisa encravada ali no metal. Aproximando o rosto da torneira, Tom pôde ver que era um desenho em alto relevo de uma cobra. Mas o que diabos aquilo estava fazendo ali no banheiro feminino?  Será que...? Não, não podia ser. Aquele era o banheiro feminino! Por que Slytherin construiria a entrada para a Câmara no banheiro feminino?

                - Ninguém procuraria aqui – o garoto sussurrou para si mesmo enquanto passava as pontas dos dedos sobre o desenho – Não custa nada tentar... Mostre-me a Câmara Secreta.

                Silêncio e nada aconteceu. Tom sentiu uma pontada de frustração.

                - Vamos... Eu sou o herdeiro de Salazar Slytherin, leve-me ao lugar que é meu por direito.

                Novamente, nada.

                - O que você quer que eu fale? – o garoto sentiu-se um idiota por estar conversando com uma torneira – Abra de uma vez.

                Dessa vez Riddle deu um pulo para longe da pia quando ela soltou um estalo e começou a se mover. Com os olhos arregalados, o monitor assistiu enquanto a pia dava espaço para um tipo de cano que devia ser uma passagem para a tal Câmara.

                Ele havia descoberto a entrada da Câmara Secreta! Depois de tantos bruxos a terem procurado, ele fora o primeiro desde o próprio Slytherin a abri-la!

                Com um sorriso enorme no rosto, Riddle foi até a porta do banheiro e a trancou com um feitiço, antes de voltar para a beirada da passagem para a câmara... Ele seria o primeiro descendente de Salazar Slytherin a entrar na Câmara Secreta.

                ***

                - Se eu fosse você, Emmy, esquecia o Riddle e...

                - Brianna, pelo amor de Merlin, quantas vezes que eu tenho que dizer que eu e o Tom somos amigos? – a garota sussurrou para a amiga, que estava sentada ao seu lado no sofá da sala comunal da Lufa-Lufa.

                - Tudo bem – a outra lufa deu de ombros – Já que vocês são só amigos, por que não dá uma chance para o James – Brianna apontou para um rapaz que estava sentado junto com um grupo de garotos em outro canto da sala – Lembra que ele pediu para ir com você até Hogsmead? Você disse que tinha que ver porque tinha um trabalho.

                - Você sabe que isso significa...

                - Significa “não”, eu sei – a menina revirou os olhos e jogou os cabelos ruivos para trás – Mas por que você não vai até Hogsmead com ele? Eu não me importo de ir sozinha! E você sabe que o Riddle vai estar com os amigos, isso se ele decidir sair do castelo.

                - Por que você quer tanto que eu saia com James?

                - Porque ele é um rapaz legal e quer sair com você. Não é como se ele quisesse namorar, não, ele só quer que você o acompanhe até o vilarejo em um fim de semana e...

                Emily riu, olhando para amiga com um sorriso maroto brincando nos lábios.

                - Só se você for com a gente.

                - Mas eu vou atrapalhar!

                - Como você disse: ele não quer namorar – a menina riu ao ver a careta que a amiga fez – Ah, Brianna, vamos! Ele é um rapaz legal que só quer passar o dia na minha companhia, não irá se importar se você aparecer lá junto.

                - Emily, você me mata desse jeito – a ruiva balançou a cabeça e riu.

                ***

                De vez em quando, Tom se espantava com até onde a sua curiosidade o levava. Ele nunca andaria por um lugar daqueles se não fosse a maldita curiosidade. Nunca.

                Mas valera a pena atravessar os esgotos de Hogwarts, sentir o fedor que havia nos encanamentos, tropeçar pelo menos umas três vezes e se sujar até os joelhos com a água fétida do esgoto depois de cair em algumas poças... Afinal, se não fosse por isso, ele não estaria parado no meio da famosa Câmara Secreta.

                - O primeiro herdeiro a pisar aqui – ele murmurou para si mesmo, enquanto atravessava o lugar, analisando as estátuas de cobras que se erguiam ao lado do caminho de pedra por onde ele estava andando.

                Seu olhar finalmente caiu sobre o rosto do antigo fundador que estava esculpido na parede do fundo da câmara. Emily tinha razão, eles não eram nada parecidos em aparência.

                Agora faltava descobriu o que era o monstro. Ele já tinha uma idéia, é claro. Se apenas o herdeiro de Salazar podia controlar a besta, então deveria ser alguma coisa parecida com uma cobra, afinal, só a linhagem de Slytherin conseguia falar com as serpentes.

                - Só há um jeito de descobrir – Tom parou de andar, ficando a apenas alguns metros do rosto de Salazar – Saia.

                Tudo ficou em silêncio até que a boca da escultura se abriu lentamente, deixando a vista um túnel escuro. Riddle engoliu em seco e fechou os olhos... Se fosse o que ele esperava, seria melhor para ele ficar de olhos fechados.

                - Mestre Slytherin? – uma voz baixa chamou – Quem é você?

                - Sou herdeiro de Salazar Slytherin – o rapaz falou, ouvindo a criatura deslizar para perto de si e sentindo a respiração quente dela em seu rosto.

                - Não parece o mestre Slytherin – mesmo de olhos fechados, Tom sabia que o animal estava com a boca aberta, o ameaçando. Era impossível não perceber o hálito fétido.

                - Mas eu sou descendente dele, portanto, você deve me obedecer.

                O monstro ficou quieto e Riddle supôs que ele entendera o que ele estava tentando dizer.

                - Irei abrir os olhos, então, trate de fechar os seus – alguns minutos depois de dizer isso, o rapaz abriu os próprios olhos e teve que se conter para não desfalecer.

                A besta de Slytherin era exatamente o que ele esperava que fosse: um basilisco. A cobra enorme estava parada a sua frente, seu rosto estava a apenas alguns metros de Tom e, como o garoto ordenara, seus olhos estavam fechados.

                - Você cheira a trouxa.

                - Você não tem um cheiro muito melhor do que o meu – Riddle sorriu maliciosamente enquanto olhava para a cobra.

                - Mas posso sentir a magia do mestre Slytherin – o basilisco sibilou – Sangue mágico forte, misturado com sangue trouxa, é claro, mas muito mais mágico.

                - Meu nome é Tom Marvolo Riddle  - o garoto sussurrou – E, a partir de hoje, eu sou o seu mestre.


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Notas finais do capítulo

N/A: Tcharam! Tommy descobriu a Câmara!



1- Brianna: o nome da amiga da Emily veio, assim como o apelido da Emily [Emmy], de uma desenhista do deviantart... www.bri-chan.deviantart.com



2- Eu acabei não colocando aquela segunda porta pela qual o Harry passa em Chamber of Secrets para chegar na Câmara, mas o Tom passou por ela, só a autora foi preguiçosa demais pra escrever.



3- Acho que o Tom, assim como a Mione, foi atrás para tentar descobrir o que era o monstro de Slytherin... E o basilisco estava entre os mais prováveis da pesquisa.



4- James: ainda não tem sobrenome, pobrezinho, mas ele é da Lufa-Lufa [não diga!]



5- Fui só eu que ri imaginando o Tom caindo no meio dos esgotos de Hogwarts e sujando as suas "vestes impecáveis"? :D



6- Myrtle Mortmore... Vocês sabem quem ela é, não? [sobrenome inventado por mim].



7- J.K Rowling falou que o Peeves/Pirraça não é um fantasma, ele é um poltergeist... Um espírito que gosta de infernizar os outros, mas nunca esteve vivo.



Ah, sim... Eu comecei a fazer mais pesquisas desde o primeiro capítulo, se vocês quiserem ver: http://aribh.livejournal.com/17028.html#cutid1 [vamos lá, vejam :D É legal e a Ari foi atrás de tudo para deixar a fic mais bonitinha para vocês]



Ah! Eu estou fazendo um fanmix para essa fic :D Agora tem mais de uma música já ,,/ Mas então, se alguém conhecer qualquer música que lembre LFLS, me digam, oks? :D Pode ir pro fanmix.



Ah, me desculpem pela demora pra postar, mas o colégio está sugando a minha vida assim como o Tom sugou a vida da Ginny em Chamber of Secrets D: *comparação fail*



Espero que tenham gostado :D



Beijos ;* Ari.