Like Father, Like Son escrita por themuggleriddle


Capítulo 17
Hornsea




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/55786/chapter/17

 

.Capítulo 16.

.Hornsea. 

 

                Parecia que nem o mundo bruxo estava livre da guerra... Essa era a única coisa que veio à cabeça de Tom Riddle Sr. enquanto ele terminava de ler uma matéria sobre Gellert Grindelwald no Profeta Diário.

 

 

                O homem havia começado a assinar o jornal depois de muita insistência por parte do filho e acabou pegando o hábito de lê-lo com tanta freqüência quanto lia os jornais trouxas. As matérias eram, no mínimo, diferentes do normal, mas mesmo assim Tom adorava lê-las... Ele sabia que seus pais tinham um certo fascínio pelo jornal também, principalmente pelas fotos. Quando viu o Profeta pela primeira vez, sua mãe quase desmaiara ao ver uma bruxa acenar para ela em uma foto, mas, depois do susto, a mulher acabou adorando aquelas fotos engraçadas que se mexiam.

 

 

                - Parece que o mundinho mágico deles não está tão seguro quanto parece – Tom ergueu a cabeça para olhar para o pai, que estava parado atrás dele, os olhos fixos no jornal.

 

 

                - Eles estão em guerra, como nós.

 

 

                “Como nós...”. Havia muito tempo que ele não ia para Londres para passear, só ia até lá para pegar o filho na estação e voltava correndo para casa, com medo dos ataques que estavam ocorrendo na cidade. A cada dia era uma notícia nova sobre um novo bombardeio... Chegou ao ponto em que seus amigos, Ellen e Charles Campbell, decidiram sair de Londres e ficar morando um tempo com Cecilia Wright e seu marido em Great Hangleton, já que lá era bem mais seguro do que a capital.

 

 

                Tom nunca deixava de pensar no que teria acontecido se ele não tivesse tirado seu filho daquele orfanato... Ele nunca mais ouvira falar do lugar, mas era um alvo fácil para as bombas alemãs.

 

 

                - Quem é esse homem? – o mais velho o tirou de seus pensamentos, apontando para o nome de Grindelwald.

 

 

                - Pelo que eu entendi, ele é um tipo de Adolf Hitler do mundo deles – o filho explicou – Quer purificar a comunidade bruxa.

 

 

                - Não sabia que bruxos acreditavam nessa baboseira de raça ariana...

 

 

                - Eles não acreditam – os dois homens se viraram para ver Tom Jr. parado na porta da sala – Bom dia.

 

 

                - Bom dia, Tom – o Sr. Riddle respondeu – Se eles não acreditam nisso... O que é que eles querem “eliminar” da face da Terra?

 

 

                - Bruxos nascidos trouxas, mestiços e “amantes de trouxas” – o menino explicou – Eles acham que nós não somos dignos de sermos bruxos, já que temos ascendência trouxa ou, no caso dos puros-sangues, sejam amigáveis com o que eles consideram “raça inferior".

 

 

                - É Hitler misturado com mágica – Thomas resmungou, antes de ir se sentar a mesa – Mas, pare de falar de guerra no café da manhã, você sabe que a sua avó odeia quando começamos a falar disso.

 

 

                Não demorou muito para que a Sra. Riddle se juntasse a eles na mesa do café da manhã e todo o assunto da guerra fora esquecido. Depois que terminaram de comer, os quatro Riddles não se levantaram... Era meio que um hábito deles ficar mais tempo sentados a mesa apenas conversando, mesmo que parecesse que Maggie, a mulher que trabalhava na casa, odiasse isso, já que tal hábito fazia com que ela atrasasse todo o seu serviço.

 

 

                - Eu estava pensando... – a Sra. Riddle murmurou enquanto fechava o Profeta Diário e passava para o marido – O que vocês acham de passarmos o dia em Hornsea?

 

 

                - Está muito frio para entrar no mar – Tom Sr. falou.

 

 

                - Você não precisa necessariamente entrar no mar sempre que você vai até a praia, Tom – a mulher revirou os olhos – Só quero sair dessa casa... Não saímos desde que Tom voltou do colégio para as festas de fim de ano – ela se virou para o neto – O que você acha, querido?

 

 

                - Pode ser – o menino deu um sorrisinho.

 

 

               

***

 

 

                O vento gelado que vinha do mar fez com que Tom se arrependesse de não ter levado o seu cachecol. O garoto apertou o casaco em volta do próprio corpo e encolheu os ombros, tentando permanecer aquecido, mas aquilo não parecia estar fazendo efeito.

 

 

                Seus avós estavam andando pela praia e ele ficou observando  sua avó, que estava tomando o maior para não se sujar com a areia cinzenta.

 

 

                - Eu disse que estava frio – o menino ergueu a cabeça para olhar o pai, que agora estava parado ao seu lado.

 

 

                - Eu sabia que estava frio – Tom riu.

 

 

                - De qualquer jeito, não seria eu que iria tirar a idéia de passar o dia aqui da cabeça da sua avó – o homem sorriu, passando o braço por detrás dos ombros do filho e puxando-o para mais perto – Você gosta daqui, não?

 

 

                - Sim...

 

 

                - Eu lembro que quando você veio para Little Hangleton pela primeira vez, você perguntou se a cidade era litorânea.

 

 

                - De vez em quando, a Sra. Cole organizava uma viagem para a praia  - Tom Jr. explicou, sem desviar o olhar do mar cinzento e revolto – Se não me engano, nós íamos até Dover...

 

 

                - Você gostava?

 

 

                - Uhum... Era bem calmo lá, e dava para ficar olhando o mar.

 

 

                Os dois ficaram em silêncio, apenas olhando para o mar e ouvindo o barulho das ondas. O homem não podia negar o que o menino acabara de dizer... Ficar olhando o mar era relaxante e, conhecendo o filho que tinha, ele sabia que Tom preferia mil vezes a tranqüilidade daquele som das ondas ao barulho de crianças que ele sabia que o Orfanato Wool’s deveria sempre ter.

 

 

                - É impressão minha... – Tom Sr. murmurou – Ou você está meio distante desde que chegou aqui de férias?

 

 

                O filho apenas olhou para cima para encarar o pai por um tempo, antes de voltar a olhar para o mar. O homem havia percebido que havia alguma coisa estranha com o garoto... Desde que voltara de Hogwarts, ele parecia estar mais quieto, parecendo estar tentando evitar de conversar com o pai e os avós.

 

 

                - O que houve?

 

 

                - Nada...

 

 

                - Não tente me enganar.

 

 

                - É meio idiota... – Tom Jr. sussurrou – Nós tivemos uma aula de Defesas Contra as Artes das Trevas e... Era sobre bichos-papões...

 

 

                - Bichos-papões existem?

 

 

                - Sim – o menino deu um sorriso triste.

 

 

                - São tão assustadores quanto as histórias infantis dizem que eles são?

 

 

                - Sim – o homem quase não ouviu a resposta do filho de tão baixinho que ele falou.

 

 

                - Como eles são?

 

 

                - Não têm uma forma fixa, se transformam em alguma coisa que a pessoa que o está vendo tenha medo – Tom explicou – Se transforma no maior medo da pessoa.

 

 

                O Riddle mais velho contraiu as sobrancelhas ao perceber o que o filho estava tentando falar.

 

 

                - No que ele se transformou?

 

 

                O menino não respondeu. Ficou em silêncio... Seu rosto estava coberto por uma máscara de preocupação.

 

 

                - Certo, não precisa falar – o homem sorriu.

 

 

                - Era você... O vô e a vó... Vocês diziam que eu não merecia estar com vocês – o jovem bruxo sentiu os olhos se encherem de lágrimas – Você disse que seria melhor se eu estivesse mor...

 

 

                - Tom – o garoto observou o pai parar na sua frente e se ajoelhar ali para ficar na altura dele - Você é tão digno de carregar o sobrenome Riddle quanto qualquer um de nós... E eu não poderia estar mais feliz com você aqui conosco.

 

 

                O homem segurou o rosto do filho entre as mãos e sorriu de leve.

 

 

                - Agora... Chega disso, certo? – o mais novo concordou com a cabeça.

 

 

                Tom Sr. sorriu e abraçou o filho. Ele sentiu as mãos do garoto apertarem com força o seu casaco, como se não quisesse que ele se afastasse.

 

 

                - Eu estava pensando... – o homem murmurou, ainda sem soltar o menino – Acho que a sua amiga, Emily, iria gostar de um presente daqui, não? Ela sempre te manda alguma coisa no seu aniversário...

 

 

                Ele ouviu a risada abafada do filho e percebeu que a idéia da sua mão de ir à praia não havia sido ruim... Muito pelo contrário.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

N/A: Eu gostei desse cap. Praticamente só a vida trouxa dos Riddles... Eu percebi que essa fic tava muito alheia à história, tipo... Segunda Guerra Mundial e tals, eu ainda não tinha mencionado isso na fic... Então decidi colocar aí.

As notas do capítulo estão aqui: http://aribh.livejournal.com/15600.html#cutid1 tinha muita imagem e tals, dai eu decidi colocar no livejournal... Eu acho que vale a pena entrar pra ver

Ah, sim... Eu fiz eles passarem frio na praia porque eu to morrendo de frio aqui Ainda nem chegou o inverno e eu já to com as mãos congelando *exagerada* [e quem não amaaa praia com aquele tempinho nublado? Pra ficar passeado na areia e tals... Eu amo ♥]


Acho que é isso...
Espero que tenham gostado e digam o que acharam nos reviews ´
[aliás, estamos quase nos 100 reviews! ]

Beijos ;*
Ari.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Like Father, Like Son" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.