Like Father, Like Son escrita por themuggleriddle


Capítulo 16
O bicho-papão




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 .Capítulo 15: O bicho-papão.

 

 

            Os alunos do terceiro ano estavam todos parados no meio da sala de Defesas Contra as Artes das Trevas, encarando um baú velho que estava abandonado no meio da sala. Todas as mesas haviam sido empurradas para um canto, deixando um grande espaço vazio onde os estudantes estavam parados, esperando a professora Merrythought chegar.

 

 

            - Você sabe do que é a aula hoje? – Tom ouviu uma  menina da Grifinória, Minerva McGonagall, perguntar para outro garoto.

 

 

            - Deve ser sobre bichos-papões... – Charlus Potter, outro grifinório, respondeu – Havia um deles em um armário lá de casa, meu pai teve que tirar ele de lá porque minha mãe sempre se assustava com ele...

 

 

            - Bom dia – todos os alunos se viraram para olhar a professora, que agora atravessava a sala e ia até o baú – Acho que alguns de vocês já perceberam sobre o que será a aula de hoje... Bichos-papões. Alguém pode me dizer alguma coisa sobre essas criaturas?

 

 

            A mão de Tom Riddle foi a primeira a se levantar no meio dos estudantes.

 

 

            - Sr. Riddle?

 

 

            - Eles são transformistas, ou seja, mudam a sua forma para o maior medo da pessoa que o está olhando – o menino respondeu, lembrando-se de tudo o que havia lido nos livros de Defesas – Ninguém sabe a forma verdadeira de um bicho-papão.

 

 

            - Muito bem... Alguém sabe como derrotar um deles? – Merrytought perguntou e sorriu ao ver a mão de Riddle se levantar novamente – Sim, Sr. Riddle?

 

 

            - O riso derrota um bicho-papão. Um bruxo teria que transformá-lo em alguma coisa engraçada e rir dele para derrotá-lo .

 

 

            - Ótimo. Dez pontos para a Sonserina – a bruxa sorriu e se aproximou dos alunos – É isso que vocês irão aprender hoje. Vocês vão ter que usar o feitiço “Riddikulus” para transformar o bicho-papão em alguma coisa engraçada... Mentalizem uma imagem engraçada e lancem o feitiço, vocês têm que dizer a fórmula com segurança, certo?

 

 

            Os alunos concordaram com a cabeça enquanto começavam a cochichar entre si.

 

 

            - Formem uma fila, vamos começar.

 

 

            Os estudantes se organizaram em uma fila e ficaram observando enquanto o primeiro aluno, Septimus Weasley, se preparava para enfrentar a criatura. Meerytought se afastou um pouco do baú e, com um movimento da varinha, o abriu.

 

 

            A aula seguiu com os alunos enfrentando o bicho-papão um de cada vez. Minerva McGonagall quase saiu correndo quando viu uma cópia de si mesma falando que havia sido expulsa do time de Quadribol da Grifinória e Abraxas Malfoy quase não conseguiu lançar o feitiço Riddikulus quando viu um ghoul parado na sua frente.

 

 

            Quando chegou a sua vez, Tom andou até a frente da sala de cabeça erguida, certo de que conseguiria derrotar o bicho-papão... Afinal, aquilo tudo era uma mentira, não? Não era nada real...

 

 

            - Pai...?

 

 

O jovem Riddle sentiu um arrepio ao ver seu pai e seus avós parados na sua frente, os três tinham uma expressão de desgosto no rosto enquanto o encaravam.

 

 

- O que você quer? – Tom Riddle Sr. perguntou com a voz totalmente fria – O que você quer aqui? Você sabe que aqui não é o seu lugar...

 

 

- Imagine! Alguém relacionado com aquela gente dos Gaunt... Alguém desse tipo não pode ser um Riddle – dessa vez fora sua avó quem falara, seu rosto estava contorcido de nojo.

 

 

- Uma aberração – a cópia de Thomas Riddle falou – É isso o que você é...

 

 

O garoto ficou estático, com a varinha presa firmemente na mão e os olhos arregalados. Era só uma criatura mágica tentando enganá-lo... Não era verdade...

 

 

- Tom? – ele pôde ouvir alguém falando, talvez fosse a professora – O feitiço, use-o!

 

 

- Você não consegue nem ser bom no meio dessa gente – Tom Sr. se aproximou dele – Mestiço... Não pertence no mundo normal e nem nesse mundo de aberrações.

 

 

- Pai... – o menino murmurou e ouviu a sua voz sair meio embargada.

 

 

- Você não deveria estar conosco, não deveria estar nesse colégio... – o homem sussurrou e deu um sorriso esnobe – Você estaria melhor se estivesse assim...

 

 

O garoto olhou para onde o pai estava apontando e viu, estirado no chão, uma cópia de si mesmo. A pele estava bem mais pálida que o normal, os lábios entreabertos e de um tom meio azulado, e os olhos claros estavam vidrados, encarando o nada...

 

 

Isso foi o suficiente para que Tom Riddle se esquecesse que estava em aula e saísse correndo da sala, lutando contra o enjôo que tomara conta de si e as lágrimas que insistiam em inundar os seus olhos.

 

 

 

***

 

 

 

            - Vamos logo, eu ainda tenho que pegar o meu livro de Trato de Criaturas antes de nós irmos para a aula – uma menina ruiva com uniforme da Lufa-Lufa falou, enquanto puxava a amiga pela mão.

 

 

            - Tudo bem, e não precisa me arrastar! – Emily riu enquanto seguia a amiga.

 

 

            - Nós ainda temos Advinhação hoje – a outra garota torceu o nariz – E você vai me abandonar para ficar com o Riddle, pra variar.

 

 

            - Merlin, você fala como se isso fosse o fim do mundo, Brianna... Eu não sou a única que faço Advinhação com você.

 

 

            - Eu sei, eu sei – a ruiva riu – É só que é estranho ver uma lufa e um sonserino serem tão amigos como vocês dois são. Geralmente sonserinos ficam isolados no seu pequeno mundinho de cobras e... Emmy? O que foi?

 

 

            - Eu acho que vi o Tom passar correndo por ali – a menina apontou para um canto do corredor – Vou ali ver.

 

 

            - O que? Emmy! Você vai perder a aula de Trato! – a garota ruiva gritou enquanto a amiga se afastava.

 

 

            Emily continuou correu para o lugar onde ela vira o amigo desaparecer e se deparou com a porta de uma sala que, aparentemente, não era usada para nenhuma aula. Abriu a porta com cuidado, entrou e a fechou.

 

 

            - Tom? – ela chamou, olhando em volta e encontrando o amigo sentado no parapeito da janela, olhando para fora do vidro com os olhos marejados de lágrimas – Tom... O que houve?

 

 

            O garoto apenas sacudiu a cabeça.

 

 

            - Pare de ser cabeça dura e me diga: o que foi que o deixou assim? – a menina se aproximou e colocou as mãos na cintura – Foram aqueles sonserinos idiotas? Eu posso dar um jeito nisso...!

 

 

            - Não foram eles – Riddle murmurou – Não foi ninguém...

 

 

            - Então, o que...?

 

 

            - Estávamos tendo aula prática de Defesas... Sobre bichos-papões.

 

 

            - E o que isso tem... Oh! – Emily parou de falar e o encarou por um tempo – No que ele se transformou?

 

 

            - Meu pai e meus avós – Tom respondeu, sentindo o nó que insistia em se formar em sua garganta aumentar – Eles diziam que eu não merecia ser chamado “Riddle”, que eu não era um deles... – o garoto soluçou e se amaldiçoou por estar parecendo tão vulnerável na frente da amiga – Que eu estaria melhor se estivesse m-morto...

 

 

            - Oh, Tom... – a menina tocou o ombro dele de leve, percebendo que ele havia parado de tentar segurar as lágrimas – Você sabe que eles nunca pensariam uma coisa dessas!

 

 

            - Não... Quando o meu pai me tirou daquele orfanato em Londres, nenhum deles gostava de mim – o sonserino murmurou – Para eles, seria melhor se os amigos do meu pai nunca tivessem me encontrado naquele orfanato...

 

 

            - Tom! – Emily quase gritou, fazendo com que o amigo se virasse para encará-la – Pelo amor de Merlin! Pare com isso... Eles te amam! Talvez não estivessem acostumados com você quando seu pai o levou para casa pela primeira vez, mas agora eles te adoram.

 

 

            O garoto ficou com os olhos fixos nela por um tempo e se surpreendeu quando sentiu a mão de Emmy em seu rosto, enxugando as lágrimas que ali estavam.

 

 

            - E pare de chorar, é estranho ver você chorando – a menina riu e tirou a mão da bochecha do outro, fazendo com que ele sorrisse e começasse a enxugar o rosto com a manga das vestes – Droga, acho que perdemos a aula de Trato de Criaturas Mágicas...

 

 

            - Ainda dá tempo de chegar lá – o menino falou, se levantando do parapeito da janela e seguindo a garota para fora da sala – Aliás, eu fiquei curioso sobre como você iria “dar um jeito” nos garotos da Sonserina se eles fossem o motivo de eu estar daquele jeito...

 

 

            - Sabe o batedor da Lufa-Lufa, Mark Bones? – Emmy deu um sorriso maroto – Ele é meu amigo, com certeza faria esse favor para mim.


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Notas finais do capítulo

N/A: Essa cena já estava planejada desde o começo da fic Só que eu mudei bastante coisa nela...

1- O Bicho-papão do Tom, originalmente, é ele mesmo morto. Mas eu achei que nessa fic ficaria melhor mudar para ele sendo rejeitado pela família, já que a fic inteira se desenvolve ao redor da família Riddle... mas acho que parte desse medo dele é se ver morto [como vcs viram, aparece ele morto no bicho-papão dele].

2- Seguindo o que eu fiz em Riddle's, Minerva é a única menina da aula prática de Defesas.

O que acharam? Eu gostei o

Ah, duas coisinhas nada a ver [vcs sabem como eu amo falar coisas nada a ver nas notas finais], eu estou traduzindo Riddle's pra inglês, se alguém aí tiver curiosidade de ver como está ficando [sério, é legal ver a mesma história em outro idioma XD], pode dar uma olhada aqui--> www.fanfiction.net/~aribh1306 ... outra coisa é, meu formspring ainda exista Caso queiram perguntar alguma coisa sobre qualquer fic [ou sobre coisas random] podem ir lá--> www.formspring.com/aribh [Ari morrendo de tédio e o formspring é ótimo pra tirar o tédio quando tem pergunta pra responder o]

É isso... Beijos ;*
Ari.