Like Father, Like Son escrita por themuggleriddle


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Não betada, sorry.



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.Like father, like son.

.Prólogo.

         Charles e Ellen Campbell eram um casal adorável. Haviam se casado cedo e, há alguns anos, haviam se mudado para Londres. A Sra. Campbell não podia ter filhos, o que era um pecado, pois a mulher tinha amor e carinho de sobra para dar para uma criança. O Sr. Campbell cuidava de alguns imóveis na cidade, alguns que ele mesmo possuía e alugava, e outros que pertenciam à família de um amigo deles, que não morava na capital. Ele gostava do que fazia, mesmo que sempre estivesse trabalhando demais.

         Não demorou muito para que a vontade de ter um filho atingisse os dois, mas, como já foi dito, Ellen Campbell não podia ter filhos.

         - Adote, querida.

         Fora isso o que uma de suas amigas havia lhe dito um dia quando tocara no assunto. Adotar... Será que ela seria capaz de cuidar de uma criança que não era sua?

         - Se você quer um filho, então vamos ter um filho.

         O sorriso bondoso do marido a convenceu... Um mês depois, o casal Campbell estava entrando em um orfanato, esperando encontrar a criança que eles tanto desejavam.

***

         - Quais os seus nomes de novo? – a senhora que cuidava do lugar perguntou, levando os dois para o jardim dos fundos onde as crianças estavam brincando.

         - Charles e Ellen Campbell – o homem viu a esposa sorrir ao ouvirem o som de risos de crianças.

         - Sr. e Sra. Campbell, devo perguntar se os senhores pretendem adotar um menino ou uma menina...

         - Ah, ainda não sabemos, Sra. Cole – a moça falou, os olhos azuis estavam brilhando de alegria ao verem os pequeninos correndo para lá e para cá no jardim banhando pelo Sol do verão.

         - Vou deixar os senhores a vontade para conhecerem as crianças – a diretora sorriu – Qualquer coisa falem com a Martha – ela apontou para uma garota que tentava impedir que um menininho comesse terra – Ou comigo.

         O casal observou a senhora se afastar e não perderam tempo para se aproximar dos meninos e meninas estavam brincando. A maioria deles, ao perceber que os dois estavam ali para escolher um novo filho ou filha, aproximou-se com cautela e começou a conversar com o casal... Era como se eles estivessem lutando para ter uma chance de falar com os Campbell.

         Ellen estava indecisa, é claro... Tantas crianças maravilhosas e ela teria que escolher apenas uma! Isso era errado, mas era o que ela e Charles deveriam

fazer.

         - São todos tão lindos – a mulher sussurrou, observando uma menininha arrancando as pétalas de uma flor, murmurando "bem-me-quer-mal-me-quer" – É impossível escolher...

         - E todos querem ser escolhidos – o homem sorriu tristemente – Viu como eles quase brigavam para chegar perto de nós?

         - Sim, sim...

         Com um sorriso no rosto, Ellen olhou em volta do jardim e só então percebeu uma criança que até agora não havia visto.

         Era um menino pequeno e pálido que estava sentado em um canto meio isolado do jardim. Ele parecia estar conversando aos murmúrios com alguma coisa que tinha nas mãos e a mulher não conseguiu descobrir o que era.

         - Charles? Olhe – ela apontou para o garotinho e puxou o marido na direção dele.

         O garoto pareceu perceber a presença deles e, antes que os dois estivessem perto o bastante, livrou-se do que tinha nas mãos e virou-se para eles. Ellen não pôde deixar de sorrir ao ver o rosto do menino... Ele era lindo. Tinha a pele pálida, cabelos castanhos escuros bem penteados e olhos azuis penetrantes.

         - Olá, por que não está lá com os outros? – a moça perguntou.

         - É muita gente – ele murmurou, olhando de esguelha para as crianças que brincavam – Prefiro ficar aqui.

         - Mas, e os seus amigos?

         O menino a encarou com uma expressão de “você-está-louca-?” que ela nunca havia visto em uma criança.

         - Eles não gostam de mim, senhora...?

         - Campbell. Por que eles não gostam de você?

         Ele deu de ombros.

         - Porque eu sou diferente, acho.

         - Diferente? – dessa vez fora Charles quem perguntara – Como assim “diferente”, garoto?

         - Simplesmente... diferente.

         - Sr. e Sra. Campbell? – os dois se viraram para ver a Sra. Cole indo ao encontro deles – Querem uma bebida?

         Ellen acenou positivamente com a cabeça, assim como o marido.

         - Depois nós voltamos para falar com você, mocinho – ela deu um último sorriso para o menino antes de ir até a diretora do orfanato.

         Martha, a garota que ajudava a velha senhora no orfanato, havia trazido um copo de água fresca para cada um deles... Era exatamente o que precisavam naquele calor.

         - Então, o que acharam das nossas crianças?

         - São todos encantadores, Sra. Cole – a mulher falou.

         - Sim, todos muito simpáticos – Charles sorriu e olhou na direção do menino isolado em um canto do jardim – Apenas aquele garoto...

         - Ele parece meio solitário.

         - Ah, sim... – a diretora sorriu tristemente – Sempre foi assim, desde que nasceu... Quieto, solitário.

         - Ele nasceu aqui?

         - Sim, Sra. Campbell, a mãe dele chegou aqui na véspera do Ano Novo, prestes a dar a luz – a senhora explicou – Uma moça nova, mais nova que a senhora, e muito, muito, mirradinha, coitada! Morreu logo depois do parto... Só teve tempo de ver o filho e dar um nome a ele... “Espero que ele se pareça com o pai”... Ela também disse isso.

         - Coitada... – Ellen suspirou pesadamente, sem tirar os olhos do menino.

         - É engraçado... – Charles murmurou – Ele me lembra muito um amigo nosso. Tem a mesma cor de cabelo e os olhos... São idênticos.

         Uma risada gostosa foi ouvida da Sra. Cole.

         - Imagine a coincidência, Sr. Campbell, se esse seu amigo fosse pai do nosso pequeno Tom...

         - Como disse? – os dois encararam a mulher com curiosidade.

         - Tom, é o nome dele... A mãe pediu para que nós déssemos o nome dele de Tom, em homenagem ao pai dele – a senhora explicou – Tom Marvolo Riddle, esse é o nome daquele rapazinho.


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Notas finais do capítulo

N/A: Eu não devia escrever fics novas antes de terminar as que eu preciso terminar - FATO! ... Mas a história ficou martelando na minha cabeça por dias D:
Acho que já deu pra entender mais ou menos o que vai acontecer (:

Espero que vocês tenham gostado do comecinho.

Deixem reviews dizendo o que acharam.

Beijos ;*
Ari.