Paraíso de Verão escrita por Sorvete de Limão, Risurn


Capítulo 9
Regras de Convivência.




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Notas iniciais (até o Nyah! ficou com raiva da gente pela nossa demora e não quer deixar que nossas notas iniciais apareçam!)

~Risurn: Eu quero me desculpar pela demora porque tipo, 110% é culpa minha. Sorvete doooooida pra postar e eu sendo atraso de vida. Escola (último ano brothers) e curso... Acabam comigo kkk E ai minha criatividade foi embora... Mas vou voltar, e vou voltar impactantemente. Agradeço aos poucos, mas amorosos reviews ♥

Capítulo todo da Sorvete, ela é demais, amem-na.

Sério.

~Sorvete: Oi oi tortinhas de limão *---*

Pois é, demoramos, desculpa, mas vocês também parecem que não estão nem aí! Cadê os comentários minha gente? 71 pessoas acompanham e 5 comentam? Por favor né?

Boa leitura!

***

– Só sinta isso entende? – gesticulei com a mão. E inspirei fundo o forte perfume do mar. Eu e Annabeth estamos na praia com lindos óculos escuros e pegando um sol. Só pegando sol mesmo.

– Revigorante. – ela suspirou.

– Sabe o que eu achei aqui? – tirei meus óculos e virei para ela que fez o mesmo.

– O quê?

– Chocolates sem açúcar. – ela virou os olhos e colocou os óculos novamente com um sorriso.

– Parabéns. Você virou diabética agora?

– Só estou falando, esse povo doente ganha muitos privilégios. “Ei eu sou diabética! Então aqui está insulina inálavel e chocolate sem açúcar!” e sabe o que ganhamos Annabeth? 100 dólares e um “Boa Sorte”.

– Aceite Thalia e dê graças aos deuses por não ser toda coisada.

– Coisada?

– É. Sabe cheia de coisas assim e...

– Entendi.

– É.

– Sabe eu realmente não quero encontrar ninguém aqui e...

– Hey gente! – uma voz irritante e anasalada falou ao longe. Nem sei se realmente é anasalada, mas como a criatura interrompeu meu momento ela vai ser a pior coisa possível. E eis que surge das profundezas do Tártaro, um ser nojento, feio e coisado: Abigail. – Eu não acredito que vocês estão de volta assim tão cedo.

– Pois é! – disse Annie com um sorriso falso. – Nós também não.

– Sabe eu estava agora mesmo pensando em vocês, estava passando Radioactive e lembrei de você Thalia! – ela se virou para mim.

– Ah é mesmo?

– Mesmo. Sabe você é radioativa e tudo mais. – ela então tirou uma cadeira de não sei aonde e colocou entre eu e Annie. Pra falar a verdade eu não fiquei ofendida por causa do que Abigail falou, eu fiquei com vergonha.

Vergonha por ela óbvio.

Pior analogia que eu já tive o desprazer de ouvir.

– Sinto o mesmo por você Abigail. – disse com um sorriso falso que ela retribuiu. Quase consegui ver uma gota de veneno escorrendo daquela coisa nojenta. Annie estava olhando para nós duas como se tivesse em uma partida de tênis.

– Então Abby. – ela começou. – Como está a vida aqui?

– Ah você sabe. Muito sol, garotos lindos, mentiras, beijos roubados... – ela começou a falar e falar de uma maneira muito teatral e que eu não estava a fim de ouvir. Então virei os olhos e coloquei meu óculos de novo.

***

– Não Annie! Eu não vou mais viver nesta casa! – gritei quando Annabeth parou o carro em frente à casa alugada de Abigail.

– Por quê? – perguntou ela. Sinceramente, parece que esta menina não me conhece.

– Porque não! Eu não quero que ela pense que estamos devendo algo a ela. – disse com os braços cruzados.

– O quê? Isso não faz nenhum sentido.

– Annabeth! Eu já disse que não! Se você quiser dormir aí, durma! Porque eu vou dormir aqui no carro. – então inclinei o assento até estar deitada e fechei os olhos.

– Thalia! – ela disse e começou a me sacudir. – Thalia! – apertei meus olhos e os forcei a não se abrirem. Ela bufou. – Tudo bem! Nós vamos para um hotel! – abri meus olhos e dei um sorriso. – Mas é bom você descobrir aonde vamos ficar porque não trouxe dinheiro suficiente para pagar hotel todo dia.

– Não se preocupe corujinha! Eu vou dar um jeito.

***

– Morar com Percy e Nico?! – Annabeth berrou. – Não! Absolutamente não!

– Calma Annie...

– Calma Annie! Calma Annie! Eu estou tudo menos calma! – e começou a tacar as almofadas no chão.

– Menina! Que é isso? Para! Para! Você tá de TPM?! - então ela deu um grito de raiva e se jogou na cama. – Annabeth. O. Que. Foi. Isso?

– Você com suas ideias!

– Minhas ideias?

– É. Você fica inventando essas coisas.

– Annabeth não fui eu que dei um ataque aqui. – ela se levantou.

– Só não quero ter que dividir uma casa com eles.

– Annie relaxa! A gente se tranca dentro do quarto e tranca as janelas, ninguém vai ter acesso as nossas coisas ou quando estivermos dormindo.

– Se você fechar as janelas e a porta enquanto estivermos dormindo, vamos morrer asfixiadas. – virei os olhos.

– Você entendeu. – ela suspirou.

– Tudo bem. Mas não vamos ficar muito tempo lá!

***

Percy e Nico nos aceitaram muito bem, bem até demais. Tinha alguns quartos sobrando, mas apenas um tinha vista para o mar e eu, caridosamente o deixei para Annie. Até porque, não quero maresia direta nas minhas coisas. Tem algumas espreguiçadeiras e uma cortina branca na porta de acesso. Hoje o sol está morno, nem muito quente e nem muito frio, um clima bem agradável para as três da tarde. Annabeth entra e se senta na espreguiçadeira ao meu lado.

– Eu fiz algumas regras. – ela me mostrou um caderno onde tinha umas coisas escritas e um título bem grande e sublinhado: REGRAS DA CASA.

– O que é isso Annie?

– Regras da casa. – ela disse como se fosse óbvio. – Eu estava pensando numa coisa, nós estamos dividindo a casa com dois garotos de 16 ou 17 anos com hormônios à flor da pele. Então nós temos que nos proteger e criar regras de convivência.

– Annie. Para. Para que tá feio. Você parece aquelas donas de pensões para garotas. E sabe quando isso existia? Nos anos 30.

– Mas Thalia nós temos que botar limites!

– Botar limites em quê?

– Nas regras de convivência.

– Annie chegamos aqui há duas horas e os meninos não estão mais aqui. Se dermos espaço a eles, eles também nos darão. Eles não são animais que precisam ser domesticados.

– São regras de convivência. – virei os olhos e voltei a observar o mar.

– Relaxa. – ela bufou e saiu da varanda, fechando a porta logo em seguida.

Meu celular toca assim que a porta é fechada. Viro os olhos e pego o aparelho. É Luke. Revirei os olhos e atendi.

Alô.

– Thalia? É o Luke.

– Hum.

– Você quer sair hoje à noite?

– Não. Tchau. – desliguei o celular.

Nada de garotos, tudo que eu quero é aproveitar a praia. Só eu e Annie. Sem romances e garotos complicados.

Annabeth entra de novo na varanda.

– Jesus! Não posso ter um minuto de sossego?

– Oxe doida.

– O que foi? – ela se sentou na mesma espreguiçadeira de antes e reprimiu um sorriso.

– Percy e eu vamos sair hoje.

– O quê? – disse surpresa. Ela faz uma expressão de confusão.

– Não, não Thalia. Você tinha que dizer: “Que legal, tomara que você se divirta muito!”. Tudo bem? Vamos tentar de novo, 1,2,3. Thalia eu e Percy vamos sair hoje à noite.

– Não Annabeth!

– Como assim não?

– Cadê as suas regras de convivência?

– Ah quem precisa de regras?

– Annabeth. Cadê as regras?

– Joguei fora.

– Annabeth você mesma disse que não queria nada de romances.

– Mudei de ideia.

– Ah eu não te entendo. – ela se levantou. – Luke me ligou hoje e me chamou para sair e eu recusei porque você disse para não nos envolvermos.

– E não vamos! Você só tem que saber a hora de parar. – Bufei.

– Annie! – ela se virou. – Sabe que vamos embora em dois meses certo?

– Claro. - e saiu da varanda.

***

Não liguei para Luke, mesmo com uma Annie toda rebelde.

Sabe esse negócio de se rebelar contra o sistema e jogar as regras de convivência fora! Como ela faz isso? Era para ter pregado na geladeira! Junto com as outras coisas que precisamos lembrar e é necessário a nós. Deveria ter ficado ao lado da conta de água e da luz.

Depois que ela e Percy saíram, com direito a bochechas coradas e risos bobos por parte de Annie o que estranhei muito e fiquei assustada, migrei meu ninho até a sala e me instalei ali.

Liguei a TV e comecei a assistir um episódio aleatório de “Game of Thrones” quando Nico chega com roupas esportivas e todo suado. Sério, com o suor que escorria daquele ser humano daria para encher uma banheira. Recebi-o com uma careta indiferente e quando ele me percebeu, marchou até o sofá em que eu estava acomodada. Percebi que ele ia se sentar e puxei minha coberta.

– Não! Não. – Empurrei ele com o pé. – Você está todo suado e eu estou limpa e cheirosa, assim como o sofá e a coberta. Você não vai nos contaminar com esse seu suor fedorento! – ele abriu um pequeno sorriso, abriu os braços e se inclinou sobre mim. – Não! Não! – seu corpo caiu sobre o meu e seus braços rodearam minhas costas. – Meu Deus! Sai! – comecei a me debater e empurrá-lo. Ele se levantou.

– A qualquer hora. – depois subiu as escadas e se esquivou da almofada que joguei nele.

Bufei. Coloquei a coberta para lavar e fui tomar outro banho.

***

POV Annabeth

Foi uma coisa bem repentina, pra falar a verdade. Assim que saí do quarto com minhas recém-adquiridas regras de convivência dei de cara com Percy. Que é esse menino que você fica algumas vezes e continua convivendo com ele e não sabe o que fazer. É um problema que você quer riscar logo e evitar que suas bochechas fiquem coradas e quentes.

Mesmo sabendo de tudo isso não dá pra mandar no seu corpo o tempo todo então minhas bochechas ficaram coradas porque elas quiseram, eu não tenho nada a ver com isso!

– Oi.

– Oi. O que é isso na sua mão?

– Nada. – me apresso em dizer, minhas bochechas que já estavam ficando ao normal, ficam vermelhas de novo. – São só poemas. – pior desculpa que eu já inventei.

– Você escreve poemas?

– Não. São só alguns que eu vejo na Internet e copio.

– Legal. Posso ver?

– Não. – escondo o caderno atrás do meu corpo. – Eu tenho vergonha.

– Não são seus para ter vergonha.

– Mas eu tenho vergonha pelos autores.

– Se eles tivessem vergonha não publicariam na Internet. – Bufei.

– Ok, não são poemas. São regras de convivência e antes que você comece a rir só saiba que eu sou uma pessoa organizada. – ele levantou as mãos.

– Tudo bem. Eu não vou rir. – ele respirou fundo. – Você quer sair hoje?

– Humm pode ser.

– Ok.

– Vou chamar a Thalia.

– Pra falar a verdade eu queria que fôssemos só nós dois. – agora sim eu fiquei corada da cabeça aos pés, parecia uma fantasia ridícula de pimentão.

– Ah. Ah. – dou um sorriso. – Pode ser.

– Sério?

– Sim.

– Ok. Pode ser às 20:00?

– Claro. – antes de sair do corredor ouço uma risada baixa.

***

Assim que entrei no meu quarto revirei meu guarda-roupa a fim de achar algo aceitável. Não tinha trago nenhum vestido mais “arrumado” e todos eram soltos com estampas florais. O típico vestido que levamos para as praias.

Suspirei e peguei um vestido com alças finas, azul e com estampa floral. Tomei um rápido banho e calcei sandálias rasteirinhas, passei um gloss rosa claro e encarei minha imagem no espelho. Simples. Perfeito para a praia. Peguei uma bolsa nude e joguei meu gloss e meu celular lá. Encarei de novo a menina no espelho e relancei o olhar para a bolsa onde meu celular está. Pensei em meu pai e como não tinha notícias dele desde que saí de casa.

Suspirei de novo e saí do quarto. Espiei pela fresta do quarto de Thalia e a encontrei jogada na cama trocando mensagens com alguém. Um enorme sorriso estampa sua face. Espero que esse alguém seja Luke. Desço as escadas e encontro Percy encostado no sofá.

Pode ser só meu ego se gabando, mas juro que vi seus olhos brilharem quando cheguei perto dele. Não, foi só meu ego mesmo. O suposto brilho foi quando um carro passou na rua e iluminou a sala.

– E aí?

– Vamos.

– Vamos. – ele me ofereceu o braço e saímos do apartamento.

Aparentemente, meu Paraíso acaba de começar.


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Notas finais do capítulo

~Risurn: Entendo se não comentarem pela demora, acharem que morremos e tal. Mas poxa, tá tão amorzinho. O que vai dar isso? Pensem... Eles são os caras das festas épicas. Coisa boa não é MUAHAHAHA
Comentem, xinguem, digam que sentiram saudades, recomendem (não custa sonhar) obrigadaaaaa, beijos, até o próximo.
~Sorvete: Comentem! Favoritem! Recomendem!
Falem sobre a foto, especulem e digam o que vocês querem que aconteça.
Beijos e cócegas,
Sorvete de Limão.



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