Paraíso de Verão escrita por Sorvete de Limão, Risurn


Capítulo 5
Como Evitar que Uma Louca/Serial Killer/Ladra Faça Algo com Você.


Notas iniciais do capítulo

~Risurn: Oooooi gente! Olha só quem surgiu? Neh. Foram só onze dias.
Quem passou direto? EU PASSEI. Mentira, eu ainda não sei, mas espero que sim *Ri*
Aliás, gostei de ver o pessoal surgindo das trevas do capítulo passado para deixar review. Mas não é pra vadiar não viu? Todo mundo dizendo o que achou, porque eu não me contia de alegria.
Aliás, estão gostando do rumo do negócio? Espero que sim. Eu não sei se a Sorvete vai fazer notas interativas, mas né... Espero que gostem!
~Sorvete: Claro que dá! Porque notas interativas são tudo de bom. Gente! Obrigada por todos os reviews! Ó adoramos reviews eles sempre são bem vindos, passe aqui e fale conosco. Deem sinal de vida! (Menos sinal de fumaça porque não dá).
~Risurn: É verdade. MP é mais prático. Sinal de fumaça faz mal pro meio ambiente e toda aquela frescura. Mas a gente não morde não. Quer dizer, eu mordo. Mas nem dói amores *-*
~Sorvete: Ok. Para evitar de serem mordidos pela Risurn comenteeeem! Porque né?
Boa leitura!



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Girei na cama, preguiçosa.

Pisquei tentando absorver os últimos eventos. As duas primeiras noites foram desastres quase completos para mim – não que Thalia vá dizer o mesmo.

A pouca claridade que entrava pela janela me deixava tranquila.

Não existia nada que me acalmasse mais do que praia. Tem areia, sol, aquele calor maravilhoso. Tem o mar. Ah, o mar. Como eu gosto de mar! Grande, se estende até onde a vista alcança, e aquela cor! Como eu amo aquela cor. Verde e hipnotizante, como os olhos do Percy.

Espera. Abri os olhos com força sentando.

— Como os olhos do Percy? – falei pra mim mesma.

— An? Oi? O que?

Thalia surgiu sabe-se lá de onde, olhando de um lado para o outro, com a cara vermelha de um lado e o cabelo amassado.

— Meu deus! – gritei – O que você tá fazendo aqui?

Ela olhou em volta, parecendo relaxar, esfregou a cabeça e olhou para os lados.

— Não faço ideia.

O travesseiro dela estava no chão, ao lado da minha cama.

— Você dormiu aqui?

— Não sei mesmo.

— Certo. Isso é assustador.

— É né? Então, já que eu estou aqui, fale mais do que é “como os olhos do Percy”.

Rolei os olhos, afundando da cama.

— Nada.

— Fala.

— O mar.

— Sério? Eu não reparei.

Apoiei meu corpo com os cotovelos e a encarei.

— Como assim você não reparou? Aquilo tá na cara dele como um letreiro neon.

— Eu não sei. Não olhei tanto assim pra ele.

— Nem precisa. Eu já disse. Tá gritando na cara dele pedindo pra ser visto.

— Annabeth, não exagera. Os olhos dele não são diferentes tipo os seus.

— Na verdade, são sim.

— Jura?

— É. Tipo os seus. Ai, por que todo mundo que eu conheço tem olhos legais?

— Não sei. Gente bonita atrai gente bonita.

— Os olhos do Nico não são legais.

— São muito legais!

— Não são não. São... Sem graça.

Ela me olhou com sangue nos olhos. Gente, aqueles olhos são maravilhosos, mesmo vendo ela com raiva.

— Você não disse isso.

— Você não reparou nos olhos do Senhor Ego.

— Nos olhos de quem?

— Do Percy mulher!

— Ata. – então ela parou e sorriu pra mim. – E você se importa com isso por quê?

— Eu não... – parei a frase na metade sem saber ao certo como terminar. Eu realmente não me importo, mas parece que sim. Bufei. – Te odeio.

— Me odeia nada. Você me ama que eu sei. – Ela levantou num pulo pegando o travesseiro. – Vai te arrumar logo mulher.

Afundei minha cara no travesseiro.

— Você não consegue ficar um dia quieta? Em casa?

— Que casa mulher? Isso aqui é um cubículo. Nem pode ser chamado de casa.

— Tem dois andares!

— E dai?

— Meu deus. Acostumou com os mimos da casa do papai?

— Claro que não! Eu só... Não aguento ficar aqui quando tem uma cidade toda pra explorar!

— Só nós duas?

— Mas é claro. – gritou ela saindo do cômodo.

Me animei. Um dia das garotas? Nem acredito!

Pulei da cama procurando algum biquíni e colocando um vestidinho por cima, junto com uma sandália. Não me importava de sair básica daqui. Afinal, era uma volta com Thalia!

(...)

Me joguei na toalha que trouxemos e bufei. Thalia roeu uma unha e olhou para a esquerda.

— O que você tá procurando afinal?

— An? Oi? Eu? O quê?

— É. Você mesmo. Tá procurando o quê?

— Nada. – falou enquanto olhava para o celular e digitava alguma coisa.

Rolei os olhos. Desde que chegamos na praia ela não tirava os olhos da porcaria do celular. Tenho certeza de que ela está procurando alguma coisa — ou alguém.

— Olha só, enquanto você fica com esse mimimi eu vou ir dar um mergulho, tá?

— Aham. – ela murmurou sem me olhar.

— Cuida do meu vestido? – perguntei tirando-o e jogando ao lado dela.

— Aham. – Céus, aquela mensagem não terminava nunca.

— E depois eu vou embora tudo bem?

— Claro.

— O Nico me beijou ontem.

— Jura? – perguntou ela digitando fervorosamente.

— É. E foi ótimo.

— Que bom e... Espera. – ela levantou os olhos e me encarou. – O Nico te beijou?

Rolei os olhos e me afastei enquanto Thalia gritava comigo. Fala sério.

Assim que as ondas encostaram-se à ponta dos meus dedos, subiu um arrepio.

Parei na beira e aspirei o ar que vinha do oceano. Sempre gostara do cheiro, da visão e das vibrações que o ambiente trazia.

Sorri enquanto adentrava a imensidão meio verde, meio azul. O mar sempre me acalmara, era algo que me representava o perigo, a beleza, a emoção e alegria. Algo que não podia explicar. Aos poucos o nível da água foi subindo, até as ondas altas chegarem, eu achava mágico algo assim, sentia vontade de me jogar nas águas e deixa-las me levarem para onde quisessem.

Logo, tomei fôlego e pulei em uma onda. A sensação se estar rodeada por aquela imensidão era assustadora, sufocante e opressiva. Mas, ao mesmo tempo, libertadora. Sentia que nada podia chegar até mim ali, nada podia dar errado, — a não ser, é claro, morrer afogada — ali eu era intocável.

A onda me arrastara para trás, como sempre fazia quando me perdia em devaneios e decidi voltar para Thalia, não que ela estivesse me dando muita atenção.

Joguei meu cabelo para o lado enquanto andava em direção a ela. Senti alguns olhares sobre mim e logo percebi meu rosto esquentar. Sei que sou bonita, mas isso não significa que eu saiba lidar com isso. Óbvio que a sensação de ser desejada eleva qualquer autoestima, mas, ao mesmo tempo, destrói. Mas acho que nem todos entendem o sentimento.

Sentei na toalha e joguei a cabeça para trás, tentando absorver aquele sol maravilhoso. Thalia se levantou.

— Decidiu dar um mergulho? – perguntei de olhos fechados, amava a sensação do sol aquecendo a pele e lhe abraçando. Era reconfortante.

— Não.

— Ah, qual é! A água tá uma delícia.

Ela não me respondeu.

— Thalia? – logo, uma sombra impediu a passagem do sol. — Dá pra sair da frente do meu sol?

— Bom dia pra você também.

Fechei os olhos com mais força. Não. Hoje não. Nem precisava abrir os olhos para saber quem estava plantado logo a minha frente.

— Não acredito. – falei me jogando na areia. — Eu não mereço Senhor. Eu nunca fui uma filha ruim, nem fiz nada de errado, sempre fui boa com todo mundo. – Dei uma pequena pausa. – Tudo bem, eu não fui sempre uma boa filha. Nem fiz sempre tudo certo. Mas eu sempre fui boa com todo mundo, então tá valendo.

— Tá falando com quem loira? – perguntou uma voz que se jogou ao meu lado.

— Não – resmunguei – Os dois não. Isso já está virando perseguição, vou ligar pra polícia.

— Polícia pra quê louca? – perguntou Thalia sentando na minha frente.

— Primeiro, dá pra sair da frente do sol? Segundo, não fui eu quem saiu correndo ontem achando que eles eram ladrões.

— E não fui eu que deixou uma estranha entrar na nossa casa!

— Ela não era uma estranha!

— Podia ser uma serial killer!

— Mas ela não era!

— Mas do que as doidas estão falando?

Encarei os olhos verdes que proferiram aquelas palavras, furiosa.

— “As doidas” não estão falando de nada que te interesse. Aliás, o que você faz aqui?

— Nico me convidou pra dar uma volta, se eu soubesse que era pra te ver, nem viria.

Encarei Nico.

— O quê? – ele perguntou tentando se defender. – Foi ela.

— Thals!

— Annie!

— Nico!

— Percy!

— E, falando na desgraça...

— O quê? – perguntei de repente, atordoada.

— A estrupício! – gritou ela pra mim.

— Quem?

— A louca com o nome que eu não gosto.

Percy começou a olhar em volta, até abrir os olhos e terminar em um sorriso malicioso.

— Niquinho querido, olha quem apareceu.

— Quem que... – a pergunta dele morreu no ar ao encarar o mesmo ponto que o Senhor Ego. – Só pode ser piada.

— Não é não. – cantarolou o dos olhos verdes.

— Do que vocês estão falando? – perguntei olhando em volta. Me dei conta de que estava só de biquíni na frente de dois estranhos. Ok. Busquei o vestido e tentei coloca-lo.

— Ah, não coloca o vestido não. A vista tava ótima.

Fiz uma careta e procurei o que todos eles falavam. E não encontrei ninguém.

— Quer saber? Pra mim vocês são todos malucos.

Percy chegou perto de mim e falou alto suficiente para que apenas eu ouvisse:

— Se você deixar o seu cabelo jogado desse jeito... Bom, acho que você não percebe o quão sexy está.

— Percebo assim. Agora, Thalia, palavras.

— Estrupício. – falou entre dentes.

— Abby. – murmurou Nico a beira de se esconder atrás de qualquer coisa.

Olhei em volta e uma garota sorridente caminhava em nossa direção.

— Abby! – Exclamei contente.

POV Thalia

Respira 1,2,3.

Como evitar que uma louca/serial killer/ladra/ faça algo com você:

– Busque seu celular e ligue para a polícia.

– Saia correndo.

– Não olhe para trás.

Busquei minha bolsa e peguei o celular. Olhei a minha volta. Percy tomava tranquilamente uma água de coco. Onde ele achou isso? Não quero saber. Nico estava tentando se esconder. Pra quê? Eu também não sei. Annabeth olhava feliz para a estrupício. Se ela tem problemas? Com certeza.

Eu já tinha discado para a polícia e a qualquer movimento estranho eu ia ligar!

Agora vamos parar para analisar.

Primeiro: Eu vi Percy se levantando e comprando uma água de coco, mas eu estava tão desesperada pra achar meu celular que eu nem liguei.

Segundo: Acabei de constatar que Annabeth tem sérios problemas, dentre os quais são: virar amiga de uma psicopata e achar isso legal. Tipo “Hey Annie o que você fez no verão?” “Ah você sabe, coisas normais como ir à praia e virar amiga de uma psicopata!”. É.

Terceiro: Nico deve saber que ela também é uma psicopata porque está tentando desesperadamente se esconder atrás da cadeira o que daria certo, se Percy não estivesse empurrando-o.

E somente duas coisas podem justificar isso: Ou ele sabe que ela é uma psicopata ou eles tiveram algo.

Eu não sei vocês, mas eu fico com a primeira.

Porque não é possível que ele tenha ficado com aquela coisa. Eu acho que ele tem bom gosto já que a gente tá tipo ficando.

Né?

Respira Thalia 1,2,3.

Ok. Agora vamos voltar.

– Oi gente! – Nem me dei o trabalho de responder. – Nico! É bom ver você! – Ó só coisa feia ambulante! Vai andando.

– Abby. – ele respondeu. Com licença. O nome dela é Abigail.

– Posso ficar aqui com vocês? – Oh gente! Vamos fazer uma campanha para comprar um desconfiômetro para esta coisa. Liguem 0800 1596 23 para ajudar esta causa. Pode ser pouca coisa para vocês, mas é muito para quem precisa.

– Precisa não Abigail. Já estávamos de saída. – respondi antes que alguém aceitasse.

– Não estávamos não. – disse Annabeth. Oh Jesus! Vamos fazer outra campanha.

– Claro que estávamos.

– Thalia acabamos de chegar.

– Annie em outra dimensão nós já estamos de saída. – Não vou nem comentar isso.

– Não. Eu acho que estávamos saindo sim. – disse Nico. Obrigada por isso. Eu estava realmente cogitando a ideia de bater na Annabeth.

– É. – disse puxando ela. – Desculpa Abigail, mas este lugar perdeu a graça depois que você chegou. – Tapa na sua cara! Sua égua venenosa! Podia ser melhor, mas fazer o quê? Eu só queria sair de lá. Nico puxou Percy e murmurou um “desculpe por isso”. Assim que estávamos longe falei com Annabeth.

– O quê você estava pensando?

– O que eu estava pensando? O quê você estava pensando? Tratando a menina mal daquele jeito.

– Temos que ir agora. – disse Nico entrando no seu carro. – Ligo para você mais tarde. – ele dá a partida e vai embora.

– Tchau pra você também. – diz Annie. Suspirando começo a caminhar de volta para casa.

– Ei! Você não vai de carro?

– Não! Preciso de um tempo!

– Tudo bem.

Não é preciso saber muita coisa pra saber que Nico está escondendo algo. Ele não ficaria tentando se esconder da menina. Abigail já esteve aqui em outros verões e Nico me dissera que eles vinham para cá sempre. Juntou? 2+2. Nico + Abigail. Droga. Mil vezes droga.

Será que eu não poderia mesmo ter sorte? “Não seja pessimista se ele tentou se esconder dela é porque ele não quer mais nada.”. Ele não iria se esconder, deve ter acontecido algo que deixou tudo mal resolvido. Eu não iria ficar parada assistindo. “Você não precisa se preocupar com isso! Qual é? É o seu Paraíso de Verão! Vai aparecer alguém melhor! Thalia! Você vai embora! Nada aqui é permanente. Thalia Grace não corre atrás de ninguém.”

Thalia Grace não corre atrás de ninguém.

Principalmente em seu Paraíso de Verão.


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Notas finais do capítulo

~Risurn: Bonito né? É. Aliás, caso alguém não tenha notado, eu amo o mar. De paixão. E, não, não me considero filha de Poseidon. Só que, como não amar? :3
Até o próximo capítulo amores, favoritem, recomendem e não sei o que mais. Beeeeeeijos ^^
~Sorvete: É. Essa parte toda do mar, foi toda da Risurn porque eu e o mar não nos damos bem - traumas - eu sou uma pessoa toda traumatizada. Mas eu quero palpites: o que vocês estão achando da Abigail? Falem! E para os meus leitores de Uma Outra História - vocês que já me conhecem - que tal um concurso? u.u
~Risurn: Ou, ou, ou, ou. Espera ai. Concurso? Que história é essa de concurso?
~Sorvete: É, nem eu sei. Que tal?
~Risurn: É. É uma boa. Mas concurso de que? Porque enquanto você me informa, você informa o pessoal que tá lendo isso também. Aliás, viram como a Sorvete é? Só me conta as coisas na hora. Ela é a alma desse negócio.
~Sorvete: Eu não te contei, porque acabei de ter essa ideia kkkkkkk. Ok, vamos pensar em um concurso bem bacana e próximo capítulo vamos divulgar!
Beijos e cócegas,
Sorvete de Limão.