Paraíso de Verão escrita por Sorvete de Limão, Risurn


Capítulo 27
Acabou Com o Clima.


Notas iniciais do capítulo

~Sorvete de Limão: Hey babieeees
Galera aposto que vocês vão gostar desse capítulo, pelo menos quem gosta de capítulos melosos e também quem está disposto a ficar com diabetes s2
Boa leitura!
~Risurn: Oi gente! Nós nem demoramos dessa vez, orgulhosos? Espero que gostem dele, ninguém sabe até quando isso vai durar, né?
Hahaha ♥



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Quando acordei, meu rosto estava confortavelmente ajustado ao peito de Percy. Eu estava deitada sobre seu corpo e seus braços envolviam minha cintura. Percebi que ele gostava de dormir assim.

Um cobertor leve foi jogado sobre nós em algum momento. Acho que dormimos por volta do quarto ou quinto filme, nessa hora, não tenho certeza de nada.

Admito que fiquei meio preguiçosa de vir até aqui, pois pensei que ele não quisesse apenas assistir a um filme. Mas não.

Ele apenas havia me acomodado sobre ele, vez por outra acariciava a base da minha coluna, ou apertava minhas queridas “gordurinhas”, me fazendo rir.

Admito que trocamos alguns beijos, mas nada como, bem, como no chalé.

Senti os braços me apertando com força.

— Eu não me importaria de acordar assim todos os dias.

A voz dele estava engraçada, por te acabado de acordar. Rolei os olhos, mesmo meio fechados.

— É claro que não.

— É sério - murmurou ele, arranhando minha bochecha com a barba por fazer - não acredita em mim? Se as coisas fossem do meio jeito, você e Thalia já estariam morando aqui há um bom tempo.

Sentei em seu colo, apoiando a mão no seu peito e me permiti sorrir um pouco. Eu não podia alimentar um sentimento como aquele. Aquela sensação de calor que se apossava de mim sempre que ele fazia algo daquele tipo.

— Tenho certeza que sim.

— Volta aqui. Ta cedo pra levantar.

Desci meu corpo e dei um beijo leve em Percy.

— Não, não está. - suspirei - Como alguém pode mudar tanto em tão pouco tempo?

— Do que você está falando?

Ele tinha uma expressão serena, mantinha os olhos meio fechados e acariciava de leve a lateral das minhas pernas.

— Você. Como mudou tanto do Percy da primeira festa pra… Bom, você.

Ele levantou a sobrancelha e sorriu de lado.

— Mudei?

— Com certeza. Você era, bem, um babaca completo. E agora…

— Sou maravilhoso?

— Menos babaca.

— Sei. Mas - ele espalmou as mãos nas minhas pernas e sentou, grudando seu nariz no meu – eu ainda sou o mesmo Percy. E posso te mostrar agora mesmo como eu ainda sou o mesmo.

Ele se aproximou ainda mais, se fosse possível, e mordeu meu lábio inferior.

Não sei se foi ele, ou se fui eu, mas logo eu o beijava e era beijada por ele. E eu sempre queria mais.

Não sei o que poderia ter acontecido se Nico não tivesse se jogado ao nosso lado no sofá naquele instante e ligado a TV. Soltei Percy num pulo e sai do sofá.

— Acho que vou fazer o café.

Corri pra cozinha tentando - sem sucesso - não parecer tão vermelha.

— Qual o seu problema cara? - ouvi Percy gritando quando passei pela porta – Annie, querida, saia dessa cozinha.

— Oi? Por quê?

— Porque, – murmurou ele pegando alguns pães no armário – você não sabe fazer café da manhã.

— E quem te disse essa besteira?

— Você. Como foi mesmo? “Eu só sei fazer doces, se for salgado, não é comigo”.

A falsa voz fina dele me fez rolar os olhos.

— Eu nunca disse isso Percy.

— Tem certeza?

— Tenho.

— Certo. Mesmo assim, eu faço o café.

Rolei os olhos e sorri. Ele era impossível, e eu gosto disso.

POV Thalia

O meu encontro com Nico foi muito mais agradável quando eu o planejei. Sério, sem surpresas desnecessárias. Não é que as surpresas são desnecessárias, mas Nico não sabe fazer surpresa; As surpresas dele são muito surpresas. Ultrapassa o limite de “Surpresas para Thalia Grace”.

De todo jeito, depois de enrolar bastante dentro do carro eu cheguei em casa ou quarto de hotel. Esperava ver Annabeth debaixo de uma coberta assistindo algum filme de romance na Netflix, toda vermelha enquanto lágrimas escorriam de seu rosto, porém as luzes estavam apagadas e nenhum sinal de Annabeth Chase.

Nossa, com que será que ela está?

Só espero que ela não apareça grávida porque não estou a fim de ser tia aos 17 anos de idade.

Olho meu celular e há uma mensagem de Jason.

“Poderia ser mais específica? Se você estiver usando drogas, você está viva, por enquanto. Se estiver bêbada, também. E se estiver grávida também, aliás, duas vezes viva. Ou três. A gente nunca sabe.

– J.”

Rolo os olhos, o que dizer desse irmão mais novo que se acha o irmão mais velho universitário super protetor?

“Eu não estou bêbada, nem drogada, nem grávida. Só aqui de boa 2 bjs.”

“Eu fico imaginando, você não tá gostando de ninguém nem nada do tipo né?”

Gelei.

“Hã? Que história é essa Jason?”

“Não sei, você era mais frequente.”

“HAHAHAHAHA eu apaixonada? Tá. Mande lembranças pra Piper, Reyna sei lá.”

“Piper.”

“Tanto faz. Se cuida! Não morra :)”

“Igualmente.”

Deus do céu. Quem da idade de Jason fala igualmente?

Resolvi relevar. Antes de poder bloquear o celular eu recebo uma ligação de meu pai.

— Oi pai. Acabei de falar com Jason.

— Você tá bem? Nem drogada, nem bêbada e nem grávida, espero certo?

— Certíssimo.

— Hum, se cuida. Tchau.

— Tchau.

Esse é meu pai. Os 5 segundos mais empolgantes da minha vida.

Vou até minha cama e durmo rapidamente.

***

Quando acordo fico encarando meu celular um tempo com medo de apertar o botão e aparecer uma notificação, deste jeito:

Mensagem de Nico: “Boa noite :)”

Deus, se você existir, não permita isso. Pelo seu amor, não permita.

Eu nem sei o que acontece com Nico, às vezes, ele parece que sofre uma transmutação sei lá e passa de cara sombrio e misterioso para cara lerdo e meloso.

Eu juro que se aparecer uma mensagem dele de “boa noite” eu largo esse menino e não tô nem aí.

Respiro fundo e aperto o botão. Mil e uma mensagens de grupo de festas. Não acredito que eu ainda tô nesses grupos, abro as mensagens e não há nenhuma de Nico. Suspiro aliviada.

— Obrigada Deus, tudo de volta pra você. – olho para a cama de Annabeth que continua vazia e arrumada, ou seja, a loira safada não dormiu em casa. Quero nem saber o que ela fez. Me levanto e fico em um dilema interior: se eu me arrumava e descia para o buffet do hotel que, apesar de ser bom eu não queria ficar lá sozinha, ou se eu saía para outro lugar ou se eu ficava no quarto e morria de fome porque euzinha aqui não sei cozinhar. NADA.

Resolvo explorar a cidade e achar outra Lanchonete sem ser da Mina, ela já deve ter cansado de mim e de Annabeth. Lavo meu rosto, visto uma calça, uma regata branca e pego as chaves do carro. Pelo menos, a Annabeth teve a decência de não pegar o carro.

Saio dirigindo e tentando não matar algumas pessoas que acham que estão na praia, sendo que ela só estão atravessando a rua para ir para a praia, nem chegou e já fica desfilando na minha frente.

— Minha filha, aqui não é o concurso da Miss Universo não! Sai da minha frente! – buzino para uma criatura estranha que estava passando ali. Ela vira a cabeça pra me xingar e eu vejo quem é. Santo Deus é a Abigail. Abigail, a Estropício mais comumente chamada.

Finjo que nem sei quem é e acelero, ignorando os gritos raivosos das metidas a modelos de quinta categoria.

Eu devia ter atropelado a Abigail e depois saído correndo. Ia me sentir mais leve.

Acho uma rua comercial aonde têm várias lanchonetes bonitinhas, livrarias e algumas lojas de roupas.

Estaciono em frente à uma lanchonete com o nome em francês, ou alguma outra língua aí. Espio discretamente e vejo que é decorada no estilo vintage, com uma leve inclinada aos anos 20. Respiro fundo, aposto que é cara. Fico com preguiça de andar a rua toda e entro nessa mesmo. Dou uma leve olhada nos clientes e vejo um cabelo cor de areia familiar. Misericórdia. Deus ficou com raiva de mim por eu ter pedido que ele não deixasse Nico mandar a mensagem e agora fica jogando essas duas coisas em cima de mim. Obrigada, Deus. É o carma, é o universo, é Deus também jogando praga pra mim.

Dou meia volta e estava prestes a sair correndo de lá e indo pra Lanchonete da Mina mesmo quando olho para o lado e vejo a vitrine mais linda da minha vida, cheio de docinhos, salgados assados e outras coisas que eu nem sei o que é, mas que estão ricamente decoradas e me deixam com vontade de prova-las.

Suspiro: Luke ou doces. Luke ou doces. Luke ou... Doces. Doces ganharam. Eles sempre ganham. Contrariada me dirijo até o balcão e peço em voz baixa para a moça embalar os salgados e docinhos mais gostosos que ela vendia ali. Tive que repetir três vezes porque a moça não estava ouvindo e Luke está sentado muito próximo do balcão para que eu arrisque.

Agradeço a moça e saio correndo o mais silenciosamente possível. Entro no meu carro preparada para me deleitar com as incríveis comidinhas que me custaram metade do meu rim quando meu celular começa a vibrar. Xingando a pessoa que me ligou, a pessoa que inventou celulares e a pessoa que inventou as ligações, atendo resmungando.

— Que é? – não estava a fim de ser educada.

— Thalia?

— A única.

— É o Nico.

— Ah. – Parabéns! Trata mal o menino que você está a fim. – Oi Nico. – abro um sorriso e ponho a sacola de lado.

— Ei está afim de vir aqui?

— Claro. – Todo dia. Uma vozinha complementa na minha cabeça. Respiro fundo. Eu que não vou virar essas meninas loucas que ficam se jogando por aí.

— Ok, eu passo aí e...

— Não precisa! – falei em voz alta. – Quer dizer, não precisa eu já estou na rua mesmo. – disse na voz normal.

— Ok. Te vejo mais tarde.

— Ok. – respiro fundo com um sorriso no rosto e dou a partida no carro.

***

POV Annie

Quando estava em direção à minha terceira garfada de macarronada a porta da casa se abre.

— Nós temos campainha, sabia?

— Que nojo, fecha essa boca, eu to vendo o macarrão correr de um lado pro outro nessa boca Percy!

Ele sorriu, revirando os olhos.

— Você não pode dizer que tem nojo da minha boca querida.

— Oh meu Deus, que surpresa. Annabeth está aqui? E, espere, me deixe adivinhar, ela dormiu aqui também? Por Deus, não acredito nisso, que coisa mais surpreendente!

Virei para olhar Thalia pela primeira vez desde que entrara. Ela se jogou no sofá ao lado de Nico junto com um saco com o que eu acredito ser doces.

— Thalia, sua atuação me comove. Hollywood está perdendo uma grande estrela.

— E não está? – ela exclamou com a boca cheia de alguma rosquinha que não sei o nome. – Mas falando sério, você não tem mais casa agora? Telefone? Você podia te sido sequestrada e eu nem ia saber!

— Você não me ligou nenhuma vez.

— Detalhe técnico.

— Annie, você podia fazer alguma coisa pra gente comer né?

Olhei do meu prato de macarrão pra Nico e de volta para o meu prato.

— Lá na cozinha tem macarrão. Quer mais o que?

— Não. Algo doce. Doce. Gorduroso.

— É. – concordou Percy, acabando com a comida do prato. – Algo como... Como...

— Aquela torta que você faz Annie! De chocolate, morango e aquela bolacha de nome estranho. – emendou Thalia. – Fica ótima.

— Eu nem almocei direito ainda.

— E o que isso tem haver querida?

Encarei os olhos de Percy.

— Querida?

— Prefere amor?

— Ih. – murmurou Nico puxando Thalia para fora do nosso campo de visão, no sofá. – DR.

— Prefiro Annie.

— Porque você tem que ser tão chata?

Sorri me aproximando e encostei nossos lábios.

— Qual seria a graça da vida se eu não fosse?

— Eu acho que vou vomitar.

— E eu acho que vou te sufocar com uma almofada Thalia, o que acha?

— Acho que você devia ir ao mercado Annie, comprar as coisas, o que acha?

Lancei um olhar em direção à Percy que já estava indo pegar as chaves.

— Vamos então.

***

POV Thalia

Eu nem sei como fui parar no colo de Nico, só sei que eu estou e também sei que uma hora eu estava assistindo o novo filme do Exterminador do Futuro e na outra eu estava aqui.

Parecia que eu e Nico queríamos recuperar todo o tempo perdido naquele sofá. Percy e Annabeth ainda estavam no mercado. Os beijos de Nico desciam para o meu pescoço e colo e suas mãos apertavam minha cintura, eu tinha quase certeza que ele ia tirar a minha blusa e eu a camiseta dele quando a porta da sala é aberta.. Eu praticamente pulo para o outro lado do sofá.

— Por que sempre sou eu a flagrar vocês dois juntos? – Annabeth resmunga, Percy surge atrás dela carregando algumas sacolas, ele olha para Nico, para mim e depois abre um sorriso malicioso e pisca para Nico. Annabeth vira os olhos e sobe a escada com Percy atrás dela.- Quando terminarem, me avisem para eu fazer a sobremesa. - Annabeth fala lá de cima.Nico começa a me puxar de novo, me viro para ele.

— Annabeth acabou com o clima. – ele bufa e se deita nas minhas pernas e começamos a, realmente, assistir o filme.


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Notas finais do capítulo

~Sorvete de Limão: Só acho que esse capítulo merece reviews, favoritações e recomendações, assim, só acho.
2 beijos pra vocês e feliz Natal!
Sorvete de Limão.
~Risurn: O que dizer depois que a Sorvete já disse tudo? Talvez, apenas, preparem-se para a reta final. Sim, chegamos nela. Um ano depois, mas chegamos. Aproveitem.



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