Paraíso de Verão escrita por Sorvete de Limão, Risurn


Capítulo 19
Nova Perspectiva.


Notas iniciais do capítulo

~Sorvete: Oi oi tortinhas de limão *---*
Capítulo dedicado a linda da "Mafê Chase Jackson" pela linda recomendação. Tomara que vocês se divirtam com este capítulo ^^
Boa leitura

~Risurn: Ai, a imagem desse deu um pequeno problema, desculpem s2 Fora essa, apenas a do capítulo anterior não é nossa ;)
Agradecendo aqui a Mafê Chase Jackson, capítulo todo seu!
Gente, o capítulo anterior foi muito controverso. Alguns odiaram, outros amaram. Aqui vai a cartada decisiva *Ri*
Aproveitem!



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POV Thalia

Annie hoje está com um bom humor que só ela para ter.

Quem tem bom humor depois de tudo o que aconteceu ontem?

Annie claro porque ela é uma exceção na vida, no mundo.

E ela está com bom humor porque ela está cantando desde às 7 da manhã uma música única chamada “It’s Raining Man”.

Irônico não?

Deve estar chovendo homem mesmo já que o abestado do Luke não para de mandar mensagens.

Eu queria saber porque as pessoas não têm uma coisa bastante útil e que todo mundo deveria ter que se chama desconfiômetro. Aposto que se todo mundo tivesse isso o mundo seria um lugar melhor com direito a paz mundial e tudo.

Se tivessem dado um desconfiômetro para Hitler aposto que não teria uma Segunda Guerra Mundial. Ou teria né? Sei lá.

De todo jeito como se já não bastasse a escolha de música ultrapassada de Annie, ela ainda colocou para repetir e ela me ignorou completamente né? Já que estamos no mesmo quarto, nossas camas são um do lado da outra...

Sinceramente eu nem sei como eu consegui aguentar essa música 5 vezes seguida.

Peguei a almofada mais próxima e joguei na cara de Annie.

— Pelo amor de Deus Annabeth!

— O quê? – ela gritou se fazendo de desentendida e pausou a música.

— Essa música né minha filha? Que isso? Vingança do universo ou o quê? Sai dessa vida meu amor! Já passou, já foi. Supera.

— Eu já superei. Quem não superou foi você aí.

— Eu? Menina eu superei essa bagunça quando ela começou. Não, eu superei ela quando a gente pensou em vir pra cá. Ok. Já foi.

— Tá bom. Já que a música te incomoda tanto eu vou trocar.

— Obrigada.

A batida animada de “It’s Raining Man” é trocada pela tristeza de “Summertime Sadness”.

Sério Summertime Sadness? Tristeza de Verão? E, pior, Lana del Rey? Jura mesmo?

— Annie você tem problema?

— Tenho. Muitos. E um é você que não deixa eu ouvir minhas músicas em silêncio! – ela foi aumentando o tom de voz gradativamente.

— Então ouve e depois a tristeza de verão vai ser você aí com a marca da minha mão na sua cara, ok? – me levantei e me tranquei no banheiro.

— Chega mais então Thalia! – ela gritou.

— Vai ficar triste Annie vai!

— Já tô! – ela colocou a música “Summertime Sadness” de novo, desta vez mais alta.

Depois da música Summertime Sadness ter tocado seis vezes eu resolvi sair do banheiro porque já não dava mais.

— Sai dessa vida Annabeth.

— Não posso. – ela está jogada na cama com a cabeça enfiada nos travesseiros, umas das pernas dela pende para fora da cama e o braço visível está em um ângulo que eu não achava que era humanamente possível.

— Pode. Primeira coisa é parar de ouvir essa música e colocar... “Fancy” sei lá.

— Não quero mais ouvir músicas. E eu não gosto da Iggy Azalea.

— Vou ignorar a última parte, mas ainda bem né: Porque a gente não veio pra cá para ouvir músicas. A gente veio para ir para a praia. Você veio né? Eu vim por outras coisas que não estão mais disponíveis então fazer o quê né minha gente? Vamos levantar dessa cama e sacudir a poeira! Eu te puxo e você levanta ok? É um, é dois, é três.

— Thalia! Thalia! Para pelo amor de Deus! – Annie reclamou quando eu puxei ela pelas pernas.

— O quê?

— Para de me puxar sua doida!

— Oxe eu tô tentando te ajudar sua depressiva.

— Eu sei. Vou levantar. E o que aconteceu com você hoje hein? Tá animada demais. Tô gostando disso não.

— Eu não tô animada. Não, eu tô, mas eu só não quero que você aja como se todo esse rolo fosse o fim do mundo. Porque para eles não é. Você percebeu né? – ela suspirou.

— Percebi. Eu sei. Eu só não estou com clima de animação. Talvez pudéssemos passar o dia aqui.

— Ah não. Eu não aguento mais ficar nesse quarto ouvindo essas músicas estranhas.

Ela sentou, dando uma ajeitada no cabelo e me olhou como se eu tivesse dito a coisa mais ofensiva de todos os tempos.

— Não fala assim! Eu gosto delas.

— Eu percebi.

— Ok. Ok. Vamos lá. Vamos lanchar lá na Mina e depois passar o dia na praia. Talvez se tiver um luau a gente possa achar alguns garotos interessantes... – ela deu um sorriso malicioso, mas o desfez para acrescentar – Mas não iremos cometer o mesmo erro de se envolver. Quer dizer, a gente nem aproveitou as festas já que ficamos com os lerdos do Percy e do Nico na cabeça.

— Exatamente. Era disso que eu estava falando. Vou até mandar uma mensagem para Luke falando que não quero nada com ele. Vou ser bem grossa pra ver se esse menino desgruda do meu pé. – Annie sorriu para logo depois desviar o olhar para meu celular que estava jogado na cama.

— Aposto que é ele ligando agora. – virei os olhos e peguei o celular. Realmente é Luke.

— Que foi?

— Thalia?

— A única. Luke achei bom você ter ligado.

— Sério?

— Sim. Quero aproveitar e dizer que estou terminando nosso namoro porque eu não gosto de você, você é estranho e eu só aceitei aquele seu convite porque eu estava entediada. Sendo assim dois beijos.

— Espera Thalia! Você não entende eu estou com problemas e eu acho que estou apaixonado por você.

— Sei. Morre que passa. – desliguei o celular.

Ao terminar a ligação e olhar para Annie vejo que ela está deitada morrendo de rir.

— Finalmente você largou o encosto do Luke.

— Tinha largado há muito tempo só ele que não sabia. Aliás, você está me devendo uma, já que me apresentou pra ele. Cada furada, viu? Vamos para a praia agora!

***

POV Annie

Depois que saímos de casa e fomos em direção a lanchonete, Luke ligou novamente e Thalia atendeu. Porque é claro que estava bom demais para ser verdade, é meio complicado terminar um relacionamento em dezessete segundos. Eles conversaram longamente com Thalia dando repetidos motivos para o fim até ele finalmente entender. A essa altura eu já havia feito nossos pedidos e eles estavam chegando.

— Esse menino não sabe levar um fora não? – Thalia bufou jogando o telefone longe. – É o seguinte: a próxima que atender o telefone vai passar dois dias dormindo na rua, ok?

Concordei rindo e meu celular começou a vibrar.

Levei a mão até ele e o tirei do bolso, encarando o visor.

— Ele está vibrando, não está? – murmurou Thalia, com uma expressão de tédio.

— Está.

— Não atenda.

— Não vou atender.

— Quem é?

Parei e encarei a tela mais uma vez.

— Número privado.

— Regra da vida Annabeth: nunca atenda número privado. Quem te conhece, te liga normal. Porque a) sabe que você atenderia e b) não tem motivos para você não querer conversar. Então. Não. Atenda.

Com muito esforço, o deixei na mesa, no silencioso e encarei a comida a nossa frente.

— Pronta para encarar esse hambúrguer? – perguntei.

— Querida, eu nasci pronta.

E então, deu uma risada, junto com a primeira mordida.

(...)

Emergi do mar e joguei meu cabelo para trás.

Como eu senti falta de vir para cá. Nem acredito que sacrifiquei meus dias no mar, por ele.

A água gelada em contato com a minha pele me fazia ter arrepios e a areia fofa abaixo dos meus dedos arranhava meus pés, me fazendo sorrir. O sal da água fazia minha pele coçar um pouco, mas eu não me importava. O calor do sol aquecia a parte exposta do meu corpo, me fazendo ansiar por mais um mergulho, o que fiz.

Prendi a respiração e pulei abaixo da onda que surgiu.

A água era clara e logo abri meus olhos. No início eles ardiam, mas agora já estou acostumada com a sensação que o mar dá. Só sinto a calma da imensidão dele.

Meu pé não encostava no fundo. Permiti meu corpo cair, até chegar ao chão e arranjar impulso, trazendo meu corpo para cima.

Sai, rindo como sempre. Uma criança pequena, era o que meu pai dizia.

Olhei para Thalia, que estava sentada em uma toalha, ouvindo música e acenei para que ela entrasse.

Ela havia dado apenas um mergulho e voltado para a areia. Eu realmente não a entendia. Afinal, era praia. O que ela queria?

Percebi que talvez ela tivesse mais coisas na cabeça do que eu imaginava. Talvez, mais coisas do que eu pudesse saber. Eu não sabia o que ela estava sentindo ao deixar Nico de lado. Muito menos o que eu senti ao deixar Percy lá.

Admito que inconscientemente – ou talvez, bem consciente – esperava que ele me ligasse. Uma mensagem. Alguma coisa. Mas, nada veio. Quase 48h.

Já não me sentia mais tão feliz após isso. Decidi convidar Thalia para ir para casa, tomar um banho e voltarmos para o luau que ela disse ter encontrado.

É sério, Thalia simplesmente fareja essas coisas. Os convites caem nos pés dela.

Ela nem pensou muito antes de recolhermos as coisas e voltarmos ao hotel. Ele era bem excêntrico como eu achei que seria, mas era acolhedor. Tinha aparência de casa.

Depois do meu banho, deixei meu cabelo solto. Ele estava ondulado e caia pelas minhas costas, vesti um dos meus vestidos florais mais larguinhos e fui.

Admito que não estava em um clima tão festeiro assim, mas Thalia estava animada para pular um pouco e extravasar toda aquela energia acumulada. Isso, ou ela socaria a cara de alguém. Ambas as opções a deixariam igualmente satisfeita.

Depois de alguns copos de bebida, umas músicas legais, um garoto sentou ao meu lado.

— Noite bonita, não?

Olhei para ele e respirei calmamente, sorrindo um pouco. Não era nem de longe Perseu Jackson, mas eu poderia tentar.

*****

POV Thalia

Já não lembrava mais em qual shot de qualquer bebida que servisse no bar improvisado na praia eu tivesse parado, minha meta era experimentar todos os tipos, mas acho que terei que recomeçar. De qualquer jeito, eu só queria dançar. Mostrar meus passos improvisados e não tão bons assim. Dançar. É tudo o que eu quero fazer esta noite.

Perdi Annabeth um tempo depois de termos chegado na festa, só espero que ela não apareça grávida. E que se lembre de como voltar para o hotel. Espero que ela lembre mesmo porque eu não lembro.

Eu não sei o que os garotos desta cidade têm na cabeça porque eu queria mesmo só dançar, mas sabe, investidas é o que não falta aqui. Depois de ter desviado da terceira tentativa de um cara de conseguir mais que uma dança, suspirei e dei meia volta. Tentar achar Annabeth nesta multidão não ia ser nem um pouco fácil, não iria conseguir nem identifica-la pela cabeleira loira já que todo mundo aqui resolveu ser loiro.

Começou a tocar alguma música da Shakira e de repente um monte de gente começou a fazer aqueles passos de Conga que todo mundo sabe e, ao mesmo tempo, ninguém sabe e alguma pessoa me puxou para a fila porque quando eu vi já estava com um monte de bêbado alucinado dançando Conga.

Foi bem traumático, para ser sincera.

Eu não sei se as pessoas sabem como funciona esse negócio, mas deveria ser voluntário. Só ir quem quer. Mas não, quem passa, se gosta da sua cara te enfia no meio da roda e ai só vai.

E o pior é que parecia ser uma prisão de braços e pernas porque eu não conseguia sair. O povo estava dançando/cuspindo/gritando no meu ombro e orelha, a música estava alta e minha cabeça começava a girar.

É, eu pensei que ia desmaiar ali mesmo.

Até que surge a líder da fila doida que se iniciou ali, e é a Annabeth.

Isso mesmo, Annabeth liderando a fila da Conga.

Meu queixo caiu e eu poderia ficar ali analisando Annabeth se mexer mais do que eu consideraria possível pra ela, mas alguém me empurrou e eu tive que acompanhar a distância Annabeth rebolando de um lado pro outro e fazendo aqueles passos retardados de Conga.

Ela ainda estava com a boca aberta e olhando pra cima.

Ah se meu celular estivesse aqui.

Eu acho que estava assustada demais para fazer alguma coisa e o povo começou a me empurrar de novo. Saí da fila porque aquilo ali estava ficando bizarro demais. Procurei alguma brecha na multidão de corpos, alguma pessoa que estava bêbada demais para conseguir andar. Consegui entrar antes que o povo começasse a empurrar o pobre coitado.

Assim que entrei no meio da roda, o povo começou a olhar para mim. E todo mundo parou.

Eu repito: Todo. Mundo. Parou. Até a música parou gente, pelo amor de Deus.

Só Annabeth que estava de costas continuou a dançar.

Até que a garota que está atrás dela a cutucou. Ela se virou e parou de dançar. Ela arregalou os olhos e a única coisa que eu pensei foi “Ferrou.” (N/A não vou dizer a palavra que todo mundo imaginou porque eu sou uma pessoa direita na vida ok? 2 bjs).

— Thalia! – ela gritou com os braços abertos e todo mundo gritou “Thalia!” também. - Coloca uma música aí DJ! – ela gritou e todo mundo começou a gritar também e começou a tocar “Livin' La Vida Loca” e todo mundo gritou mais e recomeçou a dançar. Annabeth me puxou e me colocou atrás dela e recomeçou a dançar e foi uma loucura.

A primeira coisa que notei é que nessas cidades todo mundo parece conhecer música mexicana, porque só toca isso.

E, a segunda, é que todo mundo parecia conhecer a Annabeth e eu fiquei assustada porque geralmente era eu nesse papel, mas acho que não bebi tanto quanto ela. Até que ela parou, de novo e todo mundo parou também.

— Todo mundo para aí! – a música parou e eu até vi a Mina em algum lugar da fila com o Minardo atrás dela, eles pararam imediatamente e começaram a ouvir Annabeth que estava gritando com uma voz muito estranha de bêbada. – Eu e a Thalia agora vamos fazer uma dança especial. DJ pode colocar Rabiosa da Shakira! – ela gritou alongando as palavras e todo mundo gritou também. Caramba esse povo só sabe gritar? Annabeth começou a me puxar e aí eu me liguei de que eu ia dançar na frente de todo mundo, inclusive da Mina, meu Deus. Não rola gente, não rola.

Eu só sei que apareceu uma voz na minha cabeça e disse “Menina, brilha que nem diamante, ui vai lá. Se solta gata.” Meio escroto eu sei, mas acho que foram aqueles dois shots daquela bebida brilhante que eu bebi.

A música começou a tocar e todo mundo começou a gritar, nenhuma novidade. E eu e Annabeth pensando que estávamos dançando sensualmente quando, na verdade, devíamos estar parecendo duas idiotas bêbadas demais para pensar direito. O povo gritava loucamente, acho que rolou LSD aqui porque, tem nem como esse povo gritar tão alucinadamente como eles estavam gritando.

Annabeth e eu terminamos nossa apresentação e o povo gritou, aplaudiu, gritou umas coisas meio estranhas, mas ok.

Eu estava meio alucinada também depois de toda dança e do delírio das pessoas, mas tenho certeza que vi um par de olhos negros e outro par verde no meio da multidão. Ou talvez tenham sido os shots. É. Não existe outra explicação.


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Notas finais do capítulo

~Sorvete: VIVA A CONGA!
Deixem suas opiniões!
Beijos,
Sorvete de Limão.
PS.: Saí da vida de cócegas, não mando mais u.u

~Risurn: Achei tão engraçado *Ri*
Espero que tenham curtido tanto quanto nós, nos contem ;)
P.S.: No último capitulo, atingimos nosso maior número de reviews, vamos bater esse número nesse capítulo?



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