Alvo Potter e o retorno das trevas escrita por Hermione Potter 112


Capítulo 7
Capítulo VII


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Finalmente, aqui está o tão esperado capítulo do almoço!
Espero não vos desiludir com o que escrevi, espero mesmo que gostem!
Agradeço aos dois leitores que sempre me deixam reviws maravilhosos, é por vocês que escrevo cada vez mais!
Boa leitura!



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Faltavam quinze minutos para a uma hora e Ginny sentia-se cada vez mais ansiosa. Ela queria que tudo corresse bem, pois sabia que este almoço era muito importante quer para Harry quer para Alvo. Sabia que o seu irmão Ron iria dificultar as coisas, pois o ódio que sentia por Draco ia além de uma simples inimizade, era uma antítese de valores e ideais. Ron demorava muito mais que Harry a perdoar erros do passado, o que assustava Ginny.

Harry entrou na cozinha, aproximando-se dela.

– Precisas de ajuda? – perguntou Harry.

– Não, vai ver os teus filhos – ordenou Ginny, irritada.

Harry, percebendo o nervosismo da mulher, aproximou-se mais dela e abraçou-a.

– Não fiques assim – disse-lhe Harry. – Vais ver que tudo vai correr bem!

– Tenho, medo, Harry – confessou Ginny. – Tu sabes perfeitamente como é o Ron, já sabes que ele vai começar logo a mandar bocas sem deixar o Malfoy falar! E depois o filho dele é amigo do Alvo, e sabes como é, ele e a Rose andam sempre juntos, então, vão andar com o Scorpius, e o Ron não vai gostar.

– Tem calma, Ginny! Por que é que achas que eu decidi fazer este almoço aqui em casa e não num restaurante? Eu sabia perfeitamente disso tudo, temos que lhes dar algum tempo e espaço para conversarem e se entenderem. Não espero, de forma nenhuma, que eles se tornem amigos nem coisa parecida, só queria que se tentassem entender, nem que seja para o bem das crianças!

– Achas que o almoço vai estar bom? Eu esforcei-me, mas acho que deitei sal a mais na carne. O bolo ficou torrado e…

– Para, amor, tu sabes que és uma excelente cozinheira, tens de confiar mais em ti!

– Tens razão, Harry, eu só estou nervosa com isto tudo, quero mesmo que corra bem!

– Vais ver que vai correr – tranquilizou-a Harry. – Se algo correr mal, estamos nós aqui para acalmar as coisas. Acabei de ter uma ideia, vamos pôr as crianças a almoçar separadas de nós, quero evitar que eles vejam a discussão.

– Não podias ter dito mais cedo? – enervou-se Ginny. – Agora vou ter de pôr a mesa toda outra vez, eles estão a chegar e as coisas não vão ficar prontas a tempo.

– Sai daqui, vá, vai-te preparar – pediu Harry calmamente. – Eu trato disso, confia em mim!

Mais tranquila, Ginny foi preparar-se, enquanto Harry colocava a mesa dos adultos na cozinha, levando a das crianças para a sala.

– O que estás a fazer, pai? – perguntou James, entrando na sala.

– Vocês vão almoçar aqui – explicou Harry. – Como mais velho, quero que tomes conta dos outros!

– Que seca! Queria ver a discussão entre o Malfoy e o tio Ron!

– Eu depois conto-te – disse-lhe Harry. – Posso confiar em ti?

– Podes, sabes que sim, vou tomar bem conta deles.

– Eu sei que vais, se não nem te pedia uma coisa destas.

James ficou satisfeitíssimo. Era tão bom ver que, apesar de estar sempre a pregar partidas, o pai o conhecia e confiava nele!

– Agora ajuda—me aqui a pôr a mesa, antes que a tua mãe chegue e fique ainda mais stressada do que já está!

James ajudou o pai imediatamente, sabia que nestes dias era melhor não enervar Ginny. Quando ela desceu, já estava tudo pronto.

– Obrigada – agradeceu Ginny. – As mesas ficaram lindas!

– De nada – disseram Harry e James em coro.

– Vou chamar o Al e a Lilly – ofereceu-se James, indo a correr chamar os irmãos.

Nesse momento, tocaram à campainha e Ginny foi abrir. Eram Ron e Hermione, com Hugo e Rose.

– Bom dia! Onde está a doninha albina? – perguntou Ron, sem esperar nem mais um momento.

– O Draco ainda não chegou, e agradeço que te comportes, estás em minha casa – irritou-se Ginny.

– Não stresses, maninha, aquela doninha já tinha saudades minhas!

– Ron! – irritou-se desta vez Hermione. – És pior que os teus filhos, cresce!

– Está bem, eu vou fazer um esforço, mas não prometo nada – comprometeu-se Ron.

Nesse momento, voltou a ouvir-se a campainha. Harry foi abrir, era Draco com a família.

– Bom dia, Draco, Astoria, Scorpius – cumprimentou Harry.

– Bom dia – respondeu a família Malfoy.

Quando entraram, Draco e Harry trocaram olhares hostis.

– Doninha – cumprimentou Ron.

– Pobretão – devolveu Draco no mesmo tom. Podia estar a fazer um esforço, mas um homem não é de ferro Bastou um olhar zangado de Astoria para Draco corrigir. – Weasley, queria eu dizer!

– Agora andas manso, a tua mulher amansou-te? –perguntou Ron, provocando.

– Ron, é melhor calares essa boca – disse Hermione, começando a ficar irritada.

– Desculpa – pediu Ron rapidamente, sabendo o quanto Hermione se irritava facilmente.

– O que estavas a dizer, mesmo? Agora quem anda mansinho? – provocou Draco.

– Bom, vamos para a mesa – pediu Ginny, prevendo uma grande discussão. – James, leva os outros para a vossa mesa!

James e as restantes crianças foram para a sala, enquanto os adultos se dirigiam à cozinha e fechavam a porta.

– Agora vamos conversar como adultos – pediu Harry, enquanto todos se serviam. – Primeiro, vamos deixar o Draco explicar-se, afinal é para isso que estamos todos aqui.

Draco, um pouco envergonhado com a presença de Ron, contou aos outros tudo o que tinha dito a Harry no dia seguinte.

– Esse discurso é muito bonito, mas quem me garante que isso é verdade? – quis saber Ron.

– Pensa na tua mulher e nos teus filhos – pediu Draco. – Eles são tão importantes para ti como a minha família é para mim, foi por eles que mudei, que me quis tornar alguém melhor, a minha família merece tudo.

Ron calou-se. Começava a entender melhor Draco e, mesmo que lhe custasse muito admitir, estava disposto a tentar dar uma oportunidade a Draco.

– Tudo bem, vou tentar, mas com uma condição.

– Qual? – quis saber Draco.

– Posso continuar a chamar-te doninha albina.

Todos riram, até Draco. Embora esse apelido pudesse ser ofensivo, lembrava-lhe os tempos de Hogwarts, que, mesmo com alguns maus momentos, traziam saudades e boas lembranças.

A partir daí, falaram sobre as suas vidas, o que tinham feito até ali. Harry e os amigos ficaram a saber que, tal como Draco, Astoria se tinha tornado medibruxa, especializando-se em pediatria, e que ia começar a trabalhar este ano em Hogwarts, como substituta de Madame Pomfrey, que se iria reformar. Os Malfoy ficaram a saber que Ron trabalhava com Harry no departamento dos aurores, Hermione era chefe do departamento de Regulamentação de Leis Mágicas e Ginny se tinha tornado estilista. Apesar das confusões iniciais, o almoço foi relativamente calmo e até divertido para os adultos.

Enquanto isso, na sala, as crianças sentaram-se em silêncio. À exceção de Alvo, ninguém conhecia Scorpius e estavam com dificuldade de começar uma conversa. Para além disso, Alvo, Scorpius e Rose estavam ansiosos por ficar sozinhos para poderem conversar sobre o mistério das varinhas. Cansado daquilo, James resolveu quebrar o silêncio.

– Então, fala sobre ti, filhote de doninha!

– Vê lá se o filhote de doninha não te vai à boca e te parte os dentes! – irritou-se Scorpius. Estava cansado dos apelidos ridículos que sempre lhe punham por causa do seu pai.

– Tu? Sempre queria ver isso, miniatura de gente – provocou James.

Scorpius não esperou nem mais um minuto, levantou-se e ia para cima de James se Alvo e Rose não se tivessem metido no meio.

– Parem já com isso! – avisou Rose, fazendo lembrar Hermione quando estava zangada. – Parecem dois bebés, comportem-se! James, como mais velho devias facilitar as coisas e não tornar isto mais difícil. Ainda não conheces o Scorpius e já estás a chamar-lhe nomes, francamente.

– Desculpa – pediu James. Sabia que a prima tinha razão e, para além disso, não queria desiludir o pai, que tinha confiado nele.

– Tudo bem, desculpa-me também, eu não devia ter reagido logo assim – disse Scorpius bem mais calmo.

A partir daí, os rapazes começaram a falar sobre quadribol, enquanto que Rose e Lilly conversavam sobre a nova coleção de roupas de Ginny, que iria sair na próxima semana. O almoço passou rapidamente e as crianças combinaram pedir aos seus pais que os deixassem encontrar-se mais vezes.

No final do almoço, James foi com Hugo e Lilly jogar quadribol para o jardim, enquanto Alvo, Scorpius e Rose iam para o quarto de Alvo para, finalmente, puderem conversar a sós.


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