Alvo Potter e o retorno das trevas escrita por Hermione Potter 112


Capítulo 34
Capítulo XXXIII




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Na manhã seguinte, Rose acordou bastante ansiosa. Por mais que adorasse a sua mãe e fosse um enorme conforto tê-la sempre ali em Hogwarts, tinha imensas saudades do seu pai. Tinha quase a certeza que o seu tio Harry iria convencê-lo a ir com ele buscar a capa de invisibilidade de Alvo. Ron não iria perder a oportunidade de não só rever a sua família como também o castelo onde, na sua infância, fora tão feliz.

Assim que se lembrou da capa, os seus pensamentos dirigiram-se para o grande problema que tinham de enfrentar. Se alguém tinha intercetado o bilhete do tio, sabia (se é que já não sabia antes) que eles andavam a investigar. E agora, que fazer? Em quem poderiam confiar? Quem teria intercetado o bilhete? Será que a pessoa era de Hogwarts ou estaria na escola apenas no momento certo e na hora certa? Se o líder daquele grupo de magos das trevas não estivesse em Hogwarts, com certeza teria aliados na escola. No tempo dos seus pais e tios, eles sabiam contra quem estavam a lutar. Voldemort podia ter aliados que eles desconheciam, mas, pelo menos, sabiam de onde viria o maior perigo. Já no caso de Rose e dos amigos, eles não sabiam quem liderava a ascensão das trevas desta vez, e era isso, o facto de estar no escuro, que mais a preocupava. Ela sabia que podia, já, ter estado em frente ao líder daquele grupo e não fazer ideia que isso tinha acontecido. Começou a pensar em todas as possibilidades, cada uma mais mirabolante do que a outra. E se fosse Blaise? Não, pior, e se fosse Draco?

— Não sejas estúpida – pensou Rose para si própria. – O Draco e o Blaise não são, de certeza. Se não confiar neles, em quem vou confiar, então?

Ela não queria tornar-se paranoica e desconfiar de todos ao seu redor. Teria de confiar em alguém, ou então iria enlouquecer!

Enquanto isso, Alvo e Scorpius conversavam aos sussurros no seu dormitório, não só para não acordar os seus colegas, mas também para impedir que alguém os ouvisse.

— Quem achas que terá intercetado o bilhete do teu pai? – inquiriu Scorpius.

— Não faço ideia, mas também gostaria imenso de saber. Temos de descobrir quem é o líder das trevas desta vez, se não, como iremos lutar contra ele?

— Tens razão, mas como vamos fazer isso?

— Não sei, não faço ideia, nem sequer sei por onde começar!

— Começamos por nos vestir e ir tomar o pequeno almoço, porque temos de nos despachar para ir ter com o teu pai.

— Tens razão, vamos esperar que o Blaise investigue para depois decidirmos o que vamos fazer em seguida.

Os dois amigos começaram a preparar-se rapidamente. Quando desceram para a sala comunal, Rose, James e Fred já os esperavam. Juntos e conversando sobre os mais variados temas, chegaram ao salão para tomar o pequeno almoço. A meio da refeição, ma série de corujas começaram a sobrevoar o salão e uma delas parou em frente a Alvo com um bilhete. Ao retirá-lo da pata da coruja e desdobrá-lo para ler, Alvo empalideceu drasticamente.

— O que foi? – quis saber James, preocupado com a expressão do irmão.

— No bilhete diz: “Cuidado com quem se metem. Se querem um conselho, parem com as investigações.” – leu Alvo em voz baixa, pelo que todos tiveram de se aproximar para conseguir ouvir.

— Quem o terá mandado? – quis saber Rose, muito aflita.

— provavelmente quem intercetou o bilhete do tio Harry ontem – sugeriu Fred.

— E agora? – questionou Rose.

— Agora continuamos a investigar, mas temos d ter mais cuidado – concluiu Scorpius.

— Temos de contar isto ao pai – disse Alvo. – Ele precisa de saber!

— Sim, tens razão – concordou Rose. – Contamos-lhe hoje.

— Não, aqui não – apressou-se a dizer Fred. – Escrevemos um bilhete a explicar o que aconteceu e damos-lho quando lhe dermos também a capa. Não podemos correr o risco de ser ouvidos.

— Sim, é uma boa ideia – concordou Rose, apressando-se a escrever o bilhete.

— O que estás a escrever, traidora de sangue? – perguntou Crabbe, que passava nesse momento atrás da cadeira de Rose. Imediatamente, todos ficaram preocupados. O que teria Crabbe lido ou ouvido.

— Não te interessa, Crabbe – disse Rose rapidamente, continuando a escrever.

— Se eu te perguntei, é porque me interessa, não achas?

— Bem, desde quando ficámos tão importantes para ti, para te interessares por um simples bilhete que eu estou a escrever?

— Ora, dá-me mas é o bilhete - resmungou Crabbe, retirando o pergaminho das mãos de Rose. Imediatamente, todos começaram a entrar em pânico, mas Rose fez-lhes um sinal para que não fizessem nada. Entretanto, Crabbe começou a ler em voz alta: “Olá, tio! Estou a escrever-lhe este bilhete para lhe pedir algumas bombas de bosta. Um colega do nosso ano, o Crabbe, adora comê-las, e como eu sei que o estoque dele acabou, vim pedir-lhe mais para lhe oferecer”. Ora, sua… - começou Crabbe, puxando a sua varinha. No entanto, o professor Silver aproximava-se e Crabbe, vendo isso, guardou a varinha imediatamente a afastou-se da mesa dos Gryffindor.

— Como tiveste essa ideia genial, Rosie? – perguntou James.

— Bem, eu só tinha começado a escrever o bilhete, e como não especifiquei que era para o tio Harry, fingi que era para o tio George e aproveitei para me divertir um bocadinho à custa do Crabbe – explicou Rose, pegando num novo pergaminho e recomeçando a escrever.

— Mas pensem um pouco – começou Scorpius. – O Crabbe estava muito interessado no bilhete, logo, ele deve ser aliado do líder das trevas. Ele deve ter-lhe pedido para investigar, daí o interesse dele no nosso grupo.

— Sim, podes ter razão – anuiu James. – Acrescenta essa informação no bilhete, Rose.

— Sim, vou fazer isso, não te preocupes.

— Bem, mas nós podemos jogar com isso a nosso favor – disse Alvo – Podemos começar a investigar o Crabbe, para ver se conseguimos chegar a alguma conclusão!

— O meu maninho está a começar a ficar inteligente – brincou James.

— Oh, cala-te! Mas agora a sério, nós temos de encontrar um aliado nos Slytherin, porque para nós vai ser difícil investigar.

— O David, filho do Blaise, é de confiança – disse Scorpius. – Lembras-te, no outro dia, o teu pai até disse para falarmos com ele.

— Sim, falamos com ele ainda hoje, se possível, ou amanhã – disse Fred. – É a nossa melhor hipótese.

Assim que terminaram de comer, dirigiram-se ao local marcado para se encontrarem com Harry. Tal como Rose esperava, Ron também lá estava, acompanhado de Hermione, que tinha vindo matar saudades do marido, e Ginny, que também tinha querido vir ver os seus filhos.

Após os cumprimentos habituais, Alvo entregou a capa ao pai, fazendo questão de lhe colocar na mão o bilhete, que Harry colocou rapidamente no bolso.

— Obrigado, filho – agradeceu Harry. – Mas agora contem-me, como é que vocês estão? Como vão os estudos?

Todos relatavam os novos feitiços que tinham aprendido e os progressos que tinham feito nas diversas matérias.

— Muito bem, estes nossos filhos andam muito aplicados – comentou Ron. – Ainda se lembram de todas as confusões em que nós nos metíamos? Admira-me como vocês, Alvo, Rose e Scorpius, ainda não se meteram em nenhuma confusão!

Mal imaginava Ron que as confusões estavam ainda agora a começar! Naquele momento tão calmo, nenhum deles imaginava o que ainda teria pela frente!


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