Alvo Potter e o retorno das trevas escrita por Hermione Potter 112


Capítulo 25
Capítulo XXIV


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Voltei com o capítulo de ano novo para vocês!
Aproveito para vos desejar um feliz ano novo, com toda a sorte do mundo e com tudo o que vocês desejam!
Espero que gostem do capítulo, boa leitura!



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Uma semana tinha passado e, finalmente, chegou a véspera de ano novo. Na Toca, vivia-se um ambiente de azáfama, pois todos estavam ocupados a preparar a festa de ano novo, cujos convidados seriam os mesmos que os da festa de Natal.

Molly estava na cozinha a preparar diversos pratos e sobremesas deliciosas. Ginny ajudava a mãe, coordenando a lavagem dos pratos com a sua varinha. As crianças, com a ajuda de Harry e Ron, decoravam a sala, que tinha sido magicamente aumentada. Hermione, Fleur e Angelina estavam a decorar as mesas, preparando-as para a hora da festa.

Finalmente, tudo estava pronto. A Toca estava linda! Todos se foram preparar para a grande festa de ano novo. Tal como no Natal, as meninas da família demoraram imenso tempo a preparar-se, querendo estar o mais bonitas possível para aquela festa que, para elas, era tão especial.

Às oito horas da noite, todos os convidados haviam chegado e a festa começou. Todos estavam sentados à volta da longa mesa da Toca, deliciando-se com a comida preparada por Molly. Alvo comia um prato de carne suculenta com batatas bem quentinhas e saborosas, enquanto pensava nas reviravoltas que tinham acontecido na sua vida nesse ano. Alvo tinha entrado em Hogwarts, tinha-se tornado ainda mais próximo de Rose e tinha encontrado em Scorpius um amigo para toda a sua vida. Para além disso, tinha acontecido muita coisa na escola, incluindo uma profecia que o envolvia. Alvo sabia que, mais cedo ou mais tarde, a professora McGonagall, que, a essa altura, já deveria ter conhecimento da previsão da professora Trelawney, iria contar tudo aos seus pais. Provavelmente, iria fazê-lo depois das férias, para que os Potter passassem um Natal e uma passagem de ano tranquilos.

Alvo decidiu, então, que, antes de ir para Hogwarts, iria falar com Rose, Scorpius, James e Fred e iria dizer-lhes que seria melhor contarem tudo aos adultos, pois seria melhor que estes soubessem pelos seus filhos o que estava a acontecer e não pela diretora da escola. No entanto, naquele momento, decidiu apenas aproveitar a festa e divertir-se o mais que pudesse na companhia das pessoas de que tanto gostava.

Após o delicioso jantar, chegou a hora de comerem as sobremesas. Alvo encheu uma grande taça com pudim de caramelo, levando-a para junto dos seus quatro amigos mais próximos, que estavam sentados no chão com as pernas cruzadas, formando um círculo.

– Desculpem falar disto agora, mas tenho uma coisa para vos dizer – começou Alvo.

– É sobre a tua profecia, não é? – perguntou James.

– Sim, é – confirmou o irmão. – Eu acho que devíamos contar tudo aos nossos pais e aos outros adultos. Eu acho que é melhor eles saberem por nós do que pela diretora.

– Sim, eu também já tinha pensado nisso – concordou Rose. – Imaginem-se no lugar dos nossos pais, como se sentiriam se soubessem que os vossos próprios filhos estavam a viver algo perigoso e importante para todo o mundo bruxo e não vos tinham contado nada?

– Então, está decidido, contamos tudo amanhã – disse Scorpius. – Hoje não, para não lhes estragarmos a festa.

– Concordo, mas agora vamos aproveitar – disse Fred. – E que tal pregarmos uma boa partida (pegadinha)? Há muito tempo que não fazemos nada!

– Boa ideia – concordou James de imediato.

– Não sei se é muito boa ideia, e se formos apanhados? – inquiriu Rose.

– Não sejas chata, Rosie, diverte-te sem pensar nas consequências pelo menos uma vez na vida!

– É importante pensarmos nas consequências do que fazemos, porque…

– Vais fazer a partida connosco ou vais ficar aí cheia de medo, a pensar no que pode acontecer?

– Eu faço – concordou Rose finalmente, pois detestava que lhe dissessem que ela estava com medo, embora essa fosse, de facto, a verdade.

– Mas, então, o que vamos fazer? – quis saber Scorpius, ansioso pela sua primeira partida.

– Esperem aí – disse James. – Vou ali buscar umas coisinhas e já venho. O alvo da partida vai ser o tio Ron!

James dirigiu-se muito discretamente até ao seu quarto, trazendo consigo uma aranha de plástico preta e peluda, extremamente realista, que tinha comprado nas gemealidades Weasley.

– Pronto, está aqui – disse James, mostrando disfarçadamente a aranha aos amigos. – Scorpius, como nunca fizeste nenhuma partida, vais tu coloca-la ao lado da cadeira do tio Ron. É só apertares uma das patas e larga-la que ela começa a andar e a subir pela primeira coisa que lhe aparecer à frente. Tenta pô-la o mais perto possível das pernas dele, mas tem cuidado para ninguém te ver.

– Ok, deixem comigo!

Scorpius foi-se aproximando vagarosamente da cadeira de Ron, que estava distraído a conversar com Harry e George sobre a última partida de quadribol a que os três tinham ido assistir. Quando estava bastante próximo, Scorpius baixou-se, apertou uma das patas da aranha e colocou-a o mais perto que conseguiu da perna de Ron. Depois, também discretamente, voltou para junto dos amigos, sentando-se como se nada tivesse acontecido.

Não tiveram de esperar muito. Tal como previam, a aranha começou a subir pela perna de Ron, que olhou para debaixo da mesa para ver o que era aquilo.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! – gritou Ron apavorado.

Hermione aproximou-se a correr, para ver o que se passava. Aproximando-se, percebeu que a aranha era de plástico, pois já a tinha visto na loja do cunhado. Não aguentando, desatou a rir, tal como os cinco amigos. Hermione pegou na aranha, mostrando-a a todos, que depressa se juntaram às gargalhadas.

– Não teve graça! – gritou Ron irritado.

– Desculpa, pai, mas até teve – disse Hugo, que estava sentado num sofá junto de Lilly.

– Quem foi o idiota que pôs esta coisa aqui? – quis saber Ron, ainda bastante enfurecido.

– Foi o Scorpius, eu vi – disse Lilly inocentemente, pois pensava que a partida não tinha nada de mal e era, até, algo muito engraçado de se fazer.

As orelhas de Ron começaram a ficar vermelhas e, de repente, ele levantou-se, andando até ao pobre Scorpius, que, sem perder tempo, desatou a correr por toda a casa, com Ron no seu encalço.

– Anda cá, não fujas que eu apanho-te. Gritava Ron.

– Eu não fiz por mal, juro – respondia Scorpius assustado, não parando de correr.

– Deixa o meu filho em paz, Weasel – interveio Draco.

– O teu filho vai ver, anda cá! – continuava Ron.

– Chega! Ron, senta-te, estás pior que as crianças, francamente! – disse Molly. – Ainda me lembro, quando tu tinhas a idade deles, de como te disfarçavas de fantasma para assustar a Ginny.

Ron sentou-se, amuado por ter recebido um sermão da mãe em frente a toda a gente, incluindo os seus próprios filhos. Scorpius, por via das dúvidas, sentou-se bem próximo do pai, pois ainda estava assustado com a reação de Ron. Tudo o que ele tinha feito era por diversão, não queria que Ron tivesse levado tão a peito aquela brincadeira.

– Senhor Weasley, desculpe, não fiz por mal – pediu Scorpius num fio de voz, com as lágrimas de culpa a quererem saltar-lhe dos olhos. Ele sabia que era horrível quando mexiam com os traumas das pessoas, pois também se sentia mal quando falavam de Lucius, que era o seu medo particular.

– Não te preocupes, eu sei que não fizeste por mal – tranquilizou-o Ron, agora bem mais calmo. – Eu também não te ia fazer mal, não te preocupes. Sei que convives há pouco tempo com a nossa família, mas nós somos assim, agimos de cabeça quente, mas não fazemos nada de mal. Mas prepara-te, aliás, preparem-se, porque isto vai ter volta – acrescentou, olhando para onde estavam os outros intervenientes da partida, pois sabia perfeitamente que Scorpius não tinha feito tudo aquilo sozinho. – Até tu, Rose, francamente, nunca pensei que fizesses uma coisa destas, eu e a tua mãe não te educámos para pregar partidas – acrescentou olhando para a filha mas, quando Hermione não estava a ver, aproveitou para lhe piscar o olho e sorrir, numa atitude que mostrava perfeitamente o orgulho que tinha em Rose por ela ter feito isso. Rose sorriu, sabendo perfeitamente que o sermão do seu pai não tinha passado de fachada para agradar a Hermione.

Scorpius, por sua vez, ficou bem mais tranquilo, compreendendo, finalmente, a atitude de Ron. Ele sabia que precisava de mais tempo para conhecer as nuances da personalidade de cada membro daquela família.

As horas foram passando e todos se divertiam, conversando ou fazendo alguns jogos. A meia-noite aproximava-se rapidamente e todos se dirigiram para junto da mesa, pegando um copo de champagne para os adultos e de sumo para as crianças. Para além disso, seguindo a tradição, cada pessoa pegou em doze passas, que simbolizavam os doze desejos que deveriam pedir, um por cada mês do ano que viria.

Quando faltava um minuto para a meia-noite, todos colocaram uma moeda no bolso, pois dizia que isso iria atrair dinheiro para o novo ano. Para além disso, todos subiram para as cadeiras onde estavam sentados anteriormente pois, segundo a tradição, isso dar-lhes-ia sorte, algo que Alvo sentia que iria precisar bastante.

Todos fizeram juntos a contagem regressiva para o novo ano:

– Dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três, dois, um, feliz ano novo! – gritaram em coro, brindando e comendo as passas para poderem pedir os desejos.

Passado esse momento de euforia, todos se abraçaram, desejando feliz ano novo uns aos outros. Até Draco e Ron se deixaram apanhar pelo clima de amizade e afeto, trocando um rápido abraço entre si, jurando um ao outro que um momento como aqueles jamais se repetiria.

Os cinco amigos sentaram-se novamente em círculo.

– E então, quais foram os vossos desejos mais importantes para este ano? – quis saber Fred.

– Eu desejei que conseguíssemos vencer a profecia e que nunca nos separássemos – confessou Alvo.

– Eu desejei que vocês não se fartassem de mim, que o meu avô não fizesse nada contra o meu pai e que as pessoas parassem de julgar a minha família – disse Scorpius.

– Nós nunca nos vamos fartar de ti – tranquilizou-o James, passando um braço em torno dos ombros de Scorpius. Com tudo o que tinham vivido, James via Scorpius como um amigo muito próximo e Scorpius via-o como o irmão mais velho que nunca tivera mas que gostaria muito de ter.

– Eu desejei que o mundo bruxo não sofresse muito com os novos tempos que virão – disse Rose por sua vez.

– Eu desejei que o meu pai não sofresse tanto com a morte do tio Fred – acrescentou Fred, sabendo como o pai se sentia em relação a isso.

– Eu desejei continuar assim próximo de vocês e que o pai tivesse orgulho em mim – confessou James. Ao longo dos anos, todos diziam que Alvo era a cópia do pai. O irmão era o centro das atenções e James, por mais que tentasse esconder isso, sentia-se um pouco incomodado, pois gostaria de ser parecido com o seu pai, que tanto amava e admirava.

– Ele já tem orgulho em ti, tenho a certeza – acalmou-o Alvo.

– Achas mesmo? Eu não faço nada para o agradar, nos anos anteriores estava sempre a fazer com que os pais tivessem de ir à escola por minha causa. Este ano isso só não aconteceu porque tenho andado preocupado com outras coisas.

– Não é por gostares de fazer partidas que o pai não tem orgulho em ti- rebateu Alvo. – Tu sabes que o pai sempre nos tratou da mesma maneira, e para além disso está sempre a dizer que tu és igualzinho ao avô, e tu sabes como o pai adora o avô, mesmo nunca o tendo conhecido.

– Desde quando é que tu cresceste tanto, maninho? – perguntou James, dando um abraço afetuoso ao irmão.

Harry estava num canto da sala sozinho, olhando aquela cena. Estava feliz por os seus dois filhos estarem tão próximos. Secretamente, estava preocupado por nunca mais ter sido chamado à escola por causa de uma partida de James. No fundo do seu coração de pai, sabia que algo se passava com os seus filhos, e esta união entre os dois, no seu ponto de vista, seria importante para ultrapassarem tudo o que estivesse para vir.

– Formam um grupo muito unido, não achas? – perguntou Draco, que estava ao lado de Harry, também muito feliz com aquele grupo de amigos do filho.

Durante os próximos minutos, ambos conversaram sobre a dificuldade de serem bons pais e do orgulho que tinham dos seus filhos. Pouco a pouco, os convidados foram indo embora e todos se foram deitar. Tinha sido um dia longo, mas fantástico!


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Contem-me tudo!