Alvo Potter e o retorno das trevas escrita por Hermione Potter 112


Capítulo 24
Capítulo XXIII


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Aqui está o capítulo de Natal, espero que gostem!
Boa leitura e Feliz Natal!



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Os dias foram passando sem quaisquer desenvolvimentos em relação ao mistério. Toda a família se divertiu muito, fazendo guerras de bolas de neve, jogando quadribol apesar do frio e juntando-se para fazer jogos ou simplesmente conversar. Scorpius estava encantado, sorrindo o tempo todo, pois nunca tinha passado uma época natalícia tão divertida, rodeado de tantas pessoas maravilhosas que o amavam muito. Os seus pais estavam bastante felizes pelo filho, pois nunca o tinham visto assim. Para eles, era fantástico o facto de Scorpius ter, finalmente, encontrado o seu lugar no mundo.

Todos os dias, Molly os surpreendia com pratos deliciosos, sopas quentinhas e chocolate quente ou chá no meio da tarde ou à noite, que todos apreciavam muito. Apesar de a comida de Hogwarts ser maravilhosa, todos sentiriam saudades das refeições caseiras.

Desde que não exagerassem muito e não fizessem muito barulho, as crianças tinham liberdade para se deitar à hora que quisessem, tendo como única condição manterem-se no interior da casa, pois os ataques começavam a ficar cada vez mais frequentes. No profeta diário, eram publicadas listas cada vez maiores de pessoas assassinadas ou desaparecidas. Mesmo que os adultos tentassem que as crianças não vissem o jornal, Victoire colocava-os a par de todos os acontecimentos, considerando importante que eles soubessem o que realmente se passava no mundo bruxo e o que iriam ter de enfrentar dali para a frente. As crianças consideravam esta proteção dos adultos muito exagerada, mas Victoire compreendia perfeitamente. Todos aqueles adultos tinham passado por situações bastante dolorosas na guerra contra Voldemort, muitos deles na sua infância e adolescência, e queriam poupar os seus filhos/netos de crescer numa época tão tenebrosa. No entanto, todos sabiam que pouco havia a fazer, pois não era escondendo os problemas que eles desapareceriam. Sabiam, igualmente, que as suas famílias seriam dos primeiros alvos a abater, pois tinham tido um papel decisivo no fim do reinado de Voldemort. Por esse motivo, apesar da felicidade de estarem todos juntos numa época tão especial para eles, a preocupação constante nunca os abandonava.

Dois dias antes do Natal, todos se dirigiram ao beco Diagonal para fazer as compras de Natal. Desta vez, todos os adultos tinham ido, até mesmo Molly e Arthur, pois havia muitas crianças para proteger. Todos tiveram oportunidade de fazer as suas compras com relativa liberdade, sendo a única condição ficar perto de um adulto. Harry sentia-se cada vez mais triste, pois a era de trevas estava novamente a reerguer-se. Ele sonhava com um mundo onde os seus filhos tinham liberdade, podendo ir e vir para onde quisessem e quando quisessem, mas agora sabia que, nesse momento, tal seria impossível, pois o perigo espreitava em cada esquina. Felizmente, não sucedeu qualquer incidente digno de nota, ou porque o lado das trevas ainda não conhecia a profecia ou simplesmente porque aquele não era o momento de tal acontecer.

Finalmente, era Natal! No dia anterior, a casa tinha sido totalmente decorada e adultos e crianças divertiam-se igualmente, sem barreiras de idade. Draco divertia-se mais que todos os adultos presentes, pois este seria o seu primeiro Natal de verdade. Quando era pequeno, na mansão Malfoy esta época era passada com comensais da morte e a alegria não era, de facto, um dos sentimentos mais presentes. Agora, contudo, Draco considerava-se, já, parte da família Weasley e todos, à exceção, claro, de Ron, faziam questão de lhe lembrar isso a cada momento com as suas palavras e atitudes acolhedoras. Sabendo do passado de Draco, quer adultos quer crianças insistiram em que fosse ele a pendurar a estrela no ramo mais alto da árvore, atitude que ele agradeceu, extremamente emocionado, considerando-a como um grande gesto de amor por parte daquela família. Aquele, sim, seria um verdadeiro Natal!

No dia de Natal, a Toca amanheceu coberta de um espesso manto de neve. Todos acordaram extremamente cedo, sorrindo, era Natal e estavam com as pessoas que mais amavam. No entanto, nos corações dos adultos, havia um espaço vazio e uma sensação de nostalgia, pois Fred ainda fazia muita falta. George era o que mais se sentia triste, pois o seu irmão gémeo era a pessoa mais importante da sua vida, parte da sua alma. No seu coração havia um grande vazio que jamais seria preenchido. Todos lhe diziam que o tempo cura todas as feridas, mas essa foi a maior mentira que George já ouviu. O tempo poderia minorar a dor, mas essa ferida nunca ficaria sarada, por mais anos que passassem. No Natal, no seu aniversário e noutras épocas especiais, a ferida reabria e sangrava dolorosamente, mas ele tentava minorar o efeito da dor permanecendo junto da sua família. A sua mulher, Angelina, e os seus filhos, Fred e Roxane, ajudavam-no muito, sendo o seu pilar, a sua força nos momentos mais difíceis. Molly e Arthur também sofriam em silêncio, pois nada é igual à dor de perder um filho e ambos sabiam que nunca mais seriam os mesmos. No entanto, não queriam demonstrar esse sofrimento, pois todos aqueles que ainda estavam vivos mereciam um Natal feliz. Nesta época em que as trevas ressurgiam, todos iriam aproveitar aquele Natal, pois no ano seguinte algum deles poderia, já, estar a fazer companhia a Fred.

As crianças, no entanto, alegraram o ambiente com as suas gargalhadas e gritos de alegria. Os adultos correram para a sala, onde as crianças já os esperavam, mal podendo conter a ansiedade para abrir os presentes, James e Fred tinham, inclusive, tentado espreitar para dentro dos seus embrulhos e só não os abriram porque Victoire os impediu. Quando todos finalmente estavam presentes, começaram a abrir os presentes. Foi um momento fantástico, de partilha e diversão, onde todos esqueceram os seus problemas e se divertiram.

Alvo ganhou diversos presentes, mas aquele de que mais gostou foi a capa de invisibilidade, que lhe foi dada pelo seu pai. No primeiro ano de James, Harry tinha-lhe dado o mapa do maroto e agora era justo oferecer a capa a Alvo. James compreendeu perfeitamente esta situação, considerando que a atitude de Harry tinha sido a correta. Antes, talvez não tivesse compreendido com tanta facilidade, considerando o presente de Alvo melhor que o seu. No entanto, tudo o que se tinha passado tinha-o feito amadurecer bastante mais rápido, sabendo que, em Hogwarts, estaria responsável pela segurança do seu irmão, o que o fez crescer. Rose, Scorpius, James e Fred aproximaram-se para verem o presente de Alvo e todos sabiam o quão útil iria ser quando finalmente tivessem de enfrentar o que quer que fosse que estaria para vir.

Quando todos acabaram de abrir os presentes, foram preparar-se para a festa de Natal. As meninas demoraram imenso tempo a arranjar-se, pois era um dia muito especial e todas queriam estar no seu melhor. Os meninos estavam, já, impacientes, pois queriam começar a divertir-se. Passado duas horas todos estavam prontos e dirigiram-se para o campo de quadribol, onde jogaram uma partida amigável até ao almoço. Para além da família, Neville, a sua mulher, Hannah Abbout, e a sua filha, Alice Longbottom, da idade de Alvo, também iriam passar o Natal na Toca, o que agradava muito a todos os presentes. A família de Neville era muito próxima de todos, quer adultos quer crianças. Luna e o seu marido, Rolf, também não poderiam faltar à celebração do Natal dos Weasley. Com eles, vieram os gémeos Lorkan e Lisander, que eram do ano de James mas pertenciam aos Ravenclaw (corvinal). Para além deles, veio também Ted Lupin, afilhado de Harry e agora seu estagiário, pois estava a tirar o curso de auror. Desde que a sua avó, Andrómeda, morrera, Ted vivia sozinho num apartamento em Londres. Harry ainda tentou convencê-lo a ir viver para a casa dos Potter, mas Ted recusou, considerando que estava na hora de começar a tornar-se independente e construir o seu próprio caminho. Ted amava Victoire, mas ela era bastante tímida e, estando ainda no sexto ano, tinha receio de admitir os seus sentimentos, pois iriam estar separados durante muito tempo e Vic temia que esse sentimento não fosse suficientemente forte para vencer o tempo e a distância.

Depois de se terem deliciado com o maravilhoso peru de Molly, seguido das mais diversas sobremesas natalícias, passaram uma tarde muito divertida, jogando os mais diversos jogos, quer bruxos quer trouxas. Quando, finalmente, o dia chegou ao fim, todos estavam exaustos, mas muito felizes.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram?
Divirtam-se muito no vosso Natal, acima de tudo sejam felizes!