Juntos por uma Horcrux - Fred & Hermione escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 38
Capítulo 38 - One way


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoinhaas.
Então, venho me desculpar pelo capítulo pequeno comparado com o que eu estou acostumada a escrever mas se eu fosse continuar nesse mesmo para ele ficar maior não acabaria postando hoje então resolvi diminuir para que vocês tivessem pelo menos uma previa do que esta por vir!
Agradeço a todos que continuam lendo minhas fics.
E quem tem wattpad, me segue lá: @princess-in-the-dark
Boa leitura!



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Nos capítulos anteriores: 

Hermione e Fred saem em uma missão juntos atrás do passado de Voldemort.

Viram muito amigos e Hermione volta para Hogwarts descobrindo alguns meses depois que Fred seria o novo professor de vôo.

Os dois se apaixonam.

Campeonato de quadribol entre as escolas onde no último jogo Voldemort ataca acabando dentro do corpo de Draco Malfoy.

Hermione mata Fred e o traz com magia negra.

 

— Hermione. – ouço a voz de Fred me chamar.

Sento na cama que estou deitada no quarto de Gina e tento melhorar meu rosto antes que meu namorado entre com tudo no quarto e me veja passar mais um dia inteiro apenas jogada em minha cama.

— Já chegou da loja, Fred? – pergunto.

Há duas semanas Fred teve que voltar para a loja já que George não estava conseguindo cuidar de tudo sem o irmão. Depois que voltei para a Toca quando apaguei a memória dos meus pais e minha avó morreu, Fred fez de tudo para que eu me sentisse melhor e então na semana seguinte não saiu do meu lado por uma semana inteira.

Foi sufocante.

Graças a Merlin George pediu para que fosse trabalhar.

— Hoje fechamos mais cedo. – respondeu e jogou-se ao meu lado. – Me diga que não ficou nessa cama o dia todo.

— É claro que não fiquei. – menti.

Ele sabia que eu estava mentido. Fred sabia tudo sobre mim mas não disse nada. Nós dois ficamos em silêncio apenas pensando quando foi que nossa vida ficou a confusão que esta agora.

— Hermione... – Sua voz estava séria. – Eu não sei se consigo mais.

Suas palavras me deram um desespero maior do que sentia nos últimos dias.

— Como assim não consegue mais?

— Fingir que esta tudo bem. – ele levanta da cama. – Fingir que você provavelmente não esta entrando em depressão e afastando a todos ao seu redor, incluindo a mim.

— Eu... – Suas palavras me ferem. – Eu não estou...

— Não está?

— Fred só está sendo um período ruim, logo vai passar. – prometi.

— Quando vai passar, Hermione? – Era estranho vê-lo tão serio. – Estamos prestes a começar uma guerra e se continuar assim não sei se você vai conseguir sobreviver para nos ajudar.

Levantei da cama também.

— Desculpe se eu ainda estou tentando absorver toda a merda que aconteceu. – gritei de volta. – Não sei por que você ainda gasta o seu tempo tentando me ajudar, afinal, eu te matei não foi? Te matei e te trouxe de volta com magia negra. Deveria me odiar. Eu me odeio por tudo que aconteceu. Então desculpe por não ter conseguido superar ainda e ajudar a safar o rabo de todos como eu sempre faço.

Depois de gritar tudo isso tive que parar para recuperar o fôlego.

— Não venha se fazer de coitada, Hermione. – ele não gritava e devo admitir que isso era ainda mais assustador. – Todos estamos passando por uma barra nessas últimas semanas mas mesmo assim não desistimos como você parece estar fazendo.

Eu senti vontade de chorar.

— Eu...

Fred se aproximou de mim e me segurou pelos braços.

— Não quero que você se sinta mal, Hermione. – disse. – Só quero que reaja, seja a garota pela qual eu me apaixonei.

Olhei para cima tentando conter as lágrimas.

— Eu... – não conseguia terminar a frase. – Preciso ir.

E talvez pela primeira vez na semana peguei um casaco e minha varinha decidida a sair daquela casa. Sai do quarto e Fred não tentou me fazer ficar, fui em direção as escadas e desci. Quando cheguei no primeiro andar vi que todos que estavam na sala, família Weasley e Harry, pareceram sem graça então deveriam ter ouvido parte da nossa conversa já que nenhum dos dois pensou em abaixar a voz.

Sai pela porta indo cada vez mais para longe da casa saindo do campo que era protegido contra a aparatação. Ouvi meus pés pisando na grama molhada e sabia que meu tênis deveria estar todo enlameado mas não consegui ligar para mais nada. Só queria sumir dali.

— Eu disse para você. – Aquela voz irritante que eu tentava ignorar veio até meus ouvidos. – Ninguém ali esta realmente preocupada com seus sentimentos além de mim.

Continuei fingindo que não ouvia nada.

Eu estava perto do final do perímetro do feitiço e conseguiria aparatar.

Para onde? Eu não fazia idéia já que eu não tinha mais ninguém que não estivesse lá dentro.

— Eu sei que você me ouve. – Tom insistiu. – Não adiante me ignorar.

— Cale a boca. – gritei perdendo a paciência. – Só cale a boca.

O homem moreno sorriu por eu ter reagido pela primeira vez desde que eu o conheci e descobri que era a única que via esse tal de “Tom”. Lógico que notando que ninguém mais via cheguei a conclusão que era algum estresse pós traumático e sempre que ele aparecia eu fingia que não via nada.

— Hermione, você deveria prestar atenção no que eu tenho a dizer. – continuou me ignorando.

— Eu não tenho não. – Me senti idiota por estar falando com o nada. – Eu só tenho que ir embora daqui.

Tom estava prestes a me responder quando eu cheguei no final do feitiço e aparatei.

**

O primeiro lugar que eu pensei quando aparatei foi o beco diagonal.

Logo eu estava rodeada por outros bruxos que faziam suas compras atentamente já que nos últimos meses não era mais tão seguro vir no beco diagonal como antes.

Não desde que Voldemort voltou.

Meus pés me guiaram e quando notei eu já estava indo para a travessa do tranco onde eu sempre me encontrava com Draco. Chegando no beco onde eu vi diversas vezes meu amigo loiro sentado eu fiz o mesmo e me encolhi no canto.

O peso da culpa e saudade me sufocou deixando com que as lágrimas que já estavam tentando sair jorrassem sem limitações.

Meu Deus.

O que eu estava fazendo com a minha vida?

Na onda da raiva e tristeza eu havia saído da Toca que nem um furacão deixando Fred com certeza triste atrás de mim. A última coisa que eu queria era ele triste. Eu o amava tanto que o trouxe de volta com magia negra.

E também sabia que ele estava certo.

Virei uma inútil nos últimos dias e precisava voltar a agir.

Afinal, eu era Hermione Granger.

Precisava reagir para honrar a memória que vovó tinha de mim.

Trazer meus pais de volta quando chutar o rabo de Voldemort e conseguir Draco de volta.

Para fazer tudo isso eu tinha que parar de chorar e me movimentar.

Levantei decidida a voltar para a Toca procurando Harry e Rony para pedir desculpas e começarmos a planejar o que fazer. Tínhamos que procurar as horcruxes o mais rápido que conseguíssemos.

Quando eu estava quase saindo daquele lugar asqueroso acabei tendo que parar por puro choque.

A cabeleira loira de Draco apareceu entrando no beco onde nos encontrávamos e por um segundo senti um alivio. Queria abraçá-lo e ouvir aquela voz arrogante mas depois do alivio o desespero quase me afogou.

Lembrava-me muito bem da última vez que estive ali com Draco.

Entretanto, não era Draco que estava mais no corpo dele.

Voldemort olhou para mim e sorriu como se já esperasse me encontrar ali.

— Você é uma garota muito difícil de ser contatada senhorita Granger.

Pressionei os lábios tentando imaginar como conseguiria correr dali sem levar um Avada na testa.

— Por que o lorde das trevas estaria me procurando?

Seu sorriso aumentou ao notar que conseguiria uma conversa comigo.

Isso tudo estava tão estranho.

— Fiquei sabendo que trouxe seu namoradinho de volta a vida com magia negra. – ele foi direto.

Então o que Harry e eu supomos que todo o ataque foi para me fazer matar e trazer Fred de volta estava certo mas por que ele queria isso? O que ganharia com isso?

— Pensei que o grande Lorde Voldemort teria mais com que se preocupar do que um namoro adolescente. – resmunguei sabendo que não era uma boa idéia.

— Acontece senhorita Granger que quando se trata de você eu sempre quero saber tudo. – sua voz tornou aquela de flerte que Draco sempre usava.

Eu estava doida com certeza.

Primeiro eu tava vendo alguém que não existia.

Agora Voldemort estava flertando comigo?

Ah, tem algo realmente errado com a minha cabeça.

— Por que se interessa tanto por uma sangue ruim? – perguntei.

Voldemort deu um passo em minha direção e eu dei um para me afastar dele.

Estávamos jogando um jogo bem perigoso.

— Você é a única exceção para mim.

— Por que? – estava tentando não deixar o medo me dominar.

— Você é inteligente. Muito inteligente. – Voldemort disse dando mais um passo em minha direção. Tentei me afastar mas já tinha chegado ao muro. – Desde que eu peguei esse... Corpo, algumas coisas mudaram.

Vendo que eu não tinha como escapar resolvi continuar essa conversa para saber aonde tudo isso iria dar.

— Como assim mudaram? – perguntei. – Espero mesmo que para muito pior por que eu estou sentindo muita falta do amigo que você esta “usando”.

Voldemort me ignorou.

— Estou sentindo algo diferente. – falou e eu estava tentando não rir já que onde no mundo eu imaginei que teria esse tipo de conversa com Lorde Voldemort? Tem algo errado, com certeza. – Malfoy tem sentimentos fortes por você e mesmo comigo agora aqui não consigo fazer isso sumir.

Não consegui não abrir a boca de surpresa.

— Sentimentos fortes?

Eu sabia como ele me amava como amiga. Fui sua única amiga, tirando o Zabini. Sabia como era importante. E agora ver que Voldemort sentia o que Draco sentia por mim.

Era insano tudo isso.

— O ódio por nascidos trouxas talvez tenha me cegado para ver você. – ele continuou ignorando totalmente minha pergunta. – Hermione Granger, fui pesquisar sobre você e notei como é inteligente. Extremamente inteligente.

— Você esta mesmo me elogiando? – perguntei em choque.

— Estou dizendo que a sua mente brilhante seria perfeita para ajudar-me com os comensais. – prosseguiu. – É por isso que há semanas esperava um dia que conseguisse chegar até você.

Eu...

Meu cérebro nem raciocinava direito.

— Não veio aqui para me matar? – falei bobamente.

— Quero que entre para os comensais. – Ele concluiu.

Eu estava mesmo acordada?

— Por que você quer saber o que pode dar errado com seu namoradinho. – comentou. – Eu sou a única pessoa viva que sabe tão bem como funciona o feitiço que fez você trazer seu amorzinho de volta.

— Como você sabe qual feitiço eu usei? – perguntei.

— Quem você acha que fez você encontrar aquele livro na biblioteca de Hogwarts.

Minha mente trabalhava totalmente confusa.

Voldemort esta por trás de tudo aquilo?

— Você disse que só começou a se interessar por mim depois que entrou em Draco. – falei. – Naquela época você não estava nele, então por que diabos já estaria querendo que eu entre para sua ordem de pessoas malvadas?

Ele sorriu.

Um sorriso lindo em Draco mas provavelmente horrível em Voldemort.

— Eu já havia iniciado a transição para o corpo dele. – Agora estava a poucos centímetros de mim. Antes de prosseguir Voldemort aproximou seu rosto perto do meu e foi até a minha orelha: - Quem sabe já não tenhamos conversado e você achou que era com Malfoy?

Meu estômago se embrulhou.

— Eu...

— Pense na minha proposta. – interrompeu-me. – Tem no máximo uma semana, depois disso matarei a todos como vingança, na sua frente.

— Não é assim que se propõe a alguém abandonar todos que ama para virar uma maluca homicida do mal.

— Eu tenho o que você precisa. – ele se afastou de mim. – E você tem o que eu preciso. Não seria melhor nos ajudarmos?

Encarei-o perplexa.

— Estarei na mansão Malfoy. – avisou. – Tem uma semana.

E então aparatou.

Tive que me apoiar na parede tentando entender tudo que acabou de acontecer.

Voldemort me encontrou.

Disse que estava me procurando.

Flertou comigo. Bem eu acho que aquilo era sim um flerte.

Disse que há meses está interessado em mim.

E me chamou para fazer parte dos comensais.

Ri de desespero.

Só mais um dia normal na vida de Hermione Granger.

Pensei em voltar para a Toca e contar tudo que aconteceu para Fred mas hesitei. Sabia que ele iria brigar comigo por ter corrido que nem doida até ali. Eu sei que estava errada mas não queria admitir isso. E também eu cheguei a conclusão que iria sair da cama e ajudar Harry a derrotar Voldemort, acho que o que acabou de acontecer ajudaria muito.

Então tinha que avaliar muito bem meus próximos passos.

A resposta veio rapidamente e assim aparatei para Hogsmeade.

Eu tinha que falar com Dumbledore.

Cheguei na cidadela e fiquei um tempo pensando como entraria já que não tinha nenhum aluno lá e não dava apenas para bater na porta do castelo de Hogwarts. Então decidi pegar uma das passagens secretas e tomaria muito cuidado para não ser pega até chegar na sala do diretor.

Ri enquanto ia pegar a passagem que usei quando Fred foi me ver antes de se tornar professor.

Quando pensei que por vontade própria estaria invadindo o castelo.

Tomei cuidado para ninguém me ver e em menos de trinta minutos eu já estava dentro do castelo. Recriminei o diretor pela falta de segurança, era muito fácil mesmo entrar e sair do castelo se soubessem das passagens secretas.

Corri escadas a cima virando em diversos corredores até finalmente chegar na torre onde ficava a sala do diretor Dumbledore. Parei em frente a sua porta sem saber o que deveria exatamente fazer. Então decidi que já estava ferrada mesmo.

Abri a porta com tudo sem bater.

Graças a Merlin Dumbledore estava sozinho sentado a sua mesa e assim que ouviu a porta sendo aberta levantou o rosto da papelada que olhava e me encarou arrumando seus óculos.

— Senhorita Granger, como chegou até aqui?

Suspirei.

Fechei a porta e caminhei até a sua mesa.

— Professor, temos algo muito importante para conversar. – avisei.

Ele fez sinal para que eu me sentasse e assim o fiz.

— O que seria?

Tomei coragem e falei de uma vez só.

— Voldemort me quer como comensal.

Um sorriso enorme abriu em seu rosto.

— Parece que meu dia acabou de se tornar ainda mais interessante.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Gostaram?
Review? *Sim* que eu volto mais rápido!!
Recomendação??
Beijos e até o próximo.



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