Juntos por uma Horcrux - Fred & Hermione escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 3
Capitulo 3 - First Day


Notas iniciais do capítulo

Venho aqui ser sincera.
Esse é o melhor cap. até agora.
Completamente apaixonada.
Boa leitura.



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Eu não deveria estar tão surpresa assim mas não tem como não ficar. O apartamento que Tom Riddle morava ficava num vilarejo misto de Ottery St. Catchpole. É um vilarejo pequeno onde os seus habitantes são tanto bruxo como trouxas. Sim, trouxas! O cara odiava trouxas e mesmo assim morava numa cidade onde estava infestado deles.

– Vamos almoçar primeiro? – Fred pediu.

– Já esta com fome? – perguntei surpresa. – Céus, Fred você é um saco sem fundo. Comeu quase tudo no café da manhã.

Fred deu de ombros.

– Eu preciso estar forte para proteger a donzela aqui.

Ergui a sobrancelha.

– Realmente, se alguém for proteger alguém é o contrario. – falei.

Continuamos andando em silencio pelas ruas movimentadas do vilarejo. Pessoas andavam apressados sem ao menos notar nossa presença o que fez com que eu pensasse que Dumbledore estava certo sobre isso.

Assim que vi um restaurante trouxa empurrei Fred para dentro que estava temeroso já que nunca havia comida trouxa antes. Mostrei como pegava a comida e onde pesava e minutos depois já estávamos sentados numa mesa – a mais afastada que tinha – comendo.

– O que é isso? – Fred perguntou curioso e deu o primeiro gole. – Merlin, isso é muito bom.

Ele virou o copo e tomou tudo de uma vez.

– É refrigerante Fred. – falei sorrindo. – Gostoso né? Mas é viciante e faz mal a saúde então não pode tomar sempre.

– Eu entendo por que alguém iria querer tomar isso sempre.

Assenti concordando completamente.

Comi rapidamente e pouco já que não fazia muito tempo que havíamos tomado o café do almoço mas tentei aproveitar já que eu não sabia quando teríamos nossa próxima refeição. Mesmo Dumbledore tendo dito que seria algo fácil era bom estar preparada.

– O mundo trouxa deve ser muito legal. – Fred disse me tirando dos pensamentos sobre a missão.

– Sim, não tão perfeito quanto o mundo bruxo mas eu amo o mundo trouxa. – respondi sorrindo. – Tem coisas realmente impressionantes já que não são feitas com magias.

– Meu pai sempre foi obcecado pelo mundo trouxa e George e eu as vezes íamos ver ele trabalhar. – o ruivo disse com o olhar longe. – Fomos os primeiros filhos que se interessaram por isso então ele amava nos levar para o trabalho.

Franzi a testa.

– Só vocês dois que se interessaram pelo mundo trouxa?

– E a Gina. – ele respondeu.

Assenti.

Terminamos de comer e eu fui pagar a conta. Tínhamos combinado que no mundo trouxa eu pagava e ele no mundo bruxo já que eu era a única com dinheiro trouxa. Assim que vi a atendente loira de farmácia dando em cima descaradamente de Fred paguei rapidamente e o puxei para fora do restaurante.

– Pelo jeito você ganhou uma fã. – resmunguei do lado de fora.

– Como?

– Não se faça de idiota. – falei e quando vi que ainda estava confuso continuei: - Não reparou que a garota do caixa estava dando em cima de você?

Fred deu ombros.

– Nem reparei. – e logo um sorriso abriu em seu rosto. – Mas o que posso fazer se exalo charme e todas se apaixonam por mim?

Revirei os olhos e comecei a andar na frente.

– Hey, espera. – ele disse ficando pra trás. Correu até o meu lado e olhou para mim sorrindo. – Não precisa ficar com ciúmes, Mionezinha, você que até agora esta me recusando.

– Fica quieto Fred. – falei. – É melhor pra humanidade.

Ele colocou a mão no peito dramaticamente como se tivesse se machucado. Eu sorria por dentro mas por fora tentava ficar seria, só que do lado daquele garoto sem rir era quase uma missão impossível.

– Hermione esta sendo muito má comigo.

– Pare de ser engraçadinho. – falei. – Você e George deveriam fazer um show de Stand up.

Vi ele franzir a testa.

– O que ser stand up?

– O que ser eu não sei. – falei corrigindo-o. – Mas o que é eu sei. Tipo um show humorístico só que ao vivo.

– Deixa eu falar errado, okay? Okay. – Fred disse.

– Desde quando somos Augustus e Hazel? – perguntei brincando sabendo que ele não saberia que filme/livro é esse.

– Esta dando em cima de mim senhorita Hermione? – ele perguntou sorrindo.

– Claro que não. – respondi.

– A senhorita acabou de dizer que somos Augustus e Hazel e pelo que eu me lembro eles são um casal trouxa. – Fred disse.

Estávamos andando e eu parei surpresa.

Ele conhecia A culpa é das estrelas?

– Você já ... – comecei mas ele me interrompeu.

– Só vi o filme. – Fred disse me puxando para voltarmos a andar. – Não sou muito de ler caso não tenha percebido.

Como eu continuei com cara de interrogação ele continuou.

– Angelina e sua fase de filmes trouxas. Eu comentei sobre isso.

Mordi o lábio para não dizer nada.

Eu conhecia Fred e George desde meu primeiro ano em Hogwarts apenas por serem irmãos de Rony e jogadores do time de Quadribol. Sabia que a fidelidade um para com o outro era enorme então o por que de George ter ficado com a ex de Fred estava pipocando na minha cabeça. Tem meio que uma regra de amizade/irmandade. Não fique com o ex de um amigo seu.

– Fred você ainda gosta da Angelina? – falei sem pensar.

Arrependi-me logo em seguida.

– O que? – sua cara mudou apenas um segundo e logo voltou aquele sorriso em seu rosto. Acho que ninguém teria notado a não ser eu por ser muito perspicaz. – Claro que não Mione, ela é namorada do meu irmão.

– Mas era sua antes. – eu disse. – Se sente algo por ela pode me contar, eu sei guardar segredos. – e fiz uma cruz com a minha mão colocando em cima do lábios. – Sou um tumulo.

– Que bom tumulo. – ele disse olhando para os lados. – Mas eu não sinto nada, esta viajando totalmente.

Com seu tom tanto sincero eu poderia até acreditar se não fosse ele não olhar em meus olhos. E claro também um sexto sentido dizendo que tinha alguma coisa ali.

Quando reparei já estávamos na rua do apartamento de Tom Riddle. Peguei o chaveiro novamente e vi uma foto de um prédio que era aquele que estava a alguns metros de mim.

Suspirei e balancei a cabeça em direção ao prédio e Fred assentiu.

Eu estava nervosa em como conseguiríamos passar pela segurança e o porteiro mas no final foi a parte mais fácil de tudo. Logo já estávamos no elevador e apertei o botão do sétimo andar que era o apartamento dele.

– Algum problema? – perguntei ao notar Fred inquieto.

Ele não disse nada só balançou a cabeça negativamente. Passou a mão por sua testa e depois pelos cabelos nervosamente. Vi que ele estava suando muito e um pouco vermelho.

– Qual é o andar dele? – Fred perguntou.

– Sétimo, por que?

– Nada.

E foi com isso que eu reparei uma coisa.

– Fred, você é claustrofóbico? – perguntei surpresa.

– Claro que não. – ele disse como se fosse obvio.

Continuei olhando para ele perplexa. E como se o mundo estivesse contra nós – ou ele nesse caso – o elevador resolveu parar quando estava do quinto para o sexto andar.

– Isso parou? – Fred perguntou ficando mais vermelho. – Por que diabos essa merda parou?

– Calma, Fred. – falei indo apertar o botão para tentar abrir a porta. Não deu em nada então apertei o botão do interfone. – Com licença estamos presos no elevador.

Um bip deu e uma voz soou do outro lado.

– Já estamos indo tirar vocês daí.

Fora apenas isso que o homem disse e me tranqüilizou por alguns segundos até virar-me novamente e ver um Fred bem mais em pânico do que estava anteriormente.

– Fred, por que não me contou que tem claustrofobia? – perguntei indo até ele. – Teríamos ido pela escada.

Senti-me idiota por nem ter reparado nada que demonstrasse que ele entraria em crise.

– Só o George sabe. – sua voz falhava e assim Fred sentou no chão. – É um medo estúpido, não queria que ninguém soubesse.

Por que homens tem que se sentir o fodão?

– Não vou contar para ninguém. – prometi.

Peguei sua mão para tentar acalmá-lo e senti sua pulsação. Estava muito rápida para o normal.

– Não estou conseguindo respirar direito. – sua frase foi entrecortada palavra por palavra.

Eu já estava começando a sentir um pavor também.

– Se acalma Fred. – pedi. – Vamos só feche os olhos e preste atenção na minha voz okay?

O ruivo fechou os olhos e eu fiquei fazendo carinho na sua mão.

– Imagine que é natal. – falando tentando tirar ele do estado de agonia. – Aonde você esta?

Esperei um tempo mas ele não respondeu. Comecei a ficar preocupada mas enfim Fred respondeu.

– Toca.

– Okay e quem esta com você? – insisti para manter ele falando.

– George, Gina, minha mãe, Harry, meu pai, Gui, Rony, você também esta aqui, brigando com o Ron como sempre por comer demais. – vi um sorriso aparecer em seu rosto e isso me acalmou um pouco. – E até Percy esta aqui, aquele idiota, nem deveríamos aceitá-lo de volta.

– Que presente você ganhou? – perguntei.

Vi ele franzir a testa e logo em seguida rir.

– Mione, Mione, você me deu uma camisinha. – como é? – Isso foi meio que uma indireta Mione?

Soltei sua mão.

– Para ficar fazendo brincadeirinhas desse tipo o senhor já deve estar muito bem. – falei irritada.

Quando comecei a me afastar vi que ele abriu os olhos nervoso e começou a suar de novo. Ficar sozinho piorava as coisas para ele.

– Mi... – sua voz saiu tão baixo que ficou com medo por ele.

Voltei para mais perto e peguei sua mão novamente.

– Feche os olhos, eu não disse que você poderia abrir. – resmunguei tentando soar calma. – Então, o que esta acontecendo no nosso natal?

– Minha mãe esta enlouquecendo com os preparativos. – Fred disse sorrindo com os olhos fechados. – Eu levantei e disse que tinha algo para falar.

– E o que era? – perguntei.

– Pelo jeito vou apresentar minha nova namorada para a família. – Fred disse sorrindo mais ainda.

– E você tem uma nova namorada? – perguntei confusa.

– Até agora não, mas até o natal sim.

– E o que ta acontecendo? – insisti.

Estava ouvindo o barulho de passos no andar entre a gente e de ferramentas para abrir a porta de pesada. Era questão de minutos para sairmos só precisava manter Fred ocupado até lá.

– Minha mãe esta surpresa sobre o namoro. Na verdade toda a família ta, qual é não sou tão solitário assim. – Fred resmungou e me deu vontade de rir.

Olhei atentamente seu rosto que parecia mais sereno do que momentos antes. Sua franja caia ruiva um pouco sobre o rosto e aquele sorriso era tão brilhante e contagioso fazia com que eu tivesse vontade de rir também.

– Minha namorada é... – e ele não terminou a frase.

Abriu os olhos meio que em choque e ficou me encarando perplexo.

– Quem é sua namorada? – insisti.

Mas Fred não disse nada só ficou me encarando de um jeito bem intenso. Ficamos alguns minutos assim nos olhando e comecei a sentir meu rosto esquentar mas fui salva pela porta se abrindo.

– Vocês estão bem? – o zelador perguntou.

– Sim. – falei. – Só nos tire daqui.

Ajudei Fred a se levantar. Ele ainda estava quieto mas parecia mais calmo com a porta já aberta. Assim que o homem abriu tudo passamos para o lado de fora.

– Desculpe, esse elevador esta com problema a dias. – ele deu um sorriso constrangido.

– Não tem problema. – respondi vendo a cara irritada de Fred.

– Nunca vi vocês por aqui? – o zelador era um homem de meia idade com alguns cabelos a menos e quilos a mais. – São novos moradores?

Neguei.

– Só vim visitar minha irmã que mora aqui. – menti.

– Boa visita então. – ele disse e fomos em direção as escadas.

Para nossa sorte já estávamos quase no andar do apartamento. Subimos os últimos lances de escada sem dizer nada. Assim que entramos no andar olhei em cada porta o numero e assim que vi qual deveríamos ir peguei a chave para abrir.

– Hermione... – ouço a voz sexy de Fred me chamar quando coloco a chave na fechadura. – Sobre o que aconteceu agora pouco...

Ri de ver Fred Weasley sem jeito.

– Como eu disse Fred, minha boca é um tumulo. – respondi e virei novamente para abrir a porta.

A tranca destravou e empurrei a porta para dentro abrindo-a.

– Esse lugar com certeza precisa de uma faxineira. – Fred disse entrando.

Não era o lugar que eu imaginaria um bruxo das trevas morando. Era um apartamento normal, com coisas normais – alias ali tinha muitas coisas trouxas. Assim que terminamos de entrar fechei a porta e olhei para a sala com dois sofás em frente uma televisão. Tinha muitos livros o que teria me deixado encantada se não fosse saber quem era o dono e também haviam muitas revistas.

– O que necessariamente estamos procurando? - o ruivo perguntou.

Dei de ombros.

– Tudo.

E começamos a nossa procura. Dividimos os cômodos e como a sala era onde mais tinha livros ficou para mim enquanto a cozinha e o quarto principal para Fred.

Fui até os livros e era alguns normais, nenhuma carta escrita dentro nem nada assim. Não consegui parar de espirrar devida a tanta poeira que tinha ali. Mas mesmo assim continuei firme lendo livros até que eu achei um livro com magia das trevas.

Tinha uns feitiços cabulosos para estender a vida o máximo que conseguisse que ele havia sublinhado com a caneta. Virei algumas paginas já pensando que levaria para Dumbledore ver passei os olhos por uma palavra, horcrux, se não me engano mas comecei a espirrar novamente feito uma louca.

Fred apareceu do meu lado e me estendeu um pano branco molhado.

– Coloque isso no seu nariz. – ele disse. – Melhora.

E quando eu não reagi Fred apenas se aproximou mais e colocou o pano molhado no meu nariz. E ele estava certo, melhorava muito.

– Achou alguma coisa? – perguntei quando ele soltou o pano.

– No fundo do guarda roupa tinha fotos sobre um homem e registro. – Fred disse com o rosto tenso. – Tinha o horário de tudo que o homem fazia e também quem se relacionava com ele. Muita perseguição.

– Estranho. – falei.

Mas já era algo que eu imaginava de Voldemort.

– Mas isso não é o mais estranho. – esperei para ouvir o que ele iria dizer a seguir. – O homem era trouxa.

Trouxa? Por que Voldemort estava tão curioso sobre algum trouxa?

– Qual era o nome dele homem?

– Tom Riddle.

– Tom Riddle? – perguntei. – Tem certeza?

Fred assentiu.

– Eu imagino que deve ser o pai dele ou algo assim. Tem uma foto e parece muito com o homem dessa foto aqui.

Olhei para a foto que Fred apontou e vi um homem de no máximo vinte anos com a cara fechada olhando para a cama. Estava num porta retrato prata em cima da mesa no canto da sala.

– Pai dele?

Voldemort que era contra trouxas era filho de um? Isso que seria ironia na vida. Realmente esse lorde das trevas tinha vários parafusos a solta.

– Achou algo mais? – perguntei.

Fred negou com a cabeça.

– Junte tudo isso e traga pra cá. – falei com uma sensação ruim. – Acho melhor irmos logo antes que Você Sabe Quem resolva aparecer na antiga casa dele.

Eu tinha uma sensação ruim mas tentei ignorá-la o máximo que eu pude.

Fred voltou para dentro da casa enquanto isso eu peguei algumas coisas que eu achei meio suspeitas que talvez Voldemort tenha deixado como uma pista para nós. Juntei tudo e coloquei na minha mochila. Fred logo voltou e fez o mesmo que eu.

Saímos e tranquei a porta.

– Agora com certeza vamos pela escada. – Fred disse olhando feio para a porta do elevador.

Eu ri e o segui.

Descemos correndo as escadas e nos despedimos do zelador que estava junto com o porteiro. Logo voltamos para as ruas movimentadas do vilarejo e olhei para o relógio vendo que já deveria ser umas três e meia da tarde. Tínhamos saído de casa muito tarde.

– Vamos ainda na casa dos Gaunt hoje? – Fred perguntou.

Assenti.

– Melhor acabarmos logo com isso.

Ele assentiu me dando novamente sua mão. A peguei e aparatamos.

***

O vilarejo de Little Hangleton não era muito grande mas parecia acolhedor. Andamos pela cidade e uma das primeiros lugares que encontrei foi uma grande casa com um jardim morto. A mansão parecia abandonada mas dava para notar que a muito tempo atrás teria sido uma linda casa.

– O que será que aconteceu aqui? – Fred perguntou.

Apenas balancei a cabeça.

– Aqui era a casa dos Riddle. – um homem baixinho de aparência com uns sessenta anos apareceu do nosso lado dando-me susto. – Sou Dot Junior, prazer.

Sorri ainda desconfiada.

– Como assim era a casa dos Riddle? – Fred perguntou.

– Bem a muito tempo atrás o meu pai, Dot, era amigo da família Riddle por isso eu sei sobre o que aconteceu. – o homem deu um sorriso fraco. – O senhor Riddle ficou apaixonado pela filha do bêbado da cidade, Mérope. Depois de um tempo acho que vou a razão e a abandonou. Uns vinte anos depois disso toda a família foi assassinada.

Então essa era a casa do pai de Voldemort?

– Quem os matou? – Fred perguntou.

– Ninguém sabe mas tem boatos que foi alguém da família Gaunt. – Dot Junior disse. – Bem são boatos da cidade, se quiserem saber mais passem no bar O Enforcado, você vai saber histórias cabulosas sobre essa cidade. Vai te fazer pensar duas vezes antes de trazer sua mulher para morar aqui.

Fred sorriu e ia dizer algo mas o interrompi.

– E onde fica a casa dos Gaunt? – perguntei.

– Sobe aquela ladeira ali. – Dot disse e seu hálito veio até nós me fazendo perceber que ele havia bebido. – Suba até chegar numa parte cheia de arvores e você vai pensar que não existe nada por lá, mas é lá que ficava a cabana dos Gaunt.

Assentimos.

– Realmente, apareçam no Enforcado depois. – Dot disse.

– Passaremos. – prometemos.

Vi o homem cabalear indo na direção oposta a nossa e entrando no final da rua em um bar com uma aparecia solitária que havia uma placa escrita: o enforcado.

– Esse homem até que foi bem simpático. – Fred disse.

– Depois de umas onze dozes é obvio que ele seria simpático. – resmunguei.

– O que você tem contra bêbados? – o ruivo perguntou mudando a entonação da voz para parecer que estava alcoolizado. – Somos pessoas muito legais e sinceros. Você iria adorar ter um de nós em casa.

Ri.

– Eu iria adorar ter um cachorro em casa, não um bêbado.

– Somos quase a mesma coisa. – Fred levantou a mão e com o dedo indicador direito apontou para mim.

Continuamos andando e rindo indo em direção que Dot nos apontara. Olhei para o céu e ainda estava claro o que me fez sentir um pouco mais disposta. Vi de longe um muro que fazia um quadrado em todo o quarteirão logo reparei que ali deveria ser o cemitério.

– Um minuto. – pedi e corri até lá.

Assim que cheguei ao portão enferrujado do cemitério uma sensação estranha no corpo mas mesmo assim entrei. Fui olhando para os nomes nos túmulos e ouvi passos atrás de mim. Era Fred.

– O que esta procurando? – ele perguntou.

Apenas balancei a cabeça e quando encontrei apontei e disse:

– Aquilo.

Era o tumulo de Tom Riddle.

– Quem você acha que matou eles? – Fred perguntou.

Levantei a sobrancelha com a pergunta estúpida.

– Numa época Voldemort estava procurando ele e depois a família toda é assassinada. – falei ironicamente. – Você nem imagina quem matou eles?

Fred não respondeu.

Fiquei um tempo olhando para a lapide procurando algo que pudesse me ajudar de algum modo mas nada encontrei.

– Melhor irmos na casa dos Gaunt.

Fred e eu fomos em silencio subindo aquela ladeira. Cada vez mais pra cima mais perto as arvores iam ficando e dando aquela sensação de estar sendo a chapeuzinho vermelho quando entrou no bosque.

– É aquela cabana? – Fred perguntou descrente.

Com certeza seria o ultimo lugar que eu imaginaria os descendentes de Salazar Sonserina morariam. Era uma cabana pequena com musgos cobrindo todas as paredes e varias telhas caídas. Quanto mais nos aproximávamos da casa mais a sensação de estarmos num filme de terror aumentava.

Quando olhei para a postar soltei um grito.

– Quem diabos faz isso? – Fred perguntou se aproximando mais da porta.

Havia uma cobra morta pregada a porta da casa.

– Eu não vou pegar isso.

Fred sorriu e com cuidado para não tocá-la pegou a maçaneta e abriu a porta com cuidado.

Se do lado de fora a casa já era horrível por dentro era pior ainda. Sim eu sei que fazia anos que alguém habitava aquele lugar mas tudo estava tão acabado a tanto tempo que aposto que já deveria ser um lixo quando os Gaunt ainda moravam aqui.

– Eu fico com a sala dessa vez e você vai pro quarto? – Fred perguntou.

Assenti e fui logo para o quarto principal. A cabana era feita apenas de três cômodos então seria rápido olharmos tudo. Entrei no quarto e tinha uma cama acabada e um cômoda. Apenas isso. Seria mais fácil ainda.

Comecei a olhar os papeis que eu havia achado e nada de interessante – a não ser o preconceito contra trouxas e sangues ruins – Comecei a mexer em uma caixa onde achei um anel.

Peguei-o curiosa.

O anel tinha uma pedra preta que me deixava completamente apaixonada. Era banhado a prata e com traços de cobras ao redor – o que particularmente deixava o objeto com menos valor.

– Por que será que o Lorde mandou a gente averiguar essa casa? – ouvi uma voz que fez meu coração quebrar.

Comensais.

Fred? Cadê ele?

Senti alguém colocando a mão em minha boca para que eu não gritasse. Medo dominou meu corpo e eu só estava com cuidado tentando pegar minha varinha. Mas me viraram e vi que era o ruivo fazendo sinal para que eu não falasse.

Merda. Estávamos presos na casa dos descendentes de Voldemort com comensais.


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Notas finais do capítulo

Concordem comigo, fico perfeito ne?
Mereço review?