Juntos por uma Horcrux - Fred & Hermione escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 23
Capítulo 23 - Welcome to the Museum.


Notas iniciais do capítulo

Hey gente :3
Eu disse que se chegasse aos 20 comentarios voltaria logo.
Esse cap. tem partes da musica Santa Tell Me da Ariana, se quiserem ouvirem enquanto leem,
Boa leitura.



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Santa tell me if you're really there

Don't make me fall in love again

If he won't be here next year

Santa tell me if he really cares

Cause I can give it all away

if he won't be here next year

Natal era um dia mais mágico do ano na minha opinião, e olha que eu estudo numa escola de magia e bruxaria. Ver todos sentados na mesa conversando e comendo felizes era um sentimento tão bom, saber que todos se amavam... Era inexplicável a felicidade que irradiava de cada um.

Posso dizer que o natal na toca era muito mais aconchegante ainda. Eu como filha única sempre invejei aquela família tão grande. Eles não poderiam ter muito em questão material mas tinham o necessário que era sua família. Dizer que foi um sacrifício vir ficar aqui em vez da minha casa eu estaria mentindo, mas realmente desde que acordei eu sentia uma falta enorme da minha família aqui comigo.

– Hermione? – Ron me chamou.

– Oi?

– Já estou chamando há minutos. – resmungou. – Pode me passar o suco por favor?

Olhei para a mesa e peguei o que ele me pediu, entregando-o em seguida.

– De nada. – falei mesmo ele não agradecendo. – Vocês acordaram bem tarde, a senhora Weasley já ta com quase tudo pronto para o almoço de natal.

Harry deu de ombros e olhou para Gina que estava jogada em cima da mesa ainda com sono. Já deveria ter passado das nove e meia e só estávamos nós quatro na mesa, todos haviam tomado café mais cedo. Eu estava desde as sete horas acordada esperando aqueles três acordarem para me fazerem companhia já que um tal de Fred Weasley resolveu sumir pela casa hoje, mal me deu oi.

– Não somos pessoas matutinas que nem você, Mione. – Harry falou no meio de um bocejo.

Dei de ombros.

– Mas vocês repararam uma coisa estranha. – Gina falou levantando o rosto e me fez notar como ela estava descabelada. – Mamãe não nos acordou para ajudá-la.

– Por que eu fiz tudo. – respondi. – Mas até que foi bem legal.

– Passando um tempinho com a sogrinha. – Ron zombou. – Que bonitinho.

Revirei os olhos.

– Mas falando nisso cadê sua alma gêmea? – Gina perguntou. – Não vi Fred hoje.

– Com George. – respondi.

Gina ia falar algo mas seu irmão a interrompeu com uma cara assustada.

– Agora que a ficha que Hermione agora é meio que minha irmã. – seus olhos se arregalaram mais. – Harry! Você também é!

A ruiva ria do susto que seu irmão levara.

– Eu não sou sua irmã, só viraria se eu me casasse com Fred. – eu disse descrente.

– Não acredita que vai se casar com Fred? – Harry perguntou. – Esta mais negativa que eu.

– Não sei nem se no final dessa guerra vou estar viva. – respondi sem pensar e me arrependi logo em seguida.

O rosto dos meus três melhores amigos ficaram sombrios.

– Desculpa. – pedi. – Não quis ser tão negativa.

Todos assentiram.

– Vamos pensar positivo. – Gina falou pegando a mão do namorado por cima da mesa. – Nós vamos ganhar.

Sorri.

– Sim, nós vamos.

Feeling Christmas all around

And I'm trying to play it cool

But it's hard to focus

when I see him walking 'cross the room

Let it snow, is blasting now

But I won't get it in the mood



Ouvi passos então virei para ver a escada enquanto Fred descia aos pulos parecendo muito feliz. Acho que o ruivo mal percebeu a nossa presença ainda já que veio direto para a mesa e pegou um pedaço de pão.

– Que bom, achei que tinha acabado.

Ele começou a pegar todo o resto de pão.

– Vai comer tudo isso? – Gina perguntou abismada. – Esta até parecendo o Ronald agora.

– É pro George também. – ele respondeu sorrindo. – Estamos vendo uma nova invenção.

O sorriso dele estava tão grande que algo dentro de mim se remexeu.

– Não se machuquem. – falei.

Fred se virou para mim e sorriu veio para beijar minha testa.

– Não prometo nada. – respondeu e subiu as escadas novamente.

Olhei para onde ele estava minutos antes tentando entender o que tanto estava me incomodando. Eu sentia um aperto estranho dentro do meu peito e não conseguia sequer pensar no que me deixava assim.

Não tive tempo para continuar com a minha linha de pensamento já que a senhora Weasley entrou na sala toda apressada com varias coisas natalina em suas mãos.

– O que ainda estão fazendo aqui? – perguntou ao notar que estávamos sentados. – Vão se atrasar, meninas podem ir começar a se arrumar e garotos preciso da ajuda de vocês para montar a barraca.

Levantei-me da cadeira.

– Eu tomo banho primeiro. – Gina disse já indo para as escadas.

Esperei até Harry e Rony irem para fora seguindo Molly para subir. Fui direto para o quarto da ruiva sabendo que ela ainda iria demorar um bom tempo no banho lerda como era. Resolvi assim responder a carta que meus pais me mandaram desejando um feliz natal.

Fui até minha mala e peguei um pergaminho e uma pena para começar a escrever:

Querida mamãe

Espero que o seu natal seja tão bom como o meu será. Também estou morrendo de saudades e fale par ao papai parar de reclamar por eu ter escolhido passar na Toca do que em casa, eu disse que tinha meus motivos.

Sim, eu irei levar um amigo para passar o ano novo conosco, e não mãe, não é o Ron – pare de supor que eu teria algo com ele, Rony tem namorada que já me deu muita dor de cabeça ontem – e sim, Fred seu irmão. Vovó deve lembrar dele se quiser saber mais.

Falando nela, como esta? Iremos passar a virada do ano na casa dela, certo? Eu estava pensando se não acha que deveríamos contar para ela sobre a magia e tudo mais? Eu estou cada vez mais certa que irei passar o resto da minha vida no mundo mágico e não quero esconder mais sobre isso.

Pense nisso. Já tenho que ir me arrumar.

Beijos.

Com amor, Hermione.


Terminei de escrever e lacrei o envelope sentindo ainda mais saudades de minha casa de um jeito que eu nunca sentira antes. Entrei para a coruja de Harry que piou feliz e logo levantou vôo.

A porta se abriu e Ginny apareceu secando seu cabelo.

– Pode ir, Mione.

Peguei o vestido rosa claro que eu iria vestir e fui para o banheiro. Liguei o chuveiro e deixei a água quente cair sobre as minhas costas me dando uma certa sensação de conforto.

Minutos depois eu já havia saído do banho e voltei para o quarto já vestida para encontrar uma Gina se olhando no espelho enquanto terminava de prender seu cabelo em um rabo de cavalo. Ao me ver entrar olhou para mim e sorriu.

– Seu vestido é tão lindo. – ela disse. – Não sei por que não usa mais vestidos, ficam tão bem em você.

– Talvez seja por que eu me sinto muito mais confortável usando calça? – ironizei.

A ruiva revirou os olhos.

Fui até seu lado e me olhei no espelho.

– Sentem-se aqui. – Gina pediu pegando uma cadeira e colocando em frente ao espelho. – Eu vou cuidar do seu cabelo.

Olhei-a descrente.

– Nem pensar.

Ela fez biquinho.

– Você me prometeu que iria me deixar um dia. – teimou. – Que dia melhor do que hoje?

– Deixar-me ser usada como cobaia? – eu disse fingindo estar pensando. – Não me lembro de ter aceitado isso.

– Você prometeu. – a ruiva queixou-se. – Vamos, se não gostar eu prometo que deixo você em paz.

Olhei-a atentamente. Ela parecia realmente querer fazer isso e eu não tinha nada melhor pra fazer, né? Então apenas assenti e apenas sentei na cadeira que ela tinha colocado ali.

– O que vamos fazer? – Ginny pergunto em voz alta.

Não respondi sabendo que a pergunta não fora realmente destinada a mim.

Pode ter se passado horas como também poucos minutos e eu não saberia dizer. Aquela cadeira já estava começando a me machucar quando Gina parou na minha frente com um sorriso largo no rosto. Mesmo não tendo me olhado no espelho ainda eu estava feliz pela sessão de puxa cabelo aqui, solta ali ter acabado. Eu juro que ela deve ter arrancado metade do meu coro cabeludo nesse meio tempo.

– Eu sou a deusa da beleza. – ela disse. – Ainda mais com você que é linda desse jeito.

Revirei os olhos sorrindo.

– Posso me olhar no espelho? – perguntei. – Ou tem que preparar ele antes para não quebrar?

Gina me jogou um olhar irritado mas pegou o espelho e colocou na minha frente.

Céus, eu estava linda. A dor de cabeça que Ginny me deu com tanto puxão de cabelo valeu a pena. Ela havia pego a parte de cima dos meus cachos e penteado para trás prendendo apenas metade do meu cabelo com um prendedor de flor que combinava com meu vestido. Já minha franja estava quase irreconhecível, ela havia cortado-a sem eu perceber? Gina alisou uma parte jogando na minha testa e deixou uns cachos caindo no meu rosto.

– Até que você fez um bom trabalho.

– Eu fiz, né? – disse ela convencida. – Agora sai daqui que eu tenho que terminar de me arrumar.

– Quanta hospitalidade. – brinquei.

A ruiva me ignorou então achei que era melhor mesmo sair. Resolvi que iria ver como tudo estava no andar debaixo, se Molly precisasse de alguma ajuda já que estava quase na hora do resto da família chegar.

Fechei a porta do quarto de Gina e virei para descer as escadas. Vi Ron sair do banheiro de toalha e indo para seu quarto no outro andar. Sorri com a cena do ruivo tão despreocupado.

– Hermione. – ouvi me chamar e parei com tudo assustada.

– Fre...- virei quando estava quase terminando de falar Fred mas calei-me na hora ao notar que era George na verdade. – George? O que foi? Já não deveria estar pronto para o almoço?

Ele se olhou e riu.

– Sim, estou indo em casa me trocar. – respondeu dando de ombros. - Fred pediu para passar no nosso quarto.

Assenti.

– Mas se você quiser pode ir para casa comigo. – ele continuou brincando. – Se da tempo pra trocar de gêmeo.

Sorri.

– Por enquanto eu estou bem com o que eu escolhi. – falei. – Mas não se preocupe, se eu mudar de idéia irei correndo te encontrar.

– Não se esqueça de mim. – George disse sorrindo e piscou para mim. – Alias, cunhadinha, esta muito gata.

– Obrigada. – respondi enquanto já começava a andar em direção ao quarto dos gêmeos.

Cheguei na porta de madeira e fiquei olhando por uns instantes lembrando que da ultima vez que estive ali a senhora Weasley nos pegou num momento embaraçoso, céus, eu teria tantas memórias cômicas no futuro. Bati na porta e esperei uns segundos até Fred abrir.

– O que uma garota tão bela esta fazendo por aqui? – ele perguntou.

Levantei o olhar para vê-lo melhor e quase ri. Fred estava com uma blusa xadrez que eu o faria trocar imediatamente e o cabelo em um tipo de topete. Em sua boca estava o pálido de um pirulito.

– Você esta com uma cara de cafetão. – brinquei.

– Quer ser minha contratada querida? – ele perguntou e chegou mais perto para sussurrar no meu ouvido. – Posso garantir que é um trabalho muito prazeroso.

Sorri.

– Eu amei a oferta. – eu disse. – Mas eu acho que Ron já entrou nesse comercio há anos, e tenho certeza que eu sou a única contratada dele.

Fred bateu a mão na testa.

– Droga, esqueci de me livrar dele primeiro.

– Por que queria que eu viesse aqui? – perguntei.

O ruivo deu espaço e eu entrei no quarto dele.

– Nós vamos testar em você nosso pequeno experimento.

Levantei uma sobrancelha.

– Nem pensar. – respondi rapidamente.

Fred deu um sorriso sacana.

– Qual é? Você vai amar esse.

– O que é?

Ele foi até a prateleira e pegou um pequeno frasco que continha varias cinzas.

– E o que isso deve fazer? – perguntei.

– Nós estávamos pensando em usar para mostrar uma parte do futuro da pessoa que o usar. – ele me respondeu e a vontade de rir começou. – Apenas jogue no ar e um pedaço do seu futuro irá mostrar bem a sua frente.

Não me agüentei e ri.

– Você não acredita mesmo nisso, certo? – eu disse. – Não da pra se ver o futuro, Fred.

– Se acredita tanto nisso vamos testar. – ele falou entregando-me o frasco.

Olhei desconfiada.

– Tem como isso prejudicar a nossa saúde?

Ele pareceu pensar.

– Não sei, não testamos com ninguém até agora... Mas continuemos e depois descobrimos.

Peguei o frasco.

– Isso não parece com o tipo de produto que vocês fazem pra loja de logros. – constatei.

Meu namorado deu de ombros.

– Estamos querendo inovar. – respondeu. – Mas podemos continuar?

Assenti.

– O que temos que fazer?

– Pegue um pouco das cinzas. – ele disse pegando minha mão direita e ainda segurando ela me forçou a pegar o conteúdo do frasco. – Pense no que você gostaria de ver no futuro e jogue as cinzas no ar.

O que eu gostaria de ver? Sei lá. Pensei que um momento que seja decisivo pro rumo da guerra e fiz o que Fred pediu jogando aquelas cinzas no ar.

De inicio não aconteceu nada. Eu já estava prestes a virar e caçoar do ruivo quando vi o ar começar a ficar nebuloso e uma imagem começou a se formar bem diante de nós no quarto de Fred. Tinha funcionado! Bem eu achava que sim, mas não tem como eu saber se era o futuro que estávamos vendo mesmo.

Aos poucos uma imagem começou a se formar.

– É a mansão Malfoy. – Fred sussurrou.

Eu já imaginava que era. Com certeza mansão era um apelido de criança. Aquela casa era um mini castelo isso sim. Grandes pilastras e um portão enorme que na minha opinião deveria ser muito difícil de ser destruído. Ver aquela casa me fez pensar em como Draco deveria ter crescido ali.

Momentos depois eu vi uma sombra e já estava esperando aparecer Voldemort, ou alguém desse tipo mas me surpreendi. Vinha vindo em direção a entrada uma pessoa encapuzada e logo reparei ser uma garota pela estatura física, mas eu não poderia afirmar quem era por estar de capa.

A menina tirou a varinha de suas vestes e com um aceno fez os portões grandes e de ferro se abrir entortando um pouco. Enquanto ela entrava a porta da frente se abriu e Draco estava parado sorrindo de um jeito muito sinistro enquanto olhava para ela que se aproximava.

O loiro estendeu a mão e disse:

– Bem vinda, querida.

A ultima cena que teve foi ela pegando a mão dele.

Logo a fumaça que se preencheu pelo quarto de Fred se desfez e eu virei para ele meio intrigada. Tudo aquilo na minha opinião não havia dito nada com nada.

– Era você. – Fred disse.

– Não era. – respondi. – O que eu estaria fazendo na mansão Malfoy?

– Não sei, mas era você. – o ruivo insistiu. – Acha que eu não reconheço a minha namorada?

Sorri e coloquei a mão em sue braço.

– Só esta impressionado. – falei. – Mas duvido que isso seja realmente o futuro, não da pra vê-lo de qualquer jeito. E não poderia ser eu por que eu jamais irei entrar na mansão Malfoy.

Ele ainda parecia bastante convicto que era eu que entrava na mansão dos Malfoy’s mas fiquei repetindo que eu nunca estaria entrando lá então depois de um tempo Fred concordou.

– Agora vamos tirando essa blusa que você não vai descer assim. – falei.

– Querendo tirar minha roupa é senhorita Granger? – brincou.

– Você só pensa besteira, viu?

– Olha quem fala.

Sorri enquanto ele ia até sua pequena mala que trouxe pegando duas camisetas.

– Qual delas? – perguntei mostrando uma branca e uma preta.

– A preta. – respondi. – Gosto mais de preto.

Ele assentiu e tirou a que estava usando colocando logo em seguida a preta que eu sugerira.

– Vamos descer? – perguntei.

Ele assentiu e nos encaminhamos até a porta. Antes que pudemos sair Fred me parou beijou meu rosto e falou:

– Alias, você esta muito bonita.

Sorri pegando uma parte do meu vestido para fazer uma reverencia.

– Obrigada, meu lorde.

Fred entrelaçou nossos dedos.

– Ao seu dispor.

I've been down this road before Já estive nessa situação antes

Fell in love on Christmas night Me apaixonei na noite de Natal

But in New Year's day Mas no dia do ano novo

I woke up and you wasn't by my side Eu acordei e ele não estava do meu lado

Fechamos a porta atrás de nós e começamos a descer as escadas.

– E como foi sua conversa ontem com seu pai? – perguntei sabendo que ele não queria falar disso.

A expressão de Fred se fechou.

– Eu acho que nunca mais quero chegar perto do meu pai quando o assunto for sexo. – resmungou. – Realmente minha mãe fez um escândalo a toa, é obvio que eu não sou impotente, agora George vai me encher o saco pelo resto da vida.

Ri.

– Eu não teria tanta certeza. – brinquei. – Você tem esse jeito meio... Impotente.

Estávamos já nos últimos degraus quase chegando na sala.

– Eu tenho o que?

– Você ouviu. – respondi.

Ele me olhou malvadamente.

– Vamos ver quem é o impotente.

E com isso mesmo correndo o risco de cairmos e nos estabanarmos no chão, Fred me puxou pegou minha cintura e me tirou do chão num movimento tão fácil que por um segundo pensei que eu não tinha peso algum.

But it's hard to tell if this is just a fling

or if it's true love

Chegamos no chão depois de descer todas as escadarias e eu ria enquanto ele me apertava e tentava me beijar, o que estava sendo difícil já que eu estava desviando o rosto.

– Que casal mais fofo. – ouvimos alguém comentar.

Virei o rosto e vimos Lino parado na sala nos olhando.

– Você não tem uma casa não? – perguntei.

– Pergunto o mesmo. – o moreno respondeu.

Ri e Fred me soltou.

– Vim passar o natal com a família do meu namorado. – respondi.

– E eu com a família dos meus amantes. – Lino disse e piscou para Fred que pediu para disfarçar. – Estamos todos em família.

Assenti.

– Uma família nada convencional.

Lino deu de ombros.

– Toda família tem problemas. – disse e deu um sorriso malicioso. – Senhorita Granger poderia nos dar licença? Faz tempo que eu não tenho um tempo sozinho com Fred, George é muito ciumento as vezes.

Olhei de um para o outro.

– Ele é todo seu. – respondi. – Só o deixe intero por favor.

Lino riu.

– Não prometo nada.

Dei um tchau com a mão e virei para sair da casa.

***

A senhora Weasley havia deixado tudo tão perfeito que eu havia me encantado com cada detalhe. Tinha uma grande tenda no quintal com uma mesa enorme com diversas comidas e pratos. Tonks e Remo já haviam chegado então fui logo cumprimentá-los.

– Eu realmente quero abrir os presentes. – Rony falou emburrado do meu lado.

– Só a noite. – respondi e olhei ao redor. – A Lilá não vem?

– Mais tarde. – respondeu. – Ela ia almoçar com os pais depois viria.

Assenti.

– Hermione? – Harry me chamou mais adiante. – Podemos conversar?

Fui até ele.

– Que foi? – perguntei.

– Eu comprei para Gina um Box de lustradores de vassouras. – o moreno disse. – Acha que ela vai gostar?

– Ela vai amar. – respondi sorrindo. – O que você comprou pro Ron?

– Vergonha na cara para ele aceitar logo conhecer os pais de Lilá. – Harry brincou.

Virei-me curiosa para olhar seus olhos.

– Ela chamou? – Harry assentiu. – E ele não quer? – o moreno negou. – Com certeza ele precisa de um pouco de vergonha na cara.

Potter riu.

Nessa hora vi George chegar correndo e cumprimentar a todos. Olhou ao redor e acho que como não viu Fred veio em minha direção.

– Cadê ele?

– Lá dentro. – apontei com a cabeça. – Com Lino, melhor você se apressar.

George praguejou.

– Eles não podem ter começado a suruba sem mim!

E com isso ele correu para dentro da casa.

Harry e eu rimos e voltamos para onde Rony estava sentado. Conversamos por um tempo mas logo me distrai quando vi Dumbledore aparecer do nada com Kevin ao seu lado.

– Desculpem a intromissão. – o diretor disse sorrindo.

– Não precisa se desculpar, Dumbledore. – Arthur disse.

– Já estávamos nos perguntando se você apareceria. – Molly concluiu.

Kevin sorriu e foi cumprimentar todos.

– Kevin, querido, não te vejo desde que era uma criança. – falou Molly ao abraçá-lo.

– Sim, tia Molly.

Depois veio e se sentou ao nosso lado.

– Na verdade eu não vim para ficar. – Dumbledore disse. – Só entregar o Kevin, eu meio que estou roubando a avó dele já que vamos esquiar. Não queria deixá-lo sozinho então o trouxe.

– Eu disse que não me importava em passar em Hogwarts. – o japonês falou.

– Bobagem. – a senhora Weasley disse. – Pra que passar sozinho se pode ficar conosco?

Kevin sorriu agradecido.

Ron cutucou eu e Harry e sussurrou:

– É seguro pessoas tão velhas irem esquiar?

Ri.

– Não devem estar indo em montanhas altas.

– Na verdade vovó é uma ótima esquiadora. – Kevin falou entrando no assunto. – Já ganhou varias competições.

Sorri.

– Ela é a prova que não devemos desistir. – Harry falou bem humorado.

Dumbledore conversou um pouco com Lupin mas logo deu a volta na mesa e venho em nossa direção.

– Senhorita Granger? Posso falar um instante com você e Fred?

Assenti.

– Vou chamar. – falei.

Ele agradeceu e me pus em pé indo para dentro da casa. Entrei e subi as escadas correndo para chegar logo no quarto onde Fred, George e Lino deveriam estar. Nem bati apenas abri a porta. Um grande erro.

Eu parei em choque quando vi os três em pé e de cueca! Sim eles estava os três, homens pra constar, no quarto apenas de cueca. E isso não parecia estranho em suas faces. Dei um grito e virei com tudo tampando meus olhos.

– Que merda vocês estão fazendo? – perguntei com medo da resposta.

– Deveria bater quando ouve que vai ter uma suruba, querida Hermione. – George brincou.

– Eu realmente não vou querer saber o que estava acontecendo, né?

– Acho que não, amor. – ouço a voz de Fred perto do meu ouvido e logo sinto seus braços passarem ao redor de meu corpo.

Dei um passo pra frente.

– Não vai me abraçar enquanto não vestir novamente a roupa.- eu disse. – Alias vocês três coloquem as roupas.

Ouvi suas risadas.

– Deveria aproveitar, Hermione. – Lino disse.

– Você nunca vai ver portes físicos tão bons quanto o nosso. – George falou.

Revirei os olhos.

– Já se vestiram? Posso me virar?

– Sim. – Lino comentou.

Virei-me e só faltava Fred colocar a blusa mas eu já estava me sentindo mais a vontade. E por mais que minha curiosidade estivesse quase me matando eu não quero saber o que diabos eles estavam fazendo num quarto fechado sem roupa. Eu não quero.

Perder o namorado para outro homem deve ser duro. A Gina tem uma tia avó que aconteceu isso? Qual era o nome mesmo? A Fátima ou a Gertrudes? Não sei dizer, os Weasley se reproduzem como coelhos.

– O que veio fazer aqui senhorita? – George perguntou.

Ah sim. Dumbledore.

– Dumbledore quer falar com a gente. – falei apontando para Fred.

Ele assentiu colocando a camiseta.

– Será que o diretor veio reclamar de vocês ficarem se pegando na escola? – Lino indagou. – Cara, romance professor e aluna.

– Não sou aluna do Fred. – disse. – Mas não acho que seja isso.

– Não mesmo, por que Dumbledore já deveria saber minhas intenções desde o inicio. – o meu ruivo disse.

– Agora, melhor descerem. – o outro ruivo disse.

***

– Queria falar conosco? – Fred falou sentando na cadeira na sala de jantar onde o diretor estava nos esperando.

O diretor assentiu.

– Na verdade eu só vim agradecer aos dois.

– Pelo que, diretor? – perguntei.

O velho sorriu.

– Pela missão no começo do ano. – respondeu. – Foi imprudente da minha parte mas acreditem vocês me deram informações valiosas, acho até que descobri qual magia esta naquele anel que me entregaram.

Senti a satisfação se espalhar por mim.

– Não fizemos nada demais. – falei.

– A não ser quase sermos mortos por comensais, é claro. – Fred disse.

Apertei seu braço forte fazendo-o se calar.

– E mais um aviso. – Alvo disse. – Só se mantenham atentos, os comensais ainda devem estar procurando-os.

Fred e eu assentimos.

– Bem então já estou indo, eu tenho neve pra esquiar. – o velho disse se levantando e saindo pela sala.

Fred ergueu a sobrancelha.

– Ele disse esquiar?

Dei de ombros.

– Com a melhor esquiadora, segundo Kevin.

Meu namorado parecia confuso mas me seguiu para fora onde George e Lino já se encontravam. Vi Gui tinha chegado mas sem Fleur já que ela resolvera dar uma passada rápida em sua casa na França.

Comi muito – não tanto quanto Rony pra deixar claro – e conversei muito. Foi uma das tardes mais maravilhosas que já passei na Toca com meus amigos e agora com Fred. Boa parte do tempo eu estava com Kevin que era o único que estava vela que nem eu já que Harry e Gina estavam no maior Love, e Ron junto com Lilá. E tenho que dizer algo de Fred, George e Lino? Ou já esta claro.

– Não acredito que a garota caiu nessa. – falei rindo demais.

– O Jakie pode ser estranho mas segundo as garotas tem seu “charme”. – Kevin falou com as aspas feita por suas mãos. – Mas no final quem se deu mal foi eu e o Andrew.

– Falando em Andrew. – comentei. – Sabe se ele continuou conversando com Miranda?

O japa deu de ombros.

– Não faço idéia.

– Ela não comentou nada com a gente. – falei. – Mas eles formavam um casal tão bonitinhos.

Ele assentiu.

– E como vai você e o Fred?

Olhei na direção que eu vi meu namorado pela ultima vez e ele estava olhando para mim de volta.

– Esta bem. – falei simplesmente.

– Ele é louco por você, sabe né?

Assenti.

– Acho que sim.

– Vocês garotas que tem um serio problemas em notar um cara apaixonado. – Kevin resmungou sorrindo.

Não respondi já que vi Fred vindo em nossa direção.

– Bem Kevin, agora vou pegar minha namorada de você. – ele falou um pouco rude tentando soar brincalhão.

– Toda sua, cara.

Fred estendeu a mão e eu a peguei enquanto ele me fazia levantar.

– Vamos.

– Para onde?

O ruivo deu um sorriso.

– Te dar seu presente de natal.

***

Chegamos em seu quarto e Fred me fez sentar em sua cama.

– Eu não fazia idéia do que te dar. – ele comentou. – Pensei em tudo mas nada parecia bom o suficiente.

Sorri.

– Você sabe que não precisa me dar nada.

– Fique quieta e me deixe continuar. – Fred falou. – Então me lembrei de uma coisa que eu estava tentando há um tempo atrás mas eu havia desistido.

Continuei quieta para saber onde ele estava levando a conversa.

– Eu estava tentando criar um feitiço.

– Criar um feitiço? – repeti.

Fred deu um sorriso.

– Sim. – respondeu. – E eu consegui.

– Do que você ta falando? – perguntei animada.

Fred pegou sua varinha.

– Foi difícil achar um jeito com que só nós dois pudéssemos usar mas no final consegui. – ele continuou. – Pedi ajuda a George e Lino e esse é um dos motivos para ter nos encontrado daquele jeito, mas isso é assunto para um outro dia.

Remexi-me inquieta.

– O que...

– Eu pensei que caso a gente se separasse e você desesperada precisasse saber muito como eu estava ou aonde... Poderíamos usar um feitiço para isso. – Fred concluiu. – E eu o criei.

Minha boca se abriu em surpresa.

– Mas é muito difícil criar um feitiço, praticamente impossível.

– Digamos que sou muito inteligente.- se gabou. – Então vire de costas para mim e aponte sua varinha para o nada depois diga: inveneritis dilectum meum. Deve aparecer uma fumaça que nem daquele produto que vimos mais cedo só que tudo que mostrar vai ser no tempo real.

Eu não sabia o que pensar.

– Faça logo. – ele me apressou.

Assenti e fiz o que ele pediu. Virei-me e apontei minha varinha.

– inveneritis dilectum meum. – um jato de luz vermelha saiu da minha varinha e em seguida outras luzes criando meu arco Iris particular me deixando completamente apaixonada pelas cores e formas que as luzes formaram.

E uma neblina acinzentada tomou conta do ambiente e logo uma imagem também se formou. Era Fred. Me dando tchauzinho. Virei com tudo e o vi fazer o mesmo logo nas minhas costas. Ele havia conseguido. Meu namorado era um gênio.

– Brilhante. – falei pulando em cima dele e o beijando.

Ele me pegou no colo e me rodopiou.

– Mas vamos logo por que eu tenho uma surpresa pra você. – O ruivo disse quando o soltei.

– Surpresa?

– Sim, então pegue suas coisas que iremos passar a noite fora.

Franzi minha testa.

– Aonde vamos?

– Não entende o significado de surpresa? – brincou. – Vamos no seu quarto pegar suas coisas.

Assenti e fomos para o quarto de ginny.

***

– Esta tudo pronto? – ele perguntou.

Concordei e quando ele estava prestes a sair o barrei.

– Eu ainda não te dei o seu presente de natal. – falei contrariada. – Pode esperar dois minutos?

Fred assentiu.

Fui até a minha mala e tirei a pequena maquete e coloquei em cima da cama.

– Isso é... – ele falou emocionado.

– Uma pequena maquete da gente na London Eye. – respondi olhando para a mini roda gigante a nossa frente. – E esses são você e eu. – respondi apontando para os bonequinhos nossos.

Ele olhava maravilhado.

– Obrigado.

Sorri.

– Calma que tem mais. – falei. – Esses bonequinhos estão emocionalmente ligados a nós dois.

Fred enrugou a testa.

– Como assim?

– Enquanto eu ou você ainda gostarmos um do outro os bonequinhos ainda vão estar inteiros. – complementei.

– Você esta falando que se um de nós parar de gostar...

Assenti.

– O bonequinho da pessoa vai se quebrar. – completei. – Eu fiz para nunca fingirmos um pro outro que nosso relacionamento esta bem quando não estiver, se pararmos de sentir isso. – apontei para o lugar onde fica meu coração. – O outro vai saber.

– Que bom então que nunca vai quebrar. – ele disse chegando mais perto.

– Nunca é muito tempo. – brinquei.

Ele sorriu.

– Um tempo que eu vou adorar cumprir. – e me beijou.

Coloquei minhas mãos em seus cabelos e quando iríamos aprofundar nosso beijo ele se afastou e eu gemi em discordância.

– Pare de me distrair, senhorita Granger. – Fred falou se levantando. – Temos que ir.

Bufei.

– Pra onde?

– Surpresa.

Fred estendeu sua mão e eu a peguei para aparatarmos. Senti aquela sensação horrível de aparatarmos e quando voltei a perceber o meu redor vi que estava tudo escuro.

– Aonde estamos, Fred? – perguntei. – E nem avisamos pra sua mãe que passaríamos a noite fora...

– Eu avisei, não se preocupe. – ele disse. – E calma que vou acender esse lugar.

Vi um vulto e deduzi que era o aceno de sua varinha.

A luz se acendeu e eu quase tive uma parada cardíaca de tanto susto. Tinha esculturas por todo nosso lugar e o cômodo que estávamos era enorme. E eu sabia onde que Fred me trouxe por que eu já estivera aqui antes. Era o museu de História de Londres, um dos que tinha o maior arsenal de cultura do mundo.

– Fred, eu realmente acho que não podemos ficar aqui. – falei ainda encantada.

Era um dos lugares que eu mais gostava de visitar já que era tão grande que eu nunca vi todo o lugar.

– Não se preocupe, já cuidei de tudo.

Eu não queria nem saber o que era cuidar de tudo pra ele.

– O que estamos fazendo aqui? – perguntei.

Fred sorriu e pegou em sua mochila algo que logo percebi ser uma barraca.

– Vamos acampar.

Olhei-o estática.

– Vamos acampar? Fred eu realmente acho que isso é ilegal.

Ele deu um sorriso.

– Só é ilegal se nos pegarem.

Neguei com a cabeça.

– Eu realmente acho que não deveríamos ficar aqui.

– Mi, relaxa. – Fred chegou mais perto e passou a mão no meu cabelo. – Se precisar usamos um obliviate em alguém.

Dei-lhe um olhar de desgosto. Mexer com a mente de alguém era perigoso.

– Estou brincando. – ele disse mas eu não acho que seja verdade. – Eu sei que sempre quis ver o museu inteiro, podemos fazer isso hoje.

Mordi o lábio.

– Uma noite não vai matar ninguém, certo. – eu disse e ele sorriu.

– Vamos montar a barraca.

E com isso fomos montar a barraca. Fora até que bastante fácil e em questão de vinte minutos Fred e eu já havíamos arrumado tudo e eu estava com aquela vontade louca de ir explorar todo o lugar.

– Então gostou da surpresa? – Fred perguntou chegando mais perto e colocando a mão na minha cintura.

Sorri.

– É maluca... Mas bem interessante.

Fred deu um sorriso safado e se abaixou para me beijar.

Desliguei-me do mundo por uns segundos enquanto o sentia perto de mim. Mas algo me trouxe de volta. E esse algo foi um barulho muito, mais muito alto como um rugido.

– O que foi isso? – perguntei olhando para uma das saídas da sala.

– Não sei. – o ruivo respondeu. – Quer descobrir?

Eu sabia que era uma péssima idéia, mas acho que Fred estava roubando todo o meu bom senso nos últimos meses. Então começamos a andar pelos corredores e cada vez mais alto ouvimos o barulho estranho o que me deixava apreensiva já que deveria só ter a gente ali.

No corredor da frente a luz se acendeu sozinha e isso nos fez parar. Quando eu não achei que poderia ficar mais estranho logo vimos um macaco correndo com dois brinquedos nas costas, em seguida um homem em cima de um cavalo e depois outro homem com roupa de guarda de segurança corriam em nossa direção parecendo apavorados.

Olhei para Fred pensando em como escaparíamos dessa.

– Vocês são peças desse museu? – o cara vestido de guarda perguntou exausto pela correria.

– Peças do museu? – repeti lerdamente.

Acho que ao ver a surpresa em nossos rostos o fez entender quem éramos.

– Vocês invadiram o museu. – ele disse mas sua voz foi abafada pelo rugido que estava cada vez mais próximo. – Cara, vocês são azarados é uma péssima noite para invadirem esse museu.

– Por que? – Fred perguntou.-E quem é você?

– Ah, desculpa não me apresentar. Sou Larry, guarda noturno do museu de Nova Yorke. – o homem respondeu estendendo a mão para Fred que a pegou.

– De nova York? Por que esta aqui?

– Problemas. – só respondeu isso.

O cara no cavalo disse:

– Larry se não quiserem ser mortos por um dinossauro pré histórico é melhor começarmos a correr agora.

Minha cabeça parecia que ia explodir com tanta informação.

– O que ta acontecendo aqui? – perguntei.

– Bem querida, eu explico depois, só tenho duas coisas pra falar: 1 se não quiser ser morta começa a correr e 2 – Esse museu acabou de ganhar vida. – e com isso ele começou a correr e Fred me puxou para correr atrás. – E alias, bem vinda a Uma Noite No Museu.


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Notas finais do capítulo

Bem vindos a uma noite no museu o/
Sei, loucura, mas eu amei a ideia.
Queria agradecer aos 2o comentarios do ultimo cap. Espero que continuem assim.
Até o proximo.
Beijos



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