Juntos por uma Horcrux - Fred & Hermione escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 22
Capítulo 22 - Ron asked Hermione in marriage - Part 2


Notas iniciais do capítulo

Hey gente :3
Voltei mais cedo por que eu sentia que era o meu dever dar logo a segunda parte do ultimo cap. Eu amei A-M-E-I esse cap. espero que gostem tanto quanto eu :3
Com certeza é o maior até agora, para vocês verem como teria sido grande se fosse um só, acho q nem daria no limite.



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Gina e eu estávamos arrumando a mesa a pedido da senhora Weasley. Pelo que Molly disse logo todos estariam aqui para jantar, o que ela quis dizer com ‘todos’ eu não sabia.

– Hermione. – me assustei com o grito que Lino dera enquanto descia as escadas.

A ruiva na minha frente quase deixou o prato que segurava cair e junto comigo viramos para olhar o moreno que descia rapidamente. Olhei para a sala e George junto com Fred pararam sua conversa animada para observar o movimento que Lino fazia.

– Que foi? – perguntei.

– Ron mandou eu te chamar. – ele respondeu parecendo ofegante. – Parecia urgente... Ah e ele mandou dizer uma coisa estranha... Zarq...Zarten...

– Zarquón? – arrisquei.

Ele assentiu.

Senti meu coração dar um pulo dentro do peito. Zarquón era a palavra que Ron, Harry e eu havíamos combinado para caso precisássemos de uma palavra secreta de encontro ou uma senha que ninguém mais soubesse. Por que Zarquón? Bem longa história, tínhamos um livro e Rony sem fazer nada, deu nisso.

– Tem algo errado, Mione? – Ginny perguntou preocupada.

Sim. Pensei.

– Não. – menti sorrindo. – Deve ser alguma magia feita errada.

– Mas eles não podem... – Lino começou mas o interrompi.

– Bem. – falei mais alto para que o moreno não pudesse concluir sua frase. – Eu vou ver o que aquele lerdo quer, pode terminar isso?

Ginny assentiu.

Virei-me para subir mas vi o olhar dos gêmeos me encarando. Estava tão nervosa que nem consegui sorrir apenas corri escada a cima até chegar ao andar do quarto de Rony. Abri a porta rapidamente rezando para que eu estivesse exagerando masencontrei um Harry meio pálido suando muito e um Rony sentado ao seu lado sem saber o que fazer.

– O que aconteceu? - perguntei me ajoelhando ao lado do meu melhor amigo. - O que tem de errado Ron?

Harry precionava sua mão na cicatriz

– Eu vi. - a voz do moreno saiu tremula. - O que Voldemort estava pensando.

Suspirei lembrando do que aconteceu quando Harry achou ver a mente de Voldemort e como isso acarretou ma morte de Sirius.

– Harry você tem que fechar a mente. - resmunguei. - Não pode deixar ele ficar entrando assim.

Ron me jogou um olhar como se dissesse que eu não estava ajudando mas eu precisava dizer. Fazia meses que Harry nem reclamava de dor na cicatriz e agora isso?

– O que você viu? - o ruivo perguntou.

– Não precisamos saber. - falei.- Nem sabemos se não era só uma manipulação...

– Não era. - Harry me interrompeu. - Eu consegui perceber que ele estava tentando fechar a sua mente, não queria que eu visse mas suas emoções estavam tãofortes que não conseguia controlar.

Mordi o lábio nervosamente.

– E o que aconteceu? - me rendi acuriosidade.

– Eu não entendi nada. - meu amigo confessou e apertou ainda mais a testa. - Só minha cabeca que parece que vai explodir e algumas imagens que só me faz pensar... Malfoy é um comensal.

Meu coração parou.

– Não, não é. - afirmei. - Harry já falamos sobre essa sua obsessão em querer que Draco seja um comensal...

– Ele esteve na mente de Voldemort, Hermione. - Ron falou irritado. - Acredito que ele sabe mais do que nós.

Contra isso eu não tinha argumento. Mas eu não podia nem cogitar que Draco era um comensal... Não depois de eu começar a considerar aquela coisa estranha que tínhamos como uma amizade.

– Você viu ele com a marca? - perguntei pro moreno.

Ele negou com a cabeça.

– Viu ele matando alguém?

Harry negou novamente.

– Então o que diabos te faz pensar que Draco Malfoy e um comensal?

– Voldemort só pensava em Malfoy. - ele respondeu. - Tinha varias imagens de momentos diferentes na mente dele.

Ron me olhou concordando que isso não era motivo suficiente pra desconfiar.

– Não émotivos Harry. - falei.– O máximo que podemos presumir com isso é que você sabe quem é obcecado por loiros.

– Mas... Hermione...

Balancei a mão para que ele se calasse.

– Não vamos falar mais disso. - eu disse me levantando e sentando confortavelmente na cama. - Harry temos que fazer algo para melhorar sua oclumência.

Ele fechou a cara.

– Não e fácil, Hermione. - resmungou irritado.

Suspirei.

Eu sabia disso.

– Vamos pedir pra Snape continuar com as aulas. - pensei em voz alta.

Os olhos do Harry já demonstraram desespero.

– Não, nem pensar.

Pela voz eu sabia que meu melhor amigo não voltaria atrás com sua decisão e eu tinha que admitir que não gostava da ideia também.

– Mas então vamos fazer o que? - Ron perguntou.

Fiquei encarando os dois pensativa. Snape seria realmente uma péssima escolha já que no ano anterior eu pensei seriamente que eles iriam se matar de tanto que Harry o xingava quando chegava das sessões. Então Snape esta fora de questão... Mas quem mais poderia ajudar Harry com oclumência? Se pelo menos eu soubesse...

Eu não sei... Mas posso aprender.

– Eu vou te ensinar. - respondi.

Os dois me olharam surpresos.

– E desde quando você sabe oclumência, Hermione? - Ron perguntou.

Sorri.

– Não sei. - respondi. - Mas posso aprender.

Harry se remexeu na cama.

– Só que... Mione... Você sabe que e muito difícil e poucos bruxos conseguiram dominar a oclumência, certo?

– Dúvida que eu consigo? - questionei.

Ron deu um tapa no braço de Harry.

– É da Hermione que estamos falando. - o ruivo disse. - Ela consegue tudo.

Sorri convencida.

– Sim, Ron esta certo. – falei. – Assim que voltarmos para Hogwarts eu vou aprender, me dê... duas semanas e começamos a nossas aulas.

Harry sorriu.

– To tendo aula com Dumbledore, agora com você... Estão querendo roubar a minha vida? – brincou.

– Com toda a certeza. – Ron falou.

Harry se levantou da cama ao mesmo tempo que eu.

– O que eu fiz para merecer alguém como você, Mione? – perguntou.

– Acho que você ajudou a salvar os judeus durante o holocausto. – respondi enquanto ele vinha e me abraçava.

Harry riu e me apertou mais. Olhei por cima do ombro dele e vi Ron parado sorrindo enquanto olhava para nós dois. Nessa hora a porta fora aberta e vi Fred entrando e parando ao ver a cena tocante dos melhores amigos se abraçando.

– Hey. – fui até ele quando me desvencilhei de Harry. – O que foi?

Fred deu de ombros.

– Mamãe chamoupara jantarmos. – respondeu pegando a minha mão. – Remo, Tonks, papai e Gui junto com uma amiga dele que eu acho que já vi em algum lugar, chegaram.

Harry, Ron e eu assentimos em sincronia.

– Finalmente, estou morrendo de fome. – Rony falou já pulando e saindo do quarto sendo seguido por Harry.

– Quando você não ta com fome, Ronald? - gritei para que ele ouvisse das escadas. Como resposta ouvi sua risada.

Virei-me para sair também mas o braço de Fred impediu minha passagem. Levantei o rosto para enxergar seus cabelos ruivos esperando para ver o que ele queria.

– Tem algo errado com Ron e Harry?

– Não,por que?

– Depois do escândalo que Lino fez eu pensei que tinha algo errado.

Mordi o lábio lembrando do susto que tive minutos antes.

Realmente a “visão” que Harry teve de Voldemort pensando em Draco era importante mas agora eu não tinha nada que pudesse fazer então prometi a mim mesma que me preocuparia com isso depois.

– Lino as vezes é um pouco exagerado. – brinquei tentando fazer com que Fred não se importasse com isso.– Acho melhor descermos.

O ruivo deu um sorriso maroto.

– Tenho uma coisa pra dizer antes. – falou chegando mais perto...E mais perto... Até quase me prensar contra a parede atrás de mim.

Revirei os olhos sorrindo enquanto via ele abaixar um pouco – pra não dizer muita - a cabeça e com a mão esquerda tirar um pouco do cabelo que estava em meu ombro dando passagem para seus lábios irem até meu pescoço. Seus lábios faziam uma trilha de beijos do meu ombro até o final do meu pescoço.

– Acho que a senhora Weasley iria aproveitar muito a cena quando vir reclamar por que estamos demorando e nos encontrar assim. – brinquei.

Senti que ele sorria enquanto levantava o rosto para olhar dentro dos meus olhos.

– É sobre isso que eu queria falar. – ele disse. – Estava pensando em contar para os meus pais sobre o nosso namoro hoje a noite.

Fiquei parada apenas olhando-o.

– C-Como? – gaguejei.

– Dizer sabe... Praquele homem e aquela mulher ruivos que o filho deles esta num relacionamento. – Fred disse sorrindo vendo meu nervosismo. – Eu acho que eles adorariam saber.

Mordi minha boca tão forte que depois de alguns segundos comecei a sentir gosto de sangue.

– Não sei se devemos fazer isso Fred... Quero dizer...

Ele riu.

– Minha mãe praticamente sabe, Mi. – falou ele de um jeito tranqüilizador. – Ela imaginou que eu tinha ido para Hogwarts atrás de você.

Assenti.

– Sim, acho que você esta certo...

– Eu sempre estou certo querida. – falou colocando a mão nas minhas costas e dando espaço para passar. – Acho que é melhor descermos se não eles não comem tão cedo.

Mesmo ainda muito nervosa com a possibilidade de contar para o resto da família sobre o namoro deixei Fred me guiar e logo estávamos já descendo as escadas.

***

Quando desci as escadas eu vi Ron e Harry surpresos e logo soube o motivo. Fleur Delacour estava sentada na mesa de jantar ao lado de Gui Weasley. Tamanha foi o susto de ver a veela lá eu ate esqueci do que Fred queria fazer.

Sentamos-nos e comecei a conversar com Gina que estava ao meu lado enquanto a mesa toda estava uma bagunça.

– Só pode ser namorada. - sussurrei. - Por que ele iria trazer ela aqui se fosse só uma amiga.

Ginny balançou a cabeca discrente.

– Eu amo o meu irmão mas não acho que ele consiga ficar com uma meia veela. - ela comentou.

Sorri.

– O que estão sussurrando ai meninas. - a senhora Weasley perguntou fazendo todos prestarem atenção em nós.

– Sobre garotos mãe. - ela respondeu fazendo com que Harry e Fred nos encaracem irritados.

– Garotos é? - Fred sussurrou em meu ouvido.

Virei para minha esquerda que ele estava sentado com um sorriso sacana no rosto.

– Ninguém é de ferro. - brinquei.

– Bom saber disso... - ele continuou a brincadeira. - Então tenho muito a falar com George agora.

Joguei- lhe um olhar brava e Fred riu tentando pegar minha mão por debaixo da mesa mas não deixei. Puxei-a de volta fazendo-o uma careta.

– Todos podem ver.

Fred revirou os olhos.

– Então vamos resolver isso. - falou para mimbe se virou para a mesa. - Mãe...

Um pânico bateu em mim e eu acabei falando.

– Senhora Weasley. - cortei Fred. - A comida esta deliciosa.

Molly sorriu.

– Obrigada querida.

O ruivo ao meu lado me jogou um olhar intenso.

– Bem... Mãe a Hermione...

– Deixa que eu falo. - eu disse e ele me olhou surpreso. Suspirei e...- Queria saber o que você colocou nesse ensopado, está uma delicia.

– Ah sim, coloquei água lavada de mandrágora, olho de peixe, figado de dragão e um pouco de salsa. - amulher me respondeu.

Primeira lição. No mundo bruxo apenas coma, não pergunte o que esta comendo.

Sorri já enjoada.

– Que interessante aula de culinária. - Fred resmungou.

Gina e George riam da situação.

– Pai, mãe... - ele começou de novo.

– Fred pare de ser mau educado, não vê que o Gui quer falar que ele e Fleur estão namorando. - eu disse.

Todos na mesa se viraram para olhar o novo casal. Gui estava com o garfo parado no ar já que estava prestes a dar uma garfada e Fleur já ficava um pouco vermelha.

– Estão mesmo? - a senhora Weasley fingiu uma cara de surpresa. - Ah que bom meu filho.

– Finalmente Gui apresenta alguma namorada. - Arthur falou sorrindo.

Os pais se levantaram para abraçar o casal mas não foram muito longe já que Fred levantou também e bateu na mesa.

– Frederich! Tenha mais educação. - Molly disse.

– Eu só quero dizer uma coisa. - se defendeu. - Mas to começando a achar que não vou conseguir falar.

– Fale logo, mano. - George disse tentando conter a risada.

– Deixa primeiro eles cumprimentarem Fleur e Gui, Fred. - pedi.

Como o ruivo não disse nada só ficou me olhando. Acho que seus pais levaram isso como uma deixa para cumprimentar Gui e Fleur e foram ate eles parabenizando e os abraçando. Mas e claro que o show não acabaria ali, Fred pegou meu braço me puxando forçando-me a levantar. E mesmo sem ninguém prestando atenção em nós, o ruivo me beijou.

Por um momento eu quase me entreguei ao beijo mas consegui me manter lúcida o que para mim era um grande feito já que eu estava cada vez mais convicta que o beijo de Fred era a minha perdição. Eu admitiria com prazer que ele beijava muito bem.

Ouvi as risadas escandalosas de Ron, Ginny, George e Lino. Fiquei vermelha antes mesmo de olhar para todos, o ruivo me soltou e procurou meus olhos para saber o que eu estava sentindo e logo depois sorriu ao ver que eu estava brava mas logo passaria. Virei- me para o resto da mesa e tirando a risada de alguns a mesa estava em completo silencio.

A cena teria sido cômica se não fosse trágica para mim. Todos estavam nos olhando surpresos. Eu queria abrir um buraco no chão e esconder-me lá pelo resto do ano. George ria agora descontroladamente mas pelo menos Gina teve a decência de fingir estar surpresa.

– Alguém pode nos explicar? – Gui perguntou bem surpreso.

– É isso que eu queria dizer. – Fred falou entrelaçando nossos dedos. – Estamos namorando.

Se passaram alguns segundos em silencio que para mim poderia ter sido anos. Acho que era mais surpresa para Arthur do que para Molly já que ela apenas nos deu um olhar aliviado.

– Querido, eu só estava esperando você contar. – ela disse vindo em nossa direção. – Venham, me dêem um abraço.

Olhei para Fred confusa.

– Você sabia mãe?

Molly deu uma risada gostosa.

– Vocês não disfarçam muito bem. – respondeu. – Estava tão na cara.

Ri da minha preocupação e me senti a pessoa mais idiota do mundo. Por que diabos eu estava com tanto medo de falar para a família dele sobre o namoro?

– Só eu que não reparei nada? –Arthur perguntou.

– Você é lerdo, querido. – respondeu sua esposa.

Molly abraçou Fred rapidamente e veio até mim para um abraço. Apertou-me e passou a mão nos meus cachos.

– Estou tão feliz que esteja entrando para a família, Hermione. – sussurrou para mim. – Eu não poderia pedir nora melhor.

Sorri.

– Obrigada, senhora Weasley. – falei.

– Me chame de Molly querida, ou melhor agora já pode até me chamar de mãe. – ela respondeu em voz alta.

Soltou-me e logo Arthur veio me parabenizar.

– Já to até vendo minha mãe achar que a Hermione é a única filha dela. – George resmungou e se virou para Ginny. – Perdeu Gina, aceite não ser a única filha mulher.

– Eu amaria ter como irmã a Hermione. – a ruiva respondeu.

Ri.

– Não vou fazer sua tarefa. – brinquei.

Ela arregalou os olhos de brincadeira.

– Então não tem mais graça.

Todos se sentaram novamente na mesa e continuaram uma conversa animada até que Gui e Fleur falaram que já tinha que ir, depois de nos despedimos a senhora Weasley mandou todos para a sala enquanto guardava tudo.

– Quer ajuda? – perguntei.

– Adoraria. – respondeu.

Chamei Ginny e logo nós duas tirávamos os pratos da mesa e levava até a cozinha onde a senhora Weasley colocava na maquina de lavar louça.

– Guarde aquela panela, Gina. – Molly disse e se virou para mim. – Então me conte, desde quando você e Fred estão juntos?

Olhei-a e via curiosidade em seu rosto.

– Faz pouco tempo. – respondi sem saber ao certo o que falar.

– Como finalmente se acertaram? – insistiu por mais detalhes.

– Foi durante o jogo contra Durmstrang. – respondi simplesmente.

– E...

– Ela estava se pegando com Krum. – Fred falou entrando na conversa sem que tivéssemos percebido que ele tinha entrado na cozinha.

– Eu não estava me pegando com Krum! – defendi-me. – Ele que me beijou!

– Se um não quer, dois não beijam. – Fred disse.

Joguei-lhe um olhar magoado.

– Eu afastei ele. – virei para Molly que apenas nos observava. – E da pra acreditar que mesmo eu não querendo o beijo,Fred ficou bravo comigo? Fez mor discurso e ainda falou que achava que eu era sua namorada! Quando nem tinha me falado nada disso.

A senhora Weasley riu.

– Fred as vezes é tão lerdo.

Meu ruivo deu um sorriso de canto.

– Foi apenas um pequeno erro, já que na minha cabeça estávamos bem. – ele disse. – Mas olha, eu até me desculpei e pedi ela em casamento.

Revirei os olhos com um sorriso bobo nos lábios lembrando daquele dia.

– E obviamente eu não aceitei. – eu disse.

– Que bom querida, Fred é muito irresponsável as vezes. – Molly disse.

– Mãe!

Nós rimos.

***

Tomei meu ultimo gole do suco de abobora.

– Já estamos saindo. – Molly disse. – Volto no final da tarde.

Olhei enquanto George e a senhora Weasley saiam pela porta da frente.

Ontem depois da conversa que tive com ela e Fred acabou que Gina quis que fossemos conversar já que ela acha que Harry esta estranho e logo depois tive que ajudar Ron e Harry no machucados que ganharam jogando. Fred acabara ficando irritado já que eu nem tinha falado com ele.

– Hoje você é minha. – ele falou assim que a mãe saiu. – Não estamos de férias para ficarmos longe um do outro certo?

Sorri colocando meus braços nos ombros dele.

– Não deveria ir para a loja? – perguntei.

– George consegue cuidar dela mais um dia sem mim.

Sorri pegando o ultimo pedaço de bacon e comendo.

– O que vamos fazer então?

– Tem umas coisas da loja que eu tenho que testar e quero que você veja.

Faço uma careta e ele ri.

– Vamos, vai ser divertido. – Fred falou do jeito mais encantador que conseguiu.

– Tudo bem. – rendi-me.

Ele deu um sorriso.

– Vamos para o meu quarto então.

Assenti.

Estava prestes a levantar da cadeira para seguir o ruivo quando ouvi:

– Hermione... – Gina apareceu me chamando. – Podemos conversar?

Fred bufou.

– Não Gina, hoje ela é minha.

Olhei para os olhos tristonhos da morena e uma sensação ruim me bateu.

– Vai ser rapidinho. – a ruiva sussurrou.

Virei-me para Fred.

– Vai ser rápido, te encontro no quarto?

Vi-o revirar os olhos mas assentiu subindo as escadas. Fui com Ginny até o sofá.

– O que aconteceu?

– O Harry esta muito estranho. – dei um olhar irritado como se dissesse que ela estava imaginando coisas. – Não, me ouve. Harry esta realmente muito estranho... Quero dizer ele nem olha na minha cara! Esta me ignorando desde ontem. Eu nem o vi hoje!

Coloquei minha mão no ombro dela.

– Relaxa, Gina, ele só foi dar uma volta com Ron. – falei. – Esta imaginando coisas, Harry é louco por você. Não faça com que sua paranóia ganhe.

Ela me deu um olhar angustiado.

– Eu não tenho mais tanta certeza, Mione...

– Ginny, vai se acalmar. – eu disse. – Faça algo que a distraia e não o procure, verá que no final do dia tudo voltou ao lugar.

Ela assentiu ainda descrente.

– Obrigada, Mione.

Despedi-me dela e subi as escadas indo em direção ao antigo quarto de Fred e George. Nem bati apenas abri e vi ele em pé perto de uma pequena mesa com vários objetos nela.

– Não vai demorar. – Fred imitou a minha voz.

– Eu não falo assim. – briguei. – E não demorou, só esta sendo chato.

Ele sorriu e olhou para baixo. Tinha um pequeno frasco em suas mãos e eu me aproximei para notar e vi que o liquido tinha uma coloração meio amarelada.

– O que é isso? – perguntei.

– Quer experimentar? – ele respondeu com outra pergunta.

– Sem saber antes o que é, é meio suicida. – respondi e levantei o olhar para vê-lo.

Fred estava me olhando intensamente. Sorri constrangida.

– O que foi?

Ele deu um sorriso e fechou o frasco que estávamos vendo e colocou na prateleira atrás de si. Contornou a mesa e parou na minha frente.

– Estou inclinado a deixar esses experimentos de lado e fazer o que eu mais gosto de fazer no mundo.

Levantei a sobrancelha.

– E o que seria?

Fred colocou sua mão em meu queixo puxando meu rosto para cima.

– Essa é uma pergunta interessante. – ele respondeu se aproximando. – O que eu mais gosto de fazer é te beijar.

E com isso ele fez o que mais gosta de fazer.

Agora, Merlin, me explica como não me apaixonar perdidamente por um cara assim? Eu já não acreditava que existia homem tão perfeito ai o senhor vai e me manda Fred Weasley. Obrigada senhor!

Mas claro que o mundo não é perfeito e eu não tenho nem tempo para respirar então quem dirá beijar o meu namorado. A porta se abriu com tudo fazendo com que eu me afastasse dele esperando ver George mas Harry entra um pouco ofegante.

– O que esta fazendo aqui, Harry? – pergunto.

O moreno fechou a porta atrás de si e encostou nela. Fred e eu nos entreolhamos e eu vi que o ruivo não estava nada feliz com nosso novo convidado.

– Eu estou me escondendo... – Potter parou no meio da frase e seus olhos brilharam como se tivesse tendo alguma idéia. – Hermione eu preciso da sua ajuda.

Neguei com a cabeça.

– Não, Harry. – respondi. – Estou ocupada.

Harry olhou para Fred e acho que ai que notou que estávamos sozinhos... No quarto... Que queríamos privacidade!

– Ahn... Desculpa. – falou meio constrangido. – Mas serio, Mione, eu preciso mesmo da sua ajuda, é importante.

Olhei para Fred me desculpando e fui até Harry o puxando pelas orelhas para fora do quarto.

– Cinco minutos e eu já volto. – respondi para meu namorado.

E fechei a porta atrás de nós.

– O que diabos você quer, Harry?

– Eu preciso que distraia, Gina. – ele foi direto. – Ela esta me procurando e eu não posso vê-la agora.

Irritei-me.

– Harry, ela é sua namorada, sabe!

Ele pareceu confuso.

– Sim, eu sei disso.

– Então por que esta fugindo dela? – perguntei. – Ginny já notou isso, você sabe.

O moreno negou com a cabeça.

– Eu não estou fugindo dela... só não posso vê-la agora.

– Harry... Não vou fazer isso. – falei.

– Por favor, Mione. – ele implorou com as mãos.

– Sabe que faço tudo por você Harry. – eu disse sinceramente. – Mas não me peça para me meter no meio de vocês dois.

Virei-me e entrei novamente para não ter que ouvir Harry implorar novamente. Acho que deve estar na minha genética ajudá-lo já que era muito difícil dizer um não para ele.

– Esta livre agora? – Fred perguntou sarcasticamente.

– Completamente. – respondi sorrindo e chegando mais perto. – Aonde estávamos mesmo?

Fred sorriu maliciosamente ficando na minha frente.

– Depende, esta falando da poção ou... – enquanto falava ele colocou a mão na minha cintura me puxando para mais perto. Seu rosto estava próximo do meu. – Ou disso?

Afastei-me um pouco.

– Claro que da poção. – respondi sorrindo.

– Droga. – Fred praguejou. – Por que tive que arranjar uma namorada que prefere estudar do que eu?

– Escolheu errado. – falei levantando a mão. – O que pode fazer? Não da pra trocar.

– Tem certeza que não da? – o ruivo brincou.

Fiz careta.

– Não, não dá.

Ele riu.

– Que garota linda. Acho que vou me contentar com o que eu tenho, então.

Revirei os olhos e fechei a cara.

– Não me diga que ficou irritada? – ele perguntou.

– Não fiquei.

– Esta sim.

– Não estou.

Ele sorriu e chegou mais perto. Eu queria distancia por que quando Fred estava tão próximo assim era difícil sequer pensar direito, então era muito mais ficar brava com ele.

– Eu estava brincando. – ele falou. – Gosto da namorada que eu tenho.

Fechei os olhos esperando um beijo mas a porta do quarto fora aberta novamente. Merlin! O que tinha com o povo que justo hoje só vinha nos interromper.

– O que esta fazendo aqui, Ginevra? – Fred resmungou.

– É Gina!. – respondeu ela. – Ah,e desculpa não queria interromper, só preciso da Hermione por um minuto.

E sem me dar chance de protestar Gina me puxou para fora do quarto com uma força típica de jogadores de Quadribol. Fechou a porta atrás de si e virou para mim.

– Que cara feia Hermione. – Ginny brincou.

– Esteja feia por que cansei de todos interromperem meu momento com Fred, talvez. – ironizei. – O que você fez dessa vez?

Ela levantou os braços em defesa.

– Eu? Nada. – falou. – Mas tem algo errado. Harry esta claramente me evitando e não, eu não vim falar sobre isso. Eu estava procurando meu anel que ganhei da minha tia avó Gertrudes, lembra dela?

Forcei a minha memória.

– Aquela que tinha vinte gatos e acabou morrendo por causa da alergia que ela tinha a gatos? – arrisquei.

– Não, essa é a tia Fátima. – falou. – A tia Gertrudes é a que o marido a trocou por outro cara.

Assenti.

– Você tem familiar demais. – respondi. – Não espere que eu lembre de todos.

– Agora você tem que lembrar já que vão ser a sua família também.

Fiquei quieta.

Droga, ela tinha razão.

– Me fale logo o que quer? – apressei-a. – O que tem o anel?

– Então, eu não estava achando esses dias e lembra que eu até te perguntei? – assenti. – Hoje fui procurar Ron e perguntei sobre o anel e ele ficou muito estranho! Eu acho que esta com o anel.

– E pra que ele iria querer o anel? – perguntei. – Ron ainda é hétero pelo que eu sei e o anel é afeminado demais para ele.

Gina levantou o dedo indicador da mão direita.

– Essa é a questão! Por que ele iria querer o anel? – ela disse. – Só queria pedir para você falar com ele e descobrir o que ele ta fazendo com o anel.

– Nem sabemos se esta com o anel mesmo. – defendi meu amigo. – E agora a única coisa que vou fazer é voltar para dentro daquele quarto.

Ginny deu um sorriso malicioso.

– Acha que eu não sei o que estão fazendo lá?

– Nada, já que meus amigos meus amigos não deixam eu ter um momento a sós com meu namorado. – falei irritada.

Ela sorriu se desculpando.

– Pode falar com ele depois então?

Assenti derrotada.

– Depois eu falo com ele.

Ginny deu um sorriso lindo e beijou minha bochecha e saltitou para longe dali. Suspirei aliviada e abri a porta mas me assustei um pouco quando vi.

– Por que você ta loiro? – perguntei alarmada.

Fred arregalou os olhos.

– Eu estou loiro? – ele perguntou procurando um espelho e viu que em vez dos seus cachos ruivos estava loiro. – Droga não funcionou.

Franzi a testa confusa.

– O que deveria fazer?

– Aquela poção que eu te mostrei. – respondeu. – Era para mudar minha aparência toda, não só o cabelo.

– Tipo uma poção polissuco? – perguntei.

Fred assentiu.

– Sim, só que em vez de te transformar em uma pessoa já existente seria em alguém que você nunca viu. – ele disse. – Mas então, me diga, eu fico bem loiro?

Sorri e sem querer pensei em Draco.

– Prefiro você ruivo. – respondi sorrindo.

– Agora eu posso ter aquele beijo que uma garota que diz ser minha irmã me interrompeu? – perguntou.

Ri.

– Pelo que eu sei ela é mesmo a sua irmã.

Fred bufou.

– Acho que ela é adotada.

– Gina fala a mesma coisa de você.

O ruivo que agora é loiro revirou os olhos e veio para mais perto prendeu minha cintura com seus braços e sorriu descendo o rosto, descendo um pouco mais... Mas a maldita porta foi aberta novamente.

Puta que pariu. – ele xingou. – O que você quer?

Virei-me e vi Ronald parado olhando para nós.

– Nossa quanto mau humor. – Ron disse. – O que eu fiz para você?

– Além de nos interromper?

Coloquei a mão no braço de Fred para que ele se acalmasse.

– O que você quer? – perguntei. – Vocês não conseguem ir no banheiro sem me consultar antes!

– Eu acabei de ir e não precisei te informar. – o irmão do meu namorado disse e joguei-lhe um olhar feio. – Okay, na verdade eu preciso da sua ajuda por dez minuto Hermione, é importante.

Bufei.

– Harry apareceu aqui também e disse que era importante mas só foi perda de tempo. – falei.

– Bem... Eu preciso de você para Harry não me matar. – ele falou. – Acha isso importante?

Meus ombros enrijeceram.

– O que vocês não fazem sem mim? Céus. – virei para Fred tentando fazer a cara mais fofa que eu consegui.

– Tudo bem, vai. – ele foi compreensivo.

Dei-lhe um selinho e puxei Ron para fora do quarto.

– O que foi? – perguntei assim que estávamos longe de qualquer um que pudesse nos ouvir. – Por que Harry quer te matar?

Rony balançou a cabeça.

– Ele não quer agora, mas se descobrir o que aconteceu vai querer.

– E o que aconteceu?

O ruivo olhou ao redor procurando qualquer um que tivesse nos ouvido e ao reparar que só tinha nós dois foi me puxando para seu quarto.

– Harry pediu para que eu pegasse há um tempo atrás um anel da Gina. – ele contou.

– E a Gina esta atrás desse anel, sabe que foi você. – falei. – Mas o que ele quer com o anel?

– Ele ia fazer uma aliança ou algo assim, pelo que ele me contou é normal no mundo trouxa se esta num relacionamento usarem alianças. – Ron falou enrolado. – E queria saber qual era o tamanho do dedo dela.

Sorri.

– Mas por que ele ta evitando ela então?

– Ginny consegue driblar rapidamente ele. – respondeu simplesmente e logo eu sabia que Harry contaria para ela facilmente se ela insistisse.

Chegamos na porta de seu quarto e Rony abriu e entramos.

– Mas ainda não entendi qual é o ponto nisso tudo.

– Harry fez o anel. – o ruivo continuou. – E deixou comigo...

Balancei a cabeça dando sinal que eu não entendi.

– Eu estava aqui no quarto me assustei com uma aranha de brinquedo que Fred deixou aqui, você sabe qual é o meu desespero com aranhas. - olhei para ele como se pedisse para que chegasse logo ao ponto.- E perdi o anel. – ele falou tão rápido que eu quase não entendi.

Ronald havia perdido o anel de namoro de Harry e Gina.

– Ou. – falei só isso por um tempo depois continuei. – Você ta perdido.

O medo passou pelo olhar do garoto.

– Me ajude. – falou. – Eu não to achando mas você sempre foi melhor em achar algo que eu, e temos pouco tempo que logo o Harry aparece e Lilá vem me ver.

Suspirei.

Já estávamos aqui mesmo.

– Tudo bem.

Comecei a balançar as cobertas das duas camas e esperei ouvir um barulho de prata caindo no chão mas não ouvi. Rony olhava as gavetas. Aproveitei para dar uma arrumada no quarto, é claro que ele não acharia nada nessa bagunça.

Ele fechou as gavetas transtornado mas não sei o que atraiu Rony já que ele se ajoelhou e pegou algo, sorrindo logo em seguida.

– Achei, Mione. – falou aliviado e estendeu o braço para que eu visse o anel.

Cheguei mais perto e olhei.

Era realmente lindo. Gina iria amar.

A porta se abriu e esperei ver Harry entrando mas não era ele. Lilá parecia distraída até que olhou para dentro e nos viu. Ela arregalou os olhos logo em seguida. Eu iria perguntar o que tinha acontecido quando ela gritou:

– Esta pedindo a Hermione em casamento?

Olhei para nossa posição e logo dei um passo para trás. Rony estava mesmo ajoelhado na minha frente estendendo um anel em minha direção. Mas qual é! Eu tinha namorado e era irmão dele.

– O que? – Rony perguntou abobalhadamente.

Ai ele se olhou e me olhou e notou o que dava a entender.

– Lilá...

– Não acredito nisso. – ela gritou e correu para fora do quarto.

Só deu tempo de Rony e eu nos entreolhar e corrermos atrás dela.

Mas claro que a garota tinha que ser rápida, certo? Corremos fazendo muito barulho e só conseguimos chegar até ela quando Lilá parou para conter o choro na sala. Rony segurou o braço dela enquanto eu ainda estava com o anel em minha mão.

– Me solte Ronald Weasley. – ela gritou. – Não acredito que confiei em você! Em vocês dois. Fui tão ingênua.

A porta da cozinha se abriu e Gina apareceu nos olhando confusa.

– O que aconteceu? – ela perguntou.

– Lilá não é o que parece. – Rony falou ignorando a irmã.

Droga Ronald, é a pior frase que se pode falar numa situação dessa.

– O Rony pediu a Hermione em casamento. – Lilá respondeu a ruiva.

Ginny arregalou os olhos e virou para me olhar.

– O que? – perguntou.

Mas claro que Merlin já não gostou da treta toda que aconteceu até aqui. Ele tinha que colocar mais gente no meio. Então nessa hora Fred e Harry desciam as escadas conversando e pararam ao ver uma Lilá chorando escandalosamente, uma Gina assustada e eu junto com Rony nervosos.

– Perdemos alguma coisa? – Fred preguntou.

Lilá conteve o soluço e foi até meu namorado.

– Eles estão nos traindo. – ela falou para Fred.

– O que Brown?

– Eu peguei Ron e Hermione juntos!

Fred me olhou confuso e eu dei de ombros sabendo que ele não iria entrar nessa de namorado traído por que confiaria em mim sabendo que tem mais nessa história.

– E como exatamente eles estavam? – Harry perguntou se divertindo com a situação.

– Rony pediu Hermione em casamento!

Harry agora estava mais confuso do que alegre.

– O que diabos aconteceu?

– Ela não aceitou, não se preocupe. – Fred falou. – Ela não gosta de aceitar pedidos de casamento, acredite, experiência própria.

Ginny deu uma risada.

– Não é brincadeira isso, deveria estar magoado. – Lilá disse.

Fred deu um sorriso.

– Deve ter alguma explicação.

Suspirei aliviada por ter um namorado tão compreensivo.

– E então? – Fred questionou.

Ri ao pensar que a situação até que fora muito engraçada.

– Rony achou o anel e me mostrou e estava ajoelhado. – respondi. – Lilá entrou e imaginou o resto.

A namorada do meu amigo nos olhou perplexa.

– Mas então de quem é o anel? – perguntou.

Rony olhou para Harry.

– Desculpa,cara. – falou e jogou-lhe o anel. – É do Harry.

Agora todos se viraram para o moreno.

– Como é que o Harry se meteu nessa? – Gina perguntou confusa.

O moreno parecia nervoso.

– Iria ser de outro jeito. – ele falou e chegou mais perto da minha amiga. – Mas como deu... Nisso. – e apontou para nós. – Eu comprei esse anel para te dar como aliança de namoro.

A ruiva arregalou os olhos e logo um sorriso brotou em seu rosto.

– Harry... Não precisava.

Ele deu um sorriso e pegou sua mão.

– Eu sei, mas é um costume trouxa que eu gostaria de seguir. – meu melhor amigo disse colocando o anel em seu dedo.

Gina sorriu e beijou Harry.

Rony e eu suspiramos aliviados por não termos que casar.

– E agora me explique como foi aconteceu tudo isso? – Harry perguntou para mim e meu amigo.

Cheguei perto do Ron e dei uma batida em suas costas.

– Isso é com você,cara.

Ele me jogou um olhar suplicante para que eu ficasse mas peguei a mão de Fred e o puxei para cima e logo já estávamos em seu quarto novamente. Olhei para ele e agora seu cabelo estava castanho.

– Vai me explicar qual é a do seu cabelo? – perguntei.

– Ele tem vontade própria. – respondeu se jogando na sua antiga cama. – Vai me explicar como quase se casou com Ron?

Ri e me joguei ao seu lado.

– Eu nem teria aceitado. – respondi e comecei a rir descontroladamente devido as memórias que agora eu poderia levar pelo resto da minha vida. – Ela acreditou mesmo que ele iria me pedir em casamento?

Fred ria comigo.

– Ele não tem o meu charme, mesmo que fizesse você não aceitaria.

Revirei os olhos divertida.

– Você já pediu e eu não aceitei. – Lembrei-o.

– É por que você não tinha visto todo o meu charme. – ele respondeu e chegou mais perto. – Acha que agora irão nos interromper novamente?

Fingi pensar.

– Acho que não. – eu disse sorrindo. – O casamento já foi desfeito.

Fred riu e chegou mais perto.

E finalmente conseguimos ter o beijo que tanto esperávamos.

Ele me beijava de um jeito necessitado, como se não me tivesse fosse morrer. As coisas começaram a esquentar entre nós. Fred começou a passar a mão por minha cintura e eu queria explorar cada canto de seu corpo com a minha mão. Não sei como foi acontecer mas um minuto eu estava ao seu lado no outro eu já estava em seu colo.

Fred tirou meus cabelos do meu ombro e desceu seus beijos para lá e eu soltava fracos gemidos de prazer. Sua boca voltou para mim e eu não sei de onde tirei coragem mas logo eu estava com a mão em sua blusa e depois a tirei deixando Fred sem ela. Ele sorriu safado entre nosso beijo e me prendeu mais contra seu corpo.

Não faço idéia de onde teríamos parado se não fosse justo aquele momento que a porta fora aberta de novo e viramos esperando ver Harry, Ginny ou Ron e eu pensando em como iria vê-los novamente sem ficar com vergonha mas fora bem pior, acredite bem pior.

A senhora Weasley e George estavam parados nos olhando.

– Acho que deveríamos ter batido, mãe. – George falou sorrindo.

A primeira coisa que eu fiz? Além de ficar com vergonha? Claro sair do colo de Fred tentando manter qualquer dignidade que eu ainda possuía. Com certeza hoje não era mesmo o meu dia.

– Senhora Weasley... – eu chamei mas não sabia o que dizer. Me desculpas? Por estar beijando meu namorado? Isso faz sentido?

– Mãe... – Fred chamou.

Acho que Molly estava meio que em choque já que estava parada na porta olhando para nós completamente sem graça.

– Desçam, precisamos conversar. – ela falou e saiu do quarto.

Assim que George notou que ela já estava longe ele sussurrou:

– Isso vai ser tão engraçado.

E seguiu a mãe enquanto eu olhava para Fred que começava a rir e eu queria me esconder.

***

Então foi assim que Fred e eu acabamos aqui. Sentados no sofá ouvindo a senhora Weasley falar sobre sexualidade, prevenção a gravidez e sobre a suposta impotência do meu querido namorado.

– Eu não sou impotente mãe. – Fred repetiu.

– Não precisa ficar constrangido, querido...

– Mas eu não sou! – o ruivo falou meio brutalmente.

Molly assentiu descrente.

– Eu sempre soube que meu irmão tinha alguns problemas. – George disse. – Mas eu nunca quis deixá-lo envergonhado.

Tossi tentando conter a risada.

– Cala a boca George. – Fred parecia um pouco estressado já.

Nessa hora a porta da frente se abriu e o senhor Weasley entrou todo feliz cantarolando mas parou ao nos ver na sala com o clima tenso.

– Aconteceu algo?

Molly suspirou aliviada.

– Você tem que ter uma conversa com Fred.

– Sobre? – Arthur perguntou.

– Sexo e impotência. – Molly respondeu.

– Eu não sou impotente. – Fred quase gritou.

– Quem é impotente? – Rony gritou do topo das escadas.

– O Fred. – George gritou ao mesmo tempo que eu gritei de volta:

– Ninguém.

O senhor Weasley olhou surpreso para sua esposa.

– É possível alguém tão novo ser impotente? – sussurrou.

A senhora Weasley balançou o braço.

– Só...Conversem. – ela disse. – Amanhã já é natal e eu nem comecei a preparar nenhuma das comidas.

Ela se virou para a direção da cozinha.

– Hermione? Me ajuda?

Dei um pulo do sofá e a segui deixando Fred para trás com uma conversa sobre sexo com o pai..

Assim que chegamos na cozinha ela disse:

– Pegue a panela de pressão, por favor?

Entreolhamo-nos e ouve uma promessa silenciosa de nunca mais tocarmos no assunto sobre o dia de hoje. E eu estava mais do que grata.


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Notas finais do capítulo

O que acharam???
Então gente, eu vim propor uma coisa para vocês, eu quero chegar nesse cap. 20 comentarios, já que muitos apenas saem sem dizer o que gostaram e no que posso melhorar. Então eu venho aqui dizer q se chegar a 20 comentarios nesse cap. posto o proximo ainda essa semana, se não só no final da outra semana...
Então comentem.
Recomendação também estao acceitas.
Eu mereço depois desse cap. kkkk'
Obrigada por ler e até o proximo cap. e eu já digo que os proximos caps. estão demais.
Beijos.