Juntos por uma Horcrux - Fred & Hermione escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 21
Capítulo 21 - Where babies come from - Part 1


Notas iniciais do capítulo

Hey Potterhea!
Voltei o/
E com um capp. ENORME.
Caso tenham visto no titulo essa é a parte 1, seria um cap. só mais só essa parte já ficou gigantesca então resolvi dividir o segundo, que eu ainda tenho que escrever.
Quero dar boas vindas aos leitores novos e agradecer a todos que comentaram no ultimo cap. foi muito divertido ler cada review de vocês. Obrigada



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Eu estava sentada no sofá da Toca com o rosto mais vermelho que qualquer cabelo de todos os Weasley’s presentes. Fred estava ao meu lado com a mão entrelaçada a minha e um sorriso cômico no rosto o que me fez pensar como ele não estava vendo aquela ruiva nervosa na nossa frente.

– Eu nunca pensei que teria que fazer isso. – Molly disse andando de um lado para o outro na nossa frente. – Não sei nem por onde começar.

George tossiu tentando esconder a risada.

– Acho que por prevenção a gravidez, mãe. – ele disse.

Gravidez. Só ouvir essa palavra senti que deveria ser a pessoa mais envergonhada de todo o planeta.

– Sim, esta certo George. – a ruiva disse parando e olhando novamente para Fred e eu. – Prevenção a... Isso que ele disse.

Tomei coragem e comecei:

– Senhora Weasley nós só estávamos...

– Eu não preciso dos detalhes, querida. – Molly falou rapidamente me cortando parecendo assustada com o que iria dizer. – Bem, eu tive sete filhos! Sei de onde vem os bebes, e claro que sei que meus filhos um dia vão..vão... ter uma relação mais intima com alguém. E acredite Hermione, nada me deixa mais feliz que saber que você é a escolhida do meu querido Fred.

Sorri tentando demonstrar uma confiança que eu não tinha.

– Não sou tola em acreditar que todos os meus filhos ainda são virgens. – ela continuou num suspiro. – Sei como as coisas funcionam, principalmente na idade de vocês. Os hormônios aflorando e cada toque parece te levar para o céu.

– Mãe... – Ginny apareceu na sala e nos olhou confusa. – O que esta acontecendo aqui?

– Conversa sobre sexo da mamãe para Hermione e Fred. – George falou. – Quer participar?

Gina arregalou os olhos e deu um passo para trás.

– Não, não. Não estou pronta para ouvir tais coisas. – ela falou me jogando um olhar piedoso. – Só vim aqui dizer que Harry e eu vamos ir na casa de Luna.

A senhora Weasley desviou a atenção para a filha por um tempo.

– Claro que sim Ginny. – disse. – Tomem cuidado.

Gina estava prestes a sair quando Molly se virou para nos olhar novamente. Mas antes que a ruiva pudesse sair ouvi George sussurrar para a irmã:

– Você não vai escapar dessa conversa, Gina. – a voz do gêmeo era divertida. – Todos nós passamos por isso.

– Estou pensando em adiar o máximo possível.

Com isso ela me mandou um olhar de desculpas e saiu da sala. Traidora. Depois de tudo que agüentei nesses últimos dias ela me abandona assim mesmo sabendo como a mãe dela é.

– Onde eu estava mesmo? – a senhora Weasley disse.

– Algo sobre hormônios a flor da pele. – George a lembrou.

Maldito George Weasley! Ele estava se divertindo com o meu constrangimento.

– Ah sim, claro. Continuando, eu sei como é passar por tudo isso...

– Mãe não precisa dizer. – Fred falou. – Papai já teve uma conversa dessa comigo e com George anos atrás.

Molly jogou-lhe um olhar para se calar.

– Seu pai teve! Eu não. Então não me interrompa mais Frederich Weasley. – ela o aconselhou. – Continuando novamente o que eu dizia, sei como é sentir aquele fogo por debaixo da sua pele e tudo que você quer é saciá-lo. Eu já senti isso, e me lembro como se fosse ontem de todas as escapadas escondidas que seu pai e eu dávamos para poder saciar essa vontade. Teve uma vez ainda em Hogwarts que fomos no vestiário do time de quadribol da Grifinória. – seus olhos brilhavam de um jeito que me fazia pensar que as memórias deveriam ser muito boas. – Nossa, foi uma das melhores vezes em Hogwarts....

– Mãe! – Fred protestou.

– Eu realmente não quero ouvir sobre sua vida sexual com o meu pai. – George continuou parecendo um pouco enjoado.

– Não deveria reagir assim. – a mulher na minha frente disse irritada. – Se eu e seu pai não tivéssemos feito isso você e seus irmãos não estaria nesse mundo agora para me contrariar.

– O mundo agradeceria se não tivesse Percy aqui! – Fred resmungou.

– Fred! Não fale assim do seu irmão.

– Ele só disse a verdade. – George defendeu o gêmeo. – Mas continue com esse papo sobre sexo.

– Sim, claro. – Molly disse desconfortavelmente. – Sei que provavelmente já tiveram alguma relação mesmo que eu não ache certo já que Fred esta sendo professor lá... Mas eu só quero perguntar... Vocês estão se prevenindo certo?

Mordi o lábio nervosamente.

– Não tem com o que se preocupar, mãe. – Fred falou.

– Como não me preocupar? Eu tive vocês muito cedo e sempre irei me arrepender disso. – ela disse. – Claro,vocês são os meus tesouros, mas era muito cedo. Então não quero que passem pelo que eu passei...

– Senhora Weasley, não precisa se preocupar mesmo...

– Mas querida...

Eu já conseguia prever uma conversa de quase uma hora ali naquele discurso dela então joguei o balde logo e disse a única coisa que eu sabia que faria Molly se acalmar.

– Eu sou virgem.

Dito isso todos se calaram. Molly olhava de mim para Fred parecendo mais surpresa do que aliviada o que eu tinha que admitir que era um mau sinal. George começou a rir da situação e eu tive vontade de estrangulá-lo, o que ele estava fazendo aqui mesmo?

– Isso é verdade? – minha sogra perguntou.

– Hermione não mentiria mãe. – Fred falou.

Molly assentiu.

– Eu sei só que... Estou surpresa. – disse e pareceu refletir por um tempo. – Serio que Fred não... Você e Fred não... Céus! Eu tenho que contar isso para Arthur.

Ela queria o que?

– Mãe por que você e meu pai vão ficar discutindo a minha vida sexual? – Fred perguntou um pouco indignado.

Ela olhou em seus olhos.

– Não é exatamente isso. – se explicou. – Mas... Fred... você é impotente?

Nessa hora George não conseguia mais parar de rir. Olhei para meu namorado ao meu lado que parecia completamente alarmado. Tenho que admitir que nessa parte até eu estava tentando conter o sorriso.

– Ahn? Impotente? Mãe!

– Não precisa se sentir constrangido, querido. – ela disse. – Pelo que eu vi lá em cima não é falta de vontade que vocês não transaram ainda... então só pode ser algum problema desse tipo.

Senti meu rosto corar novamente lembrando d a cena anterior.

– Eu não sou impotente.

Eu olhei para a senhora Weasley depois para Fred e por ultimo meu olhar caiu sobre George. Eu não conseguia acreditar que estava acontecendo isso, justo faltando tão pouco para o natal. Como é que eu tinha me metido naquela situação?

Ah claro, não se preocupem. Eu vou explicar. Depois vou matar Harry, Ginny, Ron e até George e Lino por me fazerem passar por todo esse constrangimento.

Mas bem, vamos começar do inicio. Que foi no dia de embarcar na plataforma para voltar para casa.

Eu já comentei como Harry, Gina e Ron sempre, e eu digo mesmo SEMPRE, se atrasam? Então se não falei antes, comento agora. Já deveria fazer quase meia hora que eu estava parada em frente ao castelo esperando as dondocas virem para pegarmos os testralios e embarcarmos para casa. Mas como sempre devem ter se perdido no meio do caminho ou morrido do coração para não estarem ali quando já tinha pessoas embarcando.

– Hermione. – ouvi meu nome ser pronunciado e virei esperando encontrar meus melhores amigos mas não era.

Blásio vinha andando para fora do castelo com um sorriso no rosto enquanto Draco andava um pouco atrás com uma expressão de cansaço no rosto enquanto carregava sua mala.

– Blásio. – cumprimentei.

Os dois pararam na minha frente.

– Granger. – Draco falou arrogantemente.

Joguei um olhar irritado.

– Malfoy.

Blás revirou os olhos.

– Não podem ser amigos? – ele falou. – Convenhamos no primeiro ano eu nunca pensei que estaria aqui tendo uma conversa civilizada com uma Grifinória mas olha onde chegamos.

– Não tem como eu virar amiga da doninha! – falei tentando conter o sorriso que queria sair.

– Nem eu da Granger! Já faço muito respirando o mesmo ar que ela. – Draco falou.

Olhamos para Blásio e vimos ele colocar a mão no rosto tampando seus olhos como se estivesse cansado dessa briga toda. Com isso Draco virou para mim e sorriu com a cumplicidade estampada em seu olhar.

Não havíamos virado melhores amigos da noite para o dia. Mas acho que naquele dia que eu o ajudei enquanto estávamos no jogo contra Durmstrang acendeu algo em nós. Não entendam errado, sempre que estávamos perto o que mais fazíamos era brigar, mas agora tínhamos alguma coisa em comum. Os dois queria saber o que tinha de errado com Draco então nos correspondíamos muito por cartas já que eu sei – e ele também – que seria um caos se alguém nos visse conversando sozinhos em algum canto do castelo.

– Okay, vocês são dois cabeças duras. – o Sonserino falou. – Mas vim perguntar se viu Luna, planejamos pegar o trem juntos mas não a acho agora.

Balancei a cabeça.

– Não, desculpe.

Eu ficava batendo a mão impaciente na minha mala já irritada pela demora dos meus melhores amigos e acho que Blás notou isso já que olhou para os lados e perguntou:

– Cadê Potter e os Weasley?

Suspirei.

– Eu também gostaria de saber. – respondi meio mal humorada.

Acho que eles tinham algum sensor em saber quando eu falava deles já que nessa hora Harry, Ginny e Rony apareceram correndo com suas malas nas mãos e parecendo bem cansados.

– Desculpa, nos atrasamos. – Ginny foi a primeira que conseguiu dizer algo.

– Só tem isso para dizer? – perguntei irritada. – Se atrasaram foi pouco.

Ron bufou.

– Desculpa, okay? – pediu irritado e olhou para Blásio e Draco. – Mas pelo jeito ficou em ótima companhia enquanto nos esperava.

Blás levantou os braços em redinção.

– Não me coloque no meio da briga, camarada.

O loiro revirou os olhos.

– Vamos logo, Blás. – falou jogando um olhar bravo para meus amigos. – A Di-lua deve estar nos esperando no trem.

O moreno Sonserino deu de ombros e me jogou um olhar de despedida e se virou com seu melhor amigo desaparecendo em seguida no meio de tantos alunos que saiam para comemorar o natal em casa.

– O que eles estavam fazendo aqui? – Ron perguntou.

– Nada que te interesse. – falei deixando-o vermelho de raiva. – Pare de ser tão controlador Ronald! Vá atrás da sua namorada, só ela te agüenta mesmo.

E virei começando a andar para os testrálios louca para chegar logo na toca. Eu tinha que admitir que estava com saudade daquela velha casa torta que durante esses anos se transformara em meu lar. Era bom rever a senhora Weasley e se bobiar até George eu queria ver.

– Não deveria ficar tão irritada, Mione. – Gina falou quando apareceu ao meu lado deixando os meninos andando logo atrás. – Você sempre soube como Rony é.

– E por isso sempre brigamos, não? – eu disse.

Ela sorriu.

– É o ciclo da vida.

Assenti.

Continuamos andando e logo já tínhamos chegado aos testrálios. Deixei minha mala ao lado que depois seria levada para o trem e subi sentando-me logo em seguida. Harry sentou ao meu lado e os irmãos Weasley na nossa frente.

– Estou sentindo que estou esquecendo algo. – Gina falou depois de um tempo em silencio.

Sorri.

– Por que provavelmente você esqueceu. – brinquei. – Só não perde a cabeça por que esta grudada no corpo, e mesmo assim ainda espero um dia você chegar sem ela.

– Não seja boba. – Gina falou. – Eu morreria sem ela. – e se virou para o namorado. – Não sou tão esquecida assim, né Harry?

Meu melhor amigo passou suas mãos por seus cabelos que insistiam em ficar bagunçados.

– Eu tenho mesmo que responder? – ele disse e levou um tapa da ruiva na perna. – Claro que não, Ginny, agora fique longe das minhas pernas.

Mordi o lábio tentando conter o sorriso.

– Que foi Hermione? – Ron perguntou.

– Isso soou tão errado. – falei baixinho.

Gina arregalou os olhos e Harry virou o rosto constrangido.

– Hermione com mente suja? Merlin! O que aconteceu que eu perdi? – ela disse.

– A culpa é do Fred! – falei me defendendo.

Uma luz passou pelo olhar da minha amiga.

– Isso! Fred! Eu estava me esquecendo dele. – ela disse animada. – Cadê ele?

– Fica até mais tarde hoje no castelo. – respondi. – Mas prometeu que jantaria na toca.

Todos assentiram.

– Seus olhos estão até tristes com isso. – a ruiva falou. – Parece um gatinho abandonado.

– Não estou triste. – defendi-me.

Sorri.

– Sei como esta se sentindo, não se preocupe, a noite vocês se vêem. – ela continuou fingindo não ter me ouvido.

Revirei os olhos.

Sem dizer mais nada peguei um livro e comecei a ler para não ter que conversar mais nada. Eu estava tão entretida no livro A esperança e louco para acabar. Eu amava aquela distopia e já deveria ter lido uns cinqüenta vezes mas como não reler? Aquilo mostrava todos os podres de uma sociedade de forma fictícia.

Então nem notei que Ron e Harry haviam trocado de lugares até o ruivo tentar bisbilhotar o que eu estava lendo.

– Que foi? – perguntei levantando meus olhos do livro pro meu amigo.

– Nada. – respondeu rapidamente. – Desculpe, não queria interromper.

Assenti e antes de voltar para a leitura vi Gina encostada no peito de Harry e os dois dormiam tranquilamente. Abaixei o olhar e tentei me concentrar novamente na parte em que Peeta é resgatado da capital e meu coração morre naquele momento.

Eu teria continuado minha leitura mas era um pouco difícil com Ron mexendo demais as pernas ao meu lado parecendo um tanto nervoso e inquieto. Por diversas vezes tentei voltar a ler mas teve uma hora que já desisti e fechei o livro guardando na minha bolsa.

– Aconteceu alguma coisa? – perguntei.

Ele pareceu surpreso mas negou com a cabeça.

– Tem certeza? – insisti.

– Mione... Er... Você gosta do Fred, certo? – Ron perguntou.

Levantei a sobrancelha.

– Sim. – respondi. – Por isso estou namorando com ele,sabe? As pessoas namoram por que se gostam.

– Eu sei. – ele disse. – Eu não me expressei direito, mas... Não sei como perguntar, mas como você notou que estava mesmo apaixonada por ele?

Olhei-o surpresa pela pergunta e pensei na resposta.

– Bem... Na verdade quem me fez perceber mesmo isso foi Gina. – respondi. – Minha cabeça tava uma bagunça enorme e eu tentava me convencer que não era nada demais, porem teve uma hora que não tinha como negar que eu estava louca por ele. Só que quando isso aconteceu as coisas não ficaram nem um pouco fáceis.

– E por que não comentou comigo e Harry? – Ron disse.

Dei de ombros.

– Eu achei que seria uma coisa estranha de se falar. Ele é seu irmão apesar de tudo. – afirmei. – E também eu nem sabia como ele se sentia, caso Fred não gostasse de mim não queria vocês me olhando com pena.

Ron assentiu.

– Por que quer saber disso? – perguntei.

– Na época eu fiquei irritado por começarem a namorar quando eu nem sabia que vocês se gostavam. – ele respondeu.

– Mas Harry também não te disse que gostava da Gina. – apontei-lhe um fato.

O ruivo assentiu.

– Não contou mas eu já estava notando. – falou. – Eu passo quase todo o dia com ele, acha que eu não notaria?

Sorri.

– Mas não mude de assunto. – falei. – Me diga por que perguntou isso.

Vi-o apertar suas mãos uma na outra nervosamente.

– É Lilá... Acho que gosto dela.

– Pensei que gostasse dela desde o começo. – falei.

Se ele não gostava por que começou a namorar com a menina?

– É complicado, Lilá foi a primeira garota a realmente me notar entende? Eu não era a sombra de Harry Potter nos olhos dela então isso me encantou. – Ron disse olhando dentro dos meus olhos e eu vi a confusão que sua mente estava. – Mas eu não gostava dela no começo.

Minha boca se abriu mas demorou um pouco para que eu falasse.

– Mas vocês transaram. – falei abobalhada.

Ron deu um sorriso malicioso.

– E foi muito bom, só pra constar. – ele disse. – Deveria tentar, Mione! Relaxa os músculos e não ficaria tão estressada.

Dei um soco de leve em seu braço tentando manter minha fachada seria mas logo dei um largo sorriso.

– Mas é serio mesmo, é muito relaxante.

Assenti.

– Não se preocupe, um dia eu experimento. – brinquei.

Ron deu um sorriso lindo.

– Mas continue falando. – pedi virando meu corpo para encostar no dele então descansei minha cabeça em seu ombro. – Agora você gosta da Lilá?

Senti seus ombros enrijecerem.

– Eu sei que você não gosta dela...

– Não, na verdade minha opinião sobre ela mudou. – falei e o vi se aliviar. – Até que parece bem legal.

– Ela é. – sua voz tinha um tom tão...apaixonado que me fez ficar feliz por ele. – Claro tem umas birras de vez em quando, mas nada que eu já não tenha me acostumado. Acredita que uma vez ela chegou em mim e começou a chorar falando que você gostava de mim e que deveríamos terminar para que eu pudesse ficar com você?

Ri.

– Ela já perguntou para mim se eu gostasse de você. – confessei.

– E disse que sim né? Não se preocupe eu sei que sou irresistível. – falou convencido.

Revirei os olhos.

– Claro. – ironizei. – Falei que era louca por você iria me juntar a você sabe quem só pra conseguir ficar com você no final. Fred é apenas um meio pra conseguir o que eu quero.

Ele riu.

– Lilá e Fred que se cuidem, vamos roubar tudo deles e nos mudarmos pra Cancun. – Ron brincou.

Sorri.

– Vamos zoar com eles? – meu amigo pergunta apontando para o casal na nossa frente dormindo.

Endireitei-me no banco enquanto Ron se levantava e fechava a porta da nossa cabine. Parou em frente ao casal e olhou para mim com um sorriso maroto nos lábios.

– Não, Ron, não faça isso. – falei um pouco alto tentando soar assustada. – Eles não merecem isso.

Ron pegou sua varinha e apontou para eles.

Aguamenti. – e um jato de água caiu nos dois acordando-os.

Harry e Gina olharam ao redor completamente confusos e encharcados e se assustaram ao ver Ron parado a sua frente parecendo bravo.

– Que pouca vergonha é essa que vocês estavam fazendo? – ele falou e se eu não soubesse a verdade eu acharia mesmo que ele esta bravo.

– Ron! – Ginny berrou. – Só estávamos dormindo! DORMINDO!

– Acha que eu não vi toda a pouca vergonha? Dormindo! Sei. – o ruivo ironizou. – Agora estou furioso, Harry Tiago Potter eu irei arrancar cada pedaço do seu corpo por estar desvirtuando a minha irmãzinha.

Vi o moreno ficar vermelho.

– Rony...

– Eu vou te castrar Harry Potter. – Ron falou dando um passo par frente e fazendo com que Harry pulasse para o outro lado da cabine.

– Ronald eu quero ter filhos! – Gina falou se levantando.

Nessa hora eu comecei a rir mas não consegui disfarçar então todos se viraram para mim e Ron abriu um sorriso se sentando novamente ao meu lado e passou os braços ao redor dos meus ombros. Virei o rosto e escondi na lateral de seu corpo enquanto eu ria ainda mais.

– O que acabou de acontecer? – Harry perguntou.

– Você não estava mesmo bravo? – Gina fez outra pergunta. – E estamos molhados por nada?

Sim, eles estavam totalmente molhados. Por nada.

Ron e eu perdemos varias vezes o fôlego de tanto rir.

– Ronald! Isso não se faz. – a irmã brigou. – Eu realmente achei que era dessa vez que Harry ia de uma dessa pra melhor.

– Isso foi engraçado. – Rony falou olhando pra mim.

Assenti.

– Não foi não. – Harry resmungou se sentando novamente.

Ron e eu nos entreolhamos e rimos ainda mais.

***

– Crianças! – ouvimos o berro da senhora Weasley antes que víssemos seu corpo entre a multidão de pais e alunos que se reencontravam.

Havíamos acabado de chegar na plataforma e desembarcar. A senhora Weasley estava parada com George ao seu lado parecendo bem ansioso e logo um pouco de tristeza me bateu por saber que ele esperava Fred e que Fred não voltaria até a noite.

– Mamãe. – Gina correu para seus braços.

– Eu senti tanta saudades de vocês. – Molly disse. – A casa estava tão quieta ultimamente.

George bufou.

– Ele fala como se eu não fosse quase todo dia lá.

Sorrimos.

– Harry, Hermione estou feliz que resolveram passar o natal conosco. – ela disse vindo nos abraçar.

– Meus pais não gostaram muito da idéia senhora Weasley. – falei assim que ela me soltou. – Estão dizendo que eu prefiro vocês a eles.

Ela deu um sorriso de orgulho.

– Besteira. – falou. – Apenas tem seus amigos aqui.

Assenti.

– Cade Fred? – George perguntou olhando para mim.

Fiquei com vergonha já que a senhora Weasley não sabia nada sobre nosso relacionamento.

– Só volta a noite. – Gina respondeu. – Coisas de professor.

O brilho do olhar do ruivo apagou.

– George! – ouvimos um grito.

Virei a tempo de ver Lino correr para George se jogando nos seus braços como se não se vissem há anos, não alguns meses.

– Por favor, ninguém aqui quer ver pervertices. – Ron brincou.

Lino se fez de constrangido.

– Desculpe, vamos esperar até chegar em um quarto. – prometeu.

– Ou não. – George falou colocando a mão na cintura do melhor amigo e o puxou para mais perto. – Não nos vemos há muito tempo, vocês sabem, todo casal tem uma necessidade.

– Olha que eu conto pro Fred que aliviaram a “necessidade” sem ele. – Ginny ameaçou.

George deu um sorriso maroto.

– Como se ele não tivesse feito isso lá também. – falou olhando para mim.

Virei o rosto para a senhora Weasley não me ver corar.

– Lino estava em Hogwarts com Fred. – George se justificou. – Sei como eles devem ter aproveitado.

Suspirei aliviada e vi Molly revirar os olhos.

– Vamos para casa, crianças. – ela disse.

E antes de a seguirmos para ir embora ouvi Ron sussurrar pra Harry:

– Quando ela vai notar que não somos mais crianças?

***

A primeira coisa que fiz ao chegar na toca foi tomar um longo banho e relaxante. Isso me fez sentir uma outra pessoa.Coloquei um vestido florido leve devido ao calor que estava e prendi metade do meu cabelo deixando cair os cachorros pelas costas. Arrumei minhas coisas no quarto de Gina e resolvi que era hora de escrever para meus pais para agradecer por terem me deixado passar no natal na toca, eles realmente queriam que eu ficasse com eles. Prometi que iria para casa no ano novo e levaria uns amigos comigo. Seria interessante contar para eles que estava namorando “meu” professor.

Sorri e peguei a coruja de Harry emprestada enviando a carta.

Guardei minhas penas na minha mala e já estava pronta para descer quando a porta se abriu e Gina entrou e se jogou em sua cama com um sorriso no rosto.

– Quanta felicidade. – falei sentando na outra cama.

Ela assentiu e sorriu ainda mais.

– Isso tudo é por Harry?

Gina se virou na cama para me olhar.

– Não totalmente. – respondeu. – Tudo esta tão certo agora que eu até me esqueço que tem uma guerra aflorando.

Eu sabia como ela se sentia.

– Acho que vou tomar banho. – Gin falou se levantando num pulo. – A casa vai estar cheia pro jantar. – ela pegou um short jeans e uma bata e estava prestes a sair quando parou e me olhou. – Minha mãe me perguntou se você e Fred estavam namorando.

Mordi o lábio.

– O que você respondeu?

A ruiva deu de ombros.

– Não era novidade minha pra contar. – disse. – Então disse que pelo que eu sabia não. É obrigação de vocês contarem pra família.

Assenti.

– Obrigada.

Ela abriu um largo sorriso.

– O que a gente não faz pela família?

E saiu indo para o banheiro tomar banho. Resolvi que não queria ficar no quarto sozinha então sai do quarto e desci as escadas até encontrar George e Lino sentados na sala rindo ao ponto de ficarem vermelhos.

– Ainda aqui? – brinquei. – Não tem casa não?

– Não tenho, algum problema? – respondeu sorrindo.

– Todos. – respondi sentando ao lado de George.

Lino colocou a mão na testa dramaticamente.

– Vê como a nerdzinha me trata? Como se não fosse nada mais que lixo!

George sorriu.

– Você é a amante de Fred, eu entendo por que Hermione não gosta de você.

– Isso não é desculpa! – Lino falou apontando o dedo para mim. – A Angelina gosta de mim e sou sua amante também.

Ao falar da garota meu estomago se contraiu involuntariamente e me repreendi por dentro. Ela era namorada do George, não mais do Fred. Eu não tinha motivos para odiar a coitada. Mas dentro de mim essa informação não chegava ao cérebro.

– Angelina só tem ciúmes das pessoas erradas, querido. – o ruivo falou sorrindo. – Estamos livres por enquanto.

Revirei os olhos sorrindo.

– Retardados. –brinquei. – Olha que eu conto pra ela.

Os dois me olharam assustados.

– Não faria isso com a gente, faria? – George perguntou.

Assenti com um sorriso malvado no rosto.

– Ela mataria Lino e eu não me preocuparia mais com ele junto de Fred. – falei.

– Que garota malvada. – Lino falou. – E ciumenta.

Sorri e pisquei para ele.

– Cuidado, querido Lino.

– Eu que deveria estar dizendo pra você tomar cuidado Hermione. – George disse.

– Por que?

– Acha que eu esqueci que você escolheu Fred ao invés de mim? Que mau gosto Hermione!

Sorri.

– O que eu posso fazer? Eu tenho mesmo um mau gosto.

Ele sorriu.

– O que vocês estão falando? – Ron apareceu na sala interrompendo nossa conversa.

Seus cabelos ruivos estavam molhados mostrando que havia acabado de tomar banho.

– Você lava o cabelo com água? – George perguntou parecendo surpreso.

Franzi o cenho confusa.

– E você lava com o que? Leite?

Ele revirou os olhos pra mim.

– Não lavo meu cabelo com água. – respondeu. – Na embalagem estava escrito para cabelos secos.

Coloquei a mão na testa tentando esconder um sorriso que teimava em não sair dos meus lábios. Era realmente interessante como eles poderiam ser tão retardados e bestas e ainda conseguir nos fazer sorrir tão facilmente.

– Eu tava pensando em ir jogar quadribol, quem quer? – Ron perguntou.

– Eu to dentro. – Lino falou dando um pulo do sofá. – Vamos querida?

George fingiu pensar.

– Não sei... Tenho que voltar pra loja, alguém tem que pagar a sua compulsão por comprar.

Lino arregalou os olhos.

– Droga! Eu esqueci de te mandar a fatura do meu ultimo passeio a Hogsmeade. – brincou.

Sorri.

– George, essa sua amante não ta saindo barato. – falei.

O ruivo assentiu.

– Sim, eu com duas mulheres já estou quase falindo, fico pensando como alguns caras tem umas oito mulheres. – ele disse. – Não que eu não quisesse, deixando claro, eu seria muito feliz com oito mulheres, mas não daria pra sustentar todas elas se só Angelina e Lino quase me matam.

Ron e eu rimos ao mesmo tempo que Harry aparecia na sala com Gina ao seu lado.

– Então vamos jogar? – o moreno perguntou.

Todos os garotos assentiram.

– Encontro vocês mais tarde. – falei já saindo da sala.

– Vai aonde? – Lino perguntou.

– Ler, eu acho.

– Por que não vem conosco? – George perguntou sorrindo diabolicamente.

– Hermione? Nunca vassoura? – Ron disse. – É mais fácil conhecermos Merlin primeiro.

– Ela tem medo de altura. – Harry esclareceu pra Lino.

– A senhorita tem medo de altura? – George repetiu parecendo pensativo.

Dei um passo pra trás preocupada.

– Tenho... Por que?

George sorriu e eu soube que a coisa não ficaria boa pro meu lado.

– Interessante. – ele disse dando um passo na minha direção.

– Fique longe de mim.

– Peguem ela. – Lino gritou.

Não esperei pra ver quem iria seguir a ordem já dei um pulo e corri para a porta saindo da casa. Olhei para trás e vi Lino, George e Ron correndo na minha direção. Ronald aquele traidor!

– Vocês estão planejando me matar ou algo assim? – gritei.

Não ouvi uma resposta. Continuei correndo e virei a direita mas Ron estava lá, fui pra esquerda e era Lino e mais pra frente era George. Como eles tinham me encurralado assim! Maldito George Weasley que podia aparatar.

Juro que não sei nem como aconteceu. Só me dei conta quando já estava no ombro de George como um saco de batatas o que não me deixou nada feliz. Comecei a me rebater para ver se ele me soltava mas o cara tinha força apenas me apertou mais.

– George Weasley! Me solte! – berrei.

– É só uma vassoura não precisa ter medo. – ele disse.

– Eu não tenho medo da vassoura, tenho medo de me estatelar no chão.

Logo vi Lino aparecer e eu já conseguia ver as frases que teriam no meu tumulo. Se eu sobrevivesse aquele esporte suicida eu já tinha pra minha lista fazer academia para aumentar minha força e esganar George.

– Gêmeo mais feio que eu. – ouvimos uma voz vindo de mais adiante. – Pode por favor soltar a minha namorada?

Levantei meu pescoço para ver se conseguia enxergar e vi. Fred caminhava calmamente em nossa direção e senti meu coração dar um pulo. Era tão bom ver ele, e melhor nessas condições por que eu sabia que ele não me deixaria na mão como o traidor do Ronald!

– Gêmeo eu sou o mais bonito, cara. – George resmungou e logo sorriu.

– Eu consegui a garota, mano, só aceite. – Fred falou já mais perto.

– Hermione tem um péssimo gosto, ela mesmo admitiu. – Fred me olhou fingindo magoa. – Além de que eu ainda acho que você fez uma ótima poção do amor.

Lino riu.

– Se Fred tentasse fazer uma poção a Hermione estaria morta agora.

Senti minha cabeça latejar.

– Vocês podem falar sobre os dotes do Fred depois que me soltar? Já to vendo todos dobrados. – exagerei um pouco.

Ouvi a risadas de todos e George ficou de costas em frente ao Fred que pegou meu braços e me puxou fazendo meu corpo passar todo pelo ombro do irmão dele. Passei do colo de um para o outro mas logo o meu ruivo me colocou no chão e me abraçou forte.

Eu não o via desde o dia seguinte e parecia uma eternidade.

Quando fui me soltar ele abaixou seu rosto e logo senti seu hálito e em seguida seus lábios. Eu sentia a saudade dele apenas com aquele beijo e via como Fred gostava de mim. Isso me fazia saber que era a pessoa mais sortuda do mundo.

– Qual é! Não faz nem um dia que não se vêem. – George reclamou. – Mas seu mano aqui já faz meses!

Fred riu interrompendo nosso beijo.

– Com ciúmes, George?

Ele me soltou e foi abraçar o irmão.

– Cara como eu senti sua falta. – George disse. – Lembra da Dolores? Vive indo na loja e me dando nos nervos, eu não tenho a sua paciência.

– Quem é Dolores? – perguntei.

– Uma cliente da loja. – Fred respondeu.

– Com ciúmes, cunhadinha? – o gêmeo do meu namorado perguntou.

Fred tossiu tentando esconder a risada.

– Essa ai com ciúmes? É mais fácil eu virar ministro.

Revirei os olhos.

– Nem tem motivos para que eu fique com ciúmes. – defendi-me.

– Não magina. – Lino ironizou. – E as dezenas de garotas que dão em cima do Fred todo dia?

Franzi a testa.

– Que dezenas de garotas? – perguntei.

– Ela não sabia? – Lino falou. – Ops.

Virei-me para Fred.

– Que dezenas?

– Ele esta brincando, Mi. – Fred falou nada convincente.

Desde quando ele não sabe mentir?

– Frederich Weasley!! – falei mais alto que o normal. – Que dezenas?

Ele riu.

– Nada, amor. – ele falou me puxando para um abraços apertado.

Eu teria contestado e feito ele me falar do que Lino estava dizendo. Mas acho que eu meio que fiquei em choque por Fred me chamar de amor. Ele nunca havia me chamado assim antes e eu amei ver saindo de sua boca.

– O que vocês estavam querendo fazer com a minha namorada mesmo? – Fred perguntou assim que eu me soltei dele.

– Colocá-la numa vassoura. – George respondeu.

– Estavam querendo matá-la! – ele disse. Até que enfim alguém que entendeu a gravidade da situação. – Sem mim?

Minha boca se abriu em surpresa e deu um tapa em seu braço.

– Quantas vezes terei que dizer que não sou adepto a sadomasoquismo, Mi? – Fred perguntou sorrindo.

Fingi pensar.

– Nenhuma.

Ele fingiu se surpreender.

– Então querida, não gosto de sadomasoquismo.

Sorri.

– Droga, Fred. – resmunguei fingindo irritação. – Eu já estava procurando umas cintas, cordas pra te amarrar na cama.

Lino levantou a mão.

– Eu me voluntario Mione! – falou. – Se Fred não quer eu quero.

Todos rimos.

– Já anotei no meu caderno. – Fred fingia que estava escrevendo. – Não deixar Lino perto de Hermione.

Sorri.

– Crianças vão se arrumar para o jantar. – ouvimos a voz de Molly vindo de dentro de casa. – Por que estão ai fora. – dito isso ela saiu e parou ao ver Fred conosco.

Dei um passo para o lado e vi o sorriso aumentar no rosto da ruiva.

– Hey, mãe. – ele falou indo até ela. – Cheguei.

– Fred, meu amor. – os dois se abraçaram. – Que saudades seu menino mau! Quase não mandou cartas. E céus, esta tão magro.

– Estou né. – aquele narcisista confirmou. – E olho que eu como muito.

– Temos que ver se tem algo errado com você.

Fred assentiu sorrindo docemente.

Molly passou a mão no rosto do filho logo em seguida se virou para nos olhar.

– Entrem, daqui a pouco o jantar esta pronto.

Sem questionar a patriarca da família entramos.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Grande né?
Comentem vamos!!!
Recomendação? Depois desse cap eu mereço não? kkkk'
Até o proximo cap.