Juntos por uma Horcrux - Fred & Hermione escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 20
Capítulo 20 - Just a normal day


Notas iniciais do capítulo

Hey gente.
Demorei mais que o normal por dois motivos: 1- quase ninguem comentou no ultimo cap! Fiquei realmente triste com isso por isso resolvi que iria atrasar esse, e o 2- foi que comecei a ver OUAT então passei o final das minhas ferias vendo.
Boa leitura.



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Algo em mim dizia que estava na hora de levantar, eu tenho muita coisa ainda para fazer hoje mas a cama estava tão gostosa que levantar não estava parecendo uma opção. Virei-me ainda de olhos fechados e estiquei os braços para começar a me espreguiçar quando senti. Abri os olhos em choque e vi Fred num sono profundo tranquilamente.

Meu primeiro instinto foi dar um pulo para trás toda constrangida por estar na cama com ele! Mas algo dentro de mim não deixou. Já estávamos namorando! Não tinha que ter todo esse pudor com ele, além de que não era a primeira vez. Então apenas virei-me de lado e o observei sentindo um carinho dentro de mim aumentar cada vez mais.

Fred estava deitado de barriga para cima com o rosto virado no travesseiro em minha direção. Sua boca avermelhada estava entreaberta lhe dando destaque me fazendo pensar como eu o queria beijar. Seus cabelos ruivos caiam sobre a testa tampando um de seus olhos. Eu o encarava admirada por saber que ele era meu e só meu. Nunca admitiria isso em voz alta mas todo dia eu perguntava a Merlin o que Fred vira em mim – claro que eu sabia que era bonita e muito inteligente, mas minha personalidade eu sabia que era difícil – e agradecia sempre pelo ruivo ter me escolhido.

Deixando com que a vontade tomasse o controle levantei meu corpo tentando não mexer muito o colchão e cheguei mais perto ate que meu rosto estivesse centímetros do seu. Fechei meus olhos e encaixei meus lábios no dele sentindo seu hálito.

Acho que acabei o acordando com isso já que quando me afastei vi um sorriso vir ao seus lábios e piscar seus olhos varias vezes antes de deixá-los totalmente aberto.

– É um ótimo jeito de acordar. – falou roucamente. – Acho que consigo me acostumar a ser abusado durante a noite.

Sorri.

– Eu não te abusei.

– Sei. – ironizou. – Primeiro na casa da sua avó, e agora aqui.

– Não é culpa minha se tinha uma barata no meu quarto!

Ele riu esticando seu braço para me tocar.

– Nós sabemos que não foi a barata que fez você se arrastar até o meu quarto durante a noite. – ele disse. – Já era o seu plano desde o inicio fazer com que eu me apaixonasse por você. – terminando a frase ele me puxou para mais perto fazendo com que meu rosto ficasse praticamente colado em seu peito.

Levantei a cabeça para olhar em seus olhos.

– Claro, esse era o plano desde o inicio. – brinquei. – O medo de chuva também era apenas uma parte do esquema.

Fred soltou sua risada musical.

– Como você é defensora dos oprimidos logo percebeu que tinha que me ter.

– E como é que você é oprimido? – perguntei.

– Ninguém entende a minha inteligência. – resmungou.

– Eu entendo. – falei do jeito mais sincero que consegui enquanto levantava o braço e passei em seu rosto fazendo com que Fred fechasse seus olhos para apreciar meu toque. – Então me conte, deu certo?

Ele abriu os olhos confuso.

– O que?

– O meu plano de te conquistar? – eu disse.

Fred sorriu e aproximou seu rosto do meu.

– Completamente. Nem teve resistência. – e com isso me beijou.

Por alguns segundos me senti indo ao céu e ao inferno ao mesmo tempo. Quando Fred finalmente me deixou respirar depois do beijo vi o horário e quase cai no momento que me joguei para fora da cama.

– Que foi? – ele perguntou meio alarmado.

– Estou atrasada. – respondi pegando meu uniforme e indo em direção ao banheiro. – Ainda tenho que passar no meu dormitório.

Droga! Era só eu esperar minhas roupas secarem, eu não deveria ter passado a noite toda aqui. O que será que as meninas do meu dormitório iriam pensar. Balancei a cabeça para espantar esses pensamentos angustiantes.

– Não me importo de se trocar na minha frente. – o ruivo disse.

– HAHAHA. – falei sem graça e fechei a porta.

***

– Aonde você passou a noite? – Ginny me perguntou assim que passei pelo retrato da mulher gorda.

Olhei em volta nervosa por alguém talvez estar ouvindo mas vi que estava vazio se não fosse por nós duas. Todos já deveriam ter ido tomar café da manhã. Não respondi Gina apenas continuei andando até a escadaria do nosso dormitório.

– Hermione Granger você vai me responder querendo ou não! – ela falou logo atrás de mim. – Eu tive que mentir para Ron e Harry! Mal começamos um relacionamento e já estou mentindo.

– Eu não pedi para mentir. – lembrei.

Gina parou de andar e bufou batendo o pé no chão.

– Eu não deixaria eles se preocuparem e você se ferrar. – ela disse. – Sou sua amiga ou não? Agora me conta.

Ri.

– E as meninas do meu dormitório? Falaram algo?

Gina piscou.

– Não se preocupe. – ela disse. – Falei que você ficou até tarde na biblioteca e logo de manhã voltou para lá.

– Elas nem desconfiaram de nada?

A ruiva riu.

– Você vive na biblioteca, não tem o que desconfiar.

Parei em frente ao meu guarda roupa e virei olhando para a minha melhor amiga e assenti. Era totalmente verdade.

– E o que disse para os meninos? – perguntei.

– O mesmo.

Peguei outro uniforme meu e já comecei a me despir mesmo na frente da Gina e logo já estava colocando a capa apressadamente enquanto a ruiva ainda me olhava com uma interrogação na testa.

– Você estava aonde? Pare de suspense.

– No quarto de Fred. – respondi me olhando no espelho e indo pegar meu material.

Gina arregalou os olhos e sua boca se abriu em “o”.

– Você perdeu a virgindade. – ela afirmou.

Deixei meus livros caírem surpresa.

– Não perdi não. – respondi.

Ela ainda me encarava meio em choque.

– Não precisa mentir. – falou e colocou a mão em meu ombro em sinal de apoio. – Eu sei como meu irmão é charmoso, bem na verdade eu não reparo nisso, mas muitas meninas me falam isso... Enfim, estarei aqui para ouvir.

Ri nervosa.

– Gina, eu não perdi minha virgindade.

– Então você ainda tem o lacre? – ela praticamente berrou.

Soquei seu ombro.

– Seja menos escandalosa e respeitosa.

Minha melhor amiga deu um largo sorriso.

– Então você ainda é virgem? – agora ela praticamente sussurrou.

Revirei os olhos.

– Sim. – falei tão baixo quanto ela.

Ginny franziu o cenho.

– Que foi? – perguntei devido a careta que ela fez.

– Você dormiu junto com Fred e não transaram? – ela disse. – Quero dizer, é do Fred que estamos falando, já ouvi falar muita coisa e alem disso é meu irmão, eu o conheço, e Fred teve a oportunidade e não aproveitou?

Parei para pensar no que ela estava dizendo.

– O que ta querendo insinuar? – perguntei depois que meus pensamentos praticamente me arrastaram para um poço de depressão.

Gina negou com a cabeça.

– Não! Não me entenda errado, Mione, só estava pensando em voz alta. – falou. – Ele gosta muito de você, só não deve estar querendo te pressionar. Nossa, um grande feito isso, esta o que? Há uns cinco meses sem sexo?

E com isso ela riu.

Mas aquilo ainda estava na minha cabeça.

– Ginny você acha que ele sente falta?

– É claro que sente, todos sentem depois de muito tempo. – ficamos em silencio e imagino que ela viu o medo passar por meus olhos continuou: - Não se preocupe, ele não vai te forçar a nada, conhece Fred.

Porem não era isso que me preocupava.

– Mas se eu não posso dar o que ele precisa...

– Não pense nisso. – a ruiva se adiantou. – Esta se preocupando a toa. Fred gosta de você, veio até Hogwarts atrás de você, acho que sexo é a ultima coisa que ele esta pensando agora.

– Gina... –aquilo realmente havia me colocado para pensar pela primeira vez.

– Se quiser falaremos por horas a fio sobre a sua inexistente vida sexual e a do meu irmão, mas agora não. – ela disse indo para a porta. – Se corrermos agora talvez tenhamos sorte de pegar o café ainda na mesa.

***

– Mione, você desapareceu ontem. – Ron disse assim que Ginny e eu chegamos. – E demoraram para descer.

Sorri constrangida.

– Estava estudando muito para as provas. – respondi.

– Não se preocupe. – ele disse. – Você irá muito bem.

– Você é um gênio, Mione. – Harry falou abraçado com Gina que comia distraidamente.

Assenti um pouco nervosa por ter mentido para eles.

Enquanto eu comia rapidamente já que estava quase na hora de ir para minha sala quando Neville apareceu e se sentou perto de nós todo inquieto.

– Que foi Neville? – Ron perguntou de boca cheia.

– Rony! – ralhei. – Tenha mais educação.

O vi revirar os olhos.

– Eu ouvi uns boatos pela escola. – Neville respondeu.

– Que boatos? – Harry fora o primeiro a perguntar.

– Que no sétimo ano teria um aluno novo.

A lembrança de ver Kevin no dia anterior tomou-me totalmente.

– Deve ser mentira. – Ginny respondeu. – Não tem como entrar no meio do ano e muito menos no ultimo ano.

Mordi o lábio.

– Isso é verdade. – respondi.

Todos viraram para me olhar.

– O que você sabe? – Rony perguntou.

Dei de ombros.

– Ontem enquanto eu saia da biblioteca eu esbarrei com o Kevin. – falei.

Todos ficaram surpresos.

– Tipo o Kevin? Japa? – Ginny perguntou.

Assenti.

– E como ele conseguiu se matricular? – Ron perguntou abismado.

– E por que agora? – fora a vez de Harry.

– Ele disse algo sobre a avó dele ser amiga de Dumbledore e a guerra. – respondi. – Mas prometi que conversávamos hoje.

– É um garoto do time de Durmstrang? – Neville perguntou.

– Sim. – Harry respondeu. – Também era amigo de Fred por isso o conhecemos.

Olhei ao redor e vi que as mesas estavam praticamente vazias.

– Acho que temos que ir. – falei levantando.

– Que aula é agora? – Ron perguntou.

– Feitiços. – respondi.

***

As aulas se passaram rapidamente para a felicidade de Ron e Harry mas o meu sofrimento. Logo chegou o horário do almoço e ao ver Fred sentando na mesa dos professores conversando com Hagrid me lembrei que prometi que passaríamos o natal na Toca, então mesmo tendo comendo pouco levantei e fui em direção ao corujal.

Chegando lá escrevi uma carta rapidamente para meus pais avisando sobre isso e prometi que passaríamos o ano novo com eles e coloquei na perninha da coruja que deu um pio satisfeita e logo se pôs a voar pelo horizonte.

Comecei a descer as centenas de degraus correndo querendo ainda chegar antes de ter que voltar para as salas de aulas. Queria conversar com Harry sobre aquelas aulas com Dumbledore que ele estava tendo desde o inicio do ano. Mas algo estava contra mim e enquanto estava distraída quase esbarrei com alguém mas consegui freiar de ultima hora.

– Temos que parar de nos encontrar assim. – ouvi a voz risonha de Kevin.

Sorri.

– Eu tenho que parar de encontrar as pessoas assim. – falei. – Primeiro Fred, Malfoy, agora você, eu tenho que prestar atenção em onde ando.

– Então essa a prova de quase nos machucarmos sempre que nos vemos é completamente sua. – Kevin brincou.

– Hey. – reclamei. – Você como um cavalheiro iria dizer que o errado é você e não uma dama como eu.

Kevin colocou a mão no queixo como se pensasse.

– Eu acho que tem algo errado nisso que acabou de dizer. – ele disse. – Não me faz sentido algum.

Ri.

– Isso mostra que você não é um cavalheiro.

– Jakie e Andrew sempre me falam isso. – Kevin dramatizou.

– Eles estão certos. – afirmei.

O japonês balançou a cabeça.

– Estava indo aonde? – perguntou.

– Salão comunal. – respondi.

– Vamos, eu te acompanho. – ele disse.

– Não quero atrapalhar. – falei.

Ele deu de ombros e começamos a andar.

– Estava aonde? – Kevin perguntou.

– Corujal. – eu disse. – Mandei uma carta para meus pais avisando que não iria passar o natal com eles.

– E vai passar aonde?

– Na toca.

Ele deu um sorriso.

– Com Fred.- disse. – Deveria ter imaginado.

– E você? – perguntei. – Vai passar aonde?

Kevin deu de ombros.

– Não faço idéia. – respondeu. – Acho que só com a minha vó.

– E seus pais? – perguntei.

Olhei para seu rosto enquanto caminhávamos e vi uma sombra de dor passar por sua expressão.

– Minha mãe morreu há anos. – respondeu.

– E o seu pai? – insisti.

– Ele era trouxa, e minha mãe não contou para ele sobre a magia. – ele disse sombriamente. – Quando descobriu achou que éramos uma família demoníaca e sumiu.

Senti-me mal por ele.

– Sinto muito. – falei.

– Foi há muito tempo. – ele disse. – Nem me lembro dele mesmo.

Sorri tentando lhe dar conforto.

– Alias, me explica direito o motivo de estar aqui. – pedi tentando mudar de assunto.

Kevin pareceu animado por sairmos do tema de sua família.

– Eu disse, minha avó é amiga de Dumbledore e veio ajudá-lo em algo.

Ri.

– Que foi? – ele perguntou.

– Nada. – respondi. – É que enquanto muitos fogem daqui por causa da guerra sua avó vem direto pro olho do furacão.

Ele riu também.

– Eu sempre soube que aquela mulher não era normal.

– Mas como foi sua seleção? E que casa vai ficar? – perguntei o que estava me deixando curiosa.

– Já fiz, foi na sala de Dumbledore. – Kevin disse. – Fiquei na Corvinal.

Eu iria responder mas logo já vi as portas do grande salão comunal e notei que muitos já estavam saindo então já deveria ser quase horário das aulas novamente.

– Acho que é melhor eu ir. – Kevin falou. – Ainda tenho que passar na sala da Minerva.

Sorri e ele beijou meu rosto.

– Até mais tarde. – despedi-me.

Voltei para as aulas e o horário que tive livre no resto do dia me enfurnei dentro da biblioteca para estudar assim iria bem nas provas que estavam cada vez mais próximas de acontecer.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Gsotaram?
Review?
Recomendaçao?
Até o proximo.