Juntos por uma Horcrux - Fred & Hermione escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 16
Capítulo 16 - Fifty feet high


Notas iniciais do capítulo

Oi queridos.
O cap. era para ser bem maior mas resolvi dividir ele em dois então aqui esta a primeira parte. Vou tentar postar o resto nessa semana ainda.
Boa leitura.



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Aqueles platelmintos retardados.

Só eu conseguia ver que aquela disputa daria merda? Estava no meio da noite com boa parte dos nossos jogadores meio alegres demais devido a bebida e estava na cara que os jogadores – tirando Kevin, Jakie e Adrew – não gostavam da gente.

Todo andavam na frente entrando no campo com o máximo de silencio que conseguiam. Quando notei que eles iam mesmo entrar nesse desafio bobo fora depois que os meninos tinham já trocados de roupas.

– Isso é uma péssima idéia. – falei para nenhuma pessoa em especifico.

Os meninos do time rival já estavam parados apenas esperando chegarmos até eles.

– Pelo menos vocês tiveram coragem de vir até aqui. – o amigo do tal de Jenks falou.

Virei-me e fui até Fred puxando seu casaco de frio.

– É uma péssima idéia, Fred. – falei.

O ruivo olhou de mim para o resto do nosso time.

– Gente. – Fred falou. – Sei que é difícil vocês verem algo assim mas eu acho que dessa vez eu tenho que concordar com a Mi, não parece ser uma boa idéia.

Dizer que todos ficaram surpresos era pouco. O time todo – Malfoy e Zabini também – viraram para ver se fora mesmo o ruivo que havia dito isso. Sorri orgulhosa de pelo menos ele estar me ouvindo.

– Você não ouviu o que eles estavam falando, lombriga? – Malfoy rosnou. – Estão zombando de nós, não vou deixar barato.

– Olha o respeito Malfoy, ainda sou seu professor. – Fred falou soando serio.

Vi o loiro revirar os olhos no escuro.

– Desculpe, senhor lombriga.

Blásio riu um pouco ao lado do amigo mas Luna logo deu um soco na lateral de seu corpo.

– Nunca pensei que ia dizer isso, Fred. Mas concordo com ele.– Ron falou apontando para o Sonserino. – Mas agora temos que ir tirar aquela arrogância típica do Malfoy do rosto deles.

– Típica do que? – Malfoy rosnou mas Blásio só bateu no ombro do amigo pedindo para que ficasse calado.

Será que ninguém iria me ouvir?

– Eles só estão querendo deixar vocês irritados. – falei. – É só ignorar.

Assim que eu falei isso ouvi um dos jogadores do time rival gritar.

– Já deram pra trás? – olhei para ele e o vi virando e falando para o amigo. – Eu disse que eram medrosos.

– Vamos. – Ron falou fazendo com que Miranda, Edu, Malfoy, Zabini o seguissem de imediato.

Olhei para Gina e Harry com um pouco de esperança.

– Nada de ruim pode acontecer, Mione. – Gina falou tentando me acalmar.

Diga isso para a minha intuição, Ginevra! Pensei.

Com isso Harry e Gina se viraram e foram até a roda onde todos os jogadores estavam reunidos. Olhei para Kevin que estava com o olhar fixo em mim. Em seus olhos castanhos tinha algo que eu não estava conseguindo decifrar até que finalmente entendi. Ele me dizia para parar aquilo que não daria certo.

– Fred. – chamei. – Pare com isso, algo vai dar errado.

Olhei para ele que estava com a testa franzida olhando mais para longe.

– Eu também acho que eles não deveriam estar fazendo isso, Hermione. – o ruivo falou. – Mas não acho que eu vou conseguir fazer com que parem, caso não tenha percebido eles não me vêem como o responsável por aqui.

Assenti.

– Fred. – Gina gritou. – Vem soltar o pomo.

Sem olhar para mim o irmão dela foi.

Vendo que nada que eu dissesse faria alguma diferença me afastei um pouco do campo. Estava escuro então fui para o mais próximo das torres com energia e fiquei olhando todos subirem em suas vassouras e logo Fred ditar as regras e soltar o pomo. Do time rival eu não conhecia praticamente – tirando Kevin, Jakie e Andrew – e com isso lembrei do tal de Jenks e como jogou um olhar irritado para Malfoy.

Não que fosse estranho o Malfoy receber um olhar irritado em sua direção mas isso me fez pensar o motivo do tal garoto odiar o Sonserino. Meu cérebro dizia que eu tinha que pensar melhor nisso por que tinha algo ai.

Balancei a minha cabeça tentando espantar esses pensamentos e voltei minha atenção para o jogo.

Se passaram dez minutos e nada de extraordinário aconteceu além que Hogwarts conseguiu ganhar dez pontos. Teve alguns momentos que eu tive vontade de rir ao ver Harry se preocupar com o pomo e Gina ao mesmo tempo, já que os alunos de Durmstrang estavam rodeando ela.

A bola estava com um moreno que eu não fazia idéia do nome que era do time rival, quando ele foi passar para um colega seu e jogou pro ar vi Zabini voar com uma rapidez surpreendente e conseguiu rebater a bola e Gina conseguiu pegar e jogar dentro do aro.

– Mais dez pontos para Hogwarts. – Fred gritou.

Abaixei o olhar para o campo e vi o ruivo sorrindo e assim que me viu olhá-lo veio até mim colocando seus braços ao redor dos meus ombros.

– Viu, Mi, tudo vai dar certo.

E o universo deveria estar querendo contrariar Fred já que no mesmo minuto eu levantei o olhar correndo devido a sensação ruim que me bateu e consegui ver o tal Jenks voar perto de Malfoy e quando achou que ninguém estava olhando ele bateu sua vassoura com o do Sonserino fazendo-o cair quinze metros de altura.

Fora tudo muito rápido mas ao mesmo tempo muito devagar. Eu via ele caindo lentamente e procurava alguém para ajudá-lo mas todos estavam longe demais. Zabini quando notou o amigo caindo tentou voar rapidamente até lá mas não chegou a tempo. Eu não entendi como consegui correr tão rápido mas logo eu já estava ajoelhada ao lado do loiro que não parava de gemer.

– Ai. – ele quase gritou quando tentei puxar seu braço que estava debaixo do corpo. – Isso dói, Granger.

Suspirei tentando me acalmar para já não terminar de matá-lo.

– Você esta bem, Malfoy? – Harry fora o primeiro dos jogadores a descer de sua vassoura.

Draco abriu seus olhos cinzentos e encarou meu amigo.

– Claro. – ironizou. – Me sinto na Disney.

Fred estava parado ao meu lado. Vendo que Malfoy estava vivo fez sinal para que todos descessem de suas vassouras e logo Luna já estava ao meu lado olhando para o loiro meio nervosa.

– Jenks, seu idiota. – Zabini quase pulou no cara quando ele ousou pousar perto de nós mas fora impedido por Harry e Edu. – Como você pode jogar Draco lá de cima?

O garoto fez cara de inocente.

– Não foi culpa minha se seu amigo não se segura bem na vassoura.

Mordi o lábio para não falar nada. Eu estava muito irritada, que por mais que detestasse Malfoy nunca iria deixar machucarem alguém do meu time desse jeito.

– Não... seguro... bem? – Malfoy falava cada palavra e gemia. – Você me jogou seu idiota, ai.

Tirei minhas mãos do corpo dele e olhei para Fred.

– Acho que temos que levar ele pra enfermaria.

– Não. – Draco falou enquanto Fred assentia. – Não precisamos, só me ajudem a voltar para nosso quarto.

Levantei a sobrancelha.

– Claro, levamos você pro quarto e no meio da noite morre por causa desse braço quebrado e acho sua cabeça tem que ser analisada você bateu muito forte. – falei. – E com você morto não conseguimos jogar a partida.

Mas ele não me ouviu. Sonserino idiota. Apenas tentou levantar mas cambaleou e quase caiu novamente se não tivesse sido por Fred segurar seu braço.

– Céus. – falei quando vi as costas do loiro. Sua blusa estava vermelha. – Esta sangrando.

Coloquei a mão nas costas dele e um pouco de sangue foi para meus dedos.

– Temos que levar Malfoy pra enfermaria. – falei.

O vi revirar os olhos.

– E dizer o que? Que estávamos numa partida contra a escola deles a noite? – o loiro ironizou. – Não tenho certeza mas acho que isso é contra as regras.

Mordi o lábio e olhei ao redor.

– Malfoy esta bem? – Kevin correu até nós preocupado. – Cara, o Jenks já passou dos limites agora.

– Eu estou bem. – Draco falou conseguindo equilíbrio. – Vamos, me levem para o quarto.

– Mas... – comecei.

– Vamos apenas levar ele para o quarto. – Zabini me interrompeu. – Se piorar levamos ele para enfermaria.

***

Mesmo eu dizendo que ele tinha que ir para a enfermaria Malfoy teimou que era melhor voltar e depois de dormir iria melhorar então Fred e Zabini o ajudaram a andar até lá. Colocaram-no em sua cama no quarto que compartilhava com seu amigo.

– Tire a blusa logo, Malfoy. – rosnei.

– Não vou tirar, Granger. – ele protestou. – Sei que deve estar louca para me ver sem roupa mas não vou tirar.

Olhei para Zabini para ver se ele conseguia colocar razão na cabeça do amigo.

– Tire logo Draco. – o moreno falou. – Você ta todo sangrando e a Granger é a melhor com feitiços, quer continuar encharcando suas roupas com sangue?

O loiro bufou.

– Se não tirar agora, Malfoy vou terminar de machucar seu corpo já todo ferrado. – ameacei.

– E esta me ajudando por que? – ele indagou. – Que eu saiba a gente se odeia!

– Não vou deixar você morrer ai quando posso fazer alguma coisa. – respondi. – Não sou assim, que nem você.

– Sua...

– Hermione deixa ele logo. – Ron falou. – Se não quer sua ajuda deixei-o morrer mesmo.

Malfoy jogou um olhar irritado para meu amigo.

– E você ainda quer que eu tire a blusa na frente de todos esses grifinórios?

Suspirei.

Como podia um cara continuar sofrendo de dor só para não ter que tirar a blusa na frente de pessoas que não gostava.

– Todos para fora. – falei já cansada.

– Acha mesmo que vamos deixar você sozinha com um Sonserino? – Ron perguntou irônico. – Pior ainda com o Malfoy?

– Sim, você vai. – gritei já irritada. – Já estou cansada disso tudo só quero curar ele e ir dormir. Por que caso vocês não lembrem que eu disse que isso iria dar merda! E olha no que deu. Então todos aqui vão ficar quietos enquanto eu tento ajudar essa fuinha loira arrogante e possa ir dormir.

Acho que todo mundo ficou meio assustado por me ouvir gritar desse jeito então ficaram parados em choque. Mas qual é? Eu estava tão cansada disso tudo e eles tinham que agradecer que eu não estava jogando – não muito – na cara deles que eu disse que ia dar merda. Se tivessem me ouvido talvez ainda estivessem bebendo e rindo agora.

– Melhor sairmos mesmo. – Fred falou.

Todos saíram do transe.

– Se precisar de alguma coisa, Mione, só chamar. – Harry falou olhando para Malfoy mas Ginny puxou ele e o irmão para fora.

Logo Miranda, Luna e Edu os seguiram.

– Se ela tentar te abusar é só chamar, Draco. –Zabini falou divertido. – Ou não né, eu adoraria ser abusado pela Granger.

Olhei-o brava.

– Você perdeu completamente o juízo, Blás. – Draco falou meio tonto.

Ouvi Blásio rindo e saindo deixando apenas Fred olhando para nós.

– Se ele tentar alguma coisa é só me chamar, Mi. – o ruivo falou com uma expressão fechada.

Sorri o tranqüilizando.

– Eu acabo com esse Sonserino pomposo em dois segundos.

Fred riu.

– Não duvido.

– Senhor lombriga, não é melhor sair não? – Draco alfinetou.

– Malfoy cale a boca. – pedi.

Balancei a cabeça para fora pedindo e Fred saiu. Voltei minha atenção para Malfoy e o vi mais pálido do que antes. Eu detestava aquela fuinha na minha frente mas não conseguia não ajudar quando alguém precisava. Ainda acho que era melhor levar ele para a enfermaria, deveria ter alguém que saberia melhor os feitiços para curar ele do que eu, mas era teimoso demais para aceitar ajuda de Durmstrang ao ponto de aceitar a ajuda de uma sangue ruim como eu.

– Tire a camisa, Malfoy. – pedi tentando não soar mal humorada.

– Você e essa mania de querer me ver nu. – ele falou.

Revirei os olhos.

Draco deu um sorriso arrogante mas fez o que eu pedi e tirou a camisa virando um pouco o corpo para que eu conseguisse ver suas costas. Estava toda machucada. Havia vários cortes que sangravam muito ainda.

Peguei minha varinha e apontei para suas costas.

– Episkey.- e os cortes foram cicatrizando.

Mas tinha um corte bem na base do pescoço que estava me deixando nervosa. Aquela área era bem perigosa e eu não conseguia parar de pensar que Malfoy havia batido a cabeça com muita força e era melhor chamar alguém especializado para ver se não havia acabado com os únicos neurônios que ele tinha.

– Aonde ainda dói? – perguntei.

– Braço. – ele sussurrou.

Agradeci a Merlin por ele estar sendo até que suportável.

Com cuidado peguei seu braço e o ouvi gemer. Olhei para seu rosto que agora não estava mais pálido e sim muito vermelho.

– Acho que esta quebrado. – avisei.

– Consegue arrumar? – Malfoy perguntar.

Assenti e apontei a varinha para seu braço.

– Braquium Remendo.

Uma luz clara saiu de minha varinha e envolveu o braço de Malfoy. Vi seu rosto relaxar por um momento mas logo a expressão de sofrimento voltou para seu rosto me deixando cada vez mais nervosa.

– O que dói ainda? – perguntei. – Não é melhor irmos para a enfermaria?

Ele negou.

– Minha cabeça, só dormir que melhora.

Soltei e me afastei um pouco da sua cama. Suas costas parecia estar curadas mas o sangue seco ainda estava em seu corpo. Nisso notei que eu estava num quarto fechado com Draco Malfoy sem camisa virei o rosto para que ele não notasse que eu estava corando.

– Malfoy. – chamei e ele levantou o rosto para me encarar. – Você bateu a cabeça quando caiu e estou preocupada com isso, se piorar me avisa que ai você tem mesmo que ir para a enfermaria. Foi uma queda de quinze metros! Pode ser muito perigoso.

– Ta bom, ta bom Granger. – reclamou. – Agora posso ficar sozinho? Já passei tempo com você por um ano inteiro.

Revirei os olhos.

– Mal agradecido. – falei indo até a porta. – Da próxima vez te deixo morrer.

Abri a porta e me deparo com Zabini esperando do outro lado com os braços cruzados na frente do corpo. A me ver olhou para dentro e viu seu amigo ainda vivo sentando na cama e sorriu aliviado.

– Obrigado, Granger. – Blásio pediu.

– Só fique de olho nele. – falei. – Se alguma coisa acontecer me avise.

– Nada vai acontecer. – Malfoy disse sonolento.

– E olhe sempre que se seus machucados não voltaram a sangrar. – ignorei o loiro.

– Claro. – Zabini disse.

– Eu ainda estou aqui. – Malfoy rosnou.

Bufei e virei para sair do quarto.

Eu estava cansada então rumei para o meu quarto e estranhei não ver Ginny lá então fui tomar banho e minutos depois já estava pronta para ir dormir que era o que eu mais queria naquele momento.

– Mi? – Fred abre a porta depois de bater duas vezes. – Posso entrar?

– Sim. – falo enquanto entro debaixo das minhas cobertas.

O ruivo fechou a porta atrás de si e sentou na beirada da minha cama.

– Malfoy esta bem?

Assenti contra meu travesseiro.

Eu estava com muito sono.

– Eu deveria ter impedido eles de terem ido para o campo. – Fred falou. – Obrigado por ajudar.

Olhei-o atentamente e vi que ele parecia nervoso.

– Fred, você sabe que não é sua culpa certo? – perguntei.

– É sim Hermione, se eu...

Belisquei-o.

– Quieto, Frederich. Não é sua culpa. – falei. – Você falou que era melhor eles não irem, mas ninguém te ouviu.

Ele riu sem humor.

– Sim... – Fred olhou para meu rosto. – Acho que esta cansada, conversamos sobre isso depois.

Mordi o lábio e me aconcheguei mais na cama.

– Esta com uma cara de morta. – ele completou.

Ri.

– Não é uma coisa agradável de se ouvir. – falei.

– Desculpa querida, mas eu só falo a verdade.

Não me lembro de ter falado mais nada. Apenas apaguei antes mesmo que Fred saísse do quarto.

***

Eu amava os cobertores que nos deram em Durmstrang. Não entendam errado eu amava tudo em Hogwarts mas tinha algo nesses cobertores que me fazia dormir com uma paz que fazia tempo que não sentia.

Meu sono estava calmo.

No sonho eu estava em uma praia e fazia sol – o que na Inglaterra era muito difícil de acontecer – e eu estava correndo descalça na areia rindo enquanto mais longe via meus pais acenando para mim. Acenei de volta e pensei que iria atrás deles mas ouvi alguém me chamando do lado contrario.

Virei e vi Fred, Harry, Ginny, Ron e todos os meus amigos ali me chamando para me juntar a eles. Olhei dos meus pais e minha avó havia se juntado a eles e depois voltei para meus amigos e eu não sabia para qual deles ia.

Mas não tive tempo de escolher por que ouvi Gina me chamar e logo alguém me cutucando.

Com isso acordei.

Pisquei varias vezes e vi que ainda estava tudo escuro então ainda deveria ser noite.

– Ginny... O que foi?

Vi a ruiva suspirar.

A porta estava aberta e a luz do corredor acesa.

– Malfoy esta com febre.


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Notas finais do capítulo

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