Juntos por uma Horcrux - Fred & Hermione escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 15
Capítulo 15 - True or Dare?


Notas iniciais do capítulo

Hey gente >
Esse cap. ta super grande pra compensar.
Boa leitura.



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– Por que você não nos contou que tinha se disponibilizado pra ir? - Harry perguntou.

Olhei-o confusa.

– Por que eu não fiz isso. - respondi.

Passei o jantar completamente confusa. Não era a minha intenção passar meu "tempo"livre em outra escola ajudando jogadores suados de quadribol.

Quando vi a professora Minerva levantando da mesa dos professores e começou a rumar para fora do salãocomunal resolvi que era melhor ir atrás dela. Levantei e sem dar nenhuma explicação aos meus amigos sai indo atrás da minha professora de transfiguração.

– Professora Minerva. - chamei e corri um pouco para alcança - lá.

A mulher virou e me encarando esperando que eu falasse.

– Na verdade eu estou um pouco confusa... Não me lembro de ter falado que queria ir para a copa das escolas. - fui direta.

– O professor Weasley disse que você tinha falado com ele. - ela respondeu parecendo confusa. - Mudou de idéia?

Frederich!

Tinha algo terrivelmente errado com esse ruivo. Mas como eu poderia recusar e deixa - lá na mão? Então apenas assentiu sorrindo.

– Não professora. - falei. - Só não tinha certeza que Fred havia falado com a senhora sobre isso.

Ela sorriu orgulhosa.

– Eu não esperava menos de você.

E com essa frase minha professora preferida continuou seu trajeto me deixando no meio do corredor praticamente vazio amaldiçoando Fred.

Suspirei e voltei para o salão comunal. Meus amigos ainda estavam sentados conversando e comendo animadamente e vi Fred sentado na mesa dos professores parecendo muito entediado. Levantei a cabeca e o fuzilei com os olhos esperando que ele me notasse e fui em sua direção.

– Mione aonde você esta indo? - Ginny perguntou quando passei por ela.

– Matar seu irmão.

Ela não disse mais nada e deixou que eu me aproximasse da mesa onde o ruivo estava participando. Logo ele notou minha proximidade e levantou o rosto me olhando. Balancei a cabeca pedindo para que ele me seguisse e comecei a rumar para fora da atenção de curiosos.

Quando sai do salão fui em direção a um corredor que estava deserto. Eu conseguia ouvir os passos de Fred andando atrás de mim.

– Querendo me trazer para um corredor escuro, Mi? – ele brincou.

Virei e levantei a sobrancelha olhando-o seria.

– O que foi?

– FREDERICH! – tentei manter meu tom de voz. – Como você falou para a professor Minerva que eu queria ajudar nessa palhaçada que vai ser a copa?

Ele levantou a sobrancelha.

– Ah Mi, você prefere mesmo ficar aqui no colégio sozinha? – Fred perguntou. – Qual é? Você adora ajudar, e quer mesmo me deixar sozinho? Vai ter muitas garotas correndo atrás de mim!

– Você vai pra Durmstrang, um colégio só para caras caso não saiba. – respondi e ele sorriu. – Não que fosse da minha conta quantas garotas corre atrás de você.

Fred e eu tínhamos um relacionamento... Indefinido. Já havíamos nos beijado duas vezes e finalmente eu admiti para Ginny e para mim mesma que sentia algo por aquele ruivo idiota, mas contar para ele... Não iria fazer isso nem pensar. Ele virara um grande amigo meu que eu não conseguiria viver sem, e eu não sei o que significou aqueles beijos para Fred.

– E depois vamos pra Beauxbatons. – ele respondeu. – Sabe quantas garotas bonitas tem naquele lugar?

Semicerrei os olhos.

– Ah claro, por que eu ligo muito pra isso.

– Não tem medo de que eu prefira ficar lá? – Fred perguntou tentando não rir.

– Se quer ir, vá! Vá e não volte. – falei irritada. – Não precisamos de você aqui. Corra pra aquelas veelas.

Bufei.

Esses garoto! Se quiser ir para Beauxbatons que vá. Não preciso dele mesmo, nem sentiria sua falta. Na mesma hora que pensei nisso soube que estava mentindo, eu nunca o deixaria ir.

– Olha que eu vou. – ele ameaçou brincando eu acho.

Mas aquela brincadeira já havia me deixado irritada.

– Vá.

Virei-me para sair pisando forte mas Fred me puxou para um abraço.

– Que ciumenta.

Não retribui o abraço por que eu estava realmente brava com essa conversa. Mas sentir o mesmo cheiro de quando estudava Amortentia me fez acalmar. Passei o braço ao redor de seu corpo e senti ele sorrindo atrás de mim.

– Melhor eu voltar para a mesa dos professores. – ele falou e o soltei.

Olhei para seu rosto e logo sorri ao ver seus olhos brilharem.

– Vocês poderiam por favor não namorar em publico? – um aluno da Corvinal provavelmente do primeiro ou segundo ano falou enquanto passava por nós.

Senti meu rosto esquentar.

– Nós tentaremos. – Fred promete.

Bati meu cotovelo em sua barriga.

– Obrigado. – e o garotinho continuou andando com a cabeça empinada.

Voltei meu olhar para Fred que estava rindo.

***

Os dias foram se passando rapidamente e logo chegou o dia para viajarmos para Durmstrang. Na noite anterior tive que passar horas vendo o que tinha que levar ou não e ainda ouvir uma Lilá deprimida por que Ron iria passar dois dias longe dela.

Meus amigos estavam confiantes que conseguiriam ganhar o primeiro jogo mas eu estava receosa. Se olhasse o nosso time viria por que eu pensava assim. Ron, Harry e Gina jogando ao mesmo lado que Malfoy e Zabini, isso com certeza daria o que falar. A primeira fase era em Durmstrang e caso ganhássemos iríamos para Beauxbatons e disputaríamos contra as garotas de lá.

– Hermione pra que uma mala tão grande? – Ginny pergunta quando saio do meu quarto arrastando meu malão. – Vamos passar só dois dias caso não se lembre.

– Eu nem trouxe muita coisa. – falei. – Só poucas roupas e uns livros que eu preciso ler e não posso perder tempo.

A ruiva riu.

– Só você mesmo Mione.

Com isso resolvemos que já estava na hora de descermos e ir para a sala de Dumbledore onde iríamos de rede Flu até o colégio. Assim que chegamos ao salão comunal da Grifinória Harry e Ron estavam nos esperando rindo.

– Mione não acha essa mala grande demais? – Ron perguntou.

Revirei os olhos.

– Não, Ronald, não acho.

Harry olhava para Gina curiosamente.

– Quer ajuda, Gi? – ele perguntou para a ruiva que estava entretida com seu malão.

– Não Harry, obrigada. – ela respondeu.

Ron olhou estranhamente para Harry já que ele só se ofereceu para a sua irmã. Harry virou-se e olhou para mim para disfarçar.

– E você, Mione?

Neguei com a cabeça.

Então nós quatro começamos a rumar para fora e fomos parados diversas vezes pelos alunos que cumprimentavam meus amigos pedindo para que conseguissem ganhar.

Devo admitir que no meio da caminhada eu já havia me arrependido de ter colocado tantos livros dentro dessa mala. Ginny insistia para que eu usasse algum feitiço para levitar ou algo assim mas eu queria fazer isso manualmente. Estava mexendo com o meu orgulho. Quando estávamos quase chegando na sala de Dumbledore eu sentia que ia morrer de cansaço.

– Hey maninhos, Harry e Mi. – Fred aparece atrás de nós. – Animados para um fim de semana fantástico?

Paro e sorrio inconscientemente para o ruivo.

– Vamos acabar com eles. – Ron respondeu.

– Se não acabarmos conosco antes. – Ginny fala atraindo a atenção. – Qual é? Não pensaram nisso? Harry e Ron na mesma equipe que Malfoy e Zabini. Vai ser dois extremos ou vamos ganhar de lavada ou vamos perder por que brigamos entre nós.

Eu lembro que havia comentado com Gina sobre isso.

– Pare de ser negativa, Gina. – Fred falou.

A ruiva deu de ombros.

– A Hermione que colocou isso na minha cabeça.

Fred virou e me encarou.

– Mi, se lembra da conversa sobre ser positiva que tivemos? – ele perguntou. – Temos que praticar isso.

– Não tivemos nenhuma conversa sobre isso, Fred. – respondi.

Ele assentiu tentando parecer serio.

– Então teremos.

Nessa hora ouvimos vozes vindo de mais a frente onde era a escada que dava para a sala de Dumbledore e continuamos a andar. Eu ficava para trás por causa da minha mala.

– Hermione, tem certeza que não quer ajuda? – Harry insistiu.

– Não, Harry. – respondi irritada. – Eu consigo.

Ouvi passos na minha direção e olhei para cima e vi Fred balançar a cabeça sorrindo e veio até mim fazendo-me soltar da mala e como se todo aquele peso não fosse nada levantou minha mala e foi para frente continuando a entrar.

– Meninos, quando vão aprender que tudo que Hermione fala tem que ser feito ao contrario. – meu “salvador” falou.

Bufei.

– Não é não. – repliquei. – Você que nunca me ouve, Frederich.

Ele riu e não respondeu nada.

Ginny que estava atrás comigo deu um sorriso malicioso e bateu seu ombro com o meu antes de aumentar o passo e se juntar a Harry na frente. Continuei atrás e olhei para eles por suas costas. Meu coração se acelerou e sorri ao pensar como eu os amava demais.

Fred bateu e em seguida abriu a porta da sala do diretor. Entramos e encontramos Dumbledore sentado e à sua frente parecia que todos já haviam chegado deixando nós como os últimos. Luna sorria e estava ao lado de Blásio que conversavam animadamente enquanto tinha um Draco Malfoy parado ao lado com cara de enterro.

Eu estava pensando no que esse lance entre ela e Zabini dariam. Eu amava Luna mas se envolver com um Sonserino não parecia ser uma boa idéia pior ainda quando se tratava do melhor amigo de Draco Malfoy.

– Já que estamos todos presentes acho que é hora de irem. – o professor falou se levantando.

Eu estava animada para ir. Não era todo dia que tínhamos um motivo para ir nas outras escolas e eu estava realmente curiosa para ver como era mas a minha mente me mostrava como aquilo era arriscado e a conversa de Dumbledore e George ficava na minha mente. Remo estava certo em dizer que não era o momento apropriado para sairmos do espaço seguro que era Hogwarts mas mesmo assim eu via como meus amigos estavam animados então não comentava nada.

– Professor é mesmo seguro? – tive que perguntar.

Todos viraram e me encararam.

– Se não fosse ele não estaria nos mandando né Granger. – Malfoy resmungou.

Revirei os olhos.

– Não me lembro de ter falado doninha, então a conversa não chegou em você. – falei.

– Olha aqui sua... – ele começou a falar e deu um passo para frente.

Harry e Ron já se aproximaram de mim como se estivessem prontos para uma batalha. Mas Fred se colocou entre os dois grupos.

– Crianças. – Fred falou e eu levantei a sobrancelha. Crianças? Serio? – Não vamos brigar por favor.

A vontade de rir veio mas me controlei. Vi Gina vir para o meu lado.

– Melhor irem. – Dumbledore finalmente falou. – E lembre-se Fred, você é o responsável por eles esses dias.

Fred assentiu.

Ouvi Gina rir ao meu lado.

– Se Fred é o responsável por nós... Estamos perdida Mione. – ela falou só para que eu ouvisse e eu assenti. – Por favor, no final você que vai acabar controlando todo mundo.

Vi que Harry riu a nossa frente então deveria estar ouvindo nossa conversa. Dumbledore colocou a mão no ombro de Fred e foi levando-o até sua chaminé que já estava conectada para levarmos até o outro colégio.

– Senhor Weasley vai primeiro assim já vai conversando com Arthur Blink o novo diretor. – Dumbledore fala.

E todos ficam em silencio por lembrar do ultimo diretor Igor Karkaroff que fora encontrado essa ano morto. A causa de sua morte era um mistério mas claro que eu já tinha varias teorias e quase todas estava ligada a Voldemort já que Igor havia traído os Comensais entregando todos para não ser preso quando seu “lorde” morreu da primeira vez.

– Vejo vocês do outro lado. – Fred falou e piscou para mim.

Ele foi até a chaminé e fala Durmstrang e logo é consumido pelas chamas. Todos na sala ficaram olhando para mim devido ao gesto do ruivo e eu sentia meu rosto queimar.

– Quem é o próximo? – perguntei tentando tirar atenção de mim.

Luna que estava um pouco aérea se disponibilizou e caminhou despreocupadamente até lá e pegou o pó. Os alunos foram indo até que sobrou Harry, Malfoy e eu.

– Deixem a senhorita Granger ir na frente. – o diretor falou. – Sempre é educado deixar as mulheres ir na frente.

Ouvi Malfoy bufar mas ninguém contrariaria o diretor então sorri como despedida e fui até a chaminé pegando um pouco de pó de Flu, suspirei e gritei: Durmstrang. Eu prefiro mil vezes viajar via Flu do que aparatar, enquanto no ultimo eu sentia meu corpo se desintegrar e integrar novamente na rede Flu eu apenas sentia um pouco de calor e o único problema era estar cheia de poeira depois.

Quando me vi já no colégio admirei a sala do diretor enquanto dava um passo para fora. Não sei o que estava esperando, acho que algo mais macabro já que uma escola que ensina Artes das Trevas com certeza não seria boa mas encontrei uma sala até que bem familiar a de Dumbledore. Muitos livros e quadros com uma mesa ao centro onde tinha um homem encostado.

Deveria ser o diretor... Arthur Blink. Parecia estar em seus cinqüenta anos, jovem em comparação com o diretor da minha escola. Seus cabelos ainda tinha uma tonalidade castanha com olhos mais escuros que seu cabelo. Parecia aqueles galãs de novelas mexicanas que sempre queriam a mocinha que era apaixonada por outro. Estava conversando com Fred que não parecia mais o mesmo ruivo que eu conhecia. Sua expressão estava seria dando a ele um ar mais maduro que tinha que ser levado a serio.

– Faltam muitos ainda para passar? – o diretor perguntou assim que eu sai.

Neguei com a cabeça.

– Só Harry e Malfoy.

Vi os olhos daquele homem brilharem e senti meus ossos tremerem. Pelo que pude estudar sobre aquele colégio, ele tinha um serio problema com diretores malucos com artes das trevas. Vai que esse novo também era um maluco da machadinha que também queria levar Harry para Voldemort. Era melhor eu ficar de olho.

Logo os dois que faltavam já estavam ali.

– Eu queria dar a boas vindas a vocês, alunos de Hogwarts. – Arthur falou e sua voz grave ecoou pela sala. – Quero pedir para que se sintam como se estivessem em sua própria escola. Logo o treinador do time daqui vai levar vocês aos seus estabelecimentos.

Logo que o diretor terminou suas palavras ouvimos a porta ser aberta e vi um rosto familiar entrar.

– Já estou aqui, diretor. – o inglês do cara estava carregado com seu sotaque.

Mas de inicio não associei o nome a pessoa por que minha cabeça estava com muitos pensamentos conspiratórios. Mas finalmente o reconheci quando o homem que subia os poucos degraus parou e me encarou.

– Hermione?

– Viktor! – reconheci.

– Você por aqui? – ele veio até mim. – Eu jurava que você odiava Quadribol.

Sorri.

– E não gosto. – respondi e vi a confusão vindo até seu rosto. – Estou aqui como ajudante.

Ele assentiu confuso.

– Cara, faz tempo... – ele passou a mão nos cabelos que haviam crescido muito desde que nos vimos dois anos atrás e logo estendeu o braço para tocar em mim.

Mas Fred apareceu ao meu lado e pegou a mão que Viktor tocaria em mim. Virei e olhei-o confusa mas resolvi não dizer nada quando não vi um sorriso no rosto do ruivo.

– Sou Fred. – ele se apresentou. – O professor e treinador de Hogwarts.

Viktor deve ter percebido que não falou com ninguém desde que me viu e sorriu tentando parecer simpático. Mas como seu rosto tinha um formato duro mesmo sorrindo ele ainda parecia um pouco intimidador.

– Sou Viktor. – ele respondeu em seu inglês. – O treinador de Durmstrang.

Franzi a testa.

– Treinador? – indaguei.

Ele virou o rosto e sorriu para mim.

– Eu pedi para ele esse favor. – o diretor falou não parecendo satisfeito com o rumo dos acontecimentos.

– E eu nunca recusaria um pedido do meu padrinho.

Todos deveriam estar surpresos ali.

– Então o diretor de Durmstrang é padrinho do Krum... – Ron começou mas joguei-lhe um olhar para que ficasse quieto.

– Acho que é melhor eu levar vocês para seus quartos. – Viktor fala e se vira para o diretor. – Mais tarde eu volto.

Arthur assente.

– Espero que aproveitem a estadia por aqui.

Todos assentimos e seguimos Krum para fora da grande sala que era do diretor. Logo estávamos em um longo corredor mal iluminado. Gina me olhava maliciosamente e eu revirava os olhos ao fundo ouvi Malfoy falando para Zabini como preferiria estudar aqui.

– Mas como vai, Mione? – Viktor pergunta. – Você parou de responder depois de um tempo.

Sorri constrangida.

– Você sabe... Minha vida tava tão agitada que acabei me perdendo. – respondi.

Ele riu.

Não me pergunte quantos corredores viramos por que eu não saberia responder. Me sentia num labirinto virando de um lado para o outro e não entendo por que Fred estava com uma expressão tão fechada. Ele era que estava mais animados para isso tudo.

– Mas estou muito feliz de te ver... – Krum falou.

– Sem querer interromper. – Fred falou se colocando entre nós dois. – Mas vamos demorar para chegar?

Enquanto ele perguntava Fred foi e pegou minha mão entrelaçando nossos dedos. Por pura surpresa abaixei o olhar surpresa e tentei soltar minha mão mas o ruivo apertou mais forte. Vi Viktor olhar para nossas mãos entrelaçadas também.

– Er... Não. Já estamos quase chegando.

Nisso chegamos a uma grande porta de madeira e eu imaginava que estávamos em uma parte pouco habitada pelos alunos já que enquanto andávamos vimos no máximo três alunos andando pelos corredores.

– Chegamos. – Krum falou fazendo força abrindo as portas.

Entramos e me maravilhei com nosso pequeno salão comunal. Era grande com três sofás de quatro lugares em frente a uma grande lareira e ao lado tinha uma mesa de seis lugares de vidro.

– Espero que se sintam a vontade. – ele falou olhando de mim para Fred. – Se precisarem de alguma coisa é só pedir.

Sorri agradecendo.

Eu tentei soltar minha mão da de Fred para poder despedir Viktor descentemente mas o ruivo não deixou. Só consegui me soltar quando meu amigo foi embora e claro Fred estava com uma expressão fechada. Qual era o problema dele?

***

Tinha seis quartos então tivemos que dividir entre nós. Fred por ser o mais velho e o “responsável” ficou com um quarto só pra ele fazendo o resto termos que dividir os que sobraram. Ginny e eu ficamos com o mais perto das escadas enquanto Harry,Edu Carmichael e Ron com o do lado. Miranda e Luna o do meio, Zabini e Malfoy o mais afastado do meu e eu agradeci a Merlin por isso.

Mais tarde um dos professores vieram nos dar boas vindas – mas com a cara fechada que estava parecia mais uma ameaça, o que me fez pensar por que a maioria das pessoas aqui são tão mau humoradas? – e disse que teríamos que ir no jantar para nos apresentarmos ao resto do colégio.

As meninas ficaram animadas quero dizer, até eu fiquei! Era um colégio só para garotos e pelo que eu me lembrava eram lindos. Então na hora que encontrei Luna, Miranda e Gina para chamarmos o resto para irmos vi elas super arrumadas.

– Vieram uns três garotos falarem comigo. – Gina falou depois que voltamos para nosso salão comunal.

– Comigo também. – Miranda falou rindo. – Acho que ficarem o ano todo sem ver garotas deve ser desesperados.

Nós quatro rimos.

– Ninguém veio falar comigo. – falei.

Ginny deu um sorriso maroto.

– Claro que não iriam né Mione. Todos aqui sabem que você é do Krum.

Senti meu rosto vermelho.

– Eu não sou do ....

– Meninas. – Fred me interrompeu entrando no quarto. – Descem, alguns amigos meus que estudam aqui vieram nos dar olá.

Ginny e eu nos entreolhamos.

Claro que ele tinha que entrar enquanto estávamos falando de Viktor.

– Melhor irmos. – Luna falou se levantando.

Assentimos.

Fred fora o primeiro a sair sendo seguido por Miranda e Luna deixando Ginny e eu sozinhas.

– Que cara feia Fred ta. – a irmã dele falou. – E isso não é normal nele.

Assenti.

– Realmente, qual será o problema? – perguntei distraidamente enquanto caminhava até a porta.

Gina parou e ficou me encarando abobalhada.

– Ta brincando, né? – olhei-a confusa. – Ele esta com ciúmes Mione.

Soltei uma risada nervosa.

– Ciúmes do que Ginevra?

A ruiva me jogou um olhar malvado.

– Pare de me chamar de Ginevra! – reclamou. – Obvio que você e Krum.

Tentei não sorrir mas a simples idéia de que Fred estava com ciúmes de mim já me deixava feliz.

– Não sei por que. – respondi. – Melhor irmos.

Ela assentiu e saímos do quarto.

***

Ao chegarmos na sala vimos quatro garotos sorrindo e conversando com todos – menos Malfoy que estava parado olhando para o nada.

– Esse é o nosso pequeno Jakie. – Fred apresentou o loiro.

– Não sou tão pequeno assim. – o cara retrucou e virou-se falando para Gina e pegando sua mão. – Eu sempre quis te conhecer, mas seus irmãos nunca deixou.

Ri do rosto vermelho de Harry e Gina.

– Nenhum marmanjo vai atrás da minha irmãzinha. – Fred falou pegando a mão que Jakie havia pegado de Gina.

– Então da nossa querida Hermione podemos? – um garoto com traços orientais que eu não fazia idéia de quem era falou olhando para mim com um sorriso.

– Cara, eu nem sei quem é você mas também digo que da Mi ninguém chega perto. – Fred falou colocando os braços ao redor do meu ombro. – Coitada, tão inocente que nem saberia se defender de garotos mal intencionados.

Levantei a sobrancelha e olhei para o ruivo.

– Então melhor eu ficar longe de você também né Frederich? – falei tentando soar seria. – Pelo que vejo você é muito mal intencionado. – e dei um pulo para o lado me afastando de seus braços.

Mas Fred me puxou de volta.

– Eu? Mal intencionado? – ele alongou sua voz nessas palavras sorrindo. – Claro que não, Mi.

Revirei os olhos e sorri.

– Casal, pode por favor não nos deixar de vela aqui? – Gina perguntou e virou para o garoto que falou comigo. – Eu ainda não sei que você é.

Ele sorriu e notei como sua pele era branca, claro, não tão pálida como a de Malfoy mas muito branco. Cabelos pretos e olhos puxados típico de um oriental.

– Sou Kevin, o galã desse colégio. – ele falou se curvando. – Se precisar de qualquer coisas, garotas, não hesitem em me chamar.

O garoto moreno que estava ao seu lado – que mais tarde descobri que o nome era Andrew - bateu o braço em sua barriga.

– O Kevin também é muito atirado. – Andrew disse sorrindo. – Então meninas fujam enquanto podem.

Miranda riu olhando para Andrew. Acho que alguém estava interessada aqui.

– Qual é cara? – Kevin finge de irritado. – Eu estou na necessidade há muito tempo. Não sou que nem vocês que vão para o armário de vassouras fazer sei lá o que. – Kevin coloca a mão na boca como se estivesse falando um segredo. – Vocês acreditariam se eu contasse que vi o Jakie e o Andrew então sozinhos e ficando muito tempo no armário de vassouras?

Rimos.

– Eu acreditaria. – Fred respondeu. – Eu sempre soube que esses dois tinham um romance escondido.

– Droga Jakie. – Andrew falou. – Fomos descobertos.

O loiro fez cara de espanto.

– Como isso? Fomos tão cuidadosos.

Gina ria demais e disse:

– Pelo jeito não tanto.

***

Eu nunca pensaria que alunos dessa escola seriam tão engraçados. Passamos mais umas duas horas conversando e vi como Jakie, Andrew e Kevin eram legais e eu não conseguia parar de rir. Até Malfoy e Zabini estavam ali, claro Blásio por causa de Luna e Malfoy pelo melhor amigo, mas estavam ali. E tirando umas farpas que jogavam contra meus amigos até que estavam sendo civilizados.

– Agora entendemos por que Fred é professor. – Andrew falou.

– Tinha que ter uma garota no meio. – Jakie falou olhando para mim.

Devo ter ficado vermelha.

– Não... – tentei negar.

– Meu irmão esta seguindo a Hermione pra todo canto. – Gina me interrompeu. – Não sei como ela foi atrás de um pedido de restrição até agora.

Jakie e Andrew riram.

– Ela nunca faria isso. – Fred falou. – Não é culpa minha se sou irresistível.

Revirei os olhos sorrindo.

– Olha que eu vou atrás, Frederich. – falei. – Dumbledore, como pode aceitar esse idiota como professor?

– Quando descobri sobre isso já estava pensando em como defenderia Fred. – Kevin brincou. – Era obvio que ele estava usando uma maldição imperdoável!

Ri olhando para Fred.

– Me sinto subestimado. – o ruivo falou. – Ninguém acredita na minha capacidade.

– Claro que acreditamos. – Ron falou. – Mas não como professor.

Fred faz uma cara de ofendida.

Todos mudam de assunto e Fred toma mais uma taça de whisky de fogo que os meninos haviam levado. Kevin parecia que tinha tomado um pouco mais do que deveria.

– Ai o Jakie falou que eu não conseguiria. – Kevin falou e se levantou rindo fazendo gestos com as mãos. – Ai eu simplesmente me joguei no lago e como sempre fui um ótimo nadador conseguia segurar a respiração bem então fiquei lá embaixo.

– E quase nos matou do coração no processo! – Andrew falou. – Ele estava bêbado então pensamos que tinha se afogado.

– Até já deveriam estar procurando onde esconder meu corpo, olha que eu sei. – Kevin falou.

– Estávamos mesmo. – Jakie respondeu.

Fred ria muito.

– Gente. – Gina falou se levantando rapidamente. – A garrafa esta vazia?

Olhei e assenti.

Cara eles já haviam tomado uma garrafa inteira de whisky.

– Por que? – Fred perguntou.

Ginny deu um sorriso maroto.

– Vamos brincar de verdade ou conseqüência?

– Vamos. – Kevin gritou parecendo uma criança e quando todos os olhos viraram para ele continuou: - Eu adoro saber os segredos de todos, ué.

Levantei.

– Joguem vocês. – falei. – vou pro quarto, estou morrendo de dor de cabeça.

– Nem pensar. – Fred falou. – Você fica e brinca com a gente.

Virei-me para sair.

Nem pensar que jogar verdade ou conseqüência com aquele povo. Iriam perguntar coisas que eu não gostaria de sair.

– Eu convenço ela. – ouvi a voz da Gina.

Quando eu já estava prestes a subir as escadas Ginny me puxou e me fez olhar para ela.

– Eu realmente não quero... – comecei.

– Fica Mione. – ela implorou. – Você não viu como Miranda ta olhando pra Andrew? Eu quero desafiá-la a beijar ele.

Gina fez seu olhar de cachorrinho abandonado.

– Não vale me olhar assim. – falei.

– Qual é, Mione? Se divirta com a gente.

– Sempre sai merda dessa brincadeira. – falei. – E eu preciso ler...

– Você pode ler outra hora, vai, por favor...

Aquela ruiva havia me vencido.

– Quando sair merda disso. – falei. – E olha que vai, vou te culpar pelo resto da vida.

Ela deu um sorriso vitorioso.

– Consegui. – Gina gritou para todos e voltamos até eles que estavam em uma pequena discussão. – O que foi?

– Blás você realmente quer me fazer passar por isso? – Malfoy perguntou ignorando a minha amiga. – Jogar essa besteira com Grifinórios?

– Qual é Draco? Não vai ser tão ruim. – o Sonserino respondeu. – E ninguém nunca vai saber disso.

– Blás...

– Draco e eu estamos dentro. – Zabini disse.

Olhei para Luna que sorria. Essa loira teve uma grande parte na decisão de Zabini pra ficar e brincar com Grifinórios.

– Prontos? – Fred perguntou sorrindo.

– Quem começa? – Ron perguntou.

– Eu. – Edu falou virando a garrafa.

– Luna pergunta pra Fred. – Kevin falou.

A loira se remexeu aonde sentava.

– Verdade ou desafio?

Fred sorriu.

– Desafio.

– Beba o resto dessa garrafa em um só gole. – ela disse e entregou o resto de whisky de fogo que sobrara.

– Fácil.

Ele pegou a garrafa respirou fundo e colocou o gargalo na boca. Eu achava que era quase impossível alguém sozinho tomar tudo aquilo então em um só gole foi uma surpresa. Realmente o Fred tinha um feitiço de expansão no estomago.

– Pronto. – ele falou colocando a garrafa de volta no chão.

Fred parecia um pouco... Sei lá, bêbado. Ele rodou a garrafa.

– Verdade ou desafio? – Jakie perguntou para Gina.

A Weasley sorriu.

– Desafio.

O loiro deu um sorriso malicioso.

– Desafio você a ficar as próximas quatro rodadas sem blusa, só de sutiã.

Vi Harry engasgar com a própria saliva.

– Nem pensar. – Fred e Ron falaram juntos. – Não quero ver a minha irmã sem blusa.

– Quieto os dois. – ela falou e nos surpreendeu tirando a blusa.

– Eu gosto dessa ruiva. – Jakie falou estendendo o copo.

Olhei-a surpresa.

– Vamos logo. – Gina falou com vergonha.

Giraram a garrafa.

– Kevin pergunta pra Mione. – Ron falou.

– Verdade ou desafio? – ele perguntou.

– Verdade.

Kevin deu um sorriso malicioso.

– É verdade que você já pegou o Krum?

– A santa Granger? – Malfoy ironizou. – Essa ai não pegou nem uma arvore.

– Cala boca Malfoy. – Harry resmungou.

Kevin levantou a sobrancelha.

– Então...?

Assenti.

– Sim.

Os meninos de Durmstrang riram.

– De santinha, a Granger não tem nada. – Blásio falou.

– Podem ir pra próxima rodada? – pedi.

– Melhor mesmo. – Fred falou.

– Alguém aqui esta com ciúmes. – Jakie brincou.

– Cala boca que eu ainda lembro que minha irmã esta sem blusa por sua causa.

Eu ri.

– Essa frase saiu tão errada. – Kevin falou o que eu estava pensando.

Giraram novamente a garrafa.

– Blásio pergunta pra Ron. – Luna falou.

– Verdade ou desafio?

– Verdade. – o ruivo respondeu.

– É verdade o boato que você e a Brown transaram?

Rony ficou da cor de seus cabelos.

Como assim? Eu não tava sabendo de nada disso.

– Sim.

– Como é? – Gina e eu perguntamos ao mesmo tempo mas só eu continuei. – Como eu não sabia disso?

Meu amigo da de ombros.

– Você é muito certinha, iria dizer que estava cedo demais.

Mordi a boca para não falar: Mas esta mesmo!

– Continuem logo. – falei.

Fred sorriu para mim e estendeu seu copo com wiskey de fogo e eu aceitei tomando. Senti o álcool descer por minha garganta mas não me importei e continuei com aquilo.

– Virem a garrafa. – Harry pediu.

– Ginny pergunta pra Miranda. – falei.

– Verdade ou desafio?

Miranda deu de ombros.

– Desafio.

Gina deu seu sorriso.

– Beije o Andrew.

Acho que nunca vi Miranda ficar tão vermelha como agora.

– Acho que você, meu caro, vai se dar bem. – Kevin falou colocando a mão no ombro de Andrew.

E sem dizer nada Miranda se ajoelhou e engatinhou até o mais novo amigo colocando uma das mãos no rosto dele puxando-o para um beijo que todos ficaram olhando. Assim que abriu os olhos e se afastaram ela olhou envergonhada e voltou para o lugar.

– Girem. – falei tentando tirar o clima que ficou.

Eles giraram a garrafa.

– Blásio pergunta pra Hermione. – Andrew falou.

Olhei para ele meio desnorteada.

– Verdade ou desafio?

– Desafio. – falei sem pensar.

Blásio sorriu.

– O que vou desafiar a Granger? – ele parecia confuso. – Ah já sei. Beije o Draco.

Eu comecei a rir.

Ele não poderia estar falando serio né?

– Hermione, eu acho que ele esta falando serio. – Gina falou.

– COMO É? – Draco gritou. – Eu não quero que a Granger me beije!

– E eu não quero beijar o Malfoy!

Blásio ria.

– Você pediu desafio, querida colega.

Eu olhava de Zabini para Malfoy pensando em qual dos dois eu matava primeiro.

– Nem pensar. – Fred intervém. – Melhor acabarmos com o jogo aqui antes que vire uma suruba.

– Querendo proteger a namoradinha é Weasley? – Kevin irritou ele. – Não se preocupe, um beijo não vai fazer ele gostar menos de você.

– Um beijo com o Malfoy mataria ela. – Fred respondeu tentando soar brincalhão.

– Não vamos terminar sem ela cumprir. – Blásio falou.

Estava certo. Eu mataria primeiro Zabini. Luna que me desculpe no futuro.

– Nem pensar. – Malfoy e eu falamos juntos.

– Mas... – Blás iria contestar mas ouvimos o ranger da porta sendo aberta.

Vimos dois garotos entrarem que eu não fazia idéia de quem era. Mas Kevin tencionou os ombros o que me fez pensar que não era bom sinal. Eles vieram para mais pertos e tinham sorrisos irônicos nos lábios. Gina colocou a blusa rapidamente quando notou os olhos maliciosos deles nela.

– Vejo que estão aproveitando. – um deles falou. – Malfoy não imaginava que estaria aqui.

Olhei para Draco que estava com uma expressão negra no seu rosto.

– O que esta fazendo aqui Jenks?

Eu estava confusa.

– Vim desafiar vocês a uma partida de quadribol agora. – o tal de Jenks respondeu.

– Já vamos jogar amanhã. – Fred falou. – Espere até lá.

O outro garoto riu.

– Estão com medo, certo? – ironizou. – Pelo jeito, Jenks, os boatos que o pessoal de Hogwarts eram frangotes é verdade, vamos eles não vão ter coragem de jogar.

– Quem disse que não temos coragem de jogar? – Ron perguntou já vermelho de raiva.

– Nós arrasaríamos vocês. – Edu falou.

– Tem certeza disso?

– Com toda a certeza. – Zabini disse.

Com certeza isso era uma má idéia.

– Não se deixem ser provocados. – falei. – Amanhã é o jogo, não é uma boa idéia irem para a quadra agora no meio da noite.

– Vamos. – Ron falou levantando.

– Não vão ouvir a mamãe? – Jenks falou apontando para mim.

– Cale a boca. – Malfoy disse serio. – E deixe-nos mostrar como somos melhores que vocês no quadribol.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Review?
Recomendação?