Sobreviver escrita por Nadii


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Olá meu povo! Voltei! ;)

Quero agradecer, de coração, a todos os que comentaram e favoritaram a fic.
Sei que estou em atraso com vocês, mas aqui está o capítulo prontinho e o outro a caminho, já.

Boa leitura =)



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Observo Peeta dormir tranquilamente, deitado de bruços, o cabelo bagunçado alcançando os olhos e a boca levemente aberta. Esse tem sido meu passatempo preferido nos últimos meses. Há pouco mais de dois meses, finalmente, estamos juntos. Nunca houve um pedido de namoro propriamente dito, tampouco colocamos rótulos em nosso relacionamento e isso não faz a menor diferença pra mim. Basta sabermos o que somos um para o outro.

Eu era dele. Ele era meu. Era o suficiente para nós dois. A maior, ou melhor, a única certeza que eu tenho é essa. Não havia – e não há – pessoa no mundo quem eu ame mais do que a Peeta e eu sou quem ele mais ama.

Depois do dia na floresta, não ficamos mais separados. Ele mantinha suas coisas em sua casa, incluindo roupas e os equipamentos da cozinha e pintura. Apenas umas peças de roupas que casualmente esquecia em minha casa, além seus itens de higiene pessoal.

Nesse tempo Peeta decidiu reconstruir a padaria da sua família. Não foram dias fáceis. Com frequência vinham os flashbacks e ele sentia-se frustrado por tê-los. Não foi nada do tipo de tentar me matar ou atacar quem quer que estivesse próximo. Na verdade, algumas pessoas nem mesmo chegaram a perceber que ele os teve, mas eu sabia. Haymitch também sabia. Nosso amigo esteve presente nesses momentos, afinal, como ele gostava de dizer há algum tempo: “somos uma família”.

Estranhamente, Haymitch não se mostrou nada surpreso quando soube que estávamos juntos. Parece que esperava por aquilo cedo ou tarde. Ainda lembro suas palavras:

“- Eu disse uma vez, que você poderia viver cem vidas e não merecer o Garoto. Nunca quis estar mais errado. Prove-me que estou. - ele segurou meus ombros olhando em meus olhos para concluir – Posso ver que o ama, faça uma única vida valer por centenas delas. - e sorriu com uma piscadela me abraçando apertado. Não pude deixar de retribuir.”

Ele se tornou o mais próximo de um pai que poderíamos ter. Tanto Peeta quanto eu tivemos pais dos quais guardamos lindas lembranças, mas Haymitch nunca teve filhos, então ainda é um pouco perdido nesse papel, mas ele nos ama e isso é o suficiente para agir sempre pensando em nós. A prova disso foi ver ele diminuir a quantidade de álcool que bebe por dia, levantar cedo e nos ajudar a reerguer a padaria.

Aos poucos o terreno coberto por escombros foi recebendo bases de concreto, paredes, forma, cor, equipamentos e em nada lembra o antigo comércio do doze. Agora ela tem dois andares, sendo o segundo reservado para o estoque dos produtos. No térreo está, junto à entrada, o balcão para atendimento e algumas mesas com cadeiras para que as pessoas possam consumir os produtos ali mesmo. Na cozinha é para conter fornos, fogões e geladeiras, tudo vindo da Capital e de outros distritos. Há, ainda, um escritório de onde Peeta administrará tudo, além dos banheiros. Nos fundos, onde recebi os pães jogados por ele, foi construído um pequeno jardim, como disse “seria um pequeno refúgio quando não pudesse sair da padaria”. Ainda faltava a pintura e retoques finais no que é refente à construção.

A inauguração não tem data marcada em função de alguns equipamentos e produtos que ainda não tinham chegado. Os distritos estavam produzindo novamente, mas também estavam se reerguendo, assim tínhamos somente uma previsão de quando teríamos tudo pronto.

Saio de meus devaneios ao notar que não vou voltar a dormir. Não são os pesadelos, dessa vez são lembranças que há dias trazem á tona uma dor que achei ter passado . Observo um Peeta adormecido . “Tão lindo, tão doce e tão calmo”. Nem mesmo parece ter passado por tudo o que passou. Levanto e vou em direção ao banheiro, tomo banho, coloco minha roupa de caça e saio.

Ainda é madrugada e vai levar um tempo até amanhecer, mas a sensação de que algo está errado começa a me consumir. Desço as escadas com os passos que ando pela floresta, disposta a não despertar Peeta. Na cozinha, faço um chá, na verdade, uma mistura de ervas que lembro de Prim fazer algumas vezes.

Prim. Minha patinha.

Então me dou conta do porquê me sentir estranha hoje. Por ela, Prim. Hoje seria seu aniversário, completaria quatorze anos. Estaria uma moça, com toda certeza, muito linda. Mas agora não tinha nada o que comemorar. Ela não teria uma festa, nem mesmo um bolo decorado por Peeta.

A dor que antes era pequena, agora parece que vai me esmagar e arrastar mundo afora. Achei que já tinha vivido luto o suficiente pela sua perda, mas estou completamente enganada. A consciência que tomo agora, de que nunca, nunca mais sentirei seu cheiro, verei seu sorriso ou ouvirei seus conselhos, me devasta.

Levanto rapidamente e vou para os fundos de casa. Preciso pensar e quero ficar sozinha. As prímulas no meu jardim estão lindas, já apareceram cores novas, devem ter sido semeadas pelo vento ou pelos animais. “Tão lindas quanto ela”. Penso em ir para a floresta ou mesmo para a padaria, mas não seria um bom esconderijo. Esses são lugares tão óbvios e não é nada do que eu queria nesse momento. “O que eu quero?”. Fugir. De casa. Do distrito. De Panem. Do mundo, se eu pudesse.

Volto para dentro de casa, pensando onde poderia ir. O quarto dela também não é uma boa escolha, traria lembranças piores ainda. Suas roupas e seus brinquedos estavam lá. Só havia um local para ir.

Entro no cômodo escuro, cheio de caixas e objetos com pouco uso. Quase nunca venho aqui. Finalmente me permito sentar segurando meus joelhos e deixo as lágrimas varrerem meu rosto. Não grito, não murmuro pois qualquer barulho entregaria meu esconderijo.

Passam-se minutos, talvez horas em que estou em completo silêncio. Deixo minha mente vagar entre o passado e um futuro que nunca vai existir. Lembranças de quando éramos pequenas e ela em suas pernas curtas caminhava pela Costura. Miséria, fome, dor, era o cenário ao seu redor e mesmo assim ela parecia brilhar em meio aquela pobreza. Prim sempre teve uma luz própria, sempre teve a capacidade de encantar todos a sua volta. Era simplesmente difícil manter o mau humor em sua presença. De riso fácil, olhar carinhoso e sempre acolhedora. A pessoa mais frágil e mais forte do mundo, tudo ao mesmo tempo. Essa era a minha irmã, tal qual a flor que lhe deu o nome.

Imagino como seria uma excelente médica e seus cuidados com seus pacientes. O amor que sentia em ajudar, a consertar, enquanto tudo o que eu fazia era estragar e destruir. Fico pensando como seria sua família, sim, com toda certeza teria filhos, ela nasceu para ser mãe. Tão oposta a mim e a medida certa para curar a minha dor.

Dor. Eu sabia que ela nunca iria embora, mas não pensei que passaria por isso novamente. “Vai ser a minha vida toda assim? Como uma ferida que nunca cicatriza e que a qualquer momento faz você lembrar o quanto machuca?”. Pareço estar sangrando por dentro. Não é como se a dor fosse maior do que antes, ela não é, a diferença é que agora eu tenho consciência que não tem volta, que o tempo não volta e que isso não vai mudar.

Meus pensamentos são interrompidos quando a porta é arrombada por um Haymitch enfurecido e vermelho do que parece ser raiva.

– O que você pensa que está fazendo? - pergunta direto.

A princípio não tenho reação, mesmo porque não esperava ser encontrada aqui. Desvio meu olhar do seu e olho para os meus dedos. Não quero falar, não há o que ser dito e isso parece deixá-lo ainda mais furioso.

– Vai se esconder de novo? Como fazia no Distrito Treze? Vai fugir sempre que ficar triste? - ele não me deixa responder – Sabe que seu telefone não parou de tocar o dia todo? Sua mãe ligou, Effie, Dr. Aurélius, todos te procuraram hoje e onde estava? Trancada nesse porão! Por que, Katniss? Por quê?

– Hoje é o aniversário dela - falo e deixo mais lágrimas caírem.

– Eu sei. Todos sabemos e queríamos ficar ao seu lado, mas você afasta as pessoas, sabia?

– Eu sei, só queria ficar quieta - suspiro cansada.

Haymitch faz algo que eu não esperava: senta-se ao meu lado e me conforta em um abraço de urso.

– Vem, garota – respira fundo – Sabe o quanto nos deixou preocupados? O garoto ficou doido quando não te viu em casa - a realidade me dá um tapa na cara, outra vez me preocupei apenas comigo e esqueci dele.

– Peeta! Como ele está? Está na padaria?

– Ele está doido atrás de você. Quando ele chegou para o almoço e não te encontrou...

– Almoço – interrompo-o – Que horas são?

– Já passam das quatro da tarde – me observa atentamente – Sim, você passou esse tempo todo aqui em baixo. Voltando as suas perguntas, ele não está na padaria. Peeta varreu o distrito todo a sua procura, até que restasse, segundo ele, uma única opção, um único lugar onde você poderia estar – e eu entendo.

– A floresta! - ele confirma, mesmo não sendo uma pergunta – Mas ele não sabe andar por lá. Certo que fomos algumas vezes, mas tem os animais e com o calor eles ficarão até mais tarde fora de suas tocas.

– E desde quando ele pensa nele mesmo? O medo dele era que você estivesse passando por alguma crise, se sentisse mal e algo acontecesse.

– Oh, meu Deus! Faz tempo que ele saiu?

– Há algumas horas – fala e me desespero.

– Preciso ir atrás dele. Ele vai se perder lá – nesse momento já me separei do abraço de Haymitch e estou em pé.

– Não posso deixar, serão dois perdidos. Além do mais o garoto pediu pra que eu cuidasse de você caso aparecesse.

– Sabe que eu vou, deixando ou não. Só espere aqui em casa.

Saio de casa em direção à floresta praticamente correndo. Depois de passar a cerca, pego meu arco e flechas e entro na mata. Tento identificar passos ou rastros mas não consigo.

– Peeta! - grito – Peeta! - de novo chamo, mas nenhuma resposta.

Gritar na floresta não é uma atitude recomendada, porque chama a atenção dos animais, não só os pequenos, mas os grandes também. Caçar é um ato silencioso tanto para não espantar a caça, quanto para não atrair predadores. Mas agora não sou uma caçadora.

Passo a próxima hora andando pela floresta gritando por Peeta, mas sem sucesso. Encontrava algumas folhas amassadas, pequenas trilhas que indicavam que alguém passara por ali, apenas isso.

– Peeta! Peeta! - grito cansada, tomada pelo medo. Definitivamente ele estava perdido e mesmo conhecendo tão bem aquele lugar não fazia ideia para qual lado correr.

De repente ouço o barulho das folhas mexendo e são passos apressados. Preparo a flecha para atacar.

– Katniss! Katniss, cadê você?

– Peeta? - sim era ele – Aqui, Peeta! - corro na direção do barulho.

Quando o vejo, suado, ofegante e visivelmente cansado, me atiro em seus braços. Choro. Alívio e felicidade me dominam agora.

– Peeta, desculpa! Me perdoa por te deixar preocupado.

– Katniss, que bom que está bem. Está tudo bem.

– Tive medo de acontecer o pior e algum animal te machucar. Eu não me perdoaria nunca. Me perdoa?

– Está tudo bem – ele fala e passa as mãos pelas minhas costas tentando me confortar – Só não faz mais isso de sair sem avisar, por favor? - pede.

– O que você quiser. Eu fui burra, eu sei – suspiro tentando parar o choro – Te amo.

– Também te amo – e me beija.

Ficamos um tempo ali apreciando a presença um do outro.

– Vamos embora antes que fique escuro. Haymitch deve estar arrancando os cabelos a essa hora – rio pegando suas mãos e fazendo o caminho de volta para o distrito.

– O que me faz lembrar que eu pedi para ele segura-la em casa.

– E acha mesmo que eu ficaria sentada enquanto você estava perdido na floresta?

– Não, não acho. Mas você estava onde? Te procurei por vários lugares, só restou a floresta ela sempre foi o teu refúgio – ele para e me olha – Sei que dia é hoje, sua mãe ligou e me falou, por isso fiquei desesperado achando que pudesse fazer uma besteira – isso só faz me sentir mais culpada.

– Estava no porão e Haymitch me achou lá.

– E como ele sabia?

– No Treze eu tinha costume de me esconder log que cheguei. Sempre ia para algum lugar escuro e isolado, principalmente buracos atrás de armários. Acho que ele deduziu por isso. Você não tinha como saber. Desculpa – digo olhando para o chão.

– Deixa pra lá, depois conversamos melhor, vamos para casa agora – me abraça e voltamos a andar.

Ao chegar na Vila já encontramos nosso ex-mentor nervoso e sentado junto à entrada da minha casa. Entramos, contamos o que aconteceu e recebemos um grande sermão, um por ter se escondido e outro por ter ido sozinho para a floresta. Haymich logo vai embora mas promete que volta para o jantar.

– Bom, vou na minha casa também tomar um banho e pegar uma muda de roupas. Tudo bem? - questiona Peeta.

– Certo, vou tomar meu banho também – digo subindo as escadas em direção ao meu quarto.

No banheiro me permito relaxar. Com toda essa confusão até esqueci minha dor por Prim. Eu precisava tomar ciência de muita coisa, mas tudo o que aconteceu deixou claro as minhas prioridades. Tinha dito pra mim mesma que iria superar tudo, e vou. Espalho a espuma lentamente pelos meus braços, deixo a água morna acalmar meu ânimo e meus músculos e só saio quando a sinto gelada. Coloco uma roupa leve e fico um tempo olhando para a minha pérola.

O jantar correu tranquilamente, não sem antes ouvir mais um belo discurso de Haymitch sobre “o quanto fui irresponsável” em não avisá-los de onde estava ou o que poderia ter acontecido. Acabei ficando quieta, sei que ele tem razão mas não diria isso em voz alta.

Após arrumarmos as coisas fomos para a sala e nosso amigo aproveitou para beber um pouco, algo merecido depois desse dia, segundo ele. Peeta senta-se no chão, pega folhas e lápis começando a desenhar e eu me perco o observando. Acho que nunca vou me cansar dessa cena. Os traços sempre precisos agora tomam forma e me surpreendo como que aparece, aos poucos, no papel. Uma imagem onde Prim e eu vamos à escola, eu com minha trança e ela com duas, nós ríamos olhando uma para a outra, ao fundo um distrito desfocado trazendo toda a atenção para nós duas.

– Isso é uma lembrança – afirmo, impressionada, admirando o desenho.

– Sim, lembrei-me durante o banho, quis colocá-la no papel. Eram poucas as vezes que a via sorrindo nesse época. - conclui.

– É lindo. Obrigada por me fazer lembrar do sorriso dela.

– Amanhã quero torná-lo um quadro.

O resto da noite foi tranquila, compartilhamos algumas histórias, todas elas sobre Prim e, ao contrário do que pensei, falar e ouvir sobre ela não doeu tanto, até fez me sentir mais próxima, como se ainda estivesse aqui e isso, de um jeito estranho, confortou meu coração. Quando Haymitch se despede, vamos em direção ao meu quarto tentar dormir enquanto os pesadelos permitirem.

Deitada sobre o peito de Peeta, recebendo seu toque carinhoso em meus cabelos, reflito sobre o dia, eu agradeço mentalmente por tê-lo comigo. Meu porto seguro, meu dente-de-leão, meu tudo.

– Eu te amo, meu garoto do pão – digo sorrindo e olhando em seus olhos.

– Garoto do pão? - pergunta. Nunca o chamei diretamente dessa forma – Você me apelidou assim? - confirmo e ele sorri – Eu também te amo – e junta nossos lábios.

O beijo que começa calmo, logo fica mais forte. A sede que senti naquela praia toma conta de mim novamente, mas isso me faze chegar o mais próximo que consigo de Peeta. Eu não vou parar e ele não parece querer acabar o beijo também. Não sei dizer exatamente como tudo aconteceu, quando nos damos conta éramos apenas um. Unidos como nunca antes. Era a prova física do nosso amor pela primeira vez.

Mais tarde, ainda abraçados, Peeta fazia desenhos imaginários em minhas costas enquanto eu estava deitada sobre seu peito. A visão da própria bagunça em duas pessoas, mas não estou menos feliz e completa por isso.

– Peeta? - chamo

– Sim?

– Eu quero te pedir uma coisa – falo com um pequeno sorriso – Na verdade, uma proposta.

– Sei, e o que seria? - pergunta – Me deixou curioso agora – eu sorrio.

– Então – tomo coragem – já que você dorme aqui todas as noites e estamos juntos, vem morar comigo – falo.

– Está falando sério? - ele me levanta para olhar em meus olhos.

– Muito – respondo – Mas se não quiser eu entendo – completo. “Mas você tem que querer”, torço mentalmente.

– Katniss, você sabe que esse é um passo bem importante, não é? - eu assinto – Você pensou bastante sobre isso? - confirmo novamente – Certo, mas na minha casa tem muitas coisas que eu uso, como faríamos com elas?

– Pensei sobre isso. Podemos adaptar essa cozinha também, trazer os fornos e o material todo pra cá. Tem muitos quartos vagos – digo me referindo aos quartos que eram da minha mãe, Prim e mais um de hóspedes – podemos transformar algum em um tipo de ateliê. Podemos trazer a cômoda do teu quarto, posso doar umas roupas, sei lá.

– Vejo que pensou em tudo.

– Então, o que diz? Podemos tentar?

– Podemos – ele abre um imenso sorriso.

– Ótimo! Fazemos amanhã mesmo a mudança – falo, animada.

– Quanta pressa! - diz brincando – Sim, amanhã. Vou pedir ajuda para Thom e seu irmão.

Acordo cedo no outro dia mais feliz do que nunca. Haymitch, durante o café da manhã, mostra-se bastante surpreso com a nossa decisão. Passamos boa parte do dia carregando e organizando tudo. São muitas coisas para arrumar e ficar o melhor adaptado. Deu muito trabalho, mas no final valeu a pena. Graesy Sae ficou emocionada e fez questão de preparar almoço suficiente para todos, incluindo os homens que vieram nos ajudar e ficou até a noite comigo guardando roupas e utensílios na cozinha.

Nos próximos dias continuamos com algumas mudanças. Reorganizamos os móveis da sala, do quarto e até mesmo do escritório (o qual nunca mais tinha entrado). Com a tinta que restou da construção da padaria pintamos algumas paredes. Rudo o que a casa precisava era de novidades e aquela semana rendeu muitas.

– Agora a casa está com a nossa cara – Peeta diz sentado no sofá enquanto eu estou deitada e com a cabeça em seu colo.

– É, nossa casa – nunca gostei tanto de uma palavra quanto essa: nossa.



Alguns meses depois



Somos acordados por insistentes batidas na porta, afinal após um flagra bastante constrangedor de Haymitch, aprendemos a trancá-la. Levanto-me antes de Peeta e, como não usava nenhuma roupa, visto sua camiseta do pijama que estava na guarda da cama, enquanto ele me olha bastante sonolento.

– Deve ser Haymitch, as vezes ele não tem noção mesmo! Deixa que eu atendo – mas nem espero sua resposta e desço para anteder.

– Já vai! - grito ainda da escada – Haymitch – falo irritada enquanto destranco a porta – juro que hoje eu te...

– Gale?! - meu amigo era quem estava parado na minha frente.

– Catnip – ele dá um pequeno sorriso mas logo morre ao olhar para a escada, onde uma figura loira, descabelada, com cara de sono e vestindo apenas a calça do pijama estava – Peeta.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?

Sobre a passagem de tempo, no próximo capítulo tem algumas surpresas desse tempo pra vocês!

Comente, favoritem, recomendem. Façam a autora feliz! hahaha
Quem sabe não me inspiro e posto mais rápido?

Até o próximo (ou nos comentários) =D