A Lenda de Korra: Último Livro escrita por McCullers


Capítulo 2
Capitulo II - Sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Oie Oie gente! ~Não. Não é a Kefera... kkk~
Então... Desculpem-me pela demora e tals, mas como já disse é dificil ser escritora e levar uma vida adulta cheia de responsabilidades i.i
O capitulo ficou pequenininho e pouco interessante, mas o próximo vai ser mais interessante. Korrasami is Coming!



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A neve espessa que caia sobre os ombros nus do avatar não lhe causava qualquer reação. Era como se a dor que sentia pela morte de Katara tivesse neutralizado todos os outros sentidos. A mulher havia partido deixando mais que tristeza e saudades. Ela havia deixado para Korra palavras que rapidamente se transformaram em dúvidas e martelavam em sua mente causando grande confusão interna. Nada era importante, todos se tornaram invisíveis e o avatar ergueu muralhas em volta de si.

Sentada na beira de um penhasco de gelo coberto por uma fina e fofa camada de neve, Korra olhava para o horizonte enquanto sua mente buscava respostas internas para as últimas palavras que Katara lhe havia dito, mas sempre havia mais perguntas do que respostas. O que Katara queria lhe dizer com aquelas palavras? Por que ela sentiu a necessidade de lhe falar aquilo? Estaria ela em completo delírio ou falava com grande sabedoria? A resposta para aquelas perguntas era uma só, mas talvez lá no fundo, Korra tinhesse medo de saber a resposta.

– Ah! Ai esta você. – falou uma voz masculina conhecida. Era Mako. Mas Korra não se preocupou nem um pouquinho em se virar para encara-lo ou recebê-lo. – Todos estão preocupados com você, sabia? – falou o rapaz se aproximando e se sentando ao lado dela.

– E você foi o escolhido para vir me procurar e falar comigo... – disse num tom mal humorado.

– Na verdade a Asami queria vir, mas seu pai e eu não deixamos. – o rapaz passou a mão sobre a barba rala que agora fazia parte de seu visual e suspirou. - Já se passou dois dias, Korra. Vem comigo pra Ba Sing Se. – disse num tom animado. – Aposto que a Asami vai adorar vir junto. Já que vocês duas não se desgrudam... – falou a última frase entre os dentes atraindo os olhos raivosos do avatar. - E o Wu já deixou claro que seria uma honra recebê-las no palácio real.

– Eu não quero ir a lugar algum. Quero ficar sozinha. – seu tom era grosseiro. – Será que é difícil para vocês entenderem? Vai embora, Mako e diz para todos irem também. – Korra abraçou os joelhos e desabou em um choro silencioso. As muralhas que a cercava ruíram a deixando exposta. O rapaz se aproximou um pouco mais e jogou seu braço direito sobre os ombros gélidos da garota lhe oferecendo conforto.

– Todos perdemos pessoas, Ursinha. – ele a beijou na bochecha e sentiu seu lábio gelar. – Bolin, eu, Asami, Kai, Eska... Todos perdemos pessoas que eram mais que importantes em nossas vidas. Mas seguimos em frente. É isso que fazemos. É isso que elas gostariam que fizéssemos. – disse em um tom calmo e suave para que entrasse na mente do avatar com delicadeza e a fizesse voltar para seu circulo de pessoas. - E não foi só você que perdeu a Katara. A família dela e o mundo chora por sua morte, mas também celebram seus feitos que serão lembrados por gerações. – falou – Lidar com a perda quando se tem pessoas que te amam por perto é mais fácil. – o rapaz tirou o casaco da farda da polícia de Ba Sing Se que orgulhosamente usava e jogou sobre os ombros de Korra. – Estou voltando para o reino da terra amanhã e espero poder me despedir adequadamente de você. – Mako voltou a beijar na bochecha e se levantou. Sem respostas a suas palavras e sem mais para ser dito, ele se retirou rumo ao palácio real da tribo do sul. Ele havia prometido ao irmão que antes de partir os dois teriam uma conversa de homem para homem.

Feitos com os metais mais puros vindo de Zhao Fu, com mais segurança, conforto e com um designer completamente novo, a nova linha de Sato moveis, desenhados por Asami e Meelo, levou as Indústrias Futuro ao topo novamente depois da Guerra ao Império fazendo a moça se tornar a empresária mais bem sucedida do Reino da Terra.

Com a empresa de Cidade República a todo vapor, Asami sentiu a necessidade de expandir os negócios e com a ajuda do Chefe da tribo da água do sul construiu uma filial em Cidade Portuária. A pequena cidade logo cresceu e se entregou aos tempos modernos. As Indústrias Futuro do Sul não fabricava Sato moveis, dirigíveis ou aviões, mas produziam o que os habitantes das tribos da água precisavam. Veículos e motos de neve eram vendidos por um preço muito inferior ao que realmente valia e assim todos que desejavam ter um, por mais que a renda familiar fosse pequena, podia ter um. A moça não se importava em perder dinheiro se a cidade continuasse a crescer.

– Senhorita Sato? – Kan, o empregado de confiança de Asami, adentrou na oficina pessoal da moça e interrompeu seu trabalho. Ela ergueu a máscara de solda e olhou para o rapaz. Ele era um ano mais velho e apesar de ser um dominador de água suas feições eram de um dominador de terra. Alto, forte, com os olhos verdes escuros e cabelos extremamente escuros. – Enquanto esteve de férias com o avatar... – ele fez uma careta quase impossível de ser vista. Mesmo tendo temperamentos iguais e sendo da tribo do sul, Kan e Korra mal se suportavam. O avatar jura de pé junto que o rapaz tem certos sentimentos, que são mais que admiração, por Asami. Mas a morena nunca o viu com outros olhos.

– Chegaram para você. – disse ele colocando sobre o balcão de ferramenta um monte de cartas cuidadosamente empilhadas e carinhosamente colocadas em envelopes brancos. Deveria ter quinze ou mais. – São de seu pai.

– Jogue-as fora como as outras. – Estava irritada porque Chefe Tonraq e “Chefe” Mako haviam lhe impedido de sair da cidade mais cedo para ir atrás de Korra. Mas o fato de seu pai estar lhe escrevendo nos últimos anos lhe deixava angustiada com raiva de si mesma por não conseguir perdoa-lo.

Quando a noite caiu e as luzes do sul passaram a iluminar o céu fazendo os espíritos contentes dançarem entre ela, o avatar decidiu que era hora de voltar para casa. O casaco de Mako havia aquecido seu corpo e lhe dado conforto, mas a dor em seu peito ainda era grande assim como a angústia que apertava o nó em sua garganta cada vez mais. Não queria ver e nem falar com alguém por mais que seu peito dolorido implorasse por um desabafo. Ela não se sentia pronta para contar o que ouviu de Katara e o quanto aquelas palavras haviam mexido com sua mente e lhe causado tanta confusão interna.

Na tentativa inútil de evitar seus entes queridos que provavelmente estariam no saguão do palácio, Korra dobrou o ar para chegar até a janela de seu quarto, mas quando entrou pela mesma teve uma grande surpresa. Sentada com as costas em Naga e com um sono calmo, seu rosto sem maquiagem era sereno e suas expressões enquanto dormia eram infantis. Korra desceu da janela e se aproximou cuidadosamente de Asami. Ajoelhou-se diante da mesma e fez breves movimentos com as mãos verificando se a moça realmente dormia. Tendo a resposta que queria, o avatar se colocou de pé e pela primeira vez, depois da morte de Katara, ela sorriu. A menina que virou mulher precocemente havia se tornado uma criança novamente enquanto dormia.

O avatar ficou ali de pé admirando o sono tranquilo da amiga até que seu corpo cansado implorou por um banho quente.


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Notas finais do capítulo

Comentários. Sugestões. Críticas. Elogios... Tudo é bem vindo. ^^
E ai, o que estão achando do livro 4? Acham que Korrasami pode vir a acontecer na serie ou será que Bryke vai deixar para as HQs? Tipo a Princesa Jujuba e Marceline ♥