O Juramento: Depois do Fim escrita por Samuel Alves


Capítulo 3
Cheiro de gente morta?


Notas iniciais do capítulo

HEY GENTE! 3º Capítulo saindo forno, aproveitem.



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— Ah, pelo Tár... — Leo começou.

— Palavras têm poder! — Apolo o interrompeu. — Não é culpa minha se estamos demorando. É culpa desse dragão lento de vocês. — Abaixo deles, Festus "bufou". Leo entendeu, era raiva. Por algum motivo, Festus não gostara daquele deus. Calipso esperou que Leo gritasse tirada engraçada ou entrasse em chamas por causa daquele comentário, mas não, tudo o que Leo fez foi dizer:

— Por favor, cale a boca. Se você não gostou do Festus, por que veio com ele? Você, como um deus, poderia ter providenciado sua própria carona, certo? Aposto que chegaria lá bem mais rápido. — Leo terminou. A última coisa que Leo e Calipso ouviram, foi o estalar de dedos do deus Apolo enquanto resmungava algo.

***

Quando Leo percebeu, estava em queda livre com Calipso nos braços. Quando Calipso percebeu a queda, se agarrou forte em Leo, ela não perderia essa oportunidade. A expressão de Leo era muito reconhecível, era pânico. Calipso gritou alguma coisa pra ele, mas o vento calou o grito, mesmo eles estando agarrados.

Leo tentava pensar, mas a única coisa que ele pensava era: "Não solte Calipso, não solte Calipso". De repente, a queda foi interrompida com o som de folhas de árvores e um impacto amaciado, como se tivessem caído em grama fofa.

— Por Hefesto, o que foi isso? — Leo se levantou e perguntou, aturdido. Leo, recobrando os sentidos, olhou em volta, e percebeu que estavam em um lugar conhecido, uma floresta conhecida. —Para tudo. Eu conheço esse lugar... EU CONHEÇO ESSE LUGAR.

— Então, isso quer dizer que chegamos? — Os dois ficaram em um silêncio apreensivo. — Leo, é aqui? Aqui é o Acampamento Meio-Sangue?

— Eu acho... — Leo ia responder, mas foram surpreendidos por Festus aterrizando de repente ao lado deles, mutilando umas oito árvores grandes de uma vez, Apolo ainda estava nas costas do dragão.

— Satisfeito? — Apolo perguntou em tom sarcástico.

— Como você fez isso? Você apenas estalou os dedos e nos pôs em queda livre. — Calipso havia ficado com raiva. Era a terceira vez em que vira Leo caindo do seu, porém, dessa vez, ela estava junto.

— Ei, eu ainda sou um deus. Esqueceu disso? Você já viu pessoalmente a minha divindade.

— EI! — As mãos de Leo entraram em chamas. — Será que você, mesmo se for o deus do sol, entra em chamas? Aposto que você não quer descobrir isso, não é?

— Aposto que ele não quer, calma Leo. — Calipso se esforçou para pôr charme na sua voz, o que deve ter funcionado pois as mãos de Leo voltaram ao normal. Leo reconhecera o charme, se acostumara em quando Piper fazia aquilo.

Os três foram surpreendido quando três campistas invandiram a parte destruída pelas árvores onde eles se encontravam. Os três usavam camisetas laranjas escritas "Acampamento Meio-Sangue" que tinham um centauro estampado no meio. Leo reconheceu-os imediatamente. Eram Clarisse La Rue, filha de Ares; Will Solace, filho de Apolo; Miranda Gardiner, filha de Deméter.

— Valdez? — os três disseram em coro.

— Gente! Quanto tempo! Que saudades de vocês. Calipso, esses são Clarisse, filha de Ares; Will, de Apolo; e Miranda, de Deméter. Ah meu Zeu...

— Cale a boca, Valdez, já disse pra ter cuidado com os nomes. — Apolo interrompeu.

— Olha quem temos aqui, senão é o sr. Delicado. — Clarisse se intrometeu. O tom que ela usara estava carregado de desprezo e ironia, então Calipso percebeu que Apolo não era o deus mais querido dos filhos de Ares.

— Clarisse, agora não é hora de insultá-lo. — Miranda advertiu.

— Como não? Ficamos sem oráculo por causa desse aí. Agora é a hora perfeita para insultá-lo.

— Quem liga pra isso? Ele trouxe Leo de volta, deem um desconto pra ele. — Will soltou um sorriso amarelo pro pai.

— Oi gente, bom ver vocês também. — Calipso tomou atenção para ela.

— Então você é a querida Cali... — Miranda começou, mas foi interrompida com um grito brandido de uma multidão e sons de aplausos ao longo da floresta, quando, de repente, vários campistas de penachos azuis nos capacetes e vestidos com armaduras gregas completas, invadiram a área, sendo que o líder deles, um adolescente loiro que parecia mais velho que a maioria, a quem Leo reconhecera na hora, segurava uma bandeira vermelha nas mãos.

— LEO! Você voltou. — O garoto loiro gritou, enquanto a multidão, de mais ou menos 50 campistas, ficou pasma. O garoto largou a bandeira imediatamente e se aproximou. Era Jason, seu melhor amigo, em quem Leo sempre confiara. Atrás de Jason, um outro campista, que era, sem dúvida, mais novo que Jason. Estava sem armadura, apenas com casaco preto e calças jeans desbotadas, tomou à frente.

Sua expressão era assustadora, mas Leo sabia quem era, então não ficou com medo. Calipso, por sua vez, ficou relutante em falar alguma coisa, então permaneceu calada. Era Nico, filho de Hades, um dos amigos de Leo.

— Senti cheiro de gente morta. — Disse, finalmente, Nico, quebrando o silêncio do momento. — Espera aí, Valdez? Você não havia morrido?

— Pelos deuses, alguém aqui percebeu que tem um deus aqui? — Apolo disse, cortando o clima de suspense, porém falhou na tentativa de chamar atenção, pois ninguém nem levou os olhares à ele.

— E aí, Garoto Submundo? Como vai com os mortos? — Leo disse sarcasticamente, Calipso começou a desconfiar que a essa era a única forma que Leo sabia falar.

— Então ele é filho de Ha...

— Não fale! O senhor dos deuses também pôs o senhor dos mortos à minha procura, não seria bom anunciar a minha presença. — Apolo cortou a pergunta de Calipso.

— Cara, falando sério, de quantos deuses você está se escondendo? — Will Solace, que ainda estava ali, perguntara, fechando a expressão.

— Vamos ver aqui: Contando os deuses meno...

— Ah cara, foi uma pergunta retórica, não precisa responder. — Solace cortou Apolo, como o mesmo fizera com Calipso.

— OK. Calem a boca vocês dois. Estou tentando pensar. — Nico disse em tom tão assustador que até um leão viraria um gatinha escutando aquilo — Se você morreu, e voltou, você, na verdade, não morreu. Como? Eu senti a sua morte.

— Nico, você havia comentado com Hazel que teve alguma coisa diferente na morte dele. — Jason comentou.

— Você ouviu? Que droga, tenho que falar as coisas mais baixo.

— Senti cheiro de gente morta! — Disse Lou Ellen, uma filha de Hécate, surgindo da multidão. Leo resmungara um palavrão.

— Por que tá todo mundo dizendo isso? Eu obviamente não estou morto. Estou tão mal assim à ponto de parecer um fantasma?


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler, gente. Continuem acompanhando, e comentem o que gostaram e o que não gostaram, críticas construtivas são sempre bem aceitas.