Leo e Calipso mal passaram vinte minutos se olhando apixonadamente, e viram que Hefesto já havia terminado de consertar o dragão. Leo sabia pois havia os ruídos vindos da cabeça de Festus haviam cessado.

— Novo em folha. Pelo Olimpo, como aquele barulho era incômodo! — Hefesto se encontrava totalmente encharcado em suor.

— Sem mais ruídos de dragões? — Calispo perguntou, aliviada. Leo já ia dizer algo quando perceber uma coisa, o suor de Hefesto havia parado de jorrar.

— Como você... — Leo limpou a garganta. — O senhor fez isso? Tipo, o suor sumiu... Pode me ensinar esse truque? Ficar suado é nojento...

— SILÊNCIO! — Hefesto gritou. O grito saiu tão alto que Calipso desejara ainda ter o ruído do dragão para não ter que ouvir aquele som. — Eu ainda sou um deus, Valdez, ainda posso transormar o meu suor no que quiser, não se esqueça disso. — Por algum motivo, Calipso riu desse comentário. Calispo tinha entendido de onde vira o senso de humor de Leo. Ela adorava isso nele.

— Ok, cara do fogo. Mas e agora? Ainda não consegui entrar em contato com o Acampamento. E, de acordo com você, Apolo precisa da minha ajuda. Por que o cara da música precisa da minha ajuda? Ele não conseguiu usar o brinquedinho novo?

— Você tem mania de chamar todos os deuses de "cara" de alguma coisa? No meu tempo, ou sejo, ênios atrás, se fizéssemos isso, éramos mandados pra Hades. — Calipso se preocupou ao dizer "Hades". Ficara com medo de que algum buraco no chão se abrisse, ou alguma coisa assim.

— O que importa é que Zeus está furioso com ele por ter perdido Delfos, acha que foi culpa dele, exclusivamente dele e os poderes da profecia foram perdidos. Apolo precisa de alguém para convencer Zeus de sua inocência, e ele, Apolo, achou que depois da conversa que vocês tiveram... — Hefesto foi interrompido por um grito, sim, um grito, de susto de Leo e Calipso, AO MESMO TEMPO, eles avistaram um cometa brilhante , de doer os olhos, descendo do céu na direção deles.

— MAS O QUE É AQUILO? — Leo gritou outra vez, cada vez mais assustado enquanto a bola de luz chegava mais perto.

— É Apolo, ou o "cara da música", como você preferir. — disse Hefesto — FECHEM OS OLHOS!

Leo ia questinar, quando lembrou-se de quando Hera havia explodido e deixara Jason temporariamente cego, então não questionou. Calipso acatou a ordem, e fechou os olhos. Num instante, pensaram que não haveria nada, mas, justo quando iriam abrir os olhos, uma explosão supersônica irrompeu o ar, seguido de uma onda de calor. Ambos foram momentâneas.

— Valdez! — uma voz gritou. — Abram os olhos! Não sabem receber um deus em sua presença?

— Pergunta pra Hefesto, ué. — disse Leo ao abrir os olhos. Ele avistou um adolescente vestindo uma camiseta do Acampamento Meio-Sangue, de cabelos loiros cacheados e usando jeans. "Apolo? Por que com uma camiseta do Acampamento?" Leo pensara.

— Bem, por falar em mim, tenho que voltar para as forjas, meu trabalho por aqui está feito. Leo e Calipso, divirtam-se com Apolo. — Hefesto se dissolveu em chamas e desapareceu, deixando um rastro de fumaça negra.

— Os deuses estão realmente diferentes. — Calipso interrompeu o logo momento de silêncio. — Oi, Apolo. — Leo se perguntou se era só impressão, ou ela havia posto algum charme à mais em sua voz.

— Calipso... — Apolo respondeu, mas voltou a atenção para Leo, que estava o encarando com uma cara que, na verdade, queria dizer "Tire o olho da minha garota agora, ou eu ponho fogo em você". — Calma, não quero sua garota, quero sua ajuda. — Leo havia esquecido que deuses conseguiam ler pensamentos. Calipso entendeu o que Leo estava pensando só de ouvir o que Apolo dissera.

— Valdez, seu idiota. Você ainda não entendeu o que eu vim te dizendo o caminho todo? — Calipso percebera que Leo ainda estava com as mesmas roupas esfarrapadas, mas, mesmo assim, o agarrou pelos suspensórios sujos e o beijou, outra vez, o que deixou Leo totalmente calado.

— Owwn, agora parem com a melação, Zeus quase me transformou em um veado sagrado do Olimpo. Valdez, você precisa me ajudar. E sim, eu sei que é estranho um deus pedir ajuda para um semideus.

— Mas vocês fizeram isso a história toda, não me surpreenderia logo agora. Não é, Festus? — Leo disse. Calipso percebera que Festus ainda estava ali. Um trovão ribombou no céu.

— Você está maluco? Não insulte os deuses, principalmente Zeus. Eles querem me mandar pro Tártaro...

— Menos, cara da música, menos.

— É sério, não os alerte da nossa localização. Mas antes, preciso te levar ao Acampamento Meio-Sangue. Já se passaram 6 meses desde o alento final, seus amigos já estam perden...

— 6 MESES? O QUE?

— 6 meses? Em Ogígia pareceram minutos... — Calipso disparou em meio a conversa.

— E Jason e Piper? Como estão? E Hazel? — Lei perguntou preocupado, o que não fazia o estilo Leo.

— Calma, estão todos bem, eles só acham que você... bem, você sabe.

— Eu preciso de um dracma. Agora! Você é um deus, deve ter alguma.

— As linhas de Íris estão muito ocupadas, muita gente querendo entrar em contato com você...

— Não sabia que você era tão importante, sr. Valdez. — Calipso ficou curioso em saber quantas garotas Leo já havia saído, ele parecia popular...

— Tá brincando, né? Esse carinha aqui se sacrificou pra matar a Terra.

— Gai... — Calipso estava começando, mas Apolo a interrompeu comum gesto.

— Não diga! Nomes têm poder.

— Enfim, vai nos levar para o Acampamento ou não? — Leo perguntou muito impaciente.

— Vocês têm um dragão, certo? Façam-o funcionar.

Calipso e Leo se entreolharam, com raiva. Esse deus sabia mesmo ajudar as pessoas necessitadas.

— Muito obrigado pela ajuda, cara da música. Você sabe mesmo ajudar alguém.

— Sei mesmo. Agora subam nesse dragão, eu lhes mostro o caminho. — Apolo ordenou, e Festus levantou voo, mesmo com dificuldades, carregando um deus, uma musa de Ogígia e um semideus magrelo.