CARTAS AO TORDO - Fanfic Express escrita por Serena Bin


Capítulo 5
Distrito 5 - Da descrença à esperança


Notas iniciais do capítulo

Oie Tributos lindos, aqui está mais uma carta.
Agradeço desde já às leituras da carta anterior, em especial quero agradecer a Juh11 que além de comentar em todas as cartas, mostrou-se interessada nelas. Voce é uma linda. Seja bem vinda :)
Essa carta dedico a voce. Espero que goste.
Boa Leitura.



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Distrito 5, 06 de setembro de 3115.

Ao Tordo, declaro minha completa falta de simpatia , e à coragem que o motiva declaro minha total admiração .

Sou Alenia Symbicort, tenho catorze anos - às vésperas de completar quinze - e sou moradora do distrito 5. Para mim, não é muito claro o sentido de te-lo como simbolo de uma guerra se levar-mos em conta que essa mesma guerra já era prevista muito antes de sua interferência, afinal todos já viam os efeitos negativos dos Jogos Vorazes ao longo dos anos, e devo citar que aqui no 5, já se possuía o desejo árduo de derrubar os jogos, mas sem uma maneira de chegar a isso a ideia vinha sendo sufocada pela opressão.

Pynch Plummer - a garota a quem voce se referiu nos jogos como Fox Face - poderia ter sido o simbolo dessa revolução, afinal era inteligente, fria, idealista e ardilosa, como um mártir deve ser.

Porém voce, Tordo , se valeu de uma sagacidade que nem Pynch poderia ignorar. Um controle admirável sobre as pessoas, sobre a Capital e principalmente sobre os gamemakers, afinal as amoras estavam ali, Pynch as viu, mas somente voce as enxergou como uma arma. Não contra os tributos, mas contra Snow.

E isso não pode ser negligenciado. Foi o modo como vocês duas olharam para aquelas amoras que definiu quem viveria e quem morreria. Quem seria apenas um número na triste estatística dos Jogos e quem viria a se tornar um gigantesco problema para a Capital. Porém não posso ser estúpida a ponto de dizer que todas as suas ações foram bem estudadas ou panejadas, porque ao explodir aquela arena, voce provou que é movida pelo impulso.

Acredito que grande parte do trabalho de pensar era função de seu "noivo" e quem sabe de seu mentor - quando estivesse sóbrio. Não lhe dou mérito algum nesse quesito.

Mas apesar de sua arrogância e falta de sabedoria, ainda sim apoio a causa rebelde. Não porque voce é o Tordo, mas porque não quero acordar um dia e ter de vestir meus filhos para o abate dos Jogos Vorazes. Porque não suporto a ideia de todos os anos ter de ver minha mãe chorar cada vez que sou obrigada a depositar meu nome na Colheita em troca de tésseras. Porque pior do que morrer nos Jogos Vorazes, é ver um filho morrer nos Jogos Vorazes.

O distrito cinco guarda com rancor as lembranças ruins e devastadoras dessa guerra. Relembra triste e sombrio, cada morte já ocorrida desde o inicio da revolução, mas celebra cada pequena transmissão pirata vinda do 13, cada faísca de oposição.

De fato, um preço caro esta sendo cobrado pela liberdade - bombardeios, a falta de comida, o isolamento, a repressão - entre tanto acredito que isso só nos fortalece.

É como a letra de uma canção muito antiga que diz : O que o que não te mata, fortalece, te deixa mais leve, faz de voce um lutador. E posso dizer que me sinto forte o bastante para lutar. Lutar pelo direito de viver. Pelo direito de sonhar. Lutar pelo direito de ter esperança.

Sem mais,
Alenia Symbicort.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler.
Que tal deixar um comentário? É tão rapidinho... e ainda motiva a autora. :)