O que Um Homem é Capaz de Fazer escrita por Dehcbf


Capítulo 8
Problemas




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O que um homem é capaz de fazer...

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O.o.N.A.:.o.O É... Cansei de enfeites... Vou ir direto ao assunto: Não terá muita comédia neste cap. E outra coisa: Haverá fragmentos do passado de alguns personagens. Que não serão nada bonitos...

Eu sei que tem muita gente querendo me matar pela demora, entretanto minha vidinha tava atribulada nesses últimos dias! Mas saibam que eu não me esqueci da fic! Escrevi, pelo menos, o começo num caderno e o resto eu vejo se termino no PC... Bem até lá eu já terei terminado mesmo...

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Título do capítulo: O baile!

Subtítulo: Problemas.


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Retrospectiva do último capítulo

- Touya, você precisa ser mais simpático. - Porém, este não lhe dava atenção. Yukito suspirou. – Como acha que vai conquistar a menina que tanto presta atenção se tem modos tão rudes?

- Não enche Yukito! Não me venha me dar sermão, pois você não é exemplo de bom caráter. Prefiro ser rude à não fazer besteiras!

- Precisava se lembrar do passado? Já passou Touya!

- E acha que a minha irmã esqueceu? – ente a outro suspiro vindo de Yukito, Touya continuou. – Prefiro fazer as coisas do meu jeito do que te copiar.

- Eu sei que mereço estas palavras, porém vamos mudar de assunto? Aqui não lugar para termos este tipo de conversa. E se fosse você iria ir lá e falaria com a menina ao invés de descontar seu nervosismo em outra que só quer ter o mesmo tipo de atenção.

- Então dê isso a ela!

- É o que pretendo fazer! – disse Yukito começando a formar-se um sorriso malicioso. – E então? Vai falar com a menina ou vai ficar de braços cruzados? – ouviu-se um bufo vindo do outro rapaz.

- Esta bem! Já que insiste... – e sendo assim, levantou e foi de encontro à garota.


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Tomoyo olhou Touya levantar da cadeira e encaminhar-se em direção do trio, já que Sakura havia saído dali, fitando Hikaru intensamente. Enquanto esta lhes lançava um olhar aflito, reparando na movimentação do rapaz, Tomoyo abriu um sorriso malicioso sendo acompanhada por Shoran que, por mais que não tivesse se pronunciado, estava prestando bastante atenção. Mesmo tendo pensado, primeiramente, que seu “futuro cunhado” quisesse caçar encrenca, percebeu que não era essa a intenção.

- Oi gente! Descobriram? – perguntou Sakura, aparecendo do nada e se apoiando em Shoran e Tomoyo, fitando o rosto aflito de Hikaru, mostrando sua curiosidade pelo tom de voz.

- Sim. Descobrimos. – disse Tomoyo pausadamente, sem desfiar sua atenção da garota angustiada. – Seu irmão está vindo para cá, mas não é por sua causa... – mal terminara a sentença e o próprio apareceu. O quarteto ficou mudo e em seus rostos lia-se a mensagem: “cala a boca que o assunto chegou.”

- Boa Noite, monstrenga - (#é impressionante como a maioria dos autores nunca abandonam essa característica no Touya: Chamar a Sakura de Monstrenga! ¬¬ Eu sei... Esse fato não é importante#) – disse o recém-chegado percebendo a presença da irmã, se perguntando como ela fora parar ali. – Diferente de você, lembro-me perfeitamente da boa educação.

- 1º: Boa noite para você também; 2º: Não sou monstrenga; 3º: MEUS pais me educaram muito bem; 4º: eu já estava aqui quando chegou, não custava nada vim até aqui me cumprimentar!

- OK gente! Não vamos criar confusão. – o conselho, que mais parecia um pedido, soou como uma ordem. – (#Fui muito irônica nesta parte não? n.n#) – Olhou para o casal de irmãos severamente esperando que concordassem, porém não esperava que acabasse perdendo-se olhando diretamente nos olhos de Touya.

- Adoro esta música! – exclamou Shoran, de repente. – Vamos dançar Sakura? – e antes que ela pudesse dar uma resposta, ele a arrastou para a “pista de dança”.

- Ih... Meu refri esquentou! – declarou Tomoyo, que entendeu a intenção de Shoran. – Vou ter que ir trocar. Detesto refrigerante quente! – e saiu de perto do “futuro casal”, sem antes receber um olhar desesperado de Hikaru e um surpreso de Touya.

- Droga! – murmurou Hikaru. Abaixando a cabeça, constrangida pela ação dos “amigos”. – ‘Bem que eles poderiam disfarçar!’ – pensou.

- Ahn... Bem! Quer dançar? – perguntou o rapaz, fazendo a moça se encolher. – Eu sei que minha irmã deve ter alado horrores a meu respeito, mas pode ter certeza que eu não mordo. – disse bem humorado. – (# o.Õ #)

- I-imagino... – após esta observação, recaiu um silêncio sobre o casal, sendo quebrado por Touya.

- Quer dançar, ou não quer?! – Hikaru arregalou os olhos e ficou rígida. Afinal, ele falava feito um gato ronronando e do nada ordenou a menina a dançar com ele. Desconfiada, ela aceitou.

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- Isso é quase um milagre! “Quase”? Isso é um milagre! – exclamara Sakura entre risos, nos braço de Shoran enquanto dançavam.

- Por que diz isso? Tudo bem que ele tem cara de viver mal humorado com tudo, mas isso não quer dizer que ele não pode gostar de ninguém. – (# O.Õ #)

- Você só o conhece de vista, eu o conheço desde que nasci. – (# ¬¬ No comments #) – Ele raramente se interessa por alguém. Dá, até, para contar nos dedos de uma só mão todas as garotas que passaram pela vida amorosa de Touya. Para quem tem 23 anos de idade isso é preocupante...

- Como assim, “preocupante”?

- Nada contra, mas... E se ele for gay? Vai ficar se enganado e enganando as garotas na qual possa namorá-lo.

- Não acha que esta exagerando? Vai ver ele só está sendo cauteloso, tomando o cuidado de não se machucar ou de machucar alguém. – (#Ô.Õ#)

- Shoran... Pretende ser psicólogo?

- Por que a pergunta?

- Está parecendo um falando do caso do Touya.

- Não. Não quero ser psicólogo. – disse entre risos. - É que eu era assim, antes de conhecer o Eriol.

- O que aconteceu depois de conhecer o Eriol? – indagou Sakura, confusa.

- Nada em que eu possa me orgulhar. – respondeu de modo sombrio.

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- Olá minha cara Tomoyo.

- Como você é cara de pau. – respondeu a jovem sem olhar para a pessoa que falara com ela.

- Ora, o que é isso Tomoyo? Só vim cumprimentá-la! – disse o rapaz com falsa indignação e tristeza.

- Eriol, por que não tira a máscara de uma vez, hein? Ela já caiu há muito tempo e você ainda a usa achando que vai conseguir alguma coisa! Pensei que você fosse mais esperto.

- Tomoyo?! Olhe para mim! – pediu em um tom verdadeiramente magoado e preocupado.

- O que você quer? – perguntou olhando diretamente os olhos de Eriol. Ao vê-los, olhos tão conhecidos, tão fingidos, uma raiva sem tamanho se apoderou da garota, sendo visível em seu olhar.

- Só quero conversar com você...! – começou Eriol, sendo interrompido logo em seguida.

- FIQUE LONGE DELA, SEU CANALHA! – gritou Shoran furioso pela atitude ousada de Eriol. – Eu...

- Está tudo bem Shoran. – interrompeu Tomoyo, olhando-o por sobre os ombros. – Sei me cuidar sozinha. – declarou olhando nos olhos de Eriol. – Como disse, pensei que fosse mais inteligente...

- Por que diz isso? – disse o rapaz estranhando a atitude de Tomoyo.

- Ora Eriol! Não me faça rir! – exclamou a garota, sarcasticamente.

- Tomoyo...

- Cansei, ‘tá legal?! – declarou Tomoyo. – Cansei de tanta farsa! Cansei de ser mal tratada, eu cansei! Não precisa mais me enganar! Admiti logo de uma vez que você transou com metade de Tókio e depois corria atrás de mim dizendo que me amava! Você nem espera a poeira baixar, a cama esfriar e já corre atrás de outra! E não me diga que é uma “forma de aliviar seu amor não correspondido” porque isso não cola! – respirou fundo, controlando a respiração que se alterara e olhava para o rapaz inerte com uma expressão perplexa no rosto. – Não sou mais uma criança, Eriol. Você, mais do que ninguém, sabe do que eu sofri todos esses anos e você se importou? Não! Você é egoísta de mais para isso. – fechou os olhos por um instante, enquanto sua respiração se alterava gradativamente, deixando claro toda a raiva que sentia. – PORRA ERIOL!! – gritou, sem se importar com o baile, enquanto lágrimas caiam de seus olhos. – VOCÊ CONHECE MINHÁ HISTÓRIA! SABE QUE MEU PAI É ACÓOLATRA! SABE QUE ELE ESPANCA A MINHA MÃE! SABE QUE ELA COMETE SUICÍDIO NA PRIMEIRA OPORTUNIDADE! SABE QUE MEUS TIOS, SEU PAIS, VIVEM NA PRISÃO! SEMPRE COMENTENDO CRIME APÓS CRIME! E VOCÊ? Você me enganou me enganou, me iludiu! Sabia que você sempre foi galinha, mas nunca pensei que fosse canalha! Preferia mil vezes saber quem você verdadeiramente é, do que ser enganada a vida inteira... Eriol – Tomoyo respirou fundo, ergueu o queixo e com voz firme declarou: - Quer realmente saber o que sinto por você? ÓDIO! – e saiu correndo em direção ao banheiro, sendo de perto por Hikaru.

Hear me, I´m crying out

Me ouça, eu estou chorando agora

I´m ready now

Eu estou pronta agora

Turn my world upside down, find me

Amanhã vire meu mundo de ponta cabeça, me encontre

I´m lost inside the crowd, it´s getting loud

Eu estou perdida na multidão, está ficando alto

I need you to see

Eu preciso que você veja

I´m screaming for you to please

Estou gritando para você, por favor

Hear me¹

Me ouça

Can you hear me

Você pode me ouvir?


Eriol encarou o vazio por vários minutos. Ainda estava atordoado com o que Tomoyo fizera. Sua atitude. A de ambos na verdade. Como pudera ser tão cego...? Estava a sua frente o tempo todo e ele não notara! Pelas palavras dela, estava mais do que claro que ela o achava hipócrita! Engraçado... Alguém já falara isso antes, porém com todas as palavras. Ousou olhar para frente e encontrou o olhar abatido, triste e perplexo de Shoran. Perdera a sua amizade e por quê? Adivinhe! Porque não enxergara o mal que estava causando. O erro se repetia. Era mal de família, com certeza! Seus pais nunca se importaram se o filho sofria ou não e ainda tinham a cara de pau de falar que para o bem de todos! Só se fosse o deles! Constantemente era mandando para casa dos Daidouji, pois seus pais viajavam e o largava sozinho. Seguiam a vida felizes enquanto nem notavam a presença do garoto. Sempre fora assim! Entendia o sofrimento da jovem nesta questão. Porém o tempo passa e você toma atitudes impensadas. Gostara da vida que resolvera levar. Não era isso que seu pai dizia? “Aproveite a vida”? Foi o que fez e no que resultou? Perdera amizades, perdera seu bem mais precioso... Que só agora notara o quanto. Sempre se dizia apaixonado, entretanto nunca avaliara suas emoções, seus pensamentos. Confundira amor com entendimento, já que passaram tanto tempo juntos e se entendiam pelos seus sofrimentos. Só agora percebera que realmente tinha sido hipócrita, porém dessa vez algo mudara. Dizem que só damos valor quando perdemos. Agora ele entendia na pele o que este ditado dizia. Olhou mais uma vez para Shoran. Um homem de caráter que fora transformado. O pai dele sempre dizia que isso iria acontecer. Que tinha cabeça fraca. Deixava-se influenciar por qualquer coisinha. Ele tinha razão afinal. Eriol estragara a vida de um pobre rapaz que a única coisa que queria era paz. Apesar de tudo tinha seus princípios, por isso não tolerava tudo que acontecera de uma forma pacifica. A amizade deles era um exemplo. Olhou, então, para Sakura. Avaliando os fatos, percebera que seria uma tarefa difícil para Shoran conquistar a confiança dela. Eriol mudara Shoran. Ambos eram como criador e criação. Seria muito fácil confundir o caráter dos dois. Agora percebera que, não só havia feito Tomoyo sofrer, como futuramente faria ainda mais pessoas sofrerem. Egoísta. Estava estampado em sua face. “Você é egoísta de mais para isso.” Agora as coisas se encaixavam. Amava Tomoyo verdadeiramente. Brincara com Shoran, usando-o com fantoche. Ele era a cópia perfeita de seus próprios pais. Como uma fusão. Egoísta, egoísta. EGOÍSTA! Sem saber por que, tudo ficou escuro para Eriol.

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- Tomoyo? TOMOYO!?

Hikaru olhou todo o banheiro com os ouvido e olhos atentos. Ouviu alguns soluços contidos que logo aumentaram apara gritos de dor e desespero. Hikaru seguiu o som, parando em frente à cabine que se encontrava no centro, abriu a porta e encontrou uma cena que, para muitos, seria irreal, porém Hikaru já havia visto, não com Tomoyo, mas com sua mãe. Um semblante transtornado, desesperado e abatido. Tomoyo estava encolhida no chão, chorando como se sua vida dependesse disso. Hikaru nada fez, apenas esperou um momento para falar.

- Estaria mentindo se dissesse que sei o que você está sentindo... – começou Hikaru, assim que percebeu que Tomoyo ficou mais calma. – Você, pelo menos, é ignorada. – encarou o teto. – E eu que meus pais me querem morta?! – abaixou o rosto e encontrou rosto assustado de Tomoyo. – Cheguei até a escolher o caixão e as flores. Rosas vermelhas...

- E você diz isso com essa calma?! – indagou Tomoyo atônita.

- E para quê ma desesperar? Vivo por viver. Ninguém me quer ver viva mesmo! Se nem meus pais me dão importância, quem o fará?

- Eu! Sakura, Shoran e... O Touya! Querendo, ou não, você é importante para ele!

- Sakura e Shoran nem se lembraram de mim em breve. Você tem sua vida! Terá muito trabalho daqui para frente! Com certeza irá me esquecer... Já Touya... – uma pausa. – Não devo ser importante como disse. Ele só quer uma noite e depois dane-se!

- Não é verdade! Ele não é assim!

- Então me dê um motivo pelo interesse dele! Olhe bem para mim! Comparada a você ou a Sakura, eu não chego nem aos pés!

- Ora Hikaru! – começou Tomoyo entre risos, divertindo-se das conclusões sem sentido de outra.

- Não vim aqui para falar de mim! – Hikaru mudou rapidamente de assunto. – Levante a cabeça e mostre que você é forte! Não caia na idéia de fazer o que faço. Dê a volta por cima e camufle tudo o que aconteceu, pois não irá conseguir esquecer. Não viva se afundando no passado! – completou num murmúrio: - Assim como eu.

- Faço das usas palavras as minhas! Vamos juntas mudar nossas vidas! – propôs Tomoyo, levantando-se do chão levando Hikaru a frente do espelho.

- É assim que se fala!

Ficaram ainda alguns minutos no banheiro antes de saírem. Assim que passaram pela porta, arrumaram a postura e foram de encontro aos amigos. Algo estava estranho, era o que pensavam quando chegaram relativamente perto. Todos estavam com expressões estranhas. Tomoyo observou um pouco apreensiva, que Eriol não estava perto deles. Olhou ao redor e não o encontrou. Achou melhor não dar importância, porém algo dentro dela dizia que não era melhor ignorar o fato. Sexto sentido nunca falha. Hikaru por sua vez, também havia reparado no fato, o que a preocupara, afinal o rapaz não se mostrara flor que se cheirasse. O que será que está aprontando?, pensou Hikaru.

- Você está bem Tomoyo?

- Estou Sakura.

- Sinto muito pelo o que você passou Tomoyo. Sei que certas coisas eu não pude, e não posso fazer nada, porém deveria parar o Eriol enquanto dava tempo.

- O que é isso Shoran?! Eriol já é bem grandinho para tomar suas decisões sozinho. Você não tem culpa de nada e sabe disso!

- Mas eu podia ter impedido e...

- Fui eu quem te impedi. Portanto quem tem que se queixar sou eu. Entretanto não tenho a mínima vontade disso. - Todos ficaram em silêncio depois da declaração de Tomoyo, o que deixou a moça ainda mais tensa. O que deve ter acontecido a Eriol? Por que todos agiam estranhos?

- Creio que Daidouji precisa saber...

- Touya!

- Não adianta Sakura! A moça precisa saber!

- Preciso saber o que, Touya?

- Eriol teve que ser levado à enfermaria, pois desmaiou. A causa disso, ninguém sabe. Cinco minutos depois que você saiu.

- Mas ele... Ele esta bem? – perguntou Tomoyo, aflita. Sabia que algo estava errado! O que será que aconteceu a Eriol?

- Não se sabe. Só espero Tomoyo, que não vá atrás dele. Eriol merece ficar um pouco sozinho para variar. Depois, quando a poeira baixar, poderá fazer o que quiser.

- Obriga Shoran. Não pretendo ir atrás dele. Não quero dar falsas esperanças para ambos os lados... – novamente o silêncio.

- Ahn... Isso é um baile lembram-se? Que tal irmos todos dançar? Vamos aproveitar que esta tocando uma música agitada! – propôs Hikaru, para desanuviar o clima tenso que se formara. Todos aceitaram, enfim.

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- Com licença...

- Sim?

- Poderia me dizer onde se encontra o seu amigo?

- Sinto lhe dizer, senhorita Akizuki, que ele encontrou outra companhia...

- Ah! Entendo... – disse com ar decepcionado a jovem senhorita Nakuru Akizuki.

- Creio que fomos abonados pela mesma pessoa! – disse Tukishiro, de um modo brincalhão. Nakuru sentou-se na cadeira em frente ao rapaz com um ar cansado. Sua sorte estava mudando. Não conseguia mais acertar os alvos. Sempre que queria alguém, conseguia! Agora? Nem mesmo uma mosca. – Não imaginava que ficaria tão decepcionada...

- Na verdade não. – disse encarando o rapaz.

- Então por que se encontra assim? – indagou Yukito, apoiando o cotovelo na mesa e o rosto em seu punho fechado.

- Falta de sorte... – respondeu reticente.

- Creio que no seu caso não. Touya é por demasia rude e direto. Poderia passar anos atrás dele que, se ele não estiver interessado, irá tratar-lhe com impaciência e maus modos.

- Um amigo como você não se precisa de inimigo! – gracejou ironicamente e com um pouco de bom humor.

- Ora! Só estou dizendo a verdade! A sua sorte é que ele nem lhe dirigiu a palavra, se não...

- Se não o que?

- Iria se decepcionar. Mais do que agora.

- Conhece o seu amigo muito bem, não?

- Ah sim! Porém, não conheço você. – disse de forma sedutora. – Falar de Touya é um assunto por demais monótono. Poderia resumi-lo em poucas palavras... Gostaria de saber se com você é a mesma coisa.

- Em outras palavras, quer me conhecer melhor, é isso? – indagou da mesma forma sedutora. Ora, nem tudo esta perdido afinal! Não conseguira com Touya, mas não ficara sozinha esta noite...

- Percebo que é astuta e sagaz. Interessante... Muito interessante!

- Devo levar isso como um elogio?

- Oh sim! Afinal, não é todo dia que se encontra uma garota esperta e bonita. É uma boa parceria.

- Vejo que tenho que tomar cuidado... Você é por deveras perigoso.

- Perigoso? Em que sentido?

- Não me digas que não sabe?! – exclamou entre risos.

- Tenho uma leve dúvida. – declarou bem humorado, arrancando ainda mais risos da garota a sua frente. – Agora eu me pergunto: esse seu riso foi por gostar da minha companhia ou por me achar um palhaço?

- Palhaço? Claro que não! Adjetivo melhor seria divertido e não palhaço.

- Só “divertido”?

- Por enquanto só posso ter esta opinião a seu respeito.

- Em outras palavras, quer me conhecer melhor, é isso? – imitou-a propositalmente. O jogo estava ficando interessante! E ainda melhor, ambos sabiam jogar...

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(# Sei que meu comentário não serve para nada, porém vocês já devem ter entendido vários fatos... Não queria deixar para explicar depois... Um casal já esta se desenrolando... Um ainda esta por vir... Outro que irá demorar para catar os pedaços e reconstruir (ou construir, vocês escolhem)... E outro que só no final é que vamos saber no que vai dar! Peço perdão desde já aos amantes de Eriol Hiiragizawa, porém foi importante fazer certas coisas... E para quem esta pensando que o capítulo acabou... Pô! Qual é? Meus caps sempre terminam com o famoso O.o.N.A.:.o.O portanto ainda não acabei... Só queria interferir um pouco para pensar o que farei daqui para frente (XD). Espero que não me joguem pedras pela conversa de Yukito e Nakuru. Eu sei que saiu péssima, mas estava sem imaginação e resolvi deixar assim. Agora voltando ao Eriol, acho que devem ter entendido o porque dele ter se tornado um “libertino”. Porém adianto-lhes que não será para sempre! Nem tudo esta perdido! Mas que muita gente vai ter uma surpresa, ah isso vai! #)

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Hikaru dançava com os outros uma música bem agitada, que deixava a todos bem alegres, principalmente o jeito como Shoran dançava. Todos sabiam que era proposital, porém ninguém nem se importava, muito pelo contrário, entrava na brincadeira dele e inventava passos piores que os dele. Bem, nem todos, refletiu Hikaru, observando Touya com o canto dos olhos. Ele era o único sisudo no meio deles. Sempre sério. Não se parecia nem um pouco com aquele que conversara enquanto dançavam antes da discussão de Tomoyo...

Flash Back

Hikaru se encontrava tensa nos braços de Touya, afinal não conhecia suas verdadeiras intenções para poder relaxar. O jeito como ele a abordara dava muito a desejar, o que tornara tudo ainda mais difícil de avaliar. Percebia que ele também estava pouco a vontade, o que a fizera deduzir que tinha algo muito obscuro sobre aquele repentino interesse. Ela sabia que muitos achavam seus olhos fascinantes, entretanto isso não era motivo para ter interesse por ela.

- Você está tensa e eu não ajudo em nada não é? – disse o rapaz, arrancando Hikaru de seus devaneios.

- Eu só... Não te entendo. – murmurou em resposta.

- Não me entende?

- É... Você tem um humor muito instável... – novamente murmurou.

- E isso é ruim? – indagou calmamente, pois sabia que se falasse como normalmente ela poderia se retrair ainda mais.

- Dependendo do motivo...

- Como assim?

- Não sou do tipo de garota que chama muito atenção por sua aparência física... – respirou fundo, sabendo que se continuasse com esse vocabulário ele poderia se afastar ainda mais, afinal não é todo mundo que fala corretamente sem ter um motivo forte para isso. – E esse... Seu humor instável me faz pensar que você se aproximou de mim contra vontade.

- O que quer dizer com “não sou o tipo de garota que chama muita atenção por sua aparência física”? Foi justamente isso que me atraiu. A pequena amostra que tive de seu temperamento apenas alimentou meu interesse. – (# Direto ele não? Quem me dera isso acontecesse na vida real (u.u) #)

- Você esta redondamente enganado ao meu respeito.

- Será?


Fim do flash back

Apesar de não ter muita experiência no assunto, sabia que aquela conversa era um flerte. Bem direto da parte dele, convenhamos. Aquele jeito reservado dele só aguçava a sua curiosidade. E ser curiosa era o seu maior defeito. Porém será que a curiosidade atrapalharia nesse caso? Era algo que não poderia responder, o que a deixava um pouco apreensiva. Entretanto se ficasse parada não iria adiantar nada! Não sabia ao certo quando poderiam se ver de novo e não estava afim de passar mais um baile se queixando pelo fato de não ter aproveitado nada. Aproximou-se lentamente dele, procurando não olhar diretamente nos olhos, pois não queria se mostrar atirada. A música tinha um toque sensual, e para acompanhá-la era preciso dançar com movimentos mais ousados. Agradecia aos céus por Touya se encontrar afastado, assim teria um pouco mais de liberdade. Sorriu internamente com esse pensamento. Tinha que aproveitar esse lampejo de coragem, se não... Bem, não queria pensar nisso agora. Continuou a dançar e se aproximar dele como quem não quer nada. Acabou absorvendo a melodia e se esquecendo de Touya, justo quando estava colada ao corpo dele. Touya se assustara no começo, depois se deixou levar pela música. Tocava a cintura enquanto acompanhava os movimentos de seu corpo. Não era de seu feitio se envolver com garotas bem mais jovens, mas com ela era diferente. Desde que pousara os olhos nela, notara que a história deles não seria curta. Os pensamentos de ambos eram esquecidos e a única coisa que reinava era a música e seus corpos. Por mais que Hikaru não tenha aberto os olhos, sabia, sentia que era Touya que estava dançando com ela. Virou-se de costa para ele e continuou a dançar de um modo provocante, o que foi avidamente acompanhada por Touya. Este, por sua vez, roçava seus lábios no pescoço dela enquanto apertava fortemente sua cintura com um braço. Hikaru se arrepiava com esse contato tão intimo. Nunca imaginara que isso aconteceria algum dia. A música havia cessado, todos aplaudiam, mas eles nem se importavam. Continuavam abraçados como se nada tivesse acontecido. Porém, foi só Hikaru abrir os olhos para todo o encanto ir por terra! Os dois estavam no centro de um círculo aos quais as pessoas formaram ao redor deles, sendo aplaudidos com vivacidade. Aquilo acabara com ela! Nunca se sentiu tão exposta daquele jeito. Touya, percebendo o quanto ela ficara abalada, a puxou, ainda abraçado a ela, para a mesa de comida e bebida, afim de pegar um pouco de refrigerante para acalmá-la, afinal não sabia se possuía água.

- Esta tudo bem. Já passou. Depois de um tempo você vai acabar rindo disso. – disse ternamente o rapaz, para acalmar Hikaru.

- Não sei porque isso tinha que acontecer! É só comigo mesmo...

- Acalme-se! Não tem porque ficar nervosa.

- Ah claro! Não será você que terá que agüentar piadinhas todos os dias. – ralhou sarcasticamente.

- Talvez sim, talvez não. Quem sabe? - falou calma e carinhosamente à garota a sua frente. Também se sentia envergonhado por ter sido pego num momento um tanto intimo, porém não queria transparecer para acalmar Hikaru. – Se for pensar por outro lado, foi melhor assim, do que ter caído ou algo parecido, que resultasse em algo cômico... – Hikaru ficou corada após essa observação. Não pelo fato de imaginar alguma cena desse tipo, e sim, por perceber o quão ingrata estava sendo. Touya só estava sendo gentil e ela sendo sarcástica e rancorosa.

- Desculpe-me. Acho que estou sendo uma péssima companhia...

- Imagina! Se você não tivesse ficado mais abalada do que eu, pode ter certeza que estaria xingando todo mundo. – Soltou um sorriso ao ver Hikaru rir com gosto do que dissera. – Assim esta melhor! Seu sorriso combina melhor com o seu rosto...

- Em outras palavras, é horroroso! – declarou ainda rindo.

- Não era isso que tinha em mente...

- Algo pior?

- Por que não acredita na sua própria beleza?

- Por que eu não tenho uma?

- Não consigo acreditar no que diz...

- Acho que é só porque justo hoje me forçaram a vim de um modo mais apresentável...

Flash Back

Depois de arrumar as meninas, Hikaru vestiu o vestido, penteou o cabelo, passou lápis nos olhos e rímel nos cílios, – (# NÃO! Imagina... #) – passou um leve batom e deu-se por satisfeita. Pegou uma sandália baixa preta, e colocou uma gargantilha prata, um pouco desbotada pelo tempo. Sakura e Tomoyo a olharam com visível reprovação. Elas não estavam acreditando no que estavam vendo! Hikaru deixou ambas lindíssimas e a própria vai ao baile quase como uma mendiga?! Ah isso não! Isso nunca!

- Hikaru! Eu, simplesmente, me recuso a acreditar que você tem a cara de pau de ir assim
!

- Sinto, porém tenho que concordar com a Sakura, Hikaru!

- Gente! Estou ótima assim!

- Você é que pensa! Não posso deixar você ir
assim!

- Muito menos eu!

- Poxa meninas! Já disse que estou ótima! Não gosto de chamar atenção!

- E acha que estamos querendo isso? É claro que não. Só queremos que você se arrume melhor. Agora se chamar atenção, não podemos fazer nada...

- É isso aí Tomoyo! Vamos dar um jeito nela!

- Sakura e Tomoyo! Nem pensem em encostar um dedo em mim!


- Não estamos pensando,nós decidimos tocar em você. Não tem como escapar!

Após a sentença, Sakura pegou Hikaru pelo braço e sento-a na cama, enquanto Tomoyo ligava o BabyLiss e a chapinha. Logo as duas começaram a arrumar Hikaru. Esta resolveu não se mexer, afinal não queria ficar com a cabeça toda queimada. Depois do que parecia uma eternidade, e que quase dormira sentada, as duas haviam terminado o seu “trabalho” e a olhava com satisfação. Haviam feito a maquiagem e os cabelos com perfeição! Os longos e rebeldes cabelos ruivos estavam totalmente comportados e cacheados. Nem conseguira se reconhecer assim que vira a maquiagem em seu rosto. Sombra preta com um pouco de branco no canto e rente a sobrancelha, blush, e um batom vinho discreto. Não tinha como negar: Estava linda!

Fim do flash back

- Mesmo assim. Você poderia ter vindo de jeans e chilenos que a acharia bonita de qualquer jeito.

- Duvido.

- Tudo bem. Se não quer acreditar não posso fazer nada... – uma pausa foi mais do que suficiente para passar um pensamento atrevido na mente do rapaz. – Mas posso tentar... – E sem esperar resposta, ou algo que detivesse, beijou-a.

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Notas finais do capítulo

PS: Tive que cortar o capítulo no meio, pois excedi o tanto de caractéries...