Foi no mínimo estranho acorda envolvida nos braços de um homem, não que eu não tivesse ficado com alguém em todo esse tempo, tive vários namorados, mas quando se é mãe você se priva de certas coisas, nunca levei ninguém para conhecer Harry. Sendo assim nunca um homem dormiu na minha casa e minha alma de investigadora nunca me deixou dormi na casa de um deles (sabe, quando você dorme é quando esta mais vulnerável para morrer). Sendo assim, levei um pequeno susto quando senti os braços musculosos de James envolvendo minha cintura.

Senti sua respiração calma em minha nuca e fechei os olhos me permitindo lembrar-se de cada detalhe da noite. Tentei me virar de forma que ele não acordasse, queria olhá-lo assim dormindo tranqüilamente, mas assim que consegui ficar como queria ela abriu os olhos calmamente.

Ele sorriu ao me vê, e acariciou meu rosto, como se quisesse se certificar que não era um sonho, fechei meus olhos apreciando o seu toque. James, então, voltou a abraçar minha cintura e me puxou para mais perto.

– Senti tanta a sua falta. – confessou. – senti tanta a falta de te ter para mim, ao meu lado.

– Eu também senti sua falta. –colei nossas testas e fechei os olhos, quando voltei a abri-los me deparei com os de James de fitando.

– Por que você escondeu Harry de mim? – perguntou, parecendo levemente magoado. – Ele é meu filho, eu podia ajudá-la, eu tinha o direito e o dever e está ao lado dele. O que foi que te fez escolher esse caminho? Foi vingança?

Olhei para a janela, evitando olhar para ele, com um misto de vergonha e remorso apertando meu peito. Estava começando a amanhecer, logo teria que arrumar um passa-tempo para Harry e Agnes, caso contrario posso acabar sem casa.

– Foi um pouco. – respondi finalmente, James ficou calado, esperando uma explicação melhor. – Você conseguiria a guarda dele, meu emprego não é fixo, Harry muda constantemente de escola e eu estou sempre correndo perigo. Alem de que, na época, você era só um ordinário, sem caráter, que me traiu assim que conseguiu me levar para a cama, eu podia lidar com um cara me decepcionando, mas não queria testa para ver como Harry se sairia com um pai que o largasse para consegui uma relação amorosa.

– Mas eu não...

– Eu sei James, - o interrompi. – agora eu sei, mas naquela época eu não tinha como pensar assim.

James respirou fundo, acho que tentando aceita minha desculpa.

– Eu entendo, eu acho.

Sorri e o beijei, James prontamente me puxou para cima dele, deslizando sua mão pela lateral de meu corpo. Alisei seu tórax e barriga com uma mão enquanto a outra ia para seus cabelos puxando sua cabeça para trás para eu beija a parte inferior de seu queixo já sentido ele corresponder aos meus estímulos.

Mas tivemos que parar ai, em seguida o meu despertador apitou, me lembrando que eu e May tínhamos que encontrar Toma para acerta como iríamos lida com a situação e como conseguiríamos as provas.

Pulei de cima de James, o deixando com uma cara decepcionada. Desligei o aparelho infernal e corri pro banheiro.

– Tenho uma reunião com Tomas.

Quando James apareceu na porta do banheiro já tinha posto a cueca. Suas sobrancelhas estavam unidas, e os lábios franzidos. Imediatamente reconheci a carinha de quando ele esta com ciúmes e tanta disfarça.

– Quem é Tomas?

– Um senhor de 52 anos. – respondi, e ele riu sem graça, notando seu equivoco.

Comecei a tomar banho e James não perdeu tempo em me acompanhar. E embora eu tenha tido dificuldade, consegui fazê-lo não me agarrar.

– Com quem as crianças vão ficar?

– Babá, May arrumou uma. – respondi me vestindo, e jogando para ele sua blusa.

– Eu e Sirius podíamos ficar com eles, - respondeu. – Harry é meu filho e Agnes parece ser uma pequena marota.

Eu ri, na verdade Agnes não precisava da má influencia de garotos que explodiram o banheiro feminino aos 12 anos, mas May nunca se importou em ser chamada na diretoria, então...

– Ok vai avisar a May, mas ela provavelmente vai deixar.

James sorriu como se tivesse ganhado a copa de Quadribol, coitado não sabe o que é passar o dia inteiro com um casal de crianças cheias de energia e idéias para brincar...

– Quando você acha que poderemos falar a verdade a ele?

– Depois, não agora, - falei negando com a cabeça. - acho que eu devo mostra o nado bom que o pai dele tinha.

James pareceu desapontado, mas me beijou e disse que tinha que ir acorda Sirius e falar que ele estaria de babá. Pegou sua vassoura e sair pela janela.

– Harry, o que você achou de James e Sirius? – perguntei distraidamente.

– Eles são legais, - respondeu simplesmente. – brincaram bastante comigo.

– Hum... Você quer ficar com eles hoje de novo? – perguntei.

– Sim.

May me olhou com olhos arregalados, com a pergunta “O que deu em você?” gritando em seu rosto. Lancei meu melhor olhar de “depois explico e dança conforme a musica” e voltei ao meu café.

– Mamãe, com quem eu vou ficar? – perguntou Agnes, seus olhinhos azuis brilhando com a expectativa de novas vitimas.

– Com a babá. – respondeu May.

Tive que disfarçar um sorriso enchendo a boca de torrada, como se Agnes fosse aceitar um não como resposta.

– Mas eu quero ir com Harry!

– Não, Agnes.

– Tia Lily! – a menina me olhou usando sua melhor voz de dengo.

Terminei de mastigar, e decidi sair em devesa da pequena, ora se May estraga meu Harry posso estragar sua Agnes.

– Eles falaram que não tem problema, que ficariam com os dois.

May me fuzilou com o olhar, e depois de bufar, confirmou com a cabeça e murmurou um ‘ok’.

Pedi pra James e Sirius virem para cá, assim eles não teriam que catar brinquedos por toda a casa depois.

– Então – pediu May. – me conte o que exatamente aconteceu para você querer deixar Harry perto de James.

Eu sorri, ficando claro para May que eu tinha recebido uma visita noturna como nos tempos de Hogwarts. Contei tudo para ela, e como a boa e normal amiga que ela é, começou a dá pulinhos cantando que eu e James voltamos.

– Nós não voltamos, não é nada serio!

– Hnhum. – respondeu. – Sei...