O tempo passa; o amor não acaba escrita por Nena Machado


Capítulo 7
Uma conversa seria


Notas iniciais do capítulo

Aaaaah, desculpa, desculpa, desculpa. Foi sacanagem passar tanto tempo justo no capitulo da revelação de James!!! Mas a sacanagem não foi minha, juro! Meu not não ligava e meu amigo ficou como louco pra consertar sem deletar tudo, e quando conseguiu a internet não pega, ate agora to no not de minha amiga.



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Tomas tinha coisas realmente importantes para a gente, já tínhamos ate um suspeito e agora já ate poderíamos tentar nos infiltrar para consegui pistas.

1. As meninas raptadas tinham entre 18 e 25 anos, nunca mais que isso.

2. Geralmente eram garotas sem ninguém perto, que viviam sozinhas e sem forma de se proteger.

3. Todas moravam no subúrbio de Londres.

4. As que tinham sido salvas alegavam que tinham notado o ‘homem grisalho’ as seguindo antes de tudo acontecer.

Alem disso, agora nos tínhamos que correr mais rápido ainda, pois as informações das meninas diziam que assim que uma engravidava ou passava dos 30 eram mortas, isso quando elas não enlouqueciam.

E as torturas eram no mínimo cruéis: queimaduras, cruciatus, cortes, estupros, socos, sem contar a magia negra envolvida.

Quando finalmente cheguei a casa, já era por volta de 23h: 00mim. Eu torcia para ser Sirius a me atender de novo, mas dessa vez não tive tanta sorte.

Só precisei bater uma vez para James abrir a porta, como se ele estivesse só esperando o sinal para correr, o que de fato eu apostava que tinha sido.

– Harry já estar dormindo. – respondeu antes mesmo de eu precisar perguntar. – e eu acho que nos devíamos conversar.

Seu tom de voz calmo enganaria qualquer pessoa, menos eu. Ele estava tentando se controlar, mas a qualquer momento perderia a cabeça, e eu esperava que ele não gritasse nada comprometedor ao lado de Harry.

– Sobre o que exatamente? – perguntei entre o deboche e o meu lado de investigadora que gritava ‘o enrole e ganhe tempo para correr para casa!’.

James apertou os olhos, e eu me arrependi de ter sido tão irônica, mas ele respirou fundo, tentando se acalmar.

– Acho que você me deve algumas explicações!

– Pois eu acho que não! – respondi agressivamente em um sussurro.

– Por que você não me falou que eu tinha um filho!

– Por que você não tem um! Eu criei Harry sozinha, com a ajuda de May, o cara mais perto que chegou de ser o pai dele foi Tomas! Ele é meu! Só meu! – toda a minha raiva, magoa e ate mesmo frieza o assustou, o fazendo da um passo para trás, me dando espaço para entrar. – Cadê ele?

– Ta dormindo no sofá.

Empurrei James, mesmo que não fosse necessário e entrei, dando de frente com Sirius esparramado no sofá de três lugares, um das pernas jogada por cima do encosto da costa, a outra caída no chão assim como um braço, ele usava o outro para cobrir os olhos e tinha a boca ligeiramente aberta.

Não resistir e sorri.

– Ele dormiu antes mesmo do que Harry.– James falou, aparecendo do nada ao meu lado, sorrindo e, aparentemente, completamente calmo. - Ficou simplesmente exausto após inventar de brincar de pique pega, eu acho que ele esta sedentário.

Harry estava no sofá de dois lugares, com um lençol azul o cobrindo. Assim que fiz menção de ir pega-lo no colo, James me parou e falou:

– Pode deixa que eu o levo, ainda quero conversar.

Decidir que ele podia fazer isso, oras eu carrego o menino desde que ele nasceu, sem contar os nove meses que o carreguei na barriga e eu estava realmente cansada para ligar com os 25 quilos de Harry. James podia fazer isso dessa vez.

Ao abrir a porta percebi que a casa estava completamente silenciosa, o que poderia disser que May ainda não tinha chegado ou tinham invadido e ela estava desacordada no andar de cima, eu pessoalmente prefiro a primeira opção. Mesmo assim sua demora me deixou um pouco preocupada, mas primeiro meu problema, que se resumia em: fazer James ir embora sem fazer perguntas.

– Onde ele dormi? – perguntou James em um sussurro desnecessário, já que Harry tinha um sono mega pesado.

Não respondi, só subi as escadas esperando que ele me seguisse, e foi o que ele fez. Mostrei o quarto de Harry, que era de frente para o de Agnes, a porta de seu quarto está aberta e eu notei que ela não estava na sua cama, o que confirmava que elas não estavam em casa.

James desceu, e eu fui da um beijo em Harry. Assim que me curvei senti o cheiro, mas só depois de beijar a testa de Harry, e da uma olhada para porta para me certificar que James não estava ali, foi que me curvei, encostei o nariz no lençol e puxei todo o ar que consegui prender nos pulmões. Sem duvida aquele lençol pertencia a James, e eu nunca iria esquecer daquele cheiro.

Desci as escadas para pegar uma água e esperar May chegar, porem levei um belo susto ao encontrar James sentado no sofá da sala. Ele ergueu uma sobrancelha, como se me desafiasse a negar a verdade. E nisso ele estava certo, eu não tinha mais como mentir que James era o pai de Harry.

– O que você pensa que esta fazendo ai? – perguntei andando lentamente rumo ao sofá.

– Te esperando, para conversar – respondeu daquele jeito rebelde que eu aprendi a amava na escola e odiei no momento, principalmente quando ele acrescentou o famoso sorrisinho maroto.

O agarrei pela camisa, como vazia em Hogwarts, só que dessa vez, não o beijei e sim o arrastei para fora, e só quando ele já estava a um metro da porta eu disse:

– Você me deve mais explicações do que eu a você!

E bati a porta em sua cara.

Demorou quase meia hora para May chegar, carregando no colo Agnes que já estava adormecida, a mandeiela deixá-la no quarto de descer rápido por que eu tinha de desabafar.

– Eu encontrei Jhonatas. – falou May descendo as escadas correndo.

Jhonatas era um primo de May, um dos poucos que não eram investigadores, já estava casado e tinha dois filhos, legalmente falando ele era o pai de Agnes.

Contei rapidamente sobre a minha reunião com Tomas, e falei que os relatórios com todas as informações possíveis estavam no relatoria em cima de sua cama, e ai sim contei a parte sobre James. No final minha grande amiga só disse o seguinte:

– Eu sempre te disse para contar de James para Harry e de Harry para James. – e começou a segui caminho para a escada. – você fez sua escolha, agora arque com as consequências.

Subi logo em seguindo, indo tomar um banho gelado para poder pensar em que eu faria, agora que James sabe toda a verdade, ele ia querer conversar, se aproximar, repor o tempo perdido...

Coloquei uma lingerie, já que durmo com o mínimo de roupa possível, e fui escovar os dentes.

Um pouco antes de voltar para o quarto notei que tinha alguém nele, não sei explicar o que, mas algo denunciava que tinha alguém ali. Pus a varinha em punho. O que? Sou uma investigadora odiada pela família dos caras que pus na cadeira com May, eu levo a varinha ate pra fazer xixi.

A azaração que joguei só não atingiu James no peito por que ele se jogou na cama.

– O que você esta fazendo aqui? – perguntei assustada. – e como entrou? Quer se machucar, sou treinada no lema: atire primeiro, pergunte depois*!

– Desculpe, não quis te assustar. – falou se levantando. – entrei pela janela.

Olhei para a janela e vi a vassoura de James no chão, perto dela. A casa tinha feitiços para todo lada, como eu não lembrei que alguém podia entrar pela janela? Teria que cuidar disso mais tarde.

– O que você quer? – perguntei pondo a varinha na cômoda.

James me olhou de cima a baixo, e só ai lembrei que eu ainda estava com roupas intimas, e ele secou cada centímetro do meu corpo. Mas do que depressa pus um robe, e foi como se James acordasse de um transe.

– Bem você falou que eu te devo mais explicações do que você a mim. – falou e dei um aceno de cabeça, indicando que ele devia continuar. – decidi que você tem razão, então aqui estou eu para te explicar umas coisas.

– E por que não bateu como qualquer pessoa? – perguntei cheia de ironia.

– Eu te conheço, ruiva, você não abriria assim que visse que era eu. – ele tem razão nas duas coisas.

– Da pra ir direto ao ponto? – perguntei na defensiva.

– No dia que você terminou comigo...

– Quer dizer que o dia que você me traiu? – ele ignorou minha ironia e continuou como se nada tivesse acontecido.

—... Na festa eu tinha bebido demais por que estava um tédio sem você ali. A garota deu em cima de mim, pensando que eu ia te trair por está bêbado, mas eu disse que estava namorando e que te amava. — ele deu uma pausa. — No fim da festa ela me seguiu, esperou eu dormi e deitou do meu lado nua.

“Ela pensava que Remo iria te contar, mas deu mais certo do que ela esperava e você mesma viu. No dia seguinte eu não lembrava nada de tanto que bebi, e só por isso não fui atrás de imediatamente.”

– E como você sabe de tudo isso? - perguntei como seu eu estivesse em um dos meus interrogatórios. - Você disse que não se lembrava de nada, não foi?

– Uma semana depois do ocorrido ela foi atrás de mim, e quando me neguei a beijá-la ela falou a seguinte frase: “Já te livrei da sangue-ruim” e eu e Sirius a fizemos falar toda a verdade.

– Então não aconteceu nada? - perguntei feito uma idiota. - Entre você e ela?

– Não. – respondeu mesmo sabendo que era uma pergunta retórica. – Lily, eu nunca te esqueci, sair com diversas garotas depois de você para tentar te esquecer, mas bem... Não deu muito certo. Só quero saber mais uma coisa: Você me esqueceu?

– Te esquecer com um mini você de olhos verdes correndo pela casa? – perguntei tentando me desviar a atenção da pergunta original.

James levantou da cama e caminhou ate ficar parado bem na minha frente.

– Você me entendeu. – é não deu certo...

Resolvi não mentir, não tinha porque, ele me conhecia bem o suficiente para ver a verdade em meus olhos.

– Não, nunca te esqueci. – foi um sussurro, mas ele estava tão perto que ouviu.

James deu um sorriso tão grande quanto o do dia em que aceitei sair com ele não pela primeira vez, olhou no fundo dos meus olhos, e tocou minha bochecha fazendo um carinho.

– Então você não vai me bater nem me matar quando eu fazer isso.

E ai ele me beijou.

Senti-me como na adolescência, o coração aos pulos, o frio no estomago, as pernas bombas, do ai eu notei como senti falta das mãos de James segurando firmemente na minha cintura.

O beijo ficou mais quente, e mais... E mais... E logo cai na cama com James sobre mim, sem nem notar como eu tinha chegado lá. Eu sabia como isso ia acabar, mas não estava nem me importando, mesmo que eu me arrependesse amargamente no dia seguinte, no momento eu ia aproveitar e muito.


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Notas finais do capítulo

Esse ficou grande ne? E ai aceitaram a desculpa de James? espero que comentem, não me castiguem pela demora. Já já eu respondo os comentarios. Beijs ate daqui a uns 3 ou 5 dias.



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