O tempo passa; o amor não acaba escrita por Nena Machado


Capítulo 3
A nova missão


Notas iniciais do capítulo

Ok ok ok. Teve beeeem mais comentarios do que eu sou acostumada, e vocês não imaginam o quanto eu to pirando com isso, dei traviseirada na minha amiga e na minha irmã e tudo mais!! A alegria foi tanta que eu vim posta outro capitulo em menos de uma semana de intervalo.



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A minha paciencia estava passando do limite, tanto que eu achei que ia explodir quando passai pelos aqueles caras e ouvi sua conversa com os ouvidos atentos de investigadora.

– Fala serio, seis meses para pega um ladrãozinho de quinta categoria? – disse em portugues o primeiro que tinha um bigode horrivel e enorme.

– É, elas não são tudo isso...

Senti meu rosto esquentar, e imaginei que ele devia estar vermelho como meus cabelos. Decidir que era melhor ir para casa antes de azarar alguem, caminhei ate em casa que ficava a meia hora do trabalho.

– Eu não aguento mais! – resmunnguei para May batento a porta com força para descontar a minha raiva, não deu certo ainda quero bater em alguem. – Temos que pegar logo esse cara!

May deu uma risadinha debochada, quando se tratava das investigações ela era sempre mais paciente do que eu, mas eu sou a que é mais prudente na hora do ataque, talvez por isso somos ditas como a dupla mais completa em ação.

Nosso caso? Bem simples: achar um cara que rouba casas trouxas. Fácil ne? NÃO! Primeiro: o cara usava magia negra nos trouxas o que por si só já era assustador para os brasileiros já que aqui não se tem o costume dessas magias. Segundo: o cara era simplesmente um rei da camuflagem, pelo menos umas cinco vezes ele estava debaixo nos nossos narizes e quando chegamos ele se desfez em fumaça, e eu digo isso literalmente, ele vira fumaça e foge, simples e pratico.

Alem do mais, toda vez que achamos que encontramos a identidade dele, aparece pistas firmes para outro cara, de forma que agora temos quatro suspeitos. Ele estava chamando a atenção dos trouxas pelas portas não arrombadas, pelo mistério do que poderia ter feito os donos ficarem daquela forma, completamente desnorteados, confusos, falando nada com nada.

– Então, ruiva, você fica muito feliz em ler isso. – ela jogou na minha cara um relatório com umas dez paginas de pergaminho.

May tinha andado seguindo o suspeito nº 3, eu o nº 1 que tinha se mostrado só um adolescente bruxo que gostava de assustar os trouxas e como as leis no Brasil são bem fracas ele sei impune de tudo.

O relatório dizia, resumidamente, que o suspeito tinha invadido uma casa na madrugada anterior, e só não torturou os trouxas a noite toda por que May interviu e o prendeu. Só precisávamos fazê-lo confesar ou prova sua participação, o que seria fácil com as memórias dos trouxas que ainda estavam em pânico no hospital.

Olhei para May que deu um sorriso de satisfação pura misturado com o olhar de ‘eu sou demais e você nem precisa falar nada’. Revirei os olhos mais sorri devolvendo o olhar de ‘sem eu, tu não seria nada’.

No dia seguinte fomos interrogar o cara, ele era o que eu podia chamar de bonito, a pele negra tinha um grande contraste com os olhos cinza, um dos que demonstra o fato do povo brasileiro ter sido uma mistura de portugueses, índios e africanos.

Não foi difícil ele abrir a boca, descobrimos que ele gostava de se vangloriar e estava certo de que ficaria uns meses na cadeia e cairia fora como acontece com a maioria dos crimes no Brasil, mas era magia negra e eu pessoalmente faria ele apodrecer na pior cadeia possível. Ele contou detalhes, de tudo. E assim decretou sua própria sentença.

No normal, deveríamos ter um mês de descanso, era esse o tempo que usávamos para conhecer o país e que Tomas nós arrumar outra missão, mas dessa vez mal tivemos um semana.

De todas as coisas que podíamos fazer naquele fim de semana as crianças escolheram ir à praia carioca, depois que as banhamos de protetor solar elas correram para a água nos obrigando a correr atrás.

Foi um dia bem divertido, como o de uma mãe normal brincando na arei com seu filho, nada de bruxaria, feitiços, presos ou ladrões. Agnes e May também se divertiam e nos formávamos uma espécie de família fora do padrão.

Ate mesmo quando May ficou secando o tórax de um surfista e Agnes riu e James fez careta, me senti tão a vontade nessa cena que foi como se isso tivesse participado da minha rotina a vida inteira.

Mas tudo que é bom acaba rápido, e quando chegamos a casa já de noite, encontramos com a carta de Tomas em cima da mesa da cozinha.

– Agnes e Harry, tomar banho, escovar os dentes, vestir o pijama e cama. – só precisei balançar o envelope com o desenho de um “I” sobre um “S”, a marca da companhia de investigadores que trabalhamos, no o selo para eles entenderem e obedecerem imediatamente.

May fez as honras, lendo em voz alta:

“Queridas May e Lilian;

Primeiro: parabéns por conseguirem completar a missão, sei que elas estava mais complicada do que deveria ser, por isso foi posto um bônus no pagamento das duas. Segundo: o pagamento e o bônus já foram depositados na conta trouxa como sempre.

Agora vamos aos fatos novos: tenho uma missão bem complicada para vocês, trata-se de uma gangue de traficantes de mulheres. As mulheres, trouxas, somem sem deixar pistas e as poucas que foram encontradas estavam em pontos de prostituição sobre impérios, poções, feitiços e torturas.

O ponto importante disso: isso esta acontecendo em Londres. Vocês estão prontas para volta para sua terra natal?

Atenciosamente;

Tomas Smith.”

– Direto como sempre. – observou May com um sorriso. – e então, Lily, o que você acha?

Pensei sobre o assunto, a verdade era que nos nunca tínhamos recusado uma missão, mas essa era diferente, não podíamos disser sim sem ponderar os consequências positivas e as negativas.

– Não sei, May. – respondi tomando um gole de café. – se algum de nossos antigos amigos verem Harry... O que você acha que eles vai pensar?

Ela encarou sua xícara, refletindo sobre minha pergunta, procurando a melhor forma de responder.

– Vão achar o obvio, que ele é filho do James. – ela me encarou para disser essas palavras. – olhe para o menino ele é exatamente como ele, não tem como negar.

– O que você acha?

– Eu acho, Lily, que esta mais do que na hora de você enfrentar esse medo. Harry deixa bem claro que um dia ira querer conhecer o pai, e quer saber o porquê de não ter crescido sabendo quem ele é. – May se levantou na cadeira pra por a xícara na pia, na saída ela parou na porta e se virou novamente para mim. – Por mim devemos aceitar essa missão e assim quem sabe você acerta algo do seu passado, quem sabe seja isso que você precisa para conseguir segui em frente.

Eu passo as próximas duas horas refletindo sobre isso. Era justo eu priva meu filho de ter um pai? Era justo eu tira de James a chance de ter um filho tão maravilhoso como Harry? A resposta era não, e eu sempre soube disso, sempre soube que um dia eu devia falar para Harry o que me fez esconde-lo de seu pai, e que provavelmente eu também teria que abrir o jogo com James e contar sobre Harry.

Peguei um pergaminho e uma pena.

“Querido Tomas;

Aceitamos a missão, só encontramos em Londres.

Com amor;

Lily”

Passei o resto da noite rezando para não ter o azar de encontrar com alguém próximo dos marotos.

Harry dormia no sofá a espera da chave do portal ser ativada, assim de olhos fechados, ele me lembrava ainda mais de James. Talvez esse seja o motivo de eu me pegar pensando nele de vez em quando. Como você esquece alguém que te presenteou com algo tão importante como uma criança maravilhosa?

Acordei Harry para a viagem, já que não seria nenhum pouco seguro levá-lo no colo (serio, tentamos isso uma vez com Anges e ela ainda tem a cicatriz embaixo no queixo). Na casa nova, não demorou nada para as crianças acharem suas bicicletas e correrem para rua.

Como era uma rua onde só morava bruxos, não me preocupei com carros ou com o fato de Harry esta começando a dar os primeiros sinais de magia.

Já que May e eu somos as adultas responsáveis arrumamos a casa da melhor forma possível, com magia tudo fica mais fácil, e logo estávamos aprontando o lanche da tarde das crianças.

Deixei May terminando de preparar os sanduíches e fui chamar Agnes e Harry. Me surpreendi ao encontrá-los sentados no murinho que rodeava nosso jardim, com as bicicletas jogadas no chão e um homem parado com eles.

Apertei minha varinha sob a blusa que eu usava, mas ao me aproximar comecei a reconhecer o homem, e ele se parecia com... Sirius?


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Notas finais do capítulo

Boooom meninas, se vocês continuarem a comentar assim, ceus, nem sei quanto tempo essa fic ira demorar. Mas comentem, comentem muuuuuito, favorite, recomendem, sei lá só façam algo, vocês não imaginam (ou talez sim) como isso deixa uma escritora feliz *-*



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