O tempo passa; o amor não acaba escrita por Nena Machado


Capítulo 11
Uma vida quase normal


Notas iniciais do capítulo

Ah, a felicidade *-* ou quase, ne, '-'
Adivinhei? Hoje é meu aniversario *-* *-* *-*
17 anhinhos!!!
Alguem quer fazer uma recomendação de presente? (cara de pidona sem vergonha na cara u.u)



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Três dias depois que fez um mês que May estava fora ela mandou o e-mail dizendo que notou um cara meio grisalho a seguindo, ela fez piada pelo cara parecer um rato de tão assustado, quase como se não fosse acostumado a fazer isso.

Agnes passava muito tempo com Sirius desde que May tinha ido embora, e cá entre nos, eu acho que ele gosta muito dela, afinal Agnes é a única pessoa que ele deixa fazer penteados em seu cabelo (você não imagina o quanto estranho é chegar em casa e ver Sirius com duas marias-chiquinhas na cabeça).

James vinha frequentemente me visitar, de forma que eu desistir de por feitiços nas janelas. Algumas vezes Agnes ou Harry quase nós pegávamos, e eu agradeço eternamente por suas únicas duvidas serem o porquê da porta estar trancada.

James, para completar, estava louco para contar a Harry a verdade, então passei a falar mais do seu pai para ele. “Ele era o melhor apanhador que a Grifinoria já viu sabia?”; “Ele era encantador, e sabia como tratar uma dama como ninguém”; “Ele era um amigo muito fiel”; “Ele amava perturba os sonserinos, ate o sexto ano, quando criou vergonha na cara e amadureceu”...

E entre tantos ‘seu pai isso, seu pai aquilo’ não foi de se espantar quando Harry perguntou na cara:

– Mamãe, por que a senhora está falando tanto do meu pai? – a forma como ele falou a palavra pai foi tão indiferente, como se isso não fosse nada de mais, que mais uma vez eu me arrependi de não ter o deixado ele conviver com James. – O que foi? A senhora encontrou ele?

Harry sempre foi muito esperto, sendo filho e afilhado de duas investigadoras foi criado, assim como Agnes, para esta sempre atento nos mínimos detalhes suspeitos. Eu só nunca imaginei que um dia o que eu ensinei poderia se voltar contra mim.

Pensei em mentir, mas se eu ia falar a verdade mais cedo ou mais tarde, por que não começar logo agora?

– Harry fosse sabe qual é seu nome do meio? – perguntei, e ele balançou a cabeça. – é James, te dei esse nome por que era o nome dele, e você se parece tanto com ele que achei apropriado esse nome.

Harry me encara com os olhos brilhando, a verdade é que eu nunca falei assim de seu pai, não desde que ele me perguntou, aos três anos, por que as outras crianças moravam com os pais e as mães e ele só com a mãe e a tia.

– Antes de eu descobri que estava grávida, eu vi uma coisa, e entendi mal, então decidi ir embora sem nem falar com seu pai. Eu fui embora e te levei junto. – continuei falando com uma pontada de culpa na minha voz. – e então, quando voltamos para cá, ele te viu. E céus vocês são tão parecidos que ele não teve duvidas. Ele quer que você saiba quem ele é, ele quer se aproximar.

Harry ficou pensativo, franziu a testa e uma ruguinha apareceu entre suas sobrancelhas.

– Mas ele errou, não foi? Ele te fez sofrer!

– Não, meu amor. – respondi balançando a cabeça. – eu não deixei ele se explicar, só agora depois de todo esse tempo, não conversamos e eu decidir que já escondi de você quem é seu pai por muito tempo.

– Então... – ele estava hesitante. – quem ele é?

Respirei fundo, tentando acalmar meu coração.

– James Potter, nosso vizinho.

Harry ficou em completo silencio, fiquei esperando um sinal de que ele estava com raiva, ou sentia ódio de James, ou de mim, ou se não gostou da noticia, mas de todas as opções seu silencio acabou sendo o mais assustador.

– Você... Não vai... Falar nada? – perguntei hesitante.

– Vou ter que chamá-lo de papai? – sua pergunta sem duvida me surpreendeu mais do que tudo.

Eu ri, na verdade, gargalhei.

– Só quando você quiser.

– Por que você não me contou isso antes? – perguntou. – quando eu era bebe ou sei lá...

– Medo, meu filho, medo...

Harry pareceu aceitar a resposta por um minuto, e me veio com outra pergunta surpreendente para a situação.

– Grifinorios não deviam ser corajosos?

– Ser corajoso não é aquele que não tem medo de nada. – falei filosofando. – é aquele que enfrenta seus medos. Entendeu?

Não sei se ele entendeu ou não, mas ele me abrasou e me deu um beijo no rosto, em seguida gritou pela Agnes a chamando para brincar lá fora.

O barulho na minha janela não era mais assustador como nas primeiras vezes em que James fez isso, então nem mesmo me preocupei em pega a varinha. James me abrasou pela cintura, beijando meu pescoço. Respirei fundo, inalando o seu perfume que ainda era o mesmo da época da escola, suspirei quando ele mordeu levemente perto da minha orelha.

Me afastei dele antes que ele conseguisse me distrair ao ponto de eu esquecer de contar a grande novidade. Sentei na cama e o chamei para se sentar comigo. James tinha uma ruga entre as sobrancelhas, assim como Harry mais cedo.

– Contei para ele.

– O que? Pra quem? – perguntou tão perdido quando na época em que eu dava aulas de poção para ele, que se perdia olhando para meus olhos.

– Para Harry. – respondi sorrindo e dando um tapinha em sua testa. – contei que você é o pai dele.

James pulou da cama como se esta tivesse lhe dado um choque.

– Serio? E ele? Como ele reagiu.

– Normal, eu acho. – respondi dando de ombros. – mas acho que ele não te chamara de papai assim tão rápido.

Por um minuto James ficou decepcionado, mas em seguida começou a pular na cama de joelhos, me balançando e me beijando. Repetindo tudo o que pai e filhos podem fazer juntos.

No dia em que May não mandou nenhum e-mail eu e Sirius ficamos extremamente nervosos, entramos em contato com Tomas, que afirmou que May já estava infiltrada.

Demorou dois dias para Tomas disser que Sirius já devia ir na tal casa de prostituição. Foram os piores dois dias da minha vida, nunca aconteceu de May ficar tanto tempo sem mandar noticiais. Nesses dias Agnes grudou em Sirius, que teve ate que dormi em casa por causa dela.

E então Sirius foi lá, disfarçado sob a poção polisuco, entregou todas as poções para May, e trouxe um bilhete dela para mim.

“Lily, eu estou bem, os dois dias foram horrível, não conte isso para as crianças, eu estava completamente drogada quando Sirius me deu as poções, ele não tem muito cuidado com o que falam na frente das meninas, todas estão sob feitiços demais para se ligar em qualquer coisa. Eu diria que em cinco dias eu já tenho como saber quem é o chefão e quando ele estará aqui. Cuide bem da minha pequena.”

Terminei de ler sorrindo de orelha a orelha, May estava segura, sua letra era a prova de que ela estava bem, viva e forte como sempre, e que em breve estaria de volta.

As coisas estavam um pouco diferentes, agora Harry passava dias com James, e nos costumávamos sair juntos. Às vezes Agnes ia conosco, outras, quando sentia falta da mãe, preferia ficar com Sirius.

Tínhamos acabado de chega de um passeio no parque, onde Agnes dormi em meu colo e Harry no de James. Deixamos os dois em suas respectivas camas e seguimos para o meu quarto.

– Você fez um excelente trabalho na criação de Harry. – James falou enquanto eu tomava banho. – ele é um ótimo menino.

Eu sorri, na verdade Harry tinha dado muito trabalho para virar esse cavalheirozinho, os genes marotos sempre falavam mais alto.

– É, mas você está conseguindo estragá-lo. – comentei rindo.

– Vamos, perdi seis anos da vida dele, tenho o direito de mimá-lo um pouco. – James falou. – eu nem sei qual foi a primeira palavra dele!

– Dez meses, mama – respondi. – e esse ‘mama’ não era mamãe, era pedido de leite.

Sorri com a lembrança da minha revolta quando ele falou e não foi mamãe, sorte que logo em seguida ele falou um ‘mãi’ que foi dirigido a mim.

– É triste eu não saber nada sobre meu filho. – James tinha um olhar tristonho.

Caminhei ate minha cama, me abaixando e tirando uma caixa de madeira de baixo dela.

– Aqui, isso deve ajudar. – diante da cara interrogativa de James, revirei os olhos e completei. – são cartas, escritas por mim para você, cartas que nunca enviei, mas que detalha a vida de Harry.

James sorriu, e abriu a boca para fala, mas foi interrompido por batidas na porta.

– Mamãe, tive um pesadelo.

– Seu pai está aqui. – avisei enquanto eu abria a porta para ele entrar.

Era costume James dormi comigo, de forma que as crianças não se assustavam em ve-lo na mesa no café da manhã, embora não entendesse qual a graça dele passar a noite aqui.

– O que foi, bebe?

– Não lembro. – falou já subindo na minha cama e deitado no meio dela. – mas estou com medo, posso dormi aqui?

Olhei para James, que confirmou com a cabeça.

– Pode, amor.

Dormimos como nos filmes, eu de um lado, James do outro e Harry no meio. E quando eu acordei no dia seguinte, eu e Harry estávamos virados para o James, que nos observava como se fossemos a mais bela e cara obra de arte que ele acabou de adquirir.


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Notas finais do capítulo

Um momento de vida normal, como eu gostei de escrever isso.
Alias, feliz Ano novo!!!
E feliz aniversario para mim! Agora que tal aquela recomendação? (Quase pude escutar minha mae mandar eu parar de ser pedixona).



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