Susan, a filha de um Vingador escrita por Lia Araujo


Capítulo 9
Uma Excelente Arqueira


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Quero agradecer pelos comentários nos capítulos anteriores
E espero que gostem do capítulo de hoje!
Boa Leitura!



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POV da Susan

Mesmo vendo que eu estava 100% recuperada Quiron, disse que eu estava dispensada dos treinos por hoje. Mas conversei (le-se implorei) e ele autorizou que eu participasse das aulas que não iria exigir muito esforço. Percebi não iria conseguir mais que isso e por isso aceitei, ele disse que assim que terminasse o almoço ele me diria o que iria fazer. Estava terminando de me arrumar quando escuto a sirene do almoço. Saio do quarto e ando pelo corredor indo em direção a porta, sem perder tempo vou direto para o pavilhão. No meio do caminho vejo Nico que estava tão distraído que nem percebe eu me aproximar. Ando mais rápido para alcança-lo, quando chego perto eu o empurro pro lado ele me olha um pouco irritado mais quando viu que era eu da um sorriso e balança a cabeça negativamente.

– É definitivo, você não muda - diz rindo

– Isso por acaso é ruim? - pergunto irônica

– Com certeza não - ele disse e nós rimos, fomos conversando até o pavilhão

Pego meu prato e fui fazer minha oferenda aos deuses. Me aproximo da fogueira, jogo 3/4 da minha comida e digo

– A todos os deuses e obrigada por tudo - e vou me sentar na mesa de Hades, sento e começo a comer até que Nico diz

– Não é do costume do Quiron deixar um aluno sair do quarto depois de um esforço como o seu - ele me olha - O que você fez?

– Porque acha que eu fiz alguma coisa? - pergunto me fingindo de ofendida

– Te conheço o suficiente pra saber que fez algo - Nico fala sem acreditar na minha atuação - Fala de uma vez.

– Eu praticamente implorei pra ele me deixar fazer alguma coisa - digo e ele ri - Tá rindo do que?

– Eu queria ter visto essa cena - diz ainda rindo

– Muito engraçado Nico - digo seria

– Desculpe - ele diz controlando o riso - Mas e ai? O que vai fazer?

– Ainda não sei - respondo terminando de comer

– Srta Agostini - Quiron diz e olho-o - Após o almoço, pode ir em direção aos campos terá uma semideusa esperando-a

– Já to indo Quiron, obrigada - Quiron assenti e se afasta, termino o meu suco e olho pro Nico que terminava de comer - Tchau!

– Espera que te acompanho - ele se levanta e vamos até os campos.

Chegando lá vi uma garota loira sentada com alguns livros e cadernos ao lado, quando nos aproximamos a reconheci, era a...

– Oi Annabeth! - Nico falou pra tira a atenção dela dos livros

– Oi! - disse nos cumprimentando com um pequeno sorriso

– Oi! - respondo e fico sem entender uma coisa - Porque o Quiron me mandou aqui?

– Ele pediu pra te dar aulas sobre todos os assuntos relacionados aos nossos parentescos divinos - responde

– Não acredito nisso - resmungo irritada e Nico ri da minha reação - Se você não se calar agora te dou uma passagem só de ida ao submundo Di Ângelo

– Você não faria isso, faria? - diz em um tom desafiador e com um sorriso irônico

– Me irrite e descubra - falo seria e ele sorri debochado, quando ia bater nele ele some nas sombras, mas ainda era possível ouvi-lo rindo - Tenho que me acostumar com ele sumindo desse jeito.

– Fazia tempo que não via o Nico assim - diz Annabeth fechando o livro

– Assim como? - pergunto sem entender

– Feliz, da ultima vez que o vi sorrir sinceramente ele tinha 10 anos - responde me olhando

– O que você vai me ensinar? - pergunto querendo mudar de assunto

– A principio idiomas - diz pegando outro livro

– Idiomas? - ela assenti - Quais?

– Grego antigo e latim - responde me olhando

– Essas não são línguas mortas? - pergunto me sentando ao seu lado

– Sim, mas você sabe porque todo semideus é disléxico?

– Não - respondo

– É porque nosso cérebro é adaptado ao grego antigo e ao latim - responde paciente

– E eu tenho que aprender isso porque sou protegida de Hades - afirmo e ela assenti

– Vamos começar? - pergunta abrindo um livro

– Não tenho outra escolha mesmo - resmungo baixo e ela contem um sorriso

Ela começa a me explicar a pronuncia e a escrita de cada idioma, depois pratico a leitura das mesmas. Passamos três horas ali, e nesse tempo aprendi tudo que ela sabia. Quando terminamos ela me olhou surpresa e disse

– Até mesmo a maioria dos semideuses levam dois dias pra entender esses idiomas, como você consegue?

– Não sei, desde pequena sou assim - me lembro de algo - Droga!

– O que foi?

– É que eu esqueci de falar com minha tia pra resolver a papelada da faculdade - digo inconformada por ter esquecido

– Faculdade? - pergunta e eu assenti - Quantos anos você tem?

– Quinze - respondo e ela me olha analítica e diz

– Tem certeza de que você não é uma meio-sangue?

– Sim, e fico muito feliz por isso

– Porque? - pergunta confusa

– Se eu fosse como você estaria morta agora

– O que aconteceu? - pergunta curiosa

– É que quando conheci o Nico, ele passou a espada pela minha garganta - explico

– Você é impressionante - ela diz sorrindo - Está cursando o que?

– Robótica

– Então você se dará muito bem com os filhos de Hefesto - ela diz se levantando

– Pra onde você vai? - pergunto me levantando também

– Te apresentar a eles - responde como se fosse obvio.

Nós andamos até a oficina, onde trabalhavam os filhos de Hefesto, quando chegamos vi alguns fazendo espadas e escudos, outros criando projetos e outros fazendo robôs. Admito que fiquei animada ao ver o trabalho deles, Annabeth me guiou até um semideus que trabalhava em um pequeno robô e eu logo o reconheci.

– Susan se lembra do Leo? - antes que pudesse responder o robozinho "explode" e ele fala

– Droga! É a nona vez que monto esse robô e sempre acontece a mesma coisa - ele diz pegando as peças

– Calma Leo, você vai dar um jeito nisso - diz se aproximando

– Você sabe qual é o problema do seu projeto - pergunto olhando o desenho em cima da mesa

– A bateria é pequena mais muito potente, e a energia acaba sobrecarregando as engrenagens fazendo elas explodirem - diz inconformado

– Já tentou fora-los com borracha? - pergunta Annabeth tentando ajudar o amigo

– Já, tentei com vidro, cerâmica, mica e plastico, sempre acontece a mesma coisa - diz tentando resolver o problema

– Tentou magnetizar as peças das engrenagens? - pergunto colocando os desenhos de volta na mesa

– Magnetizar - repeti sem prestar atenção e me olha

– Sim, quando metal é magnetizado por uma bateria... - Annabeth completa

– O metal é capaz de acumular uma forte carga elétrica - ela me olha surpresa

– É uma possibilidade, mas será que dará certo? - pergunta receoso

– É claro que vai - digo pegando as peças das engrenagens

Annabeth pega uma bateria enquanto Leo tira do cinto cabos para fazermos a transferência energética. Assim que fizemos testamos para saber se conseguimos magnetiza-las e em seguida Leo montou o robozinho, em forma de centauro com um arco e flecha do tamanho de agulhas

– Pra que serve? - pergunto curiosa

– Matar insetos - responde dando os últimos retoques

– Como é? - pergunto segurando a risada

– Ele vai localizar e atira um flecha em cada inseto que passar por ele - responde me olhando

– Tá bem! - digo desistindo de entender porque ele criou aquele robô

– Hora do teste - ele acionou a manivela no rabo do centauro, e ele zumbiu a vida e percebo que todos esperavam uma explosão não aconteceu, a unica coisa que ouvimos do robozinho foi ele gritar - MORRA INSETO, MORRA! - e atirou em uma moscar que voava na oficina

– Eu disse que funcionaria - digo com sorriso vitorioso

– Como você sabia? - pergunta uma garota que estava na oficina

– Foi o ultimo assunto que vi na faculdade antes de vim pra cá - vejo ela ficar espantada com o que disse - Meu nome é Susan

– Sara Leandra, prazer - diz estendendo a mão

– O prazer o meu - diz cumprimentando-a de volta

– Desculpe a minha falta de educação - fala assimilando o que acabou de acontecer

– Não precisa se desculpar, acontece - digo com um sorriso discreto

– É que fiquei surpresa quando falou em faculdade - diz se explicando - Você parece ter quinze anos

– Eu tenho quinze anos - ela abre a boca pra falar algo e me adianto - E não, não sou semideusa

– Então como? - pergunta espantada

– Nem eu sei, na verdade desisti de entender - digo dando de ombros

– Você é impressionante

– A segunda vez que escuto isso hoje - digo meio sem jeito

– Você que deu motivo pra isso - diz se divertindo com a minha reação

– Pode ser - digo com um sorriso discreto

– AI! - Sara diz passando a mão no braço

– O que aconteceu? - e vejo que ela puxou uma flecha que parecia um agulha

– Leo! - ela grita e Leo se defende

– Eu não tive culpa - e o centauro atira outra flecha na direção da Annabeth, que desvia

– Era pra ele fazer isso? - pergunta Annabeth

– Não, era apenas pra acerta insetos - Leo diz se abaixando pra desviar de outra flecha - Será que magnetizar as peças causou isso?

– Não, a magnetização não interfere na programação - explico

– É isso! - diz entendendo o que aconteceu - Me preocupei tanto com as engrenagens que esqueci de ajustar a programação

– Desliga ele logo Leo - digo e sou acertada por uma flecha - Ai! Rapido!

– Tá já vou! - ele estica a mão pra pega-lo mas o centauro atira nele que recua a mão - AI!

Então o centauro atira outra flecha que acerta na nuca de um dos irmãos dele que segurava um martelo, ele tira a flecha e olha com raiva para o centauro

– Ai! Centauro estupido! - disse atirando o martelo no centauro que se desfez em pedaços

– Ah! Ruan, porque fez isso? - falou Leo irritado

– Ele me acertou - respondeu irritado

– É você e a metade do chalé, mas ninguém o quebrou - rebateu a resposta o Ruan ia responder mais acabei com a discussão

– Já chega! - eles me olham - No tempo que vocês estão brigando, eu já teria remontado o centauro e resolvido o problema da programação. - falo seria e eles se afastam

– Valeu por ter me ajudado com o problema das engrenagens - Leo agradece indo remontar o centauro

– Não tem de que - digo e Annabeth se aproxima

– Vamos antes que eles comecem a brigar de novo - eu assenti

– Tchau! - falo me referindo a Leo, Sara e ao Ruan

– Tchau! - responderam em unissom

Saímos da oficina, caminhamos um pouco em silencio até que a Annabeth pergunta

– O que quer fazer agora?

– Qualquer coisa, não suporto ficar desocupada - respondo sincera

– A aula de arco e flecha começa daqui a cinco minutos, vamos?

– Por favor me diz que os instrutores não são os filhos de Ares de novo - digo fingindo desespero e ela ri

– Não se preocupe, os instrutores, são os filhos de Apolo - ela responde parando de rir

– Ainda bem! - digo erguendo as mãos e ela começa a rir

– Os filhos de Ares não são tão ruins - diz ao parar de rir

– Diz isso porque é filha de uma deusa da guerra como eles - digo irônica

– Não é por isso, eles ficam mais calmos quando conhecem a pessoa melhor

– Você disse mais calmos, não mesmo brutos - rebato o comentário dela

– Verdade - desisti e acabo rindo

Caminhamos até a área do treinamento de arco e flecha, e vi todos os semideuses divididos em grupos. Um dos grupos estavam os semideuses que conheci assim que cheguei ao acampamento e entre eles estava... Jhon!? Olhei atentamente, ele pego uma flecha, posicionou no arco, mirou e quando soltou acetou bem no centro do alvo.

– Como ele conseguiu? - pergunto ainda sem acreditar

– Ele é filho de Apolo que também é deus dos arqueiros - ela me explica - Vamos ficaremos com eles.

Andamos até o grupo liderado pelo Jhon e quando Nico percebeu a minha presença falou

– Pensei que estivesse dispensada das aulas de hoje! - diz irônico

– E estou - digo e vou olhando os arcos - Mas obedecer ordens não faz meu estilo

– Vai acabar se metendo em confusão se continuar assim - Percy falou querendo me convencer

– Lado bom, o acampamento não será monótono - digo dando de ombros, Percy abre a boca pra falar algo mais é interrompido pelo Jhon

– Não adianta, ela não vai mudar a decisão - ao ouvir aquilo Percy desiste e não falou nada

– Então? - disse Clarisse querendo mudar o rumo da conversa - Vamos treinar ou ficar conversando?

Todos preparam os arcos e voltam a treinar, fico olhando os arcos e me lembro de um livro que havia lido dizendo que há um tamanho de arco pra cada estatura. Me lembro da tabela que dizia altura e o tamanho do arco, olhei e vi o tamanho adequado pra mim. Peguei e me aproximei dos outros e Jhon me explica

– Segure de uma forma que ele fique equilibrado, mantenha o braço com o arco firme, a flecha reta apoiando o polegar próximo a orelha e não deixe o cotovelo muito alto - sabendo da minha facilidade falou apenas uma vez e apontou para um alvo cerca de 100 metros e disse - O alvo é aquele.

Me posiciono e Nico pergunta

– Você entende alguma coisa de arco e flecha

– Não - respondo sincera - Mais entendo de física

Nesse momento solto a flecha que em segundos estava cravada no centro do alvo indicado, abaixei meu arco e vi que todos exceto Jhon e Annabeth me olhavam surpresos


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Notas finais do capítulo

E ai gente? O que acharam?
Gostaram? Quero saber o opinião de vocês
Nos vemos nos reviews!