Susan, a filha de um Vingador escrita por Lia Araujo
Notas iniciais do capítulo
Oi gente! Quero agradecer pelos comentários nos capítulos anteriores
E espero que gostem do capítulo de hoje!
Boa Leitura!
POV da Susan
Mesmo vendo que eu estava 100% recuperada Quiron, disse que eu estava dispensada dos treinos por hoje. Mas conversei (le-se implorei) e ele autorizou que eu participasse das aulas que não iria exigir muito esforço. Percebi não iria conseguir mais que isso e por isso aceitei, ele disse que assim que terminasse o almoço ele me diria o que iria fazer. Estava terminando de me arrumar quando escuto a sirene do almoço. Saio do quarto e ando pelo corredor indo em direção a porta, sem perder tempo vou direto para o pavilhão. No meio do caminho vejo Nico que estava tão distraído que nem percebe eu me aproximar. Ando mais rápido para alcança-lo, quando chego perto eu o empurro pro lado ele me olha um pouco irritado mais quando viu que era eu da um sorriso e balança a cabeça negativamente.
– É definitivo, você não muda - diz rindo
– Isso por acaso é ruim? - pergunto irônica
– Com certeza não - ele disse e nós rimos, fomos conversando até o pavilhão
Pego meu prato e fui fazer minha oferenda aos deuses. Me aproximo da fogueira, jogo 3/4 da minha comida e digo
– A todos os deuses e obrigada por tudo - e vou me sentar na mesa de Hades, sento e começo a comer até que Nico diz
– Não é do costume do Quiron deixar um aluno sair do quarto depois de um esforço como o seu - ele me olha - O que você fez?
– Porque acha que eu fiz alguma coisa? - pergunto me fingindo de ofendida
– Te conheço o suficiente pra saber que fez algo - Nico fala sem acreditar na minha atuação - Fala de uma vez.
– Eu praticamente implorei pra ele me deixar fazer alguma coisa - digo e ele ri - Tá rindo do que?
– Eu queria ter visto essa cena - diz ainda rindo
– Muito engraçado Nico - digo seria
– Desculpe - ele diz controlando o riso - Mas e ai? O que vai fazer?
– Ainda não sei - respondo terminando de comer
– Srta Agostini - Quiron diz e olho-o - Após o almoço, pode ir em direção aos campos terá uma semideusa esperando-a
– Já to indo Quiron, obrigada - Quiron assenti e se afasta, termino o meu suco e olho pro Nico que terminava de comer - Tchau!
– Espera que te acompanho - ele se levanta e vamos até os campos.
Chegando lá vi uma garota loira sentada com alguns livros e cadernos ao lado, quando nos aproximamos a reconheci, era a...
– Oi Annabeth! - Nico falou pra tira a atenção dela dos livros
– Oi! - disse nos cumprimentando com um pequeno sorriso
– Oi! - respondo e fico sem entender uma coisa - Porque o Quiron me mandou aqui?
– Ele pediu pra te dar aulas sobre todos os assuntos relacionados aos nossos parentescos divinos - responde
– Não acredito nisso - resmungo irritada e Nico ri da minha reação - Se você não se calar agora te dou uma passagem só de ida ao submundo Di Ângelo
– Você não faria isso, faria? - diz em um tom desafiador e com um sorriso irônico
– Me irrite e descubra - falo seria e ele sorri debochado, quando ia bater nele ele some nas sombras, mas ainda era possível ouvi-lo rindo - Tenho que me acostumar com ele sumindo desse jeito.
– Fazia tempo que não via o Nico assim - diz Annabeth fechando o livro
– Assim como? - pergunto sem entender
– Feliz, da ultima vez que o vi sorrir sinceramente ele tinha 10 anos - responde me olhando
– O que você vai me ensinar? - pergunto querendo mudar de assunto
– A principio idiomas - diz pegando outro livro
– Idiomas? - ela assenti - Quais?
– Grego antigo e latim - responde me olhando
– Essas não são línguas mortas? - pergunto me sentando ao seu lado
– Sim, mas você sabe porque todo semideus é disléxico?
– Não - respondo
– É porque nosso cérebro é adaptado ao grego antigo e ao latim - responde paciente
– E eu tenho que aprender isso porque sou protegida de Hades - afirmo e ela assenti
– Vamos começar? - pergunta abrindo um livro
– Não tenho outra escolha mesmo - resmungo baixo e ela contem um sorriso
Ela começa a me explicar a pronuncia e a escrita de cada idioma, depois pratico a leitura das mesmas. Passamos três horas ali, e nesse tempo aprendi tudo que ela sabia. Quando terminamos ela me olhou surpresa e disse
– Até mesmo a maioria dos semideuses levam dois dias pra entender esses idiomas, como você consegue?
– Não sei, desde pequena sou assim - me lembro de algo - Droga!
– O que foi?
– É que eu esqueci de falar com minha tia pra resolver a papelada da faculdade - digo inconformada por ter esquecido
– Faculdade? - pergunta e eu assenti - Quantos anos você tem?
– Quinze - respondo e ela me olha analítica e diz
– Tem certeza de que você não é uma meio-sangue?
– Sim, e fico muito feliz por isso
– Porque? - pergunta confusa
– Se eu fosse como você estaria morta agora
– O que aconteceu? - pergunta curiosa
– É que quando conheci o Nico, ele passou a espada pela minha garganta - explico
– Você é impressionante - ela diz sorrindo - Está cursando o que?
– Robótica
– Então você se dará muito bem com os filhos de Hefesto - ela diz se levantando
– Pra onde você vai? - pergunto me levantando também
– Te apresentar a eles - responde como se fosse obvio.
Nós andamos até a oficina, onde trabalhavam os filhos de Hefesto, quando chegamos vi alguns fazendo espadas e escudos, outros criando projetos e outros fazendo robôs. Admito que fiquei animada ao ver o trabalho deles, Annabeth me guiou até um semideus que trabalhava em um pequeno robô e eu logo o reconheci.
– Susan se lembra do Leo? - antes que pudesse responder o robozinho "explode" e ele fala
– Droga! É a nona vez que monto esse robô e sempre acontece a mesma coisa - ele diz pegando as peças
– Calma Leo, você vai dar um jeito nisso - diz se aproximando
– Você sabe qual é o problema do seu projeto - pergunto olhando o desenho em cima da mesa
– A bateria é pequena mais muito potente, e a energia acaba sobrecarregando as engrenagens fazendo elas explodirem - diz inconformado
– Já tentou fora-los com borracha? - pergunta Annabeth tentando ajudar o amigo
– Já, tentei com vidro, cerâmica, mica e plastico, sempre acontece a mesma coisa - diz tentando resolver o problema
– Tentou magnetizar as peças das engrenagens? - pergunto colocando os desenhos de volta na mesa
– Magnetizar - repeti sem prestar atenção e me olha
– Sim, quando metal é magnetizado por uma bateria... - Annabeth completa
– O metal é capaz de acumular uma forte carga elétrica - ela me olha surpresa
– É uma possibilidade, mas será que dará certo? - pergunta receoso
– É claro que vai - digo pegando as peças das engrenagens
Annabeth pega uma bateria enquanto Leo tira do cinto cabos para fazermos a transferência energética. Assim que fizemos testamos para saber se conseguimos magnetiza-las e em seguida Leo montou o robozinho, em forma de centauro com um arco e flecha do tamanho de agulhas
– Pra que serve? - pergunto curiosa
– Matar insetos - responde dando os últimos retoques
– Como é? - pergunto segurando a risada
– Ele vai localizar e atira um flecha em cada inseto que passar por ele - responde me olhando
– Tá bem! - digo desistindo de entender porque ele criou aquele robô
– Hora do teste - ele acionou a manivela no rabo do centauro, e ele zumbiu a vida e percebo que todos esperavam uma explosão não aconteceu, a unica coisa que ouvimos do robozinho foi ele gritar - MORRA INSETO, MORRA! - e atirou em uma moscar que voava na oficina
– Eu disse que funcionaria - digo com sorriso vitorioso
– Como você sabia? - pergunta uma garota que estava na oficina
– Foi o ultimo assunto que vi na faculdade antes de vim pra cá - vejo ela ficar espantada com o que disse - Meu nome é Susan
– Sara Leandra, prazer - diz estendendo a mão
– O prazer o meu - diz cumprimentando-a de volta
– Desculpe a minha falta de educação - fala assimilando o que acabou de acontecer
– Não precisa se desculpar, acontece - digo com um sorriso discreto
– É que fiquei surpresa quando falou em faculdade - diz se explicando - Você parece ter quinze anos
– Eu tenho quinze anos - ela abre a boca pra falar algo e me adianto - E não, não sou semideusa
– Então como? - pergunta espantada
– Nem eu sei, na verdade desisti de entender - digo dando de ombros
– Você é impressionante
– A segunda vez que escuto isso hoje - digo meio sem jeito
– Você que deu motivo pra isso - diz se divertindo com a minha reação
– Pode ser - digo com um sorriso discreto
– AI! - Sara diz passando a mão no braço
– O que aconteceu? - e vejo que ela puxou uma flecha que parecia um agulha
– Leo! - ela grita e Leo se defende
– Eu não tive culpa - e o centauro atira outra flecha na direção da Annabeth, que desvia
– Era pra ele fazer isso? - pergunta Annabeth
– Não, era apenas pra acerta insetos - Leo diz se abaixando pra desviar de outra flecha - Será que magnetizar as peças causou isso?
– Não, a magnetização não interfere na programação - explico
– É isso! - diz entendendo o que aconteceu - Me preocupei tanto com as engrenagens que esqueci de ajustar a programação
– Desliga ele logo Leo - digo e sou acertada por uma flecha - Ai! Rapido!
– Tá já vou! - ele estica a mão pra pega-lo mas o centauro atira nele que recua a mão - AI!
Então o centauro atira outra flecha que acerta na nuca de um dos irmãos dele que segurava um martelo, ele tira a flecha e olha com raiva para o centauro
– Ai! Centauro estupido! - disse atirando o martelo no centauro que se desfez em pedaços
– Ah! Ruan, porque fez isso? - falou Leo irritado
– Ele me acertou - respondeu irritado
– É você e a metade do chalé, mas ninguém o quebrou - rebateu a resposta o Ruan ia responder mais acabei com a discussão
– Já chega! - eles me olham - No tempo que vocês estão brigando, eu já teria remontado o centauro e resolvido o problema da programação. - falo seria e eles se afastam
– Valeu por ter me ajudado com o problema das engrenagens - Leo agradece indo remontar o centauro
– Não tem de que - digo e Annabeth se aproxima
– Vamos antes que eles comecem a brigar de novo - eu assenti
– Tchau! - falo me referindo a Leo, Sara e ao Ruan
– Tchau! - responderam em unissom
Saímos da oficina, caminhamos um pouco em silencio até que a Annabeth pergunta
– O que quer fazer agora?
– Qualquer coisa, não suporto ficar desocupada - respondo sincera
– A aula de arco e flecha começa daqui a cinco minutos, vamos?
– Por favor me diz que os instrutores não são os filhos de Ares de novo - digo fingindo desespero e ela ri
– Não se preocupe, os instrutores, são os filhos de Apolo - ela responde parando de rir
– Ainda bem! - digo erguendo as mãos e ela começa a rir
– Os filhos de Ares não são tão ruins - diz ao parar de rir
– Diz isso porque é filha de uma deusa da guerra como eles - digo irônica
– Não é por isso, eles ficam mais calmos quando conhecem a pessoa melhor
– Você disse mais calmos, não mesmo brutos - rebato o comentário dela
– Verdade - desisti e acabo rindo
Caminhamos até a área do treinamento de arco e flecha, e vi todos os semideuses divididos em grupos. Um dos grupos estavam os semideuses que conheci assim que cheguei ao acampamento e entre eles estava... Jhon!? Olhei atentamente, ele pego uma flecha, posicionou no arco, mirou e quando soltou acetou bem no centro do alvo.
– Como ele conseguiu? - pergunto ainda sem acreditar
– Ele é filho de Apolo que também é deus dos arqueiros - ela me explica - Vamos ficaremos com eles.
Andamos até o grupo liderado pelo Jhon e quando Nico percebeu a minha presença falou
– Pensei que estivesse dispensada das aulas de hoje! - diz irônico
– E estou - digo e vou olhando os arcos - Mas obedecer ordens não faz meu estilo
– Vai acabar se metendo em confusão se continuar assim - Percy falou querendo me convencer
– Lado bom, o acampamento não será monótono - digo dando de ombros, Percy abre a boca pra falar algo mais é interrompido pelo Jhon
– Não adianta, ela não vai mudar a decisão - ao ouvir aquilo Percy desiste e não falou nada
– Então? - disse Clarisse querendo mudar o rumo da conversa - Vamos treinar ou ficar conversando?
Todos preparam os arcos e voltam a treinar, fico olhando os arcos e me lembro de um livro que havia lido dizendo que há um tamanho de arco pra cada estatura. Me lembro da tabela que dizia altura e o tamanho do arco, olhei e vi o tamanho adequado pra mim. Peguei e me aproximei dos outros e Jhon me explica
– Segure de uma forma que ele fique equilibrado, mantenha o braço com o arco firme, a flecha reta apoiando o polegar próximo a orelha e não deixe o cotovelo muito alto - sabendo da minha facilidade falou apenas uma vez e apontou para um alvo cerca de 100 metros e disse - O alvo é aquele.
Me posiciono e Nico pergunta
– Você entende alguma coisa de arco e flecha
– Não - respondo sincera - Mais entendo de física
Nesse momento solto a flecha que em segundos estava cravada no centro do alvo indicado, abaixei meu arco e vi que todos exceto Jhon e Annabeth me olhavam surpresos
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E ai gente? O que acharam?
Gostaram? Quero saber o opinião de vocês
Nos vemos nos reviews!